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Enfrentamento das arboviroses

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MÓDULO
ENFRENTAMENTO DAS
ARBOVIROSES
Organizadoras:
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde
no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais
MÓDULO
ENFRENTAMENTO DAS
ARBOVIROSES
Carlos Henrique Alencar • Daniela Buosi Rohlfs • Daniele Rocha Queiroz Lemos • Francisco Gustavo Silveira
Jackeline Leite Pereira Pavin • Kauara Brito Campos • Livia Carla Vinhal Frutuoso
Marcelo José Monteiro Ferreira • Mariana Ferreira Lopes • Zoraida Del Carmem Fernandez Grillo
Unidade 1
Arbovírus
Unidade 4
Vigilância Ambiental e Controle das Arboviroses
Unidade 2
Vigilância das Doenças Transmissíveis
Unidade 5
Vigilância em Saúde do Trabalhador
Unidade 3
Vigilância e Controle de Vetores
Unidade 6
Comunicação para Vigilância
e Controle das Arboviroses
Unidade 7
Organização dos Processos de Trabalho
Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde
no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice para catálogo sistemático: 
Saúde Pública 614 
 
Ficha Catalográfica elaborada por Jaqueline Ferreira de Souza CRB 1/3225 
 
F981e Fundação Oswaldo Cruz. 
Enfrentamento das arboviroses / 
Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz Mato Grosso do Sul; organizadoras, Débora Dupas Gonçalves do 
Nascimento, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Sílvia Helena Mendonça de Moraes – – 
Campo Grande: Fundação Oswaldo Cruz, 2021. 
Recurso digital: 338 f. il. – (Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde no 
Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais, mod. III) 
 
Formato: PDF 
Inclui bibliografia 
ISBN: 978-85-66909-37-1 
 
1. Infecções por Arbovirus. 2. Zoonoses Virais. 3. Arbovírus. 4. Saúde Pública. I. Fundação 
Oswaldo Cruz. Fiocruz Mato Grosso do Sul II. Nascimento, Débora Dupas Gonçalves do III. 
Oliveira, Sandra Maria do Valle Leone de. IV. Moraes, Sílvia Helena Mendonça de. V. Título. VI 
Série. 
 
CDD: 614 
 CDU: 614.4 
 
FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA
E-mail: educacao.ms@fiocruz.br
Site: www.matogrossodosul.fiocruz.br
CRÉDITOS
Coordenação Geral 
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Coordenador Acadêmico
Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti
Coordenadora Pedagógica 
Rita Maria Lino Tarcia
Autores 
Carlos Henrique Alencar
Daniela Buosi Rohlfs
Daniele Rocha Queiroz Lemos
Francisco Gustavo Silveira
Jackeline Leite Pereira Pavin
Kauara Brito Campos
Livia Carla Vinhal Frutuoso
Marcelo José Monteiro Ferreira
Mariana Ferreira Lopes
Zoraida Del Carmem Fernandez Grillo
Consultor
José Braz Damas Padilha
Avaliadoras Técnico-científicas
Daniela Buosi Rohlfs
Tatiana Mingote Ferreira de Ázara
Conteudista (questões de avaliação) 
James Venturini
Apoio técnico-administrativo 
Aline Moura de Araújo
Coordenador de Produção 
Marcos Paulo de Souza
© 2021. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul.
Alguns direitos reservados. É permitida a reprodução, 
disseminação e utilização dessa obra, em parte ou em sua 
totalidade, nos Termos de uso do ARES. Deve ser citada a fonte 
e é vedada sua utilização comercial. 
Ministério da Saúde
Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes 
Ministro
 
Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS
Arnaldo Correia de Medeiros
Secretário
Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e 
Vigilância das Emergências em Saúde Pública
Daniela Buosi Rohlfs
Diretora 
Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz
Nísia Trindade Lima
Presidente
Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul – Fiocruz MS
Jislaine de Fátima Guilhermino
Coordenadora
Coordenação de Educação da Fiocruz MS
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Vice- coordenadora de Educação
Secretaria-Executiva da Universidade Aberta do SUS – 
UNA-SUS
Maria Fabiana Damásio Passos
Secretária-executiva
Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul (Fiocruz MS)
Rua Gabriel Abrão, 92 – Jardim das Nações, Campo Grande/MS
CEP 79081-746
Telefone: (67) 3346-7220
Designers Instrucionais
Felipe Vieira Pacheco
Margeci Leal de Freitas
Designers Gráficos 
Hélder Rafael Regina Nunes Dias
Humberto Nadeu Bijos
Renato Silva Garcia
Coordenadoras de Desenvolvimento
Janaína Rolan Loureiro
Regina Beretta Mazaro
Desenvolvedores
Julio César Coimbra de Oliveira
Larissa Mendes Ribeiro
Leandro Koiti Oguro
Marcos Felipe Reis Barroso  
Paulo Henrique Wosniak Franco Ferreira
Rebeca Beatriz Lopes Cruz
Thiago Fernandes de Oliveira
Editor de Audiovisual
Luciana Ferreira Nantes
Ilustrador da capa
Everton Ferreira Lemos
Revisor 
Davi Bagnatori Tavares
Assessoria de Comunicação
Bruna Karla Bezerra da Cruz
Thayssa Maluff de Mello
Apoio Acadêmico 
Claudia Stutz Zubieta
Gisela Maria Azambuja de Oliveira
Ficha técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Apresentação do módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Unidade 1: Arbovírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2 Definição de vírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Características morfológicas dos vírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4 Definição de arbovírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Minicurrículo da autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Unidade 2: Vigilância das Doenças Transmissíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Objetivos de aprendizagem da unidade .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
2.2 Relevância epidemiológica das arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
2.3 Definições de caso das arboviroses de notificação compulsória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
2.4 Atribuições e rotinas de vigilância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
2.5 Análise de dados epidemiológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Minicurrículo da autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Unidade 3: Vigilância e Controle de Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
3.2 Biologia dos vetores dos arbovírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
3.3 Vigilância de vetores da febre amarela urbana e silvestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
Minicurrículo da autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Unidade 4: Vigilância Ambiental e Controle das Arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
4.2 Vigilância em Saúde Ambiental: Aspectos conceituais, organizacionais e marcos regulatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
4.3 Componentes da Vigilância em Saúde Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Minicurrículo dos autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Unidade 5: Vigilância em Saúde do Trabalhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
5.2 A estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (RENAST) . . . . 237
5.3 Potencialidades e desafios para a realização das ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador voltadas para 
o combate das arboviroses em ambientes de trabalho e residências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
5.4 Organização, planejamento e desenvolvimento das ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador para 
profissionais de saúde voltados ao combate das arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
5.5 Medidas de proteção coletivas e individuais e sua importância para a promoção da saúde e prevenção de 
doenças entre os Agentes de Combate às Endemias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266
Minicurrículo do autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Unidade 6: Comunicação para Vigilância e Controle das Arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270 
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
6.2 Comunicação de risco no combate às arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
6.3 Comunicação de risco, educação em saúde e mobilização social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287
6.4 Construindo estratégias de comunicação de risco no combate às arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Minicurrículo da autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Unidade 7: Organização dos Processos de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 299
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301
7.2 Processos de trabalho da vigilância das arboviroses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335
Encerramento do módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Minicurrículo da autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 12
APRESENTAÇÃO DO MÓDULOAPRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Prezado trabalhador estudante, é com muito prazer que lhe apresentamos o Módulo do Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em 
Saúde no Enfrentamento da COVID-19 e de outras Doenças Virais. 
Nosso objetivo neste módulo é criar condições para que você se capacite ainda mais para realizar o cuidado e enfrentamento das arboviroses, 
por meio de ações integradas da vigilância em saúde, com vistas à melhoria da articulação e organização dos processos de trabalho em 
saúde. 
Este módulo está composto de sete unidades de ensino, assim distribuídas: I – Arbovírus; II – Vigilância das Doenças Transmissíveis; III 
– Vigilância e Controle de Vetores; IV – Vigilância Ambiental e Controle das Arboviroses; V – Vigilância em Saúde do Trabalhador; VI – 
Comunicação para Vigilância e Controle das Arboviroses; e VII – Organização dos Processos de Trabalho.
Essas unidades foram desenvolvidas por especialistas em cada área e baseadas nas melhores e mais atuais evidências científicas disponíveis. 
Todo o material produzido está alinhado com as orientações do Ministério da Saúde do Brasil e da Organização Pan-Americana da Saúde 
(OPAS), perfazendo um total de 145 horas.
Nossa expectativa é a melhor possível e desejamos que aproveite cada material produzido com a máxima atenção, pois foram construídos 
pensando na sua atuação como profissional de saúde e na sua necessidade para o desenvolvimento de tarefas de forma qualificada.
Vamos juntos!
Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde
no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais
Unidade 1
Arbovírus
Zoraida Del Carmen Fernandez Grillo
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 14
APRESENTAÇÃO DA UNIDADEAPRESENTAÇÃO DA UNIDADE
A presente unidade tem como objetivo principal abordar as arboviroses, dando ênfase nas famílias e gêneros dos arbovírus que têm maior 
prevalência no Brasil e são de grande importância em saúde pública. 
As arboviroses são doenças zoonóticas cujos patógenos/vírus causadores são transmitidos a hospedeiros vertebrados pela picada de 
artrópodes hematófagos infectados: mosquitos, carrapatos, entre outros. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), há 
aproximadamente 600 arbovírus conhecidos, dos quais, pelo menos, 150 constituem patógenos para os humanos. 
As mudanças climáticas, os desmatamentos, a migração populacional, a ocupação desordenada de áreas urbanas e as condições sanitárias 
precárias têm favorecido a dispersão e a transmissão de arbovírus nas regiões tropicais. Entre essas condições podemos mencionar: o 
desabastecimento de água e, em consequência, o armazenamento desse recurso para suprir as necessidades do lar; o descarte inadequado 
de lixo e o acúmulo exagerado de materiais de reciclagem; a alteração do ambiente natural de espécies que podem ser reservatórios ou 
vetores de patógenos; a entrada do homem em ambientes silvestres.
Algumas arboviroses são consideradas doenças emergentes, ou seja, ocorrem pela primeira vez numa região 
determinada (ou mundialmente, como aconteceu com o SARS-CoV-2 recentemente), tendo uma alta incidência 
(elevado número de casos novos numa população e intervalo de tempo determinados) e destacando-se pela 
sua gravidade e capacidade de dispersão. Já as doenças denominadas reemergentes se caracterizam por serem 
conhecidas ou existentes numa determinada região ou população e que haviam sido controladas, porém, devido 
amudanças no comportamento epidemiológico (características genéticas, ampliação da lista de hospedeiros e 
modificações no padrão de virulência ou na distribuição geográfica), voltaram a representar uma ameaça para a 
saúde humana e animal, gerando novos casos.
Seguiremos juntos nesta unidade, estudando temas e conteúdos para que você possa compreender a tríade 
arbovírus-vetor-hospedeiro, os mecanismos de transmissão dos patógenos, a patogênese das infecções 
provocadas pelos arbovírus e a importância do diagnóstico diferencial.
Faça a leitura cuidadosa do material e vamos juntos nesse aprendizado tão importante para a sua prática 
profissional e para a sua ação na comunidade em que atua. 
Bons estudos!
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 15
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADEOBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADE
1. Compreender a especificidade do conceito básico e atualizado do vírus;
2. Conhecer as características gerais dos vírus;
3. Diferenciar os vírus de outros organismos;
4. Compreender o conceito dos arbovírus;
5. Conhecer as características estruturais gerais dos arbovírus;
6. Identificar as diferenças entre os arbovírus e outros vírus que afetam os humanos;
7. Entender a relação vírus-vetor-hospedeiro;
8. Compreender as características da família Flaviviridae, gênero Flavivirus;
9. Reconhecer os principais vírus do gênero Flavivirus que circulam no Brasil;
10. Compreender as principais características dos vírus Dengue, Zika, Febre Amarela e Encefalite do Nilo Ocidental;
11. Compreender as características da família Togaviridae;
12. Reconhecer os principais vírus do gênero Alphavirus que circulam no Brasil;
13. Compreender as principais características dos vírus CHIKV, Mayaro.
14. Compreender e analisar os principais vírus da família Perybunyaviridae;
15. Conhecer as características principais do vírus Oropouche;
16. Entender o espectro clínico e a patogênese das arboviroses;
17. Diferenciar os sintomas gerados em cada arbovirose;
18. Diferenciar os métodos e técnicas de diagnóstico dos arbovírus;
19. Compreender o significado do diagnóstico diferencial em doenças que geram sintomas similares;
20. Conhecer o ciclo da doença e relacionar cada etapa com as diferentes técnicas de diagnóstico.
Carga Horária de Estudo: 10 horas
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 16
1.1 Introdução
Caro trabalhador estudante, vamos iniciar nossos estudos sobre as arboviroses, os 
aspectos morfológicos, os mecanismos de transmissão, os sintomas que geram e as 
opções de tratamento. Mas antes, vamos falar sobre o conceito básico e atualizado de 
vírus e conhecer as suas características gerais para que você seja capaz de diferenciar 
os vírus de outros organismos. 
1.2 Definição de vírus
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e submicroscópicos que não se replicam 
individualmente, dependendo das células hospedeiras para realizar as sínteses e organização das 
macromoléculas (proteínas e ácido nucleico que conformam as partículas virais) (CANN, 2010; 
FLINT et al., 2015).
Com frequência surge a pergunta: os vírus podem ser considerados seres vivos? 
Há controvérsias a respeito disso e, para que fiquem mais claras as opiniões dos que defendem e 
dos que não defendem essa hipótese, vamos visualizar o Quadro 1. 
QUADRO 1 – OS VÍRUS PODEM SER CONSIDERADOS SERES VIVOS?
Fonte: Oliveira et al. (2019).
SIM NÃO
Os vírus se reproduzem mesmo que usando a 
maquinária da célula hospedeira
Os vírus não têm estruturas próprias para realizar 
atividades metabólicas por meio das quais pudessem 
construir novas partículas virais
Os vírus estão presentes em todos os reinos do mundo 
natural
Não têm habilidade de importar nutrientes e energia do 
ambiente
A descoberta dos vírus gigantes
Os vírus gigantes são suscetíveis a infecção pelo vírus 
Sputnik
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 17
Caro trabalhador estudante, com base nas informações ofertadas e considerando o conteúdo que está 
sendo colocado à sua disposição nesta unidade, você poderá gerar seu próprio critério sobre se os vírus 
devem ou não ser considerados seres vivos.
Agora, vamos ver as características morfológicas dos vírus e detalhar cada um dos seus componentes.
SAIBA MAIS
Os vírus gigantes, Acanthamoeba polyphaga mimivirus ou mimivírus e o Acanthamoeba castellanii 
mamavirus ou mamavírus, os dois da família Mimiviridae, foram descobertos recentemente. Trata-se 
de vírus que têm dimensões maiores que as dos já conhecidos (até 800 nm) que infectam espécies 
de amebas e que têm genoma DNA de fita dupla. 
Um aspecto importante desses vírus e que os diferencia de outros é que eles sintetizam uma 
variedade de proteínas estruturais e enzimas que participam no reparo do DNA, na biogênese de 
membranas, na motilidade celular, no metabolismo de nucleotídeos, na função de chaperonas, 
entre outros. Dito de outra forma, são vírus com características morfológicas e genéticas que 
permitem a replicação e atuação com mais independência na célula hospedeira (OLIVEIRA; LA 
SCOLA; ABRAHÃO, 2019). 
Outra característica relevante dos mimivírus e mamavírus é que são suscetíveis à infecção pelo vírus 
chamado Sputnik, que é um vírus relativamente pequeno (50 nm) e com complexidade genética e 
estrutural interessante.
O Sputnik, ao infectar o mimivírus e o mamavírus, prejudica a morfogênese e a produção de vírions 
normais, indicando que ele é um parasita genuíno. A descoberta dos vírus gigantes e do vírus 
Sputnik mostra que há características dos vírus que apoiam a hipótese de que os vírus podem ser 
considerados seres vivos (LA SCOLA et al., 2008).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 18
1.3 Características morfológicas dos vírus
Caro trabalhador estudante, vamos conversar sobre a morfologia e o genoma dos vírus e entender seus diferentes 
componentes estruturais, o que é fundamental para compreendermos como eles são transmitidos e replicados.
Uma partícula viral completa, ou vírion, é composta de uma molécula de ácido nucleico (que pode ser RNA ou DNA) 
circundado por uma capa de proteína (cápside), podendo conter ou não um envelope constituído por lipídios e 
açúcares associados a proteínas (glicoproteínas). Na Figura 1, apresentamos os componentes da partícula viral e as 
funções de cada uma das estruturas.
1.3.1 Genoma viral
Os vírus podem ter genoma RNA ou DNA. O genoma DNA pode ser de fita simples (exemplo: parvovírus), fita dupla 
(exemplo: os Adenovírus) ou fita parcialmente em dupla (exemplo: hepadnavírus). Além disso, o genoma pode 
ser circular (exemplo: poliomavírus) ou linear (exemplo: parvovírus). Todos os vírus com genoma RNA (exemplo: 
arbovírus) são lineares, a maioria deles de fita simples e com um único segmento. No entanto, alguns vírus têm 
dois (exemplo: arenavírus), três (exemplo: Orthobunyavirus), 7 ou 8 (exemplo: Orthomyxovirus) ou 10 segmentos 
(exemplo: reovírus). 
