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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIA FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS FILOSSILICATOS Élyla Christal Barbosa Martins Ester de Oliveira Silva João Pedro Junior Miranda dos Reis Léo Richard da Silva Freitas Marabá/PA Outubro/2015 Élyla Christal Barbosa Martins (Mat.: 201443020007) Ester de Oliveira Silva (Mat.: 201443020008) João Pedro Junior Miranda dos Reis (Mat.: 201443020013) Léo Richard da Silva Freitas (Mat.: 201443020018) Filossilicatos Trabalho apresentado no Curso de Engenharia de Minas e Meio Ambiente da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, como requisito da disciplina de Mineralogia Macroscópica. Marabá/PA Outubro 2015 1. Objetivo Compreender as características e propriedades dos filossilicatos, bem como os seus sistemas cristalinos e minerais, além de suas aplicações na indústria. 2. Introdução Os filossilicatos constituem um grupo de minerais com grande importância para a geologia, pedologia e para a indústria. São constituintes essenciais de muitas rochas metamórficas, magmáticas, sedimentares e dos solos. Resultam de processos metamórficos, magmáticos, hidrotermais, diageneticos e intempéricos, sendo usada na indústria como carga, matéria- prima para cerâmica, desodorizantes etc. A palavra filossilicato deriva do grego phylon, que significa folha, uma vez que todos os membros desse grupo possuem hábito achatado ou em escama e clivagem basal perfeita a proeminente e as lamelas de clivagem (placas) são flexíveis elásticas ou plásticas, mais raramente quebradiças. De um modo geral, os filossilicatos exibem dureza baixa, normalmente inferior a 3,5, na escala Mohs, e densidade relativamente baixa em relação a outros silicatos. As peculiaridades mais marcantes dos filossilicatos representada principalmente pela divisibilidade, dureza e hábito, residem na estruturação desse grupo de minerais, que é bastante numeroso. A estrutura constituída por tetraedros de silício compartilhados, em duas dimensões, formando uma folha, onde três dos quatro oxigênios dos tetraedros SiO4 são compartilhados com os tetraedros vizinhos, levando a uma relação Si:O=2:5, que é denominada de "folha siloxama" ou simplesmente folha tetraédrica (T). Para a constituição dos minerais dessa classe as folhas tetraédricas são unidas a folhas octaédricas, constituídas por brucita [Mg(OH)2] ou gibbsita [Al(OH)3], originando duas famílias ou clãs, denominados respectivamente de trioctaédrica e dioctaédrica. São divididos em: Micas, Cloritas, Serpentinas e Argilas. 3. Desenvolvimento 3.1 Micas Mica, do latim micare (brilho), é um termo genérico aplicado ao grupo dos minerais constituído por silicatos hidratados de alumínio, potássio, sódio, ferro, magnésio e, por vezes, lítio, cristalizado no sistema monoclínico, com diferentes composições químicas e propriedades físicas. Dentre outras, podem ser citadas: clivagem fácil, que permite a separação em lâminas muito finas; flexibilidade; baixa condutividade térmica e elétrica; resistência a mudanças abruptas de temperaturas. Tais características conferem aos minerais desse grupo múltiplas aplicações industriais. Os principais minerais do grupo das micas, de importância comercial são a muscovita (sericita), a flogopita (biotita) e também a vermiculita. Figura 3.1: Mica As micas ocorrem em rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares, em