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Fundamentos Histór icos do Serviço SocialFundamentos Histór icos do Serviço Social Prof. Ma.Elaine Cr istina A Prática e os Aspectos Teór icos Rompendo com a Alienação Rompendo com a Alienação Palavras Chave: ruptura, método, 1 Palavras Chave: ruptura, método, dialético. Objetivos Reconhecer o processo histór ico do Serviço Social no aspecto dedo Serviço Social no aspecto de ruptura da alienação na prática profissional.profissional. 2 Objetivos Refletir a respeito do processo crítico diáletico.cr ítico diáletico. 3 Objetivos Perceber o Movimento de Reconceituação do Serviço SocialReconceituação do Serviço Social na trajetór ia da profissão. 4 Será que é importante Será que é importante entender sobre a importância da importância da ruptura com a alienação na prática alienação na prática do SS? O tema aborda os conteúdos situados no capítulo III, páginas 136-159 do PLT. 5Martinelli - Identidade e Alienação O rompimento com a alienação inicia , quando a categor ia começa a questionar a abordagema questionar a abordagem conservadora.conservadora. 6 Primeiro para ocorrer o rompimentoPr imeiro para ocorrer o rompimento é necessár io ocorrer uma análise dos aspectos sociais em uma direção de antagonismo e contradiçõesde antagonismo e contradições 7 Nesse processo de rompimento comNesse processo de rompimento com a alienação, foi necessár io perceber as contradições estabelecidas pelo sistema capitalista.sistema capitalista. 8 Também que existia umaTambém que existia uma manipulação da classe dominante nas relações sociais de ajustamento social.social. 9 O reconhecimento do contraditór io éO reconhecimento do contraditór io é fundamental para uma práxis de transformação social no trabalho social.social. 10 A condição pr imeira para oA condição pr imeira para o rompimento com a alienação é a contradição, a qual seja admitida no pensamento.pensamento. 11 A contradição é a raiz de todo oA contradição é a raiz de todo o movimento e vitalidade. È necessár iomovimento e vitalidade. È necessár io entender que as circunstâncias histór icas, agora articuladas em um novo contexto interpretativo. 12 São apreendidas de forma crítica,São apreendidas de forma crítica, evidenciavam que o imediato não eraevidenciavam que o imediato não era verdadeiro, a aparência da realidade não podia ser fixada como a realidade própr ia. 13 Lutar pela destruição do mundo dasLutar pela destruição do mundo das aparências implicava, então, realizar uma trajetór ia dialética, apoiada em um pensamento cr ítico-reflexivo.um pensamento cr ítico-reflexivo. 14 Procurar desvendar as tramas doProcurar desvendar as tramas do real, para poder compreendê-lo, conhecendo a sua estrutura, captando a sua essência.captando a sua essência. 15 Nesse movimento de busca, queNesse movimento de busca, que exige oposição, negação, contradição, a identidade atr ibuída do Serviço Social.do Serviço Social. 16 Somente a partir do momento em que seSomente a partir do momento em que se expandiu a base crítica da consciência socialexpandiu a base crítica da consciência social dos agentes, através da ruptura da alienação, édos agentes, através da ruptura da alienação, é que eles puderam perceber o caráterque eles puderam perceber o caráter conservador, subordinado e burguês de suaconservador, subordinado e burguês de sua práticas.práticas. 17 A necessidade de lutar por uma novaA necessidade de lutar por uma nova realidade profissional. Engajados em umrealidade profissional. Engajados em um movimento que no âmbito interno da profissão recebeu o nome de Movimento de Reconceituação. 18 Tal movimento determinava tambémTal movimento determinava também a expansão da base crítica da categor ia profissional. 19 O Movimento de Reconceituação, comoO Movimento de Reconceituação, como projeto social mais amplo, desenvolviaprojeto social mais amplo, desenvolvia um processo organizativo da categor ia profissional. 20 A prática tradicional, porém, lutandoA prática tradicional, porém, lutando para não perecer diante desse movimento dialético. 21 A contradição básica entre alienação eA contradição básica entre alienação e crítica, entre prática conservadora ecrítica, entre prática conservadora e prática política, revolucionár ia, ao longo do tempo tornara-se uma contradição consciente e assumida. 22 Lutando pela construção de uma novaLutando pela construção de uma nova identidade profissional, plena deidentidade profissional, plena de histor ic idade e capaz de se articular com as forças revolucionár ias que buscam a construção de um nova sociedade. 23 No plano do exercício profissional, a esseNo plano do exercício profissional, a esse momento vivido ao final dos anos 70 emomento vivido ao final dos anos 70 e início dos anos 80, correspondeu um avanço significativo da prática social. 24 Especialmente no sentido de que passouEspecialmente no sentido de que passou a ter um novo ponto de ancoragem,a ter um novo ponto de ancoragem, construído com base nas alianças com a classe trabalhadora. 25 Na caminhada histór ica do SS destaca-seNa caminhada histór ica do SS destaca-se a década de 70, com um aumento daa década de 70, com um aumento da demanda das chamadas profissões sociais. 