FIGURA 1 – COMPONENTES DA PARTÍCULA VIRAL E AS FUNÇÕES DE CADA ESTRUTURA
Vamos definir brevemente cada uma das partes de uma partícula viral (Figura 2) (FLINT et al., 2015; CARTER; 
SAUNDERS, 2007).
Fonte: Flint et al. (2015).
Nucleocapsídeo
Envelope Lipídeos e glicoproteínas
Genoma
Cápside
DNA ou RNA
Proteínas
Informação genética
e infectividade
Proteção do genoma
União a receptores celulares
União a receptores celulares
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 19
1.3.2 Envelope
O envelope é a camada bilipídica, proveniente da célula hospedeira, que envolve as partículas virais 
(somente nos vírus envelopados), em que se encontram inseridas as glicoproteínas conhecidas pelo nome 
de peplômeros ou espículas virais. O envelope é adquirido por um processo denominado brotamento dos 
nucleocapsídeos, que acontece através de uma membrana celular – membrana plasmática em muitos 
casos, Retículo Endoplasmático, aparelho de Golgi ou membrana nuclear – carregando parte da estrutura 
(membrana). As funções do envelope são diversas,entre elas: ancoragem inicial do vírion na célula, 
penetração, fusão e disseminação do vírus entre células.
1.3.3 Cápside
A cápside é uma capa proteica que protege o genoma viral durante a sua transferência de uma célula 
hospedeira para outra. Pode estar conformado por múltiplas cópias de uma mesma proteína ou por 
associação de várias proteínas diferentes. Pode ter várias formas geométricas que são características de 
cada família viral.
FIGURA 2 – ESTRUTURA MORFOLÓGICA DE UM VÍRUS ENVELOPADO E COM GENOMA DNA
Glicoproteína de
membrana (M)
Glicoproteína Spike (S)
Proteína de
Nucleocápside (N)
Envelope ou
envoltura
RNA
Fonte: adaptado de Kumar et al. (2020).
Depois de estudarmos o vírus, 
seguimos agora para o conceito de 
arbovírus e vamos juntos conhecer 
as suas características estruturais.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 20
1.4 DEFINIÇÃO DE ARBOVÍRUS
Os arbovírus, ou do inglês arthropod-borne-viruses, compreendem uma 
diversidade de vírus transmitidos pela picada de artrópodes hematófagos 
(mosquito culicídeo, carrapatos, flebótomos), entre hospedeiros vertebrados 
infectados virêmicos e os vertebrados susceptíveis, incluindo o humano (SANTOS; 
ROMANOS; WIGG, 2015; LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014).
Entre as arboviroses que afetam o homem, a maioria se encontra distribuída nas 
famílias Flaviviridae, Togaviridae, Peribunyaviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae. 
Das cinco famílias mencionadas, enfatizaremos as famílias Flaviviridae, 
Togaviridae e Peribunyaviridae, por terem importância em saúde pública no 
Brasil. Vamos falar apenas brevemente das famílias Reoviridae e Rhabdoviridae 
por terem pouca relevância para a saúde pública, no Brasil. A família Reoviridae é 
formada por 11 gêneros, um deles sendo o Orbivirus, que abrange os arbovírus, 
a maioria deles transmitida fundamentalmente por carrapatos, culicoides e 
mosquitos. Os vírions são partículas sem envelope com diâmetro de 70 a 80 nm e 
genoma tipo RNA de fita dupla, segmentado. Os três orbivírus economicamente 
mais importantes são o vírus da língua azul, o vírus da doença equina africana 
e o vírus da doença hemorrágica epizoótica, todos transmitidos por espécies 
de Culicoides, que causam doenças em equinos e ruminantes domésticos e 
selvagens.
Os membros da família Rhabdoviridae têm forma de bastão e medem entre 
70 e 180 nm e genoma RNA linear não segmentado de polaridade negativa, 
envolvido por uma complexa ribonucleoproteína. Alguns gêneros da família 
são transmitidos por artrópodes para hospedeiros vertebrados, entre eles os 
gêneros Ephemerovirus e Tribovirus, transmitidos por mosquitos para o gado e 
bubalinos, e o gênero Vesiculovirus, transmitidos por mosquitos e flebótomos 
para mamíferos, peixes e insetos. 
A maioria das doenças produzidas por arbovírus, com exceção da dengue, teve 
uma origem zoonótica, ou seja, os vírus circulavam naturalmente entre animais 
vertebrados silvestres e, por mudanças ambientais e pressões seletivas que 
levaram a mudanças genéticas no patógeno, começaram a se adaptar e infectar 
populações humanas (LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014).
1.4.1 Características gerais dos arbovírus
Os arbovírus, na sua maioria, são vírus com genoma 
RNA e grande plasticidade genética e alta frequência 
de mutações, o que permite adaptações a hospedeiros 
vertebrados e invertebrados. Estima-se que haja mais de 
600 espécies de arbovírus. Dessas, 150 estão associadas a 
doenças em humanos. São vírus que circulam entre animais 
silvestres, com alguma especificidade por hospedeiros e 
mantendo-se em ciclos enzoóticos em poucas espécies 
de vertebrados e invertebrados. O homem ou animais 
domésticos geralmente são hospedeiros acidentais (LOPES; 
NOZAWA; LINHARES, 2014). 
Os Alphavirus e Flavivirus têm envelope, genoma RNA 
linear de fita simples e polaridade positiva. Os vírions 
têm forma esférica, e o capsídeo mede entre 40 e 70 nm. 
Os Orthobunyavirus são envelopados, com genoma tipo 
RNA segmentado, circular e de polaridade negativa. São 
esféricos ou pleomórficos e têm diâmetro de 80 a 120 nm 
(LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 21
Três elementos são fundamentais para a manutenção e transmissão dos arbovírus: o vetor 
(mosquito, carrapato, flebótomo, entre outros), o ou os hospedeiros vertebrados e as condições 
ambientais apropriadas. Alguns ciclos de transmissão são relativamente simples (envolvem um 
vetor e um hospedeiro, por exemplo os vírus da dengue e da zika), enquanto outros são mais 
complexos (envolvem mais de um vetor e mais de um hospedeiro, por exemplo o vírus do Oeste 
do Nilo e o vírus da febre amarela) (Figura 3) (JONES et al., 2020).
Fonte: Nature Education (2014) e Brasil (2014).
FIGURA 3 – CICLOS DE TRANSMISSÃO DE ALGUNS ARBOVÍRUS: A) CICLO DE TRANSMISSÃO 
DO VÍRUS DA DENGUE; B) CICLO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA
Aedes mosquito
Humano
C
ic
lo
 u
rb
an
o
C
ic
lo
 s
ilv
es
tr
e
Aedes aegypti
Haemagogus
Sabethes
Homem
A B
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 22
A maioria dos arbovírus pode gerar infecções assintomáticas e produzir doenças leves não específicas ou com 
sintomas muito graves. Nos períodos epidêmicos, as características das doenças são determinadas pela imunidade/
suscetibilidade do hospedeiro e pelas características da cepa circulante (virulência) (JONES et al., 2020). 
As infecções sintomáticas provocadas pelos arbovírus com frequência produzem uma síndrome febril nos estágios 
iniciais, podendo estar acompanhada de sintomas gastrointestinais e dor de cabeça. As dores musculares e nas 
articulações são comuns, especialmente nas infecções por Alphavirus. O rash pode estar presente de forma generalizada 
e maculopapular e, ocasionalmente, vesicular. Na maioria das infecções, a recuperação é espontânea (BRASIL, 2020, 
2017, 2014).
Caro trabalhador estudante, vamos falar agora sobre como ocorre a circulação dos arbovírus entre os hospedeiros; dito 
de outra forma, como é o processo de transmissão do vírus entre hospedeiros suscetíveis por meio do vetor (artrópode 
hematófago).
1.4.1.1 Transmissão dos arbovírus
Como foi mencionado previamente, os arbovírus são vírus transmitidos, principalmente, por artrópodes hematófagos. 
O processo se inicia quando a fêmea do inseto hematófago (e/ou o macho, como no caso dos carrapatos) realiza 
repasto sanguíneo em hospedeiro infectado virêmico. Após um período de incubação extrínseco, o vírus se replica 
em diferentes órgãos do vetor até alcançar as suas glândulas salivares. Posteriormente, o vírus é transmitido para um 
hospedeiro suscetível por meio de um novo repasto sanguíneo (Figura 4). 
Nesse processo, o vírus encontra seis barreiras potenciais dentro do inseto vetor que podem limitar a infecção, replicação 
e transmissão do vírus do mosquito vetor para o hospedeiro suscetível e, consequentemente, sua competência vetorial 
(Figura 4).
