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Resumo sobre Filossilicatos.pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIA 
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE 
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS 
 
 
 
 
FILOSSILICATOS 
 
 
 
 
 
 
 
Élyla Christal Barbosa Martins 
Ester de Oliveira Silva 
João Pedro Junior Miranda dos Reis 
Léo Richard da Silva Freitas 
 
 
 
 
Marabá/PA 
Outubro/2015 
Élyla Christal Barbosa Martins (Mat.: 201443020007) 
Ester de Oliveira Silva (Mat.: 201443020008) 
João Pedro Junior Miranda dos Reis (Mat.: 201443020013) 
Léo Richard da Silva Freitas (Mat.: 201443020018) 
 
 
 
 
 
 
Filossilicatos 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado 
no Curso de 
Engenharia de Minas 
e Meio Ambiente da 
Universidade Federal 
do Sul e Sudeste do 
Pará, como requisito 
da disciplina de 
Mineralogia 
Macroscópica. 
 
 
Marabá/PA 
Outubro 2015 
1. Objetivo 
 
Compreender as características e propriedades dos filossilicatos, 
bem como os seus sistemas cristalinos e minerais, além de suas aplicações na 
indústria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Introdução 
 
Os filossilicatos constituem um grupo de minerais com grande 
importância para a geologia, pedologia e para a indústria. São constituintes 
essenciais de muitas rochas metamórficas, magmáticas, sedimentares e dos 
solos. Resultam de processos metamórficos, magmáticos, hidrotermais, 
diageneticos e intempéricos, sendo usada na indústria como carga, matéria-
prima para cerâmica, desodorizantes etc. 
 A palavra filossilicato deriva do grego phylon, que significa folha, 
uma vez que todos os membros desse grupo possuem hábito achatado ou em 
escama e clivagem basal perfeita a proeminente e as lamelas de clivagem 
(placas) são flexíveis elásticas ou plásticas, mais raramente quebradiças. De 
um modo geral, os filossilicatos exibem dureza baixa, normalmente inferior a 
3,5, na escala Mohs, e densidade relativamente baixa em relação a outros 
silicatos. 
 As peculiaridades mais marcantes dos filossilicatos representada 
principalmente pela divisibilidade, dureza e hábito, residem na estruturação 
desse grupo de minerais, que é bastante numeroso. A estrutura constituída por 
tetraedros de silício compartilhados, em duas dimensões, formando uma folha, 
onde três dos quatro oxigênios dos tetraedros SiO4 são compartilhados com os 
tetraedros vizinhos, levando a uma relação Si:O=2:5, que é denominada de 
"folha siloxama" ou simplesmente folha tetraédrica (T). Para a constituição dos 
minerais dessa classe as folhas tetraédricas são unidas a folhas octaédricas, 
constituídas por brucita [Mg(OH)2] ou gibbsita [Al(OH)3], originando duas 
famílias ou clãs, denominados respectivamente de trioctaédrica e dioctaédrica. 
São divididos em: Micas, Cloritas, Serpentinas e Argilas. 
 
 
 
3. Desenvolvimento 
 
 3.1 Micas 
 
Mica, do latim micare (brilho), é um termo genérico aplicado ao 
grupo dos minerais constituído por silicatos hidratados de alumínio, potássio, 
sódio, ferro, magnésio e, por vezes, lítio, cristalizado no sistema monoclínico, 
com diferentes composições químicas e propriedades físicas. Dentre outras, 
podem ser citadas: clivagem fácil, que permite a separação em lâminas muito 
finas; flexibilidade; baixa condutividade térmica e elétrica; resistência a 
mudanças abruptas de temperaturas. Tais características conferem aos 
minerais desse grupo múltiplas aplicações industriais. Os principais minerais 
do grupo das micas, de importância comercial são a muscovita (sericita), a 
flogopita (biotita) e também a vermiculita. 
 
