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Vírus Zika: vias de transmissão - Texto resumo

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1Acadêmicos do curso de Farmácia - UFPE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CURSO DE FARMÁCIA 
HISTOLOGIA GERAL I E EMBRIOLOGIA I 
 
 
 
 
 
 
ZIKV: VIAS DE TRANSMISSÃO 
 
 
 
 
CAMILLA TENÓRIO1 
ELOÍZA MARCELE1 
JOÃO DANTAS1 
SAMUEL ALEIXO1 
 
 
 
RECIFE 
 2016
2 
 
Vírus Zika: Vias de Transmissão 
Metodologia 
 Para execução deste trabalho foi utilizada pesquisa em bancos de dados de sites 
nacionais e internacionais. Os sites utilizados foram: 
 Pubmed com as palavras-chave: “Zika Virus”, “Zika Virus Transmition” e 
“Zika Virus Epidemiology”; 
 Google com as palavras-chave: “Vias de transmissão”, “Ministério da saúde” e 
“Fiocruz”; 
 PLOS com as palavras-chave: “Zika Virus”, “Aedes aegypti” e “Aedes 
albopictus”; 
Foram excluídos artigos que tratavam de assuntos já abordados. 
Também foi realizado consultas em livros especializados em epidemiologia. 
Discussão: 
 Existem diversas vias para transmissão de patógenos infecciosos: Vetores mecânicos, 
vetores biológicos, transmissão direta, transmissão indireta, vertical, entre outras. O vírus 
Zika (ZIKV) faz uso das vias de transmissão: vetores biológicos (Aedes aegypti, Aedes 
albopictus) vertical e sexual. Segundo o relatório do Instituto Fiocruz (FRANCA et al, 2016) 
provavelmente transplante de órgãos e transfusão sanguínea também são vias transmissíveis, 
porém ainda não houve notificação de casos decorrentes dessas vias. 
 O vírus Zika foi assim nomeado por ser primeiro identificado na floresta Zika, 
próximo ao lago Victoria na Uganda, país da África Central no ano de 1947. Antigamente, 
segundo WILKAN (2016), estimava-se que a cadeia de transmissão do ZIKV se mantinha 
entre mamíferos (inclusive ele foi isolado a partir de um macaco sentinela) e mosquitos em 
ciclos fechados. 
Um estudo de Grad et al (2014) declara que em Gabon, na África Central, o principal 
vetor biológico para a transmissão do ZIKV no surto de 2007 foi o Aedes albopictus. 
Já no Brasil, Aedes aegypti é o principal transmissor e o de maior predominância. A 
identificação ocorreu após estudos de vigilância e monitoramento conduzidos pelo 
3 
 
Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz 
IOC/Fiocruz), que vem coletando mosquitos em localidades onde foram identificados casos 
de Zika, no Estado do Rio de Janeiro. Nesse trabalho de campo a maior parte dos Aedes 
aegypti estavam infectados e não foram encontradas outras espécies infectadas. Sobre outras 
espécies, observe o recorte jornalístico: 
Uma pesquisa inédita conduzida pela Fiocruz Pernambuco detectou, em inoculação 
em laboratório, a presença do vírus zika na glândula salivar do mosquito Culex 
quinquefasciatus (o pernilongo comum ou muriçoca doméstica). O C. 
quinquefasciatus é a espécie de mosquito mais abundante no ambiente urbano das 
áreas tropicais e subtropicais, onde costuma estar presente numa densidade vinte 
vezes maior que o A. aegypti. O resultado, no entanto, é apenas preliminar. Antes de 
qualquer conclusão é preciso realizar outras etapas da pesquisa, tendo em vista que o 
Culex quinquefasciatus não foi encontrado infectado no seu habitat natural. 
Fonte: Divulgação. 
Sobre a transmissão vertical e perinatal do vírus Zika, já foi identificado a presença do 
vírus em recém-nascidos, na placenta e no cordão umbilical, além de em gestantes 
(Hennessey, 2016). Embora já se tenha identificado o vírus no leite materno, não houve, até o 
momento, nenhum relato de caso em que tenha havido a transmissão do vírus zika para o bebê 
pelo leite materno. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Fiocruz, 
afirma que, por conta de todos os benefícios que o leite materno traz ao recém-nascido, 
incluindo o aumento da imunidade, a amamentação deve ser encorajada e incentivada mesmo 
em áreas endêmicas para o vírus zika. 
 Há um artigo de HILLS et al, 2016, descrevendo três casos que indicam uma provável 
infecção decorrente da via sexual. Esses três casos têm em comum a infecção em indivíduos 
não suscetíveis: esposas de homens que viajaram para áreas endêmicas do vírus Zika e eles 
apresentaram sintomas compatíveis com a infecção pelo referido patógeno no intervalo de 
tempo imediatamente ou brevemente após seu retorno aos Estados Unidos. Por não ter elas 
viajado para áreas endêmicas, estas mulheres não estiveram expostas à rota de transmissão 
vetorial biológica através de mosquitos Aedes e mesmo assim apresentaram sintomas da febre 
do vírus Zika alguns dias após sexo desprotegido com seus respectivos maridos. No Brasil 
não há, por enquanto, artigos e/ou publicações sobre estudos de transmissão por essa via. 
Cientistas da Fiocruz detectaram, no ano 2016, em amostras de saliva e urina de 
pacientes, a presença do vírus zika em sua forma ativa, isto é, ainda capaz de se multiplicar. 
4 
 