Inicialmente, o vírus deve ser capaz de penetrar as células epiteliais e se replicar nelas. Os fatores que bloqueiam um 
desses dois eventos constituem uma barreira de infecção no intestino (em inglês, Midgut infecion barrier ou MIB). 
Posteriormente, o vírus deve ser capaz de ultrapassar a lâmina basal que envolve o epitélio intestinal e infectar e se 
replicar nos tecidos vizinhos. Fatores que bloqueiam esses eventos impedem a disseminação da infecção nos tecidos, 
atuando como uma barreira de escape do intestino (em inglês, Midgut Escape Barrier ou MEB). Por último, o arbovírus 
deve infectar e se replicar nas glândulas salivares para a transmissão final na próxima picada. Fatores que impedem essa 
etapa constituem a barreira de transmissão (em inglês, Transmission Barrier ou TB) (Figura 4).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 23
Barreiras de infecção do intestino (MIB)
1. Estabelecimento da infecção no epitélio intestinal
2. Replicação nas células epiteliais do intestino
Barreiras de escape do intestino (MBE)
3. Passagem através da lâminabasal
4. Replicação em outros órgãos e tecidos
Barreiras de escape do intestino (TB)
5. Infecção nas glândulas salivares
6. Saída do lúmen das glândulas salivares
Estômago
Intestino médio
anterior
Intestino médio
posterior
Intestino posterior
posterior
ÂnusReto
Túbulos de
Malpighi
Divertículo
Glândulas
salivaresDuctos
salivares
Cibário
Esôfago
Divertículo
dorsal Intestino posterior
anterior
FIGURA 4 – CICLO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS VETOR
Fonte: adaptado de Black et al. (2002).
SAIBA MAIS
A fêmea do mosquito (seja do 
gênero Aedes, seja de outro 
gênero) precisa do sangue do 
hospedeiro para produzir os ovos, 
portanto apenas as fêmeas picam. 
Entretanto, tanto o macho quanto a 
fêmea se alimentam de substâncias 
com açúcar (néctar, seiva, entre 
outros).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 24
Continuando os nossos estudos, vamos falar de forma mais detalhada das três 
famílias de arbovírus de importância na saúde pública no Brasil. Trata-se das 
famílias Flaviviridae, Togaviridae e Peribunyaviridae. As arboviroses geradas 
pelos vírus que fazem parte dessas famílias constituem doenças que, no 
Brasil e em outras regiões tropicais e subtropicais, têm potencial de dispersão, 
capacidade de adaptação a novos ambientes e hospedeiros e possibilidade de 
causar epidemias. Vamos começar falando da família Flaviviridae.
1.4.1.2 Família Flaviviridae
A família Flaviviridae é constituída por vírus pequenos envelopados com 
genoma RNA linear, de fita simples e polaridade positiva. Os vírions têm 
tamanho entre 40 e 60 nm, com uma cápside proteica e com duas ou três 
glicoproteínas. Os gêneros que fazem parte dessa família são: Flavivirus, 
Hepacivirus, Pegivirus e Pestivirus. O gênero Flavivirus tem 53 espécies virais, 
sendo os principais representantes o vírus da febre amarela, o vírus da dengue, 
o vírus Cacipacore, o vírus Ilheus, o vírus da encefalite de Saint Louis, o vírus 
Rocio, o vírus do oeste do Nilo, o vírus Bussuquara e o vírus Zika (SIMMONDS 
et al., 2017). 
1.4.1.2.1 Gênero Flavivirus
O gênero Flavivirus inclui 53 espécies. A grande maioria delas é transmitida por artrópode 
hematófago, mosquitos ou carrapatos. Os mamíferos e as aves são os principais hospedeiros 
reservatórios. O ser humano, exceto no caso do vírus da dengue, entra no ciclo de transmissão de 
forma acidental e pode vir a manifestar desde uma infecção assintomática até um quadro severo, 
com febre hemorrágica ou sintomas neurológicos (SIMMONDS et al., 2017).
Os vírions do gênero Flavivirus têm um formato esférico e têm 50 nm de diâmetro. O genoma 
RNA codifica três proteínas estruturais: a proteína do capsídeo ou cápside (C), a proteína do 
envelope (E) e a proteína precursora de membrana (prM). Dentro da célula hospedeira infectada, 
o vírus sintetiza sete proteínas não estruturais: NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5, que são 
responsáveis pelas atividades reguladoras e de expressão do vírus, incluindo replicação, virulência 
e patogenicidade (Figura 5) (SANTOS et al., 2015; LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 25
FIGURA 5 – ORGANIZAÇÃO GENÔMICA DOS VÍRUS DO GÊNERO FLAVIVIRUS
Entre os flavivírus de importância em saúde pública estão: o vírus da dengue 
(com seus quatro sorotipos), o vírus da febre amarela, o vírus da zika e o vírus 
do Oeste do Nilo. 
Vamos aprofundar nossos estudos sobre as características dos vírus 
mencionados.
RNA viral
5’ m7G
anc C prM
pr
E NS1 NS2A NS2B NS3x NS4A NS4B NS5
3’OH
Cap
Estrutural Não Estrutural
Poliproteína
? Protease desconhecida
Sinal para a
peptidase do
hospedeiro
Protease NS3
P
P M
RH
Protease similar a
furina presente no CG
Fonte: Rodrigues (2011, p. 6).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 26
1.4.1.2.1.1 O vírus da dengue
O vírus foi descrito pela primeira vez no século XVIII, porém o isolamento do patógeno só aconteceu em 1943. O 
homem é o único hospedeiro que desenvolve as formas clínicas pela infecção causada pelo vírus, que pode variar de 
uma forma assintomática, passando por uma síndrome febril-benigna, a formas mais graves, com possibilidades de 
desenvolver dengue grave com sinais de alarme e complicações em vários órgãos (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015).
1.4.1.2.1.1.1 Sorotipos da dengue
O vírus da dengue pode ser diferenciado em quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), que têm 
propriedades antigênicas distintas (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015).
Os quatro sorotipos da dengue são mantidos na natureza por um ciclo de transmissão que envolve hospedeiros 
vertebrados e mosquitos do gênero Aedes. Na África e Ásia, o vírus circula em ambientes silvestres onde os primatas 
não humanos são os principais hospedeiros vertebrados e os vetores são mosquitos silvestres do gênero Aedes, bem 
como em ambientes urbanos em que o homem é o principal hospedeiro e os vetores são o Aedes aegypti e o Aedes 
albopictus. No continente americano, o Aedes aegypti é o principal vetor do vírus. No Brasil, o Aedes albopictus está 
presente em regiões rurais e, cada vez mais, nas regiões periféricas das grandes cidades. Tem se mostrado capaz de 
transmitir o vírus em condições de laboratório, porém não tem sido associado à transmissão para o homem (CHENG 
et al., 2021).
1.4.1.2.1.1.2 Patogênese e sintomas
A patogenia da dengue é determinada por aspectos individuais, como idade, presença de comorbidades e perfil 
imunogenético, associados a características do agente patógeno e aspectos socioambientais (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2009). 
As primeiras células infectadas após a picada do mosquito são as células dendríticas na pele (células de Langerhans), 
nas quais ocorre a replicação inicial do vírus para posterior migração para os linfonodos, corrente sanguínea e outros 
órgãos (fígado, baço, medula óssea, podendo atingir pulmão, coração e trato gastrointestinal). Essa fase febril aguda 
pode durar de 3 a 5 dias, e o período de replicação do vírus nos órgãos do corpo é conhecido como período de 
incubação intrínseco (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
Na fase inicial da infecção surgem os primeiros sintomas: febre alta (39º a 40ºC) de início abrupto, seguida de cefaleia 
(dor de cabeça), mialgia (dor muscular), prostração (debilidade, fraqueza), artralgia (dor nas articulações), perda de 
apetite, astenia (perda ou diminuição da força física), dor retro-orbital (dor ao redor dos olhos), náuseas, vômitos, 
exantema (erupção na pele) e prurido cutâneo (coceira na pele). A manifestação grave da dengue, com sinais de 
alarme, se caracteriza por choque hipovolêmico (perda de grande quantidade de líquidos e sangue), devido ao 
extravasamento de plasma, que pode ser brando e transitório, ou evoluir para o choque profundo (VALLE; PIMENTA; 
CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 27
Os primeiros anticorpos a serem produzidos contra a dengue são os IgM (Figura 6A), que começam a surgir a partir do quinto e sexto dia após início dos 
sintomas. Os níveis de IgM atingem seu pico após por volta de duas semanas, permanecendo detectáveis por dois a três meses e diminuindo após esse tempo. 
Os anticorpos IgG aparecem a partir do quinto dia na infecção primária e continuam detectáveis por toda a vida do paciente. Essa memória imunológica 
não confere proteção contra os quatro sorotipos, somente contra o sorotipo contraído (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 
2009).