Figura 3.1: Mica 
 
 As micas ocorrem em rochas magmáticas, metamórficas e 
sedimentares, em concentrações muito variáveis, mas sua exploração 
industrial é feita, predominantemente nos pegmatitos. 
Seus usos são vários, tais como em: filtros ópticos, fornos, micro-
ondas, janelas de alto-forno, placas de retardo em lasers de hélio-neon, vidro 
de proteção em vaporizadores de alta pressão, condensadores, 
transformadores, reostatos, fusíveis, bulbos incandescentes, placas de gesso, 
à prova de fogo, painéis pré-fabricados, tintas de emulsão, pintura de 
revestimento, tintas texturizadas e tintas anti-corrosivas, termoplásticos, partes 
automotivas de polipropileno, compostos para moldes de metais e lama de 
perfuração. Em quantidades entre 20% e 40% a mica age como reforço para 
prevenir contra escorrimento e como uma barreira contra raios UV e calor. 
Além dos usos para micas citados acima, elas ainda são usadas em compostos 
para hastes de solda, revestimento de papel de parede, telhas, neve artificial, 
explosivos e desinfetantes. 
 Os principais estados responsáveis pela produção de mica no país 
segundo o anuário DNPM 2005 são: Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina, 
Tocantins, São Paulo, Rio Grande do Norte. 
Levando em conta a irregularidade da maioria dos depósitos de 
mica, os métodos aplicados nos trabalhos de lavra são vários. O mais fácil de 
trabalhar e que requer o mínimo de preparação sistemática é mina (ou 
pedreira) a céu aberto, onde vários depósitos ou bolsões são lavrados 
simultaneamente até a rocha in situ não apresentar mais qualquer teor de mica. 
As desvantagens desse método são: em alguns lugares o clima pode não 
colaborar para esse tipo de lavra ou, ainda, como ocorre em vários casos, a 
relação estéril/minério é muito alta, tornando a lavra inviável. 
Alguns minerais deste grupo são: 
Mineral Fórmula Química 
Sistema 
Cristalino 
Dureza 
(Mohs) 
Biotita 
 �����, ��
�	
��
���
�	, ��, ��
���	����������������, �
 
Monoclínico 
2,5 - 
3,0 
Muscovita 
���������������, �
� 
Monoclínico 
2,0 - 
2,5 
Lepidolita 
�����, ��
�������������������, �
 
Monoclínico 
2,5 - 
3,0 
Flogopita 
����, ���	
������������, �
� 
Monoclínico 
2,5 - 
3,0 
Margarita 
�����
���
��
���
���
 
Monoclínico 
3,5 - 
4,0 
 
 
Figura 3.1.2: Biotita 
 
 
 
 
Figura 3.1.3: Muscovita 
 
 
 
Figura 3.1.4: Lepidolita 
 
 
Figura 3.1.5: Flogopita 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.1.6: Margarita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Cloritas 
 
As cloritas constituem um grupo de minerais filossilicatos. O termo 
vem do cloro, “clorito” grego, significando “verde”, referindo-se à cor 
predominante em todos os minerais deste grupo. Eles são minerais de origem 
metamórfica que cristalizam no sistema monoclínico e que se encontram sob a 
forma de folhas flexíveis. São formados por conversão e alteração de augita, 
biotita e hornblenda. 
 A grande variação nas composições resulta em variações 
consideráveis das propriedades físicas, ópticas e de difração de raios X. De 
igual modo, a variação nas composições químicas permite aos minerais do 
grupo da clorita existirem sob uma grande variedade de condições de pressão 
e temperatura. Por esta razão, os minerais cloríticos são ubíquos em rochas 
metamórficas de baixa e média temperatura, algumas rochas ígneas, rochas 
hidrotermais e sedimentos enterrados a grandes profundidades. 
Abaixo se apresentam os principais minerais do grupo e suas 
características: 
• Clorita 
� Fórmula Química - (Mg,Al,Fe)12(Si, Al)8 O20(OH)16 
� Composição - Grupo de minerais, com diversos representantes, 
tais como turingita (Fe2+,Fe3+,Al,Mg)6(Al,Si)4O10(OH)8, 
pennantita (Mn,Al)6(Al,Si)4O10(OH)8 e a proclorita 
(Mg,Fe,Al)(Si2,5Al1,5)O10(OH)8 
� Sistema Cristalino – Monoclínico 
� Classe – Prismática 
� Propriedades Ópticas - Biaxial negativo ou positivo 
� Hábito – Micáceo 
� Clivagem - Perfeita em {001} 
� Dureza - 1,5 - 2,5 
�Densidade relativa - 2,6 - 3 
� Brilho - Vítreo a nacarado 
� Cor - Verde 
� Associação - Pode estar associada à olivina, piroxênio e 
anfibólios. 
� Propriedades Diagnósticas - Pode ser identificada pelo hábito e 
cor e brilho. 
� Ocorrência - Gerada por processos secundários, hidrotermais ou 
metamórficos. 
� Usos -Pode ser usada na fabricação de papel 
 