concentrações muito variáveis, mas sua exploração industrial é feita, predominantemente nos pegmatitos. Seus usos são vários, tais como em: filtros ópticos, fornos, micro- ondas, janelas de alto-forno, placas de retardo em lasers de hélio-neon, vidro de proteção em vaporizadores de alta pressão, condensadores, transformadores, reostatos, fusíveis, bulbos incandescentes, placas de gesso, à prova de fogo, painéis pré-fabricados, tintas de emulsão, pintura de revestimento, tintas texturizadas e tintas anti-corrosivas, termoplásticos, partes automotivas de polipropileno, compostos para moldes de metais e lama de perfuração. Em quantidades entre 20% e 40% a mica age como reforço para prevenir contra escorrimento e como uma barreira contra raios UV e calor. Além dos usos para micas citados acima, elas ainda são usadas em compostos para hastes de solda, revestimento de papel de parede, telhas, neve artificial, explosivos e desinfetantes. Os principais estados responsáveis pela produção de mica no país segundo o anuário DNPM 2005 são: Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, Tocantins, São Paulo, Rio Grande do Norte. Levando em conta a irregularidade da maioria dos depósitos de mica, os métodos aplicados nos trabalhos de lavra são vários. O mais fácil de trabalhar e que requer o mínimo de preparação sistemática é mina (ou pedreira) a céu aberto, onde vários depósitos ou bolsões são lavrados simultaneamente até a rocha in situ não apresentar mais qualquer teor de mica. As desvantagens desse método são: em alguns lugares o clima pode não colaborar para esse tipo de lavra ou, ainda, como ocorre em vários casos, a relação estéril/minério é muito alta, tornando a lavra inviável. Alguns minerais deste grupo são: Mineral Fórmula Química Sistema Cristalino Dureza (Mohs) Biotita �����, �� � �� ��� � , ��, �� ��� ����������������, � Monoclínico 2,5 - 3,0 Muscovita ���������������, � � Monoclínico 2,0 - 2,5 Lepidolita �����, �� �������������������, � Monoclínico 2,5 - 3,0 Flogopita ����, ��� ������������, � � Monoclínico 2,5 - 3,0 Margarita ����� ��� �� ��� ��� Monoclínico 3,5 - 4,0 Figura 3.1.2: Biotita Figura 3.1.3: Muscovita Figura 3.1.4: Lepidolita Figura 3.1.5: Flogopita Figura 3.1.6: Margarita 3.2 Cloritas As cloritas constituem um grupo de minerais filossilicatos. O termo vem do cloro, “clorito” grego, significando “verde”, referindo-se à cor predominante em todos os minerais deste grupo. Eles são minerais de origem metamórfica que cristalizam no sistema monoclínico e que se encontram sob a forma de folhas flexíveis. São formados por conversão e alteração de augita, biotita e hornblenda. A grande variação nas composições resulta em variações consideráveis das propriedades físicas, ópticas e de difração de raios X. De igual modo, a variação nas composições químicas permite aos minerais do grupo da clorita existirem sob uma grande variedade de condições de pressão e temperatura. Por esta razão, os minerais cloríticos são ubíquos em rochas metamórficas de baixa e média temperatura, algumas rochas ígneas, rochas hidrotermais e sedimentos enterrados a grandes profundidades. Abaixo se apresentam os principais minerais do grupo e suas características: • Clorita � Fórmula Química - (Mg,Al,Fe)12(Si, Al)8 O20(OH)16 � Composição - Grupo de minerais, com diversos representantes, tais como turingita (Fe2+,Fe3+,Al,Mg)6(Al,Si)4O10(OH)8, pennantita (Mn,Al)6(Al,Si)4O10(OH)8 e a proclorita (Mg,Fe,Al)(Si2,5Al1,5)O10(OH)8 � Sistema Cristalino – Monoclínico � Classe – Prismática � Propriedades Ópticas - Biaxial negativo ou positivo � Hábito – Micáceo � Clivagem - Perfeita em {001} � Dureza - 1,5 - 2,5 �Densidade relativa - 2,6 - 3 � Brilho - Vítreo a nacarado � Cor - Verde � Associação - Pode estar associada à olivina, piroxênio e anfibólios. � Propriedades Diagnósticas - Pode ser identificada pelo hábito e cor e brilho. � Ocorrência - Gerada por processos secundários, hidrotermais ou metamórficos. � Usos -Pode ser usada na fabricação de papel • Peninita � Fórmula Química - (Mg,Fe2+,Al)6(Si,Al)4O10(OH)8 � Composição - 25,39 % MgO, 17,13 % Al2O3, 15,09 % FeO, 30,28 % SiO2, 12,11 % H2O � Sistema Cristalino - Monoclínico � Classe - Prismática � Propriedades Ópticas - Biaxial negativo ou positivo � Hábito - Micáceo � Clivagem - Perfeita em {001} � Dureza - 2 - 2,5 � Densidade relativa - 2,6 - 3 � Brilho - Vítreo a nacarado � Cor - Branco, rosado ou violeta � Associação - Normalmente associada a biotita, sericita e talco. � Propriedades Diagnósticas - Identifica-se pela propriedade ópticas, como baixo 2V e baixa birrefringência. � Ocorrência - Mineral de origem metamórfica. � Usos - Pode ser usada na fabricação de papel. • Prehnita � Fórmula Química - (Si3O10)Ca2Al2(OH)2 � Composição - 28,37 % CaO, 25,79 % Al2O3, 45,59 % SiO2, 2,28 % H2O � Sistema Cristalino - Ortorrômbico � Classe - Prismática � Propriedades Ópticas - Biaxial positivo � Hábito - Agregados cristalinos de estrutura botrioidal, mamelonar ou radiada � Clivagem - Basal perfeita � Dureza - 6 - 6,5 � Densidade relativa - 2,8 - 2,9 � Brilho - Vítreo � Cor - Verde claro, marrom amarelado ou branco � Associação - Normamente associado a epidoto, albita, adulária, carbonatito e diopsídio em rochas calcio-silicáticas. � Propriedades Diagnósticas - Identifica-se pela cor e a forma dos agregados cristalinos. � Ocorrência - Produto de alteração hidrotermal. � Usos - Gema • Talco � Fórmula Química - Mg6(Si8O20)(OH)4 � Composição - Silicato de magnésio � Cristalografia - Pseudo-hexagonal � Classe - Prismática � Propriedades Ópticas - Biaxial negativo � Hábito - Micáceo � Clivagem - Perfeita � Dureza - 1 � Densidade relativa - 2,7 - 2,8 � Brilho - Perláceo � Cor - Verde pálido, amarelo ou cinza-esverdeado � Associação - Geralmente associada a biotita, clorita, serpentina e carbonatos. � Propriedades Diagnósticas - Pode ser identificada pela sua baixa dureza, e sedosidade. � Ocorrência - Gerada em processos de alteração hidrotermal de minerais magnesianos, especialmente olivina e ortopiroxênio e metamorfismo regional ou de contato sobre calcários magnesianos ou rochas ultrabásicas. � Usos - Indústria de papel, sabões e cerâmica, moldes refratários, bicos de lâmpadas de acetileno, isoladores de alta tensão, aparelhos de calefação elétrica, cargas para artigos de borracha, inerte para veículos de inseticidas, polimento de arroz, branqueador para algodão, velas para automóveis, produtos medicinais etc. • Zinwaldita � Fórmula Química - K2(Fe+22,Li2Al2)(Si6Al2O20)(F,OH)4 � Composição - 10,78 % K2O, 3,42 % Li2O, 23,33 % Al2O3, 16,44 % FeO, 41,24 % SiO2, 1,03 % H2O � Sistema Cristalino- Monoclínico � Classe - Prismática � Propriedades Ópticas - Biaxial negativo � Hábito - Micáceo � Clivagem - Perfeita em (001) � Dureza - 3,5 - 4 � Densidade relativa - 2,9 - 3,02 � Cor - Marrom esverdeado, amarelo ou violeta pálido � Associação - Mineral típico de greisen. � Propriedades Diagnósticas - A zinwaldita é muito semelhante à biotita, mas pode ser identificada pela sua cor e associação mineralógica. � Ocorrência - Mineral hidrotermal ou pneumatolítico, encontrado em albititos, pegmatitos litíferos e greisen. � Usos - Minério de lítio. 