A dengue é uma doença endêmica (doença que se manifesta e permanece nas regiões tropicais e subtropicais) e há cocirculação de mais de um sorotipo do 
vírus. Essa situação epidemiológica leva a que as pessoas possam contrair a doença mais de uma vez, já que ela pode ser causada por diferentes sorotipos do 
vírus, e passem por uma infecção secundária, na qual é gerado um alto nível de anticorpos IgG (Figura 6b), que podem ser detectados na fase aguda. Porém, 
os níveis de IgM na resposta secundáriasão mais baixos do que na resposta primária (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015). 
Um fenômeno interessante que pode ser observado na resposta imune após uma segunda infecção pelo dengue é o chamado ADE, do inglês Antibody 
Dependent Enhancement, ou potenciação dependente de anticorpos. Os anticorpos produzidos contra o patógeno na segunda infecção são, em sua maioria, 
não neutralizantes e são direcionados contra vários antígenos nas proteínas E e prM. Isso incrementa a entrada de qualquer sorotipo de DENV em células 
suscetíveis e aumenta a possibilidade de evolução para formas mais graves (VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
FIGURA 6 – RESPOSTA IMUNE CONTRA A 
INFECÇÃO POR DENGUE: A) PRODUÇÃO 
DE IGM E IGG NA INFECÇÃO PRIMÁRIA; B) 
PRODUÇÃO DE IGM E IGG NA INFECÇÃO 
SECUNDÁRIA
Fonte: adaptado de World Health Organization (2009).
Infecção primária
Febre
An
tic
or
po
s
Febre
Infecção secundária
Viral
RNA
Viral
RNA
NS1NS1
IgG
IgG
IgM
A
B
0 4
Dias após o início Dias após o início
8 16 4 8 16090-180
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 28
SAIBA MAIS
Conheça a história do vírus da dengue no Brasil
A dengue chegou ao Brasil na metade do século XIX, e os primeiros relatos da doença ocorreram 
em 1846, no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Em 1981-1982, aconteceu uma epidemia em Boa 
Vista (RR) causada pelos sorotipos DENV-1 e DENV-4. Após um silêncio epidemiológico, o sorotipo 
DEN-1 invadiu o Sudeste (Rio de Janeiro) e o Nordeste (Alagoas, Ceará, Pernambuco, Bahia e Minas 
Gerais) em 1986-1987, espalhando-se pelo país desde então. Também houve a entrada do sorotipo 
DEN-2 em 1990-1991 e do DEN-3 em 2001-2002. Desde a década passada, a dengue é considerada 
uma doença endêmica, com circulação dos quatro sorotipos DEN-1, 2, 3 e 4 (C MARA et al., 2007; 
VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015). 
Consulte sempre o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e o Boletim da Secretaria 
de Estado de Saúde da sua região para se manter atualizado sobre a situação epidemiológica 
dos arbovírus.
1.4.1.2.1.2 O vírus da febre amarela
O vírus amarílico é o protótipo do gênero Flavivirus (do latim flavus = amarelo) que produz uma doença febril aguda de 
curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável, endêmica nas regiões tropicais da África e América do Sul. A 
febre amarela foi a primeira doença de seres humanos em que se demonstrou a presença de um agente patógeno filtrável 
(posteriormente chamado de vírus) e, assim como outros Flavivirus, é transmitido por artrópode, tendo um ciclo silvestre 
e outro urbano (Figura 3B).
No continente americano, na forma silvestre, os primatas não humanos são os principais hospedeiros do vírus amarílico, 
principalmente os macacos pertencentes aos gêneros Cebus (macaco prego), Alouatta (guariba), Ateles (macaco aranha) e 
Callithrix (sagui). Os marsupiais e alguns roedores também podem fazer papel de reservatório na natureza (BRASIL, 2020, 
2014). 
Os vetores nas áreas silvestres, no continente americano, são mosquitos primatófilos (têm preferência por sangue de 
macacos) dos gêneros Haemagogus sp. e Sabethes sp. As fêmeas podem voar longas distâncias – até 11 km –, têm hábitos 
diurnos e são estritamente silvestres, vivem nas copas das árvores, onde habitam os hospedeiros, e descem às vezes ao 
solo na presença do homem ou quando a quantidade de macacos é pequena.
Na região urbana, o principal vetor é o Aedes aegypti, porém, no Brasil, o último caso urbano foi detectado em 1942 e, a 
partir de então, o país não teve mais transmissão urbana do vírus. Diferenças entre o ciclo de transmissão no continente 
africano e no continente americano são mencionadas na Figura 7. Na África, evidenciam-se três regiões de transmissão: 
a floresta, as regiões de savana e a região urbana. Na América, ocorrem dois ciclos de transmissão: na região de floresta 
ou silvestre e na região urbana. Em cada ciclo, os vetores e hospedeiros são diferentes (SANTOS; ROMANOS; WIGG, 2015).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 29
FIGURA 7 – CICLO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA NA ÁFRICA E NA AMÉRICA
Fonte: Brasil (2004).
ÁFRICA AMÉRICA
Macacos
Macacos
Aedes
africanus
Aedes simpsoni
Aedes taylori
Aedes luteocephalus
Aedes
africanus
Homem
Homem
Aedes
aegypti
Aedes
aegypti
Homem
Homem
Homem
Aedes
aegypti
Aedes
aegypti
Macacos
Macacos
Hg . janthinomys
Sa.chloropterus
Hg . janthinomys
Sa.chloropterus
1.4.1.2.1.2.1 Patogênese e sintomas
O vírus da febre amarela penetra no corpo pela pele. Após a picada do mosquito, se replica nos 
linfonodos regionais e se dissemina via corrente sanguínea para outros órgãos, como fígado, rins, 
medula óssea, sistema nervoso central, coração, pâncreas, baço, entre outros. A infecção ocasiona 
lesões proeminentes e aumento de tamanho no fígado e nos rins, necrose nos lóbulos hepáticos, 
degeneração eosinofílica dos hepatócitos e replicação viral nos macrófagos hepáticos, levando à 
icterícia, com resposta inflamatória ausente ou fraca (BRASIL, 2020, 2014).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 30
A febre amarela é caracterizada por ter duas fases separadas por um curto período de remissão (Figura 8). Período 
de infecção (fase virêmica): dura cerca de 3 a 6 dias, tem início súbito e sintomas inespecíficos, como febre, calafrios, 
cefaleia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, mal-estar, tonturas, náuseas e vômitos, podendo ocorrer 
infecção conjuntival e bradicardia; período de remissão (não percebido na maioria dos casos): ocorre declínio da 
temperatura e diminuição da intensidade dos sintomas, provocando sensação de melhora no paciente, e dura de 
poucas horas a até, no máximo, dois dias; período toxêmico (produção de anticorpos e citocinas): caracterizado por 
resposta inflamatória exacerbada associada a colapso hemodinâmico (circulação sanguínea), reaparecendo a febre, 
a diarreia e os vômitos, que têm aspecto de borra de café. Nesse período ainda pode ocorrer dor abdominal intensa. 
Instala-se quadro de insuficiência hepatorrenal, caracterizado por icterícia (coloração amarela de pele e olhos), 
oligúria (diminuição de produção de urina), anúria (ausência de produção e eliminação de urina) e albuminúria 
(presença de albumina na urina), acompanhado de manifestações hemorrágicas, prostração intensa, podendo 
haver evolução para coma e morte (BRASIL, 2020, 2014). 
FIGURA 8 – ESTÁGIOS DE INFECÇÃO POR FEBRE AMARELA
Fonte: Governo de Santa Catarina (2017).
VIREMA REMISSÃO TOXÊMICA
Carga viral
Isolamento Viral
RT-PCR
Sorologia (S1 - MAC-ELISA)
Material: SORO
1º ao 5º dia de sintomas
Sorologia (S1 ou S2 - MAC-ELISA
para IgM e ELISA-IgG)
Material: SORO
A partir do 6º dia de sintomas
IgM IgG
Recuperação
ou Óbito
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 31
SAIBA MAIS
Conheça a história da febre amarela no Brasil
No Brasil, a febre amarela silvestre é uma doença endêmica na região amazônica. Na região extra-amazônica, 
são registrados ocasionalmente períodos epizoóticos/epidêmicos, caracterizando as reemergências do vírus 
no país. Nos últimos anos, essas epizootias têm sido cada vez mais frequentes na região extra-amazônica.
A primeira epidemia urbana ocorreu em Recife-PE, em 1685. No ano seguinte, o vírus foi detectado na Bahia 
e provocou 25 mil casos. Em 1691, a doença foi controlada, porém, em 1849, reapareceu em Salvador-BA, 
causando 2800 mortes. Entre 1850 e 1899 a doença se dispersou pelo país. A febre amarela urbana continuou a 
ocorrer de forma pouco expressiva até 1942, quando foi erradicada. Em 1920, foi diagnosticado o primeiro caso 
de febre amarela silvestre e, nos últimos 50 anos, têm ocorrido epidemias em vários estados (BRASIL, 2004).