• Peninita 
 
� Fórmula Química - (Mg,Fe2+,Al)6(Si,Al)4O10(OH)8 
� Composição - 25,39 % MgO, 17,13 % Al2O3, 15,09 % FeO, 
30,28 % SiO2, 12,11 % H2O 
� Sistema Cristalino - Monoclínico 
� Classe - Prismática 
� Propriedades Ópticas - Biaxial negativo ou positivo 
� Hábito - Micáceo 
� Clivagem - Perfeita em {001} 
� Dureza - 2 - 2,5 
� Densidade relativa - 2,6 - 3 
� Brilho - Vítreo a nacarado 
� Cor - Branco, rosado ou violeta 
� Associação - Normalmente associada a biotita, sericita e talco. 
� Propriedades Diagnósticas - Identifica-se pela propriedade 
ópticas, como baixo 2V e baixa birrefringência. 
� Ocorrência - Mineral de origem metamórfica. 
� Usos - Pode ser usada na fabricação de papel. 
 
• Prehnita 
 
� Fórmula Química - (Si3O10)Ca2Al2(OH)2 
� Composição - 28,37 % CaO, 25,79 % Al2O3, 45,59 % SiO2, 
2,28 % H2O 
� Sistema Cristalino - Ortorrômbico 
� Classe - Prismática 
� Propriedades Ópticas - Biaxial positivo 
� Hábito - Agregados cristalinos de estrutura botrioidal, mamelonar 
ou radiada 
� Clivagem - Basal perfeita 
� Dureza - 6 - 6,5 
� Densidade relativa - 2,8 - 2,9 
� Brilho - Vítreo 
� Cor - Verde claro, marrom amarelado ou branco 
� Associação - Normamente associado a epidoto, albita, adulária, 
carbonatito e diopsídio em rochas calcio-silicáticas. 
� Propriedades Diagnósticas - Identifica-se pela cor e a forma dos 
agregados cristalinos. 
� Ocorrência - Produto de alteração hidrotermal. 
� Usos - Gema 
 
• Talco 
� Fórmula Química - Mg6(Si8O20)(OH)4 
� Composição - Silicato de magnésio 
� Cristalografia - Pseudo-hexagonal 
� Classe - Prismática 
� Propriedades Ópticas - Biaxial negativo 
� Hábito - Micáceo 
� Clivagem - Perfeita 
� Dureza - 1 
� Densidade relativa - 2,7 - 2,8 
� Brilho - Perláceo 
� Cor - Verde pálido, amarelo ou cinza-esverdeado 
� Associação - Geralmente associada a biotita, clorita, serpentina e 
carbonatos. 
� Propriedades Diagnósticas - Pode ser identificada pela sua baixa 
dureza, e sedosidade. 
� Ocorrência - Gerada em processos de alteração hidrotermal de 
minerais magnesianos, especialmente olivina e ortopiroxênio e 
metamorfismo regional ou de contato sobre calcários 
magnesianos ou rochas ultrabásicas. 
� Usos - Indústria de papel, sabões e cerâmica, moldes refratários, 
bicos de lâmpadas de acetileno, isoladores de alta tensão, 
aparelhos de calefação elétrica, cargas para artigos de borracha, 
inerte para veículos de inseticidas, polimento de arroz, 
branqueador para algodão, velas para automóveis, produtos 
medicinais etc. 
 
 
• Zinwaldita 
 
� Fórmula Química - K2(Fe+22,Li2Al2)(Si6Al2O20)(F,OH)4 
� Composição - 10,78 % K2O, 3,42 % Li2O, 23,33 % Al2O3, 16,44 
% FeO, 41,24 % SiO2, 1,03 % H2O 
� Sistema Cristalino- Monoclínico 
� Classe - Prismática 
� Propriedades Ópticas - Biaxial negativo 
� Hábito - Micáceo 
� Clivagem - Perfeita em (001) 
� Dureza - 3,5 - 4 
� Densidade relativa - 2,9 - 3,02 
� Cor - Marrom esverdeado, amarelo ou violeta pálido 
� Associação - Mineral típico de greisen. 
� Propriedades Diagnósticas - A zinwaldita é muito semelhante à 
biotita, mas pode ser identificada pela sua cor e associação 
mineralógica. 
� Ocorrência - Mineral hidrotermal ou pneumatolítico, encontrado 
em albititos, pegmatitos litíferos e greisen. 
� Usos - Minério de lítio. 
 