Esta foi a primeira vez que se verificou a multiplicação do vírus em culturas de células 
tratadas com o material extraído das amostras de saliva e urina de pacientes e aumenta as 
possibilidades de transmissão da doença pelo contato com os fluidos. Esta hipótese, porém, 
ainda não está comprovada cientificamente. 
 No Brasil, atualmente, há apenas três exames laboratoriais para confirmar a infecção 
pelo vírus Zika: ELISA anti-Zika IgG/IgM e IIFT AFM-2 IgG/IgM e o RT-PCR. 
O Ministério da Saúde publicou em 17 de fevereiro de 2016 no Diário Oficial da 
União na página 23 a Portaria Numero 204 que institui como notificação compulsória semanal 
infecção aguda pelo Zika Virus em Gestantes, e óbitos pelo Zika Virus com notificação 
imediata para o MS, a SES e a SMS. 
Tabela 1. Forma de transmissão. 
Transmissão direta Transmissão indireta 
Mordidas de animais infectados 
Vetores: 
Biológicos 
Relação sexual Mecânicos (ou veículos) 
Transplacentária Parenteral 
Aérea de curta distância (via gotículas) 
Transfusão de sangue 
Outro contato (pessoa a pessoa) 
Adaptado de: BONITA, BEAGLEHOLE e KJELLSTRÖM, 2010. 
 Assim, vemos que a definição epidemiológica de transmissão direta é aquela onde um 
infectado infecta um susceptível; sendo a transmissão indireta aquela que um susceptível é 
contaminado por um vetor que carreia o vírus sem desenvolver a doença, ou por inoculação 
parenteral do patógeno. 
 Outra diferença é entre vetor biológico ou veículo mecânico: vetor biológico é aquele 
que carrega a doença de infectado para susceptível; veículo mecânico refere-se a objetos 
contaminados. 
 Mais uma diferença técnica: doença transmissível são aquelas que podem ser 
propagadas entre as pessoas por transmissão indireta. Doença contagiosa são aquelas que 
podem ser transmitidas diretamente: o zika vírus é contagiosa e transmissível. 
 A Cadeia de Transmissão refere-se â dinâmica estabelecida entre: 
5 
 
 Agente infeccioso; 
 Processo de Transmissão; 
 Hospedeiro; 
 Ambiente; 
O processo infeccioso é uma interação entre esses 4 fatores que resulta em propagação 
de um patógeno com patogenicidade. 
 
Referências 
1. FRANCA, Rafael F.O. et al. First International Workshop on Zika Virus Held by 
Oswaldo Cruz Foundation FIOCRUZ in Northeast Brazil March 2016: a meeting report. 
PLOS – Neglected Tropical Diseases; 03 jun. 2016. Disponível em: 
<http://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0004760>. Acesso em 08 
jun. 2016. 
2. HILLS, Susan L. et al. Transmission of Zika Virus through sexual contact with 
travelers to áreas of ongoing transmission. CDC, Continental United State. Morbidity and 
Mortality Weekly Report, vol 65(8); 215-216. 4 mar. 2016. Revista Semanal. Disponível em: 
<http://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/wr/mm6508e2.htm>.Acesso em 08 jun. 2016. 
3. RODRIGUEZ-MORALES, Alfonso J.; BANDEIRA, Antônio Carlos; FRANCO-
PAREDES, Carlos. The expanding spectrum of modes of transmission of Zika Virus: a 
global concern. Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials, vol 15. 03 mar. 2016; 
Revista Virtual. Disponível em: <http://ann-
clinmicrob.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12941-016-0128-2>. Acesso em 08 jun. 
2016. 
4. HENNESEY, Morgan; FISCHER, Marc; STAPLES, Erin. Zika Virus Spreads to New 
Areas: region of the américas, may 2015 – january 2016. CDC, Continental United State. 
Morbidity and Mortality Weekly Report, vol 65(3); 55-58. Disponível em: 
<http://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/wr/mm6503e1.htm>. Acesso em 08 jun. 2016. 
5. BRASIL. Decreto nº 204 de 17 de Fevereiro de 2016. Diário Oficial da União, Poder 
Executivo, Brasilia, DF. 18 fev. 2016. Seção 1. p 23. Disponível em: 
6 
 
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=18/02/2016&jornal=1&pagina
=23&totalArquivos=40. Acesso em 28 jun. 2016. 
6. BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. 2 ed. São 
Paulo: Santos. p 117-125. 
7. WILKAN, Nitwara; SMITH, Duncan R. Zika Virus: history of a newly emerging 
arbovirus. The Lancet Infectious Diseases, vol 16, 2016. Disponível em: < 
http://thelancet.com/pdfs/journals/laninf/PIIS1473-3099(16)30010-X.pdf>. Acesso em 28 jun. 
2016. 
8. GRARD, G. et al. Zika virus in Gabon (Central Africa) – 2007: A new threat from 
Aedes albopictus?. PLoS Neglected Tropical Diseases, vol 8, 2014. Disponível em: 
http://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0002681. Acesso em 28 jun 
2016.

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