Consulte sempre o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e o Boletim da Secretaria de Estado 
de Saúde da sua região para se manter atualizado sobre a situação epidemiológica dos arbovírus.
1.4.1.2.1.3 O vírus da zika
O vírus da zika foi isoladopela primeira vez em 1947 na floresta Zika, na Uganda, em macacos 
sentinelas rhesus (Macaca mulata) e em mosquitos Aedes africanus. Os primeiros isolamentos 
do vírus em humanos aconteceram entre 1964 e 1975, na Nigéria, em pacientes que tiveram 
febre, dor de cabeça e dor no corpo. Estudos sorológicos realizados nas décadas de 1950 e 
1960 mostraram a disseminação do vírus para outras regiões da África e Ásia, entre pequenos 
mamíferos, aves e humanos, encontrando-se anticorpos neutralizantes contra o vírus. Em 2007, 
uma grande epidemia foi descrita na Ilha de Yap (Micronésia), onde cerca de 75% da população 
foi infectada. Em 3 de março de 2014, o Chile notificou a OPAS/OMS da transmissão autóctone 
do vírus da zika na Ilha de Páscoa, e, em maio de 2015, autoridades de saúde pública brasileiras 
confirmaram a transmissão do vírus na região Nordeste do país.
O vírus da zika pode ser transmitido pelas seguintes vias: 1) pela picada do mosquito infectado 
Aedes aegypti, sendo essa a principal forma de transmissão; 2) por transmissão sexual; 3) da 
mãe para o feto durante a gravidez; e 4) por transfusão de sangue, plaquetas ou células-tronco 
hematopoiéticas (JONES et al., 2020; ROOSSINCK, 2020).
A maioria das infecções pelo vírus da zika é assintomática, com menos de 20% sendo 
sintomáticas. Nesses casos, ocorre uma doença leve, autolimitante, com um período de 
incubação de até 10 dias, muitas vezes confundida com outras infecções por arbovírus. 
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 32
1.4.1.2.1.3.1 Patogênese e sintomas
Após a picada do mosquito, o vírus da zika se replica nas células dendríticas, próximo ao local de inoculação, disseminando-se para o sangue 
e linfonodos, podendo atingir as células neurais em diferentes estados de maturidade, pois se trata de um vírus neurotrópico, que pode 
gerar complicações neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré.
Os principais sintomas são febre, rash, artralgia e conjuntivite. Também podem ocorrer dor de cabeça, vômitos, edema e icterícia, sendo 
esses sintomas menos frequentes. Complicações digestivas, como dor abdominal, diarreia e constipação, úlceras e prurido, são observadas 
raramente.
No Brasil, foi relatada pela primeira vez a relação entre a infecção pelo vírus da zika durante a gravidez e a microcefalia no feto, caracterizada 
por uma circunferência da cabeça fetal abaixo da média para a idade gestacional, resultando em retardo intelectual e deficiência física. A 
comprovação do efeito do vírus no desenvolvimento de microcefalia veio após a detecção do RNA viral pela técnica de PCR para zika em 
líquido amniótico, placenta, sangue do cordão umbilical e tecido cerebral. Foi demostrada, também, a capacidade do vírus em infectar e 
atravessar a barreira placentária, podendo, então, acometer o tecido nervoso em formação (JONES et al., 2020; ROOSSINCK, 2020), tendo 
originado uma nova síndrome (Síndrome Congênita pelo Zika Vírus).
SAIBA MAIS
Conheça a história da febre zika no Brasil
O vírus da zika começou a circular no Brasil em 2014, na região Nordeste. Estudos mostram que o vírus veio 
do Haiti, provavelmente com migrantes ilegais e militares brasileiros que participaram da missão de paz no 
país caribenho. No início, parecia ser uma doença leve e autolimitada que desaparecia em quatro a cinco dias. 
Posteriormente, surgiram casos de síndrome de Guillain-Barré em adultos e milhares de bebês com microcefalia. 
A partir de novembro de 2015, os casos de microcefalia passaram a ser notificados no Registro de Eventos em 
Saúde Pública (RESP), no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no Sistema de Informação 
sobre Nascidos Vivos (SINASC) e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Consulte sempre o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e o Boletim da Secretaria de Estado 
de Saúde da sua região para se manter atualizado sobre a situação epidemiológica dos arbovírus.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 33
1.4.1.2.1.4 O vírus do Oeste do Nilo
O vírus do Oeste do Nilo foi primeiramente isolado na província de West Nile, Uganda, em 1937. Em 1999, um surto em Nova York, nos EUA, 
causou a morte de grande número de aves; em humanos, foi relacionado a um grande número de casos de encefalite. O surgimento do vírus 
do Oeste do Nilo no Brasil foi relacionado às aves migratórias, que vêm do hemisfério norte para o país, onde há também uma variedade de 
espécies de aves consideradas como reservatórios do patógeno. O vírus é membro do complexo sorológico que inclui o vírus da encefalite 
japonesa (presente na Ásia), o vírus da encefalite de Saint Louis (identificado pela primeira vez nos EUA) e o vírus da encefalite do Vale Murray 
(reportado na Austrália). Os vírions têm 50 nm de diâmetro (BAHUON; LECOLLINET; BECK, 2015).
O conhecimento atual da ecologia do vírus do Oeste do Nilo sugere sua manutenção ambiental em ciclos silvestres, envolvendo 
primariamente aves e mosquitos e eventualmente mamíferos e o Culex pipiens como principal vetor, embora no Brasil ainda não tenha sido 
definida a espécie transmissora. Outras espécies de Culex, Aedes, Anopheles e Mansonia têm sido identificadas como vetores com capacidade 
para transmitir o vírus (LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014; BAHUON; LECOLLINET; BECK, 2015). 
Diferentes espécies de aves constituem os reservatórios naturais do vírus, principalmente espécies da Ordem Passeriformes, Charadriiformes, 
Falconiformes e Strigiformes. Muitos outros animais, incluindo répteis, anfíbios e mamíferos, podem ser infectados, porém são considerados 
hospedeiros terminais devido à baixa viremia apresentada (LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014; BAHUON; LECOLLINET; BECK, 2015).
1.4.1.2.1.3.1 Patogênese e sintomas
Pouco se sabe dos tecidos e órgãos em que o vírus se replica após 
a picada do mosquito infectado. Acredita-se que a replicação 
inicial ocorra na pele e em linfonodos regionais, gerando uma 
viremia primária no sistema reticuloendotelial. Os vírions têm 
tropismo pelas células do sistema nervoso central, porém outros 
órgãos podem ser também afetados, como o tecido renal. Cerca 
de 80% das pessoas infectadas são assintomáticas e apenas 20% 
dos que apresentam sintomas desenvolvem a doença febril 
caracterizada por um período de incubação de dois a 14 dias, 
ocasionando febre, dor de cabeça, fadiga, exantema, nódulos 
linfáticos palpáveis e dor ocular. As manifestações mais graves 
são meningite e encefalite (LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014; 
BAHUON; LECOLLINET; BECK, 2015).
SAIBA MAIS
Conheça a história da febre do Oeste do 
Nilo no Brasil
Como mencionado, o vírus do Oeste do 
Nilo, no Brasil, foi relacionado às aves 
migratórias. Entre os anos de 2002 e 2013 foi 
documentada a soropositividade em cavalos 
e aves na Região do Pantanal, estados do 
Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Em 
2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
confirmou o primeiro caso do vírus do Oeste 
do Nilo em humano, no estado do Piauí 
(VIEIRA et al., 2015). Mais recentemente, o 
vírus foi detectado no estado de Minas Gerais 
em amostras de cavalos que adoeceram entre 
2018 e 2020, e foi confirmada a circulação 
viral nos estados de Piauí e São Paulo.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 34
1.4.1.2.2 Diagnóstico laboratorial dos Flavivirus
O diagnóstico dos Flavivirus, assim como de outros arbovírus, é baseado na detecção dos vírus e/ou seus componentes 
(exemplos: genoma viral e antígenos) e na pesquisa de anticorpos específicos para os referidos agravos. 
As metodologias utilizadas são: o teste de ELISA (do inglês enzyme-linked immunosorbent assay), detecção do antígeno ou 
proteína NS1, no caso do vírus da dengue (glicoproteína presente na superfície dos quatro sorotipos), e RT-PCR em tempo real 
(transcriptase reversa seguida de reação em cadeia da polimerase, em tempo real). 
O ELISA permite detectar os anticorpos tanto na fase aguda, a partir do quinto dia do início dos sintomas (IgM), quanto na fase 
de convalescença (IgG)(SANTOS; ROMANOS; WIGG, 2015; VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 
2009).