3.3 Serpentinas 
 
O termo “serpentina” foi dado em 1564 pelo alemão Georgius 
Agricola. Vem do latim “serpens”= serpente, em alusão à aparência verde-
malhada do mineral, sugerindo a semelhança com algumas cobras. O grupo 
das serpentinas engloba minerais filossilicatos hidratados de magnésio e ferro, 
sendo, principalmente, olivina, piroxênio e anfibólio. Podem conter, também, a 
presença de cromo, manganês, cobalto e níquel. O termo pode se referir a 
qualquer uma das 20 variações pertencentes ao grupo. Entretanto, há três 
minerais polimorfos que se cristalizam no sistema monoclínico, são eles: 
antigorita, crisotila e lizardita, (representados na tabela abaixo) sendo os 
principais deste grupo. A ocorrência dos minerais deste grupo é dada por 
processos hidrotermais, secundários ou metamórficos. 
 
Minerais Sistema Cristalino Fórmula Química 
Antigorita Monoclínico (Mg,Fe)3Si2O5(OH)4 
Crisotila Monoclínico Mg3Si2O5(OH)4 
Lizardita Monoclínico (Mg,Fe)3Si2O5(OH)4 
 
 
Antigorita: Recebe este nome por ter sido descoberta no Valle Antigorio/Itália, 
cristaliza-se no sistema monoclínico. Encontra-se em rochas ultrabásicas, 
como o serpentinito. A antigorita é um mineral comum, geralmente produto da 
alteração de certos silicatos (olivina, piroxênio e anfibólio), não sendo raro 
encontra-la juntamente com magnetita e cromita. É encontrada numa 
profundidade de cerca de 60km, principalmente em rochas ígneas e 
metamórficas. Em geral é encontrada em partículas, mas, em alguns casos, 
pode formar a massa inteira da rocha. É utilizada em materiais refratários, 
cerâmicas, objetos ornamentais (substituindo, inclusive, o jade), além de poder 
desempenhar um importante papel no transporte de água em zonas de 
subducções. No Brasil, encontra-se na Mina São Félix do Amianto, Bom Jesus 
da Serra, Bahia. 
 
Dureza: 3,5-4,0 
Densidade: 2,5 
Cor: Amarelo-esverdeado, cinza-
esverdeado 
Brilho: Sedoso ou Graxo 
 
 
 
 
 
Crisótilo ou crisotila: Descrito em 1834, seu nome deriva dos termos gregos 
“crisos” e “tilos”, respectivamente “ouro” e “fibra”, fazendo menção ao seu 
hábito fibroso. Existem três polimorfos do crisótilo também fibrosos, são eles: 
Clinocrisótilo: crisótilo mais comum e genuíno. Possui o prefixo “clino” em 
alusão ao sistema cristalino no qual cristaliza, sendo ele o monoclínico. 
Ortocrisótilo: Polimorfo do sistema ortorrômbico. 
Paracrisótilo: Polimorfo do sistema ortorrômbico. 
O crisótilo possui origem secundária, sendo produto da descomposição de 
outros silicatos de magnésio presentes em rochas ígneas ou metamórficas. 
Também tem origem hidrotermal, resultado da ação de águas progundas em 
rochas básicas como peridotita. Ele também aparece associado a minerais 
como cromita, olivina, biotita e talco. É encontrado em países como Canadá, 
Itália, Rússia, Espanha, Colômbia (reserva de cerca de 2.085.000 t). As 
primeiras jazidas de crisotila no Brasil começaram a ser pesquisadas ainda na 
década de 1940, em Pontalina, no sul de Goiás, e na mina São Félix, no 
Figura 3.3: Mineral de Antigorita 
município de Poções, na Bahia. Atualmente, apenas a Mina de Cana Brava, 
localizada no município de Minaçu, nordeste de Goiás, é autorizada a explorar 
o mineral e está em atividade, sendo operada pela SAMA Minerações 
Associadas. Com produção anual de mais de 300 mil toneladas, a mineradora 
pertencente ao grupo ETERNIT. Por ser um mineral fibroso, o crisótilo é usado 
para a obtenção de amianto (asbesto) para produção de peças automobilísticas 
(5%) e, principalmente, para a fabricação de cimento-amianto (95%). 
 