3.3 Serpentinas O termo “serpentina” foi dado em 1564 pelo alemão Georgius Agricola. Vem do latim “serpens”= serpente, em alusão à aparência verde- malhada do mineral, sugerindo a semelhança com algumas cobras. O grupo das serpentinas engloba minerais filossilicatos hidratados de magnésio e ferro, sendo, principalmente, olivina, piroxênio e anfibólio. Podem conter, também, a presença de cromo, manganês, cobalto e níquel. O termo pode se referir a qualquer uma das 20 variações pertencentes ao grupo. Entretanto, há três minerais polimorfos que se cristalizam no sistema monoclínico, são eles: antigorita, crisotila e lizardita, (representados na tabela abaixo) sendo os principais deste grupo. A ocorrência dos minerais deste grupo é dada por processos hidrotermais, secundários ou metamórficos. Minerais Sistema Cristalino Fórmula Química Antigorita Monoclínico (Mg,Fe)3Si2O5(OH)4 Crisotila Monoclínico Mg3Si2O5(OH)4 Lizardita Monoclínico (Mg,Fe)3Si2O5(OH)4 Antigorita: Recebe este nome por ter sido descoberta no Valle Antigorio/Itália, cristaliza-se no sistema monoclínico. Encontra-se em rochas ultrabásicas, como o serpentinito. A antigorita é um mineral comum, geralmente produto da alteração de certos silicatos (olivina, piroxênio e anfibólio), não sendo raro encontra-la juntamente com magnetita e cromita. É encontrada numa profundidade de cerca de 60km, principalmente em rochas ígneas e metamórficas. Em geral é encontrada em partículas, mas, em alguns casos, pode formar a massa inteira da rocha. É utilizada em materiais refratários, cerâmicas, objetos ornamentais (substituindo, inclusive, o jade), além de poder desempenhar um importante papel no transporte de água em zonas de subducções. No Brasil, encontra-se na Mina São Félix do Amianto, Bom Jesus da Serra, Bahia. Dureza: 3,5-4,0 Densidade: 2,5 Cor: Amarelo-esverdeado, cinza- esverdeado Brilho: Sedoso ou Graxo Crisótilo ou crisotila: Descrito em 1834, seu nome deriva dos termos gregos “crisos” e “tilos”, respectivamente “ouro” e “fibra”, fazendo menção ao seu hábito fibroso. Existem três polimorfos do crisótilo também fibrosos, são eles: Clinocrisótilo: crisótilo mais comum e genuíno. Possui o prefixo “clino” em alusão ao sistema cristalino no qual cristaliza, sendo ele o monoclínico. Ortocrisótilo: Polimorfo do sistema ortorrômbico. Paracrisótilo: Polimorfo do sistema ortorrômbico. O crisótilo possui origem secundária, sendo produto da descomposição de outros silicatos de magnésio presentes em rochas ígneas ou metamórficas. Também tem origem hidrotermal, resultado da ação de águas progundas em rochas básicas como peridotita. Ele também aparece associado a minerais como cromita, olivina, biotita e talco. É encontrado em países como Canadá, Itália, Rússia, Espanha, Colômbia (reserva de cerca de 2.085.000 t). As primeiras jazidas de crisotila no Brasil começaram a ser pesquisadas ainda na década de 1940, em Pontalina, no sul de Goiás, e na mina São Félix, no Figura 3.3: Mineral de Antigorita município de Poções, na Bahia. Atualmente, apenas a Mina de Cana Brava, localizada no município de Minaçu, nordeste de Goiás, é autorizada a explorar