A detecção do antígeno NS1 é realizada somente no diagnóstico do vírus da dengue em amostras com suspeita de 
infecção por esse vírus e é feita utilizando o ELISA pela técnica de captura. A NS1 é uma proteína não estrutural altamente 
conservada (não tem mutações) nos quatro sorotipos que se associa à membrana da célula ou a compartimentos vesiculares 
e acredita-se que ela esteja envolvida na montagem do complexo de enzimas que atua na replicação do vírus. O antígeno 
pode ser detectado em amostras de soro durante a fase aguda da doença, quando é secretado para a circulação sanguínea 
(SANTOS; ROMANOS; WIGG, 2015; VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). 
A RT-PCR em tempo real é uma técnica molecular que permite detectar o genoma viral dos arbovírus na fase aguda 
da doença, além de quantificar a carga viral (concentração do vírus no paciente infectado). A RT-PCR em tempo real 
possibilita a amplificação de fragmentos genômicos, e a detecção dos produtos é feita diretamente no equipamento, 
utilizando marcadores fluorescentes e métodos sensíveis de mensuração da fluorescência emitida (SANTOS; 
ROMANOS; WIGG, 2015; VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo para entender como funciona a 
técnica de RT-PCR em tempo real. Disponível em: 
www.youtube.com/watch?v=B-cEFNwax1A
Nota dos Autores: Os vídeos de YouTube indicados neste módulo são complementares ao conteúdo 
e podem ser retirados do ar a qualquer momento e sem aviso prévio, não havendo qualquer 
responsabilidade das instituições envolvidas.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 35
As técnicas de diagnóstico mencionadas (ELISA e RT-PCR em tempo real) são também usadas no 
diagnóstico de outras doenças produzidas por arbovírus, tal e como veremos mais adiante.
Continuando, vamos falar da família Togaviridae, na qual encontramos duas arboviroses que afetam 
diversas regiões do Brasil: chikungunya e mayaro.
1.4.1.3 Família Togaviridae
A família Togaviridae é composta de vírus esféricos, de 70 nm de diâmetro, envelopados e com genoma RNA de fita simples sentido 
positivo. Inclui dois gêneros: Rubivirus (vírus da Rubéola) e Alphavirus. O gênero Alphavirus, com o maior número de espécies dentro da 
família, inclui, na sua maioria, patógenos transmitidos por mosquitos para o homem e para os animais. O genoma codifica a síntese de 
quatro proteínas não estruturais (nsP1, nsP2, nsP3 e nsP4), que participam na replicação do vírus, e das proteínas estruturais: a proteína 
do capsídeo CP, duas glicoproteínas do envelope E1 e E2, a proteína transmembrana 6K, e, em alguns Alphavirus, como o vírus Semliki 
Forest, é encontrada uma terceira proteína chamada E3 (Figura 9) (SANTOS; ROMANOS; WIGG, 2015; FAUQUET et al., 2005). 
Aproximadamente 10 espécies virais pertencentes ao gênero Alphavirus foram isoladas no Brasil: o vírus Aura, o vírus Mucambo, o vírus 
Pixuna, o vírus Trocara, o vírus Una, o vírus da encefalite Equina do Leste, o vírus mayaro, o vírus da encefalite Equina do Oeste e o vírus 
da encefalite Equina da Venezuela. Apenas o vírus Triniti não tem classificação e grupo sorológico (FAUQUET et al., 2005).
FIGURA 9 – ORGANIZAÇÃO GENÔMICA DOS VÍRUS DO GÊNERO ALPHAVIRUS
5’m7G
5’mG
nsP1
p150K p90K CP E2 E1
nsP2 nsP3 nsP4 CP E3 E2 6K E1
A(N) 3’
A(N) 3’
A(N) 3’
sgRNA 5’
A(N) 3’sgRNA 5’
S-ORF
S-ORF
Alphavirus genome
Rubivirus genome
Mtr Hel
NS-ORF
Pro X Rep
NS-ORF
Mtr HelProX Rep
Fonte: Fauquet et al. (2005).
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 36
Os Alphavirus estão relacionados e compartilham sítios antigênicos comuns, devido à presença de 
sequências conservadas nas proteínas C e E1, conferindo a mesma proteção cruzada. Pela proximidade 
antigênica, é possível diferenciar sete complexos antigênicos dentro do sorogrupo Alphavirus: o vírus 
Barmah Forest, o vírus da encefalite Equina do Leste, o vírus Middelburg, o vírus Ndumu, o vírus Semliki 
Forest e os vírus das encefalites Equina da Venezuela e do Oeste (FLINT et al., 2015).
1.4.1.3.1 O vírus da chikungunya
O vírus da chikungunya é conhecido desde 1952, quando foi identificado pela primeira vez em surto no leste da 
África, na Tanzânia. A palavra chikungunya, nos dialetos africanos swahili e makonde, significa “aquele que se curva”, 
em referência ao efeito da artralgia incapacitante que caracteriza a doença. Antes do ano 2000, os casos eram 
observados de forma ocasional em viajantes da América do Norte e Europa. Entretanto, os sucessivos surtos que 
atingiram o leste da África, as ilhas do oeste e do leste do Oceano Índico e a Índia, assim como sua disseminação para 
a Oceania, a Europa e as Américas em 2013, demonstraram o potencial desse vírus para emergir como importante 
patógeno para o ser humano (SANTOS; ROMANOS; WIGG, 2015; OKEOMA, 2016).
Na Ásia e nas Ilhas do Oceano Índico, os principais vetores de transmissão do vírus são o Aedes aegypti e Aedes 
albopictus, em área urbana. Na África, além do ciclo urbano, o vírus tem um ciclo zoonótico entre primatas não 
humanos e diversas espécies de mosquitos do gênero Aedes. Na Índia e nas Américas, o vetor principal é o Aedes 
aegypti; e na Europa e na região do Oceano Índico, o Aedes albopictus (SANTOS et al., 2015). Ao chegar ao Brasil, ainda 
em 2014, já demonstrou sua capacidade de transmissão causando graves epidemias no Nordeste entre os anos 
de 2015 e 2017 e revelando pela primeira vez sua capacidade de levar pessoas infectadas a óbito, principalmente 
aqueles em idades abaixo dos cinco anos e acima dos sessenta anos.
SAIBA MAIS
Reação cruzada ou proteção cruzada: quando um 
anticorpo pode se ligar a mais de um antígeno que não 
é específico. No exemplo anterior, seria a ligação de um 
anticorpo a antígenos.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 37
SAIBA MAIS
Conheça a história da chikungunya no Brasil
No Brasil, os primeiros casos autóctones foram identificados em Oiapoque, estado do Amapá, e em Feira de 
Santana, estado da Bahia, em setembro de 2014. Foram detectadas as duas linhagens: a asiática, no Amapá, e a 
Eastern, Central and Southern Africa (ECSA), na Bahia. A doença se espalhou rapidamente para outros estados 
devido à presença do vetor em todas as regiões, o amplo fluxo de pessoas para as diferentes localidades e a 
suscetibilidade da população à infecção, tendo causado grandes epidemias na região Nordeste entre os anos 
de 2015 e 2017.
Consulte sempre o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e o Boletim da Secretaria de Estado 
de Saúde da sua região para se manter atualizado sobre a situação epidemiológica dos arbovírus.
1.4.1.3.2 O vírus mayaro
O vírus mayaro é um Alphavirus com genoma RNA de fita simples positiva. Foi identificado pela primeira vez em Trindade e Tobago, 
em 1954, em amostra de soro de paciente sintomático (PEZZI et al., 2019). Posteriormente, o vírus se dispersou para outras regiões 
tropicais da América do Sul. A maioria dos casos ocorre na Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Peru, Bolívia e Brasil. No Brasil, a 
febre mayaro tem sido relatada na região da Amazônia e no estado de Mato Grosso.
O vírus, constituído de genoma tipo RNA de fita simples positivo, tem quatro genótipos: D, L, N e o recombinante D/L. No Brasil, 
circulam as linhagens D e L (PEZZI et al., 2019), e o vírus constitui um problema de saúde pública nas áreas rurais, devido às mudanças 
no ecossistema, em que é principalmente transmitido para o homem por mosquitos do gênero Haemagogus, e onde os primatas 
não humanos, pássaros, roedores, bicho preguiça e outros pequenos mamíferos são os principais hospedeiros. O Aedes aegypti tem 
mostrado capacidade para se infectar em condições experimentais de laboratório, sugerindo que na região urbana o mosquito é um 
potencial vetor do vírus (LORENZ; RIBEIRO; CHIARAVALOTTI-NETO, 2019). 