Dureza: 2,5 
Densidade: 2,53 
Cor: Verde 
Brilho: Sedoso 
 
 
 
 
 
 
Lizardita: Nomeado em 1955 por Eric James William Whittaker e Jack 
Zussman, em referência a Lizard, Inglaterra. Normalmente a Lizardita é um 
produto do metamorfismo retrógrado, substituição de olivina, ortopiroxênio ou 
outros minerais em rochas ígneas ultrabásicas. Pode estar associada a 
magnetita, crisotila e brucita. No Brasilpode ser encontrada em Campo 
Formoso, Bahia. Utilizada em peças ornamentais e em cerâmicas. 
 
 
 
Figura 3.3.1: Mineral Crisótilo 
Dureza: 2,5 
Densidade: 2,5 
Cor: Verde, verde-azulado 
Brilho: Sedoso ou Graxo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.3.2: Mineral de Lizardita 
3.4 Argilas 
 
Argilominerais são minerais constituídos por silicatos hidratados de 
alumínio e ferro, podendo conter elementos alcalinos – sódio, potássio – e 
alcalinos terrosos – cálcio, magnésio. Material de grão fino (partículas de 
dimensão inferior a 0.002 – 0.004 mm), terrígeno, faz-se plástico ao ser 
misturado com a água; encontrados em solos e sedimentos de fundo de 
igarapés, rios, lagos, mares e oceanos. Quimicamente, os aluminossilicatos 
hidratados são mais conhecidos como argilominerais, podendo conter também 
impurezas em sua estrutura cristalina como calcita, dolomita, quartzo, pirita, 
matéria orgânica, entre outras Argilas o importante grupo das montmorillonitas 
ou esmectitas, pode ser derivado da estrutura da pirofilita, mediante a inserção 
de folhas de água molecular contendo cátions livres, entre as camadas triplas 
T-O-T da pirofilita. Como as folhas de pirofilita, normalmente estão desprovidas 
de carga, elas podem expandir-se muito, apresentando capacidades extremas 
de intumescência pela umidade e grande capacidade de troca catiônica. De 
maneira idêntica a da esmectita, as vermiculitas derivam do talco pela inserção 
de água molecular entre as folhas triplas do clã trioctaédrico. Tanto os minerais 
do grupo da montmorillonita como da vermiculita, por terem a folha T-O-T, ou 
seja, duas camadas de tetraedros por uma de octaedro, são denominadas de 2 
para 1 (2:1).Cerca de 4,2% das rochas da crosta terrestre são argilas, as quais 
estão formadas por minerais argilosos. Os principais argilominerais são: 
Alefano, Apofilita, Caulinita, Halloysita, Montmorillonita, Nontronita, Saponita, 
Sepiolita,vermiculita.
Mineral Fórmula Química Sistema Cristalino
Alofano Al2O5SiO2.nH2O Amorfo
Apofilita Ca4K(Si2O5)F2.8H2O Monoclínico
Caulinita Al2Si2O5(OH)4 
Hallosyta Al2Si2O5(OH)4.2H2O Monoclínico
Montmorillonita (Mg,Ca)O.Al2O3Si5O10.nH2O Monoclínico
Nontronita Fe2
3+
,Al,Mg,Fe)2(AlSi)4O10(OH)2.nH2O Monoclínico
Saponita (MgFe)3(Si,Al)4O10(OH)2.4H2O Monoclínico
Sepiolita Mg4(Si2O5)3(OH)26H2O Ortorrômbico
Vermiculita (Mg,Ca)0.7(Mg,Fe,Al)6.0[(Al,Si)8O20)](OH)4.8H2O Monoclínico
 
Alofano (Al2O5SiO2.nH2O) 
• Composição - 
45,29 % Al2O3, 34,70 % SiO2, 
20,01 % H2O 
• Sistema cristalino: Amorfo 
• Hábito - Mamilolar, 
estactítico, pulverulento 
• Clivagem – Ausente 
• Dureza - 2 – 3 
• Densidade relativa - 1,9 
• Brilho - Lustroso, vítreo a 
subresinoso. 
• Cor - Azul, verde, amarelo 
a incolor 
• Ocorrência - Presente em 
veios ou cavidades de depósitos 
minerais de ferro ou zinco, 
formado pela alteração de 
silicatos de alumínio. 
• Usos - Não apresenta. 
 