o mineral e está em atividade, sendo operada pela SAMA Minerações Associadas. Com produção anual de mais de 300 mil toneladas, a mineradora pertencente ao grupo ETERNIT. Por ser um mineral fibroso, o crisótilo é usado para a obtenção de amianto (asbesto) para produção de peças automobilísticas (5%) e, principalmente, para a fabricação de cimento-amianto (95%). Dureza: 2,5 Densidade: 2,53 Cor: Verde Brilho: Sedoso Lizardita: Nomeado em 1955 por Eric James William Whittaker e Jack Zussman, em referência a Lizard, Inglaterra. Normalmente a Lizardita é um produto do metamorfismo retrógrado, substituição de olivina, ortopiroxênio ou outros minerais em rochas ígneas ultrabásicas. Pode estar associada a magnetita, crisotila e brucita. No Brasilpode ser encontrada em Campo Formoso, Bahia. Utilizada em peças ornamentais e em cerâmicas. Figura 3.3.1: Mineral Crisótilo Dureza: 2,5 Densidade: 2,5 Cor: Verde, verde-azulado Brilho: Sedoso ou Graxo Figura 3.3.2: Mineral de Lizardita 3.4 Argilas Argilominerais são minerais constituídos por silicatos hidratados de alumínio e ferro, podendo conter elementos alcalinos – sódio, potássio – e alcalinos terrosos – cálcio, magnésio. Material de grão fino (partículas de dimensão inferior a 0.002 – 0.004 mm), terrígeno, faz-se plástico ao ser misturado com a água; encontrados em solos e sedimentos de fundo de igarapés, rios, lagos, mares e oceanos. Quimicamente, os aluminossilicatos hidratados são mais conhecidos como argilominerais, podendo conter também impurezas em sua estrutura cristalina como calcita, dolomita, quartzo, pirita, matéria orgânica, entre outras Argilas o importante grupo das montmorillonitas ou esmectitas, pode ser derivado da estrutura da pirofilita, mediante a inserção de folhas de água molecular contendo cátions livres, entre as camadas triplas T-O-T da pirofilita. Como as folhas de pirofilita, normalmente estão desprovidas de carga, elas podem expandir-se muito, apresentando capacidades extremas de intumescência pela umidade e grande capacidade de troca catiônica. De maneira idêntica a da esmectita, as vermiculitas derivam do talco pela inserção de água molecular entre as folhas triplas do clã trioctaédrico. Tanto os minerais do grupo da montmorillonita como da vermiculita, por terem a folha T-O-T, ou seja, duas camadas de tetraedros por uma de octaedro, são denominadas de 2 para 1 (2:1).Cerca de 4,2% das rochas da crosta terrestre são argilas, as quais estão formadas por minerais argilosos. Os principais argilominerais são: Alefano, Apofilita, Caulinita, Halloysita, Montmorillonita, Nontronita, Saponita, Sepiolita,vermiculita. Mineral Fórmula Química Sistema Cristalino Alofano Al2O5SiO2.nH2O Amorfo Apofilita Ca4K(Si2O5)F2.8H2O Monoclínico Caulinita Al2Si2O5(OH)4 Hallosyta Al2Si2O5(OH)4.2H2O Monoclínico Montmorillonita (Mg,Ca)O.Al2O3Si5O10.nH2O Monoclínico Nontronita Fe2 3+ ,Al,Mg,Fe)2(AlSi)4O10(OH)2.nH2O Monoclínico Saponita (MgFe)3(Si,Al)4O10(OH)2.4H2O Monoclínico Sepiolita Mg4(Si2O5)3(OH)26H2O Ortorrômbico Vermiculita (Mg,Ca)0.7(Mg,Fe,Al)6.0[(Al,Si)8O20)](OH)4.8H2O Monoclínico Alofano (Al2O5SiO2.nH2O) • Composição - 45,29 % Al2O3, 34,70 % SiO2, 20,01 % H2O • Sistema cristalino: Amorfo • Hábito - Mamilolar, estactítico, pulverulento • Clivagem – Ausente • Dureza - 2 – 3 • Densidade relativa - 1,9 • Brilho - Lustroso, vítreo a subresinoso. • Cor - Azul, verde, amarelo a incolor • Ocorrência - Presente em veios ou cavidades de