1.4.1.3.2.1 Patogênese e sintomas
Mais recentemente,no Brasil, têm sido relatados casos nos estados de Goiás e Tocantins, onde os infectados tiveram uma doença 
febril aguda, artralgia/artrite e rash maculopapular, associado a dor de cabeça, mialgia, dor retro-orbital, vómito e diarreia. As 
manifestações clínicas são difíceis de distinguir daquelas produzidas por outras arboviroses, como a dengue, zika e chikungunya 
(DIAGNE et al., 2020). 
A artralgia nos infectados pelo vírus mayaro pode se manifestar por meses e, em alguns casos, por anos, fazendo com que a doença 
seja mais debilitante do que as infecções por Flavivirus, em que os sintomas se apresentam por no máximo três semanas. Após a picada 
pelo mosquito, o vírus se dispersa pelas vias sanguíneas, replicando-se nos monócitos e macrófagos, atingindo os ossos, músculos 
e articulações, até alcançar o baço e o fígado. A severidade da doença está associada à produção de citocinas pró-inflamatórias e 
mediadores (interleucinas, proteínas quimioatraentes de monócitos, entre outros), bem como à indução de estresse oxidativo, que 
está associado a respostas inflamatórias e apoptose celular (DIAGNE et al., 2020). A Figura 10 mostra o curso da viremia e da produção 
de anticorpos IgM/IgG após inoculação do vírus mayaro em hospedeiro susceptível e o aparecimento dos sintomas.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 38
FIGURA 10 – CURSO DA VIREMIA, ANTICORPOS IGM/IGG EM INFECTADOS PELO VÍRUS MAYARO
Picada do mosquito
infectado por mayaro Biomarcadores Sintomas
N
ív
ei
s 
de
 e
xp
re
ss
ão
Período e incubação Aproximadamente 1 semana Semanas a meses Anos
Febre, em uma semana
(90% dos pacientes)
Poliartrite, poliartralgia ou os
dois pode demorar semanas 
ou meses (95% dos pacientes)
IgG detectável de 
4 a 10 dias após o 
início dos sintomas, 
persiste por anos
IgM detectável 3 a 8 dias
após início dos sintomas, 
usualmente persiste 
por 1 a 3 meses
Rash, em uma 
semana (40-50% 
dos pacientes)
Mialgia, 
usualmente 
nos últimos 
7 a 10 dias
(90% dos 
pacientes)
Início da infecçao
em 5-7 dias
0 2 4 6 8 10 12 14 dias
Fonte: Diagne et al. (2020).
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SAIBA MAIS
Conheça a história da febre mayaro no Brasil
Na região amazônica, no estado do Pará, foram relatadas quatro epidemias de febre mayaro: a primeira em 
1955, em comunidade próxima ao Rio Guamá; a segunda em 1978, em Belterra; a terceira no ano de 1981, em 
Conceição do Araguaia; e a quarta em 1991, em Benevides. Em 1987, o vírus foi responsável por surtos em 
Goiás, e, em 1991, foi detectado no Tocantins. Em 2000, o vírus foi isolado em turistas que viajaram à cidade de 
Camapuã, Mato Grosso do Sul. Entre 2014 e 2015, nove estados brasileiros reportaram casos suspeitos.
1.4.1.3.3 Patogênese e sintomas dos Alphavirus
Do ponto de vista clínico, os Alphavirus podem ser divididos em dois grupos: os associados a encefalite e os associados a exantema 
e poliartrite. Os vírus chikungunya e mayaro comprometem as articulações das pessoas infectadas, porém em surtos recentes 
existe documentação de casos de meningoencefalite (principalmente em neonatos) e hemorragias em pessoas infectadas pelo 
vírus chikungunya (SANTOS et al., 2015; OKEOMA, 2016).
Após a transmissão, o vírus é replicado nos fibroblastos da pele e disseminado pela via sanguínea para outros tecidos e órgãos. 
Na fase aguda, a elevada carga viral induz à produção de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias que determinam a resposta 
artritogênica. O período de incubação é de 2 a 4 dias em média, e o início da doença é abrupto e coincide com a viremia e com 
sintomas de febre, cefaleia, dor nas costas, poliartralgia (observada em 87% a 98% dos casos) e fadiga. Na fase aguda da doença, 
a dor é, predominantemente, poliarticular, bilateral, simétrica e ocorre principalmente nas articulações periféricas (tornozelos, 
punhos e falanges) e em algumas das grandes articulações (cotovelos e joelhos). Já a mialgia é observada em 46% a 59% e as 
expressões cutâneas em 40% a 50% dos casos (SANTOS et al., 2015; OKEOMA, 2016). 
A chikungunya tem impacto relevante na qualidade de vida do paciente durante a fase aguda da doença e pode provocar o 
surgimento de doença crônica. A incapacitação ou limitação das atividades normais em decorrência das dores e o cansaço 
permanente são manifestações significativas nos pacientes.
1.4.1.3.4 O diagnóstico dos Alphavirus
O diagnóstico dos Alphavirus é feito nos laboratórios de referência, de forma semelhante ao diagnóstico dos 
Flavivirus, como explicado na seção 1.4.1.2.2. O teste de detecção do RNA dos vírus chikungunya e mayaro é 
direcionado para confirmação diagnóstica de casos notificados que apresentem quadro clínico característico 
das doenças ou vínculo epidemiológico de infecção. No teste por RT-PCR em tempo real são usados 
oligonucleotídeos específicos que detectam sequências genéticas do vírus chikungunya ou mayaro. 
É importante destacar que, nas regiões onde há circulação do vírus mayaro, o teste ELISA para detecção de 
anticorpos IgM/IgG para chikungunya pode dar reação cruzada, pois mayaro e chikungunya pertencem ao 
complexo antigênico Semliki Forest. 
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 40
1.4.1.3.5 Diagnóstico diferencial dengue-zika-chikungunya
Se compararmos os sinais e sintomas que produzem as arboviroses dengue, zika e chikungunya, podemos 
observar que há entre elas algumas similaridades que podem dificultar o diagnóstico correto. Porém, há 
alguns sintomas marcantes que podem diferir e que são apresentados na Figura 11 (SANTOS et al., 2015; 
VALLE; PIMENTA; CUNHA, 2015; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
FIGURA 11 – PRINCIPAIS SINTOMAS DA DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA
Por outro lado, considerando que as arboviroses 
têm um amplo espectro clínico, o diagnóstico delas 
deve considerar a existência de outros agentes 
patógenos que geram manifestações exantemáticas, 
hemorrágicas e artralgia (Figura 12).
Fonte: Lang (2015). 
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
FEBRE Sempre presente: alta e de início imediato
Quase sempre presente: 
alta e de início imediato
Pode estar presente: 
baixa
ARTRALGIA (DORES 
NAS ARTICULAÇÕES)
Quase sempre presente: 
dores moderadas
Presente em 90% dos 
casos: dores intensas
Pode estar presente: 
dores leves
RASH CUTÂNEO 
(MANCHAS 
VERMELHAS NA PELE)
Pode estar presente
Pode estar presente: se 
manifesta nas primeiras 
48 horas (normalmente a 
partir do 2º dia)
Quase sempre presente: 
se manifesta nas 
primeiras 24 horas
PRURIDO (COCEIRA) Pode estar presente: leve Presente em 50 a 80% dos casos: leve
Pode estar presente: de 
leve a intensa
VERMELHIDÃO NOS 
OLHOS Não está presente Pode estar presente Pode estar presente
PR
IN
C
IP
A
IS
 S
IN
TO
M
A
S
SAIBA MAIS
A diferença entre sintoma e sinal é que o sinal é aquilo 
que pode ser percebido por outra pessoa sem o relato ou 
comunicação do paciente, e o sintoma é a queixa relatada 
pelo paciente, mas que só ele consegue perceber. 
Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação do 
próprio paciente.
Enfrentamento das Arboviroses | Unidade 1 - Arbovírus 41
FIGURA 12 – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL SINDRÔMICO
Caro trabalhador estudante, vamos falar agora da família Peribunyaviridae 
ressaltando o vírus oropouche por ser um arbovírus que afeta algumas regiões 
do Brasil.
Fonte: adaptado de Universidade Federal Fluminense (2017, p. 11).
ARBOVIROSES
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL SINDRÔMICO
SÍNDROME FEBRIL 
COM ALTRALGIA
SÍNDROME 
EXANTEMÁTICA
SÍNDROME 
HEMORRÁGICA
• Dengue
• Chikungunya
• Febre mayaro
• Rubéola
• Doença de 
Kawasaki
• Zika
• Dengue
• Sarampo
• Rubéola
• Parvovirose B19 
(Eritema infeccioso)
• Exantema Súbito
• Escarlatina
• Dengue
• Febre Amarela
• Leptospirose
• Meningococcemia
• Septicemia
• Malária Grave
• Hantavirose
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Proteína L
Proteína N
Envelope ou
envoltura lipídica
Proteína Gn
Proteína Gc
Large
Small
Medium
1.4.1.4 Família Peribunyaviridae

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