Apofilita (Ca4K(Si2O5)F2.8H2O) 
• Composição - 5,19 % K2O, 
24,73 % CaO, 52,98 % SiO2, 15,89 % H2O 
• Sistema cristalino: Monoclínico 
• Hábito - Granular ou prismático 
• Clivagem - Basal perfeita em (001) 
• Dureza - 4,5 - 5 
• Densidade relativa - 2,33 - 2,37 
• Brilho - Vítreo a nacarado 
• Cor - Branco, rosa, amarelo ou verde 
• Ocorrência - Final da cristalização 
magmática e hidrotermalismo sendo 
encontrada em cavidades de rochas 
magmáticas. 
• Usos - Fonte, com pouca importância, 
de potássio 
 
 
 
Caulinita (Al2Si2O5(OH)4) 
• Composição - Silicato de 
alumíniohidratado, com 39,5% Al2O3 - 46,5% SiO2 - 
14,0% H2O. 
• Hábito – Micáceo 
• Clivagem - Perfeita em {001} 
• Dureza - 2 - 2,5 
• Densidade relativa - 2,6 - 2,63 
• Brilho – Terroso 
• Cor - Geralmente branco, variando 
conforme grau de impureza 
• Ocorrência - Alteração de feldspatos e outros silicatos, durante o 
intemperismo químico e também hidrotermal. Pode formar-se também 
por processos diagenéticos em bacias sedimentares. 
• Usos - É matéria prima-básica da indústria cerâmica, para a fabricação 
da porcelana, louça sanitária etc., em mistura com outros produtos 
minerais; é também empregada na preparação de pigmentos à base de 
anilina, veículo inerte para inseticidas, abrasivos suaves, endurecedor 
na indústria têxtil, carga na fabricação de papel, carga e revestimento de 
linóleos e oleados, em sabões e pós dentifrícios, carga para gesso para 
parede, constituinte do cimento Portland branco, em tintas, e outros. Em 
medicina, como absorvente de toxinas do aparelho digestivo e como 
base para muitos desinfetantes. Na fabricação de borracha de alta 
qualidade, empregada a confecção de luvas para fins médicos e de 
revestimentos de fusíveis. Em cosméticos e certos plásticos. 
Substâncias inertes, como barita e talco, podem ser substituídas pelo 
caulim, em muitos casos. No futuro poderá ser empregado, em escala 
comercial, como fonte de alumina, na produção de alumínio metálico. 
 
Halloysita (Al2Si2O5(OH)4.2H2O 
• Composição -
 Silicato de alumíniohidratado, 
com 39,5% Al2O3 - 46,5% SiO2 - 
14,0% H2O. 
• Sistema cristalino: 
Monoclínico 
• Hábito – Micáceo 
• Clivagem - Perfeita 
em {001} 
• Dureza - 2 - 2,5 
• Densidade relativa -
 2,6 - 2,63 
• Brilho – Terroso 
• Cor- Geralmente 
branco, variando conforme grau de 
impureza 
• Ocorrência - Ocorre em veios ou camadas, pela decomposição de 
minerais aluminosos. Presente em granitos e outras rochas. 
Montmorillonita (Mg,Ca)O.Al2O3Si5O10.nH2O 
• Composição - Silicato de 
alumínio, magnésio e cálcio 
hidratado 
• Sistema cristalino: 
Monoclínico 
• Hábito - Massas micro e 
criptocristalino. 
• Clivagem - Perfeita {001} 
• Dureza - 1 – 2 
• Densidade relativa - 2 -
 2,7 
• Brilho - Lustroso (no 
agregado) 
• Cor - Branco, cinza, rosa, 
azul 
• Ocorrência - Produto de 
alteração de rochas ígneas 
efusivas, metamórficas e 
sedimentares em ambiente mal 
drenado. 
• Usos - Desodorante, 
descolante, inseticida, etc. 
 
 
 
Nontronita Fe23+,Al,Mg,Fe)2(AlSi)4O10(OH)2.nH2O 
• Composição - 1,87 % Na2O, 10,28 % Al2O3, 
32,20 % Fe2O3, 36,35 % SiO2, 18,16 % H2O 
• Sistema cristalino: Monoclínico 
• Hábito - Maciço, compacto, terroso 
• Clivagem - Perfeita {001} 
• Dureza - 1,5 - 2 
• Densidade relativa - 2,3 
• Brilho - Ceroso (no agregado) 
• Cor - Verde a amarelo 
• Ocorrência - Presente em veios, formada pela alteração de vidros 
vulcânicos e rochas magmáticas básicas –intermediárias. 
• Usos - Não apresenta 
 