depósitos minerais de ferro ou zinco, formado pela alteração de silicatos de alumínio. • Usos - Não apresenta. Apofilita (Ca4K(Si2O5)F2.8H2O) • Composição - 5,19 % K2O, 24,73 % CaO, 52,98 % SiO2, 15,89 % H2O • Sistema cristalino: Monoclínico • Hábito - Granular ou prismático • Clivagem - Basal perfeita em (001) • Dureza - 4,5 - 5 • Densidade relativa - 2,33 - 2,37 • Brilho - Vítreo a nacarado • Cor - Branco, rosa, amarelo ou verde • Ocorrência - Final da cristalização magmática e hidrotermalismo sendo encontrada em cavidades de rochas magmáticas. • Usos - Fonte, com pouca importância, de potássio Caulinita (Al2Si2O5(OH)4) • Composição - Silicato de alumíniohidratado, com 39,5% Al2O3 - 46,5% SiO2 - 14,0% H2O. • Hábito – Micáceo • Clivagem - Perfeita em {001} • Dureza - 2 - 2,5 • Densidade relativa - 2,6 - 2,63 • Brilho – Terroso • Cor - Geralmente branco, variando conforme grau de impureza • Ocorrência - Alteração de feldspatos e outros silicatos, durante o intemperismo químico e também hidrotermal. Pode formar-se também por processos diagenéticos em bacias sedimentares. • Usos - É matéria prima-básica da indústria cerâmica, para a fabricação da porcelana, louça sanitária etc., em mistura com outros produtos minerais; é também empregada na preparação de pigmentos à base de anilina, veículo inerte para inseticidas, abrasivos suaves, endurecedor na indústria têxtil, carga na fabricação de papel, carga e revestimento de linóleos e oleados, em sabões e pós dentifrícios, carga para gesso para parede, constituinte do cimento Portland branco, em tintas, e outros. Em medicina, como absorvente de toxinas do aparelho digestivo e como base para muitos desinfetantes. Na fabricação de borracha de alta qualidade, empregada a confecção de luvas para fins médicos e de revestimentos de fusíveis. Em cosméticos e certos plásticos. Substâncias inertes, como barita e talco, podem ser substituídas pelo caulim, em muitos casos. No futuro poderá ser empregado, em escala comercial, como fonte de alumina, na produção de alumínio metálico. Halloysita (Al2Si2O5(OH)4.2H2O • Composição - Silicato de alumíniohidratado, com 39,5% Al2O3 - 46,5% SiO2 - 14,0% H2O. • Sistema cristalino: Monoclínico • Hábito – Micáceo • Clivagem - Perfeita em {001} • Dureza - 2 - 2,5 • Densidade relativa - 2,6 - 2,63 • Brilho – Terroso • Cor- Geralmente branco, variando conforme grau de impureza • Ocorrência - Ocorre em veios ou camadas, pela decomposição de minerais aluminosos. Presente em granitos e outras rochas. Montmorillonita (Mg,Ca)O.Al2O3Si5O10.nH2O • Composição - Silicato de alumínio, magnésio e cálcio hidratado • Sistema cristalino: Monoclínico • Hábito - Massas micro e criptocristalino. • Clivagem - Perfeita {001} • Dureza - 1 – 2 • Densidade relativa - 2 - 2,7 • Brilho - Lustroso (no agregado) • Cor - Branco, cinza, rosa, azul • Ocorrência - Produto de alteração de rochas ígneas efusivas, metamórficas e sedimentares em ambiente mal drenado. • Usos - Desodorante, descolante, inseticida, etc. Nontronita Fe23+,Al,Mg,Fe)2(AlSi)4O10(OH)2.nH2O • Composição - 1,87 % Na2O, 10,28 % Al2O3, 32,20 % Fe2O3, 36,35 % SiO2, 18,16 % H2O • Sistema cristalino: Monoclínico • Hábito - Maciço, compacto, terroso • Clivagem - Perfeita {001} • Dureza - 1,5 - 2 • Densidade relativa - 2,3 • Brilho - Ceroso (no agregado) • Cor - Verde a amarelo • Ocorrência - Presente em veios, formada pela alteração de vidros vulcânicos e rochas magmáticas básicas –intermediárias. • Usos - Não apresenta Saponita (MgFe)3(Si,Al)4O10(OH)2.4H2O • Composição - 0,65 % Na2O, 1,17 % CaO, 18,89 % MgO, 10,62 % Al2O3, 11,22 % FeO, 37,54 % SiO2, 18,76 % H2O • Sistema cristalino: Monoclínico • Hábito - Maciço, nodular • Clivagem - Perfeita {001} • Dureza - 1 - 2 • Densidade relativa - 2,2 - 2,3 • Brilho - Lustroso, graxo • Cor - Branco, amarelo, cinza, azul, vermelho. • Ocorrência - Presente em cavidades de rochas basálticas, pela alteração de minerais de magnésio. Sepiolita Mg4(Si2O5)3(OH)26H2O • Composição - Silicato de magnésio hidratado. 27,1% Mg - 60,8% SiO2 - 12,1% H2O • Sistema cristalino: Ortorrômbico • Hábito - Compacto, globular ou fibroso • Dureza - 2 - 2,5 • Densidade relativa - 2 • Cor - Branco, cinza-claro ou amarelo- claro • Ocorrência - Ocorre em veios e em aluviões. • Usos - Usado em caximbo, objetos ornamentais e cerâmica. Vermiculita (Mg,Ca)0.7(Mg,Fe,Al)6.0[(Al,Si)8O20)](OH)4.8H2O • Composição - 14,39 % MgO, 43,48 % Al2O3, 12,82 % FeO, 11,92 % SiO2, 17,87 % H2O • Sistema cristalino: Monoclínico • Hábito - Micáceo • Clivagem - Perfeita {001} • Dureza - 1,5 - 2 • Densidade relativa - 2 - 3 • Brilho - Sedososa perláceo • Cor - Branco, amarelo, marrom • Ocorrência - Ocorre em contato de rochas intrusivas ácidas, básicas e ultrabásicas. Formado pela alteração de biotita, flogopita e clorita. • Usos - Utilizado para absorção de líquidos, isolante acústico, térmico, embalagens na agricultura etc. 4. Conclusão O subgrupo dos filossilicatos, do grego phylon, que significa folha, como se pôde observar, recebe esse nome pela característica principal do grupo: possuem hábito achatado ou em escama e clivagem basal perfeita . Além disso, possuem em sua maioria, baixa dureza e sistema cristalino monoclínico. São divididos em: Micas, Cloritas, Serpentinas e Argilas. Tais peculiaridades atribuem aos minerais desse grupo diversos usos na indústria, como na construção civil, revestimento de materiais elétricos, peças automotivas, produtos de limpeza e higiene pessoal, obtenção de asbesto, lítio, potássio, magnésio, fabricação de papel, além de usos ornamentais. 5. Referências Bibliográficas MACHADO, B., F. Museu DPM UNESP Banco Silicatos Filossilicatos. São Paulo. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/silicatos/filossilicatos/filossilicatos.ht ml >. Acesso em 10 de Outubro de 2015. LOBATO, E. Perfil da Mica. J. Mendo Consultoria, 2009. Disponível em: <http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256650/P28_RT51_Perfil_da_M ica.pdf/1a2f869d-56ec-4c2d-95ca-f8635a5fa75e>. Acesso em 10 de Outubro de 2015. Figura 3.1: <http://skywalker.cochise.edu/wellerr/students/mica2/mica_files/image002.jpg>. Acesso em 10 de Outubro de 2015. Figura 3.1.2:<http://www.regmurcia.com/servlet/integra.servlets.Imagenes?METHOD= VERIMAGEN_118553&nombre=biotita-02_res_720.jpg>. Acesso em 10 de Outubro de 2015. Figura 3.1.3: < http://geology.com/minerals/photos/muscovite-13-a.jpg>. Acesso em: 10 de Outubro de 2015. Figura 3.1.4: <http://crystal-cure.com/pics/lepidolite-rough.jpg>. Acesso em 10 de Outubro de 2015 Figura 3.1.5:<http://www.uhu.es/museovirtualdemineralogia/img/clase8/filosilicatos/flog opita.jpg>. Acesso em 10 de Outubro de 2015. Figura 3.1.6: <http://mineralespana.es/arrminerales/Margarita_Guadamur_Tol.JPG>. Acesso em 10 de Outubro de 2015. < http://www.mindat.org/min-11135.html>. 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