Saponita (MgFe)3(Si,Al)4O10(OH)2.4H2O 
• Composição - 0,65 % Na2O, 
1,17 % CaO, 18,89 % MgO, 
10,62 % Al2O3, 11,22 % FeO, 
37,54 % SiO2, 18,76 % H2O 
• Sistema cristalino: Monoclínico 
• Hábito - Maciço, nodular 
• Clivagem - Perfeita {001} 
• Dureza - 1 - 2 
• Densidade relativa - 2,2 - 2,3 
• Brilho - Lustroso, graxo 
• Cor - Branco, amarelo, cinza, azul, vermelho. 
• Ocorrência - Presente em cavidades de rochas basálticas, pela 
alteração de minerais de magnésio. 
 
Sepiolita Mg4(Si2O5)3(OH)26H2O 
• Composição - Silicato de magnésio 
hidratado. 27,1% Mg - 60,8% SiO2 - 12,1% 
H2O 
• Sistema cristalino: Ortorrômbico 
• Hábito - Compacto, globular ou fibroso 
• Dureza - 2 - 2,5 
• Densidade relativa - 2 
• Cor - Branco, cinza-claro ou amarelo-
claro 
• Ocorrência - Ocorre em veios e em aluviões. 
• Usos - Usado em caximbo, objetos ornamentais e cerâmica. 
 
 
Vermiculita (Mg,Ca)0.7(Mg,Fe,Al)6.0[(Al,Si)8O20)](OH)4.8H2O 
• Composição - 14,39 % MgO, 
43,48 % Al2O3, 12,82 % FeO, 
11,92 % SiO2, 17,87 % H2O 
• Sistema cristalino: Monoclínico 
• Hábito - Micáceo 
• Clivagem - Perfeita {001} 
• Dureza - 1,5 - 2 
• Densidade relativa - 2 - 3 
• Brilho - Sedososa perláceo 
• Cor - Branco, amarelo, marrom 
• Ocorrência - Ocorre em contato de rochas intrusivas ácidas, básicas e 
ultrabásicas. Formado pela alteração de biotita, flogopita e clorita. 
• Usos - Utilizado para absorção de líquidos, isolante acústico, térmico, 
embalagens na agricultura etc. 
 
 
 
4. Conclusão 
 
 
O subgrupo dos filossilicatos, do grego phylon, que significa folha, 
como se pôde observar, recebe esse nome pela característica principal do 
grupo: possuem hábito achatado ou em escama e clivagem basal perfeita . 
Além disso, possuem em sua maioria, baixa dureza e sistema cristalino 
monoclínico. São divididos em: Micas, Cloritas, Serpentinas e Argilas. 
Tais peculiaridades atribuem aos minerais desse grupo diversos 
usos na indústria, como na construção civil, revestimento de materiais elétricos, 
peças automotivas, produtos de limpeza e higiene pessoal, obtenção de 
asbesto, lítio, potássio, magnésio, fabricação de papel, além de usos 
ornamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Referências Bibliográficas 
 
 
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Paulo. Disponível em: 
<http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/silicatos/filossilicatos/filossilicatos.ht
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LOBATO, E. Perfil da Mica. J. Mendo Consultoria, 2009. Disponível em: 
<http://www.mme.gov.br/documents/1138775/1256650/P28_RT51_Perfil_da_M
ica.pdf/1a2f869d-56ec-4c2d-95ca-f8635a5fa75e>. Acesso em 10 de Outubro 
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Figura 
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VERIMAGEN_118553&nombre=biotita-02_res_720.jpg>. Acesso em 10 de 
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Acesso em: 10 de Outubro de 2015. 
Figura 3.1.4: <http://crystal-cure.com/pics/lepidolite-rough.jpg>. Acesso em 10 
de Outubro de 2015 
Figura 
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<http://mineralespana.es/arrminerales/Margarita_Guadamur_Tol.JPG>. Acesso 
em 10 de Outubro de 2015. 
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Acesso em 19 de Outubro de 2015. 
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Figura 3.3.2: < http://www.minweb.co.uk/sheetsilicates/lizardite.pdb>. Acesso 
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<https://www.mineralienatlas.de/lexikon/index.php/MineralData?mineral=Lizardi
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<http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Mineralogia%20(sili
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Outubro de 2015. 
<http://www.scientia.ufam.edu.br/attachments/article/26/v2%20n3%2054-
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