26 No início da década de 70, o CentroNo início da década de 70, o Centro Brasileiro de Cooperação e IntercâmbioBrasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais-CBCISS considerou relevante e significativo o número de assistentes sociais brasileiros. 27 Assistentes Sociais brasileiros queAssistentes Sociais brasileiros que partic iparam dos encontros por elepartic iparam dos encontros por ele promovidos ao final dos anos 60 e início de 70. 28 Na caminhada com relação ao SSNa caminhada com relação ao SS rompendo com a alienação destacam-serompendo com a alienação destacam-se 10 fatores relevantes: 29 1- as or igens do SS como profissão tem a1- as or igens do SS como profissão tem a marca profunda do capitalismo.marca profunda do capitalismo. 2- é uma profissão que nasce do projeto da hegemonia do poder burguês. 30 3- é uma profissão que já surge no3- é uma profissão que já surge no cenár io histór ico com uma identidadecenár io histór ico com uma identidade atr ibuída pelo capitalismo. Em vez de ser produzida histor icamente, decorreu do poder hegemônico. 31 4- A classe dominante tratou de distanciar a4- A classe dominante tratou de distanciar a prática social da prática histór ica,prática social da prática histór ica, apr isionando-a em uma identidade atr ibuída,apr isionando-a em uma identidade atr ibuída, fixa, imóvel, estagnada, atreladas às exigênciasfixa, imóvel, estagnada, atreladas às exigências do capitalismo.do capitalismo. 32 5- a prática social burguesa ganhava a5- a prática social burguesa ganhava a marca de uma ação coercitiva e imposta,marca de uma ação coercitiva e imposta, não legitimada pela classe trabalhadora. 33 6- a prática objetiva desenvolvida pelos6- a prática objetiva desenvolvida pelos agentes, ao longo do tempo, deixavaagentes, ao longo do tempo, deixava claro que a base persistente da prática fora, sempre a identidade atr ibuída pelo capitalismo. 34 7- a prática do assistente social nesse7- a prática do assistente social nesse contexto era alienada, alienante econtexto era alienada, alienante e alienadora, por tanto incapaz de responder histor icamente às contradições e aos antagonismos. 35 8- Nesse sentidoa profissão não conseguiu, até8- Nesse sentido a profissão não conseguiu, até mesmo por seus limites corporativos, par tic iparmesmo por seus limites corporativos, par tic ipar histor icamente da prática política da classehistor icamente da prática política da classe operár ia, tendo sido absorvida pela classeoperár ia, tendo sido absorvida pela classe dominante.dominante. 36 9- Nesse momento os assistentes sociais ainda não9- Nesse momento os assistentes sociais ainda não tinham a clareza do seu objeto da prática social, não tinham uma análise a partir das contradições, na relação contraditória e complexa de capital e trabalho,de riqueza e pobreza, é que se encontravam o objeto da prática social.objeto da prática social. 37 10- A profissão, por força de sua10- A profissão, por força de sua identidade atr ibuída e como estratégia doidentidade atr ibuída e como estratégia do própr io capitalismo, acabou respondendo as demandas do capitalismo. 38 Na caminhada em busca de uma leiNa caminhada em busca de uma lei dialetizante destacam-se:dialetizante destacam-se: 1- a identidade atr ibuída pelo capitalismo ao SS era construída de coerção, intimidação, repressão e controle social. 39 2- a prática produzida pela burguesia,2- a prática produzida pela burguesia, submetia a função social da assistência a suasubmetia a função social da assistência a sua função econômica, substituindo o educativo porfunção econômica, substituindo o educativo por assistencial e transformando a crítica emassistencial e transformando a crítica em resignação, em passiva aceitação.resignação, em passiva aceitação. 40 3- A identidade do SS precisava romper e fazer3- A identidade do SS precisava romper e fazer uma leitura na trama de relações sociais, lutaruma leitura na trama de relações sociais, lutar por sua legitimação como prática social depor sua legitimação como prática social de caráter popular , por seu vínculo com acaráter popular , por seu vínculo com a formulação e execução de políticas sociaisformulação e execução de políticas sociais autênticas.autênticas. 41 Aos Assistentes Sociais responsáveis pela operacionalizaçãoresponsáveis pela operacionalização da prática de assistência, ficavamda prática de assistência, ficavam atr ibuídas as tarefas de controle da questão social, complementadas porquestão social, complementadas por aquelas relativas à socialização. 42 que era relacionada ao modo capitalista de pensar, ou seja, ocapitalista de pensar, ou seja, o modo de pensar necessár io àmodo de pensar necessár io à reprodução capitalista. 43 44 Centro de Educação a DistânciaCentro de Educação a Distância Universidade Anhanguera Uniderp 45 Universidade Anhanguera - Uniderp Centro de Educação a Distância ROTEIRO DE ATIVIDADES Data da aula: 26/08/2011 Curso: Serviço Social Período Letivo: 2011/2 Semestre: Segundo Semestre Disciplina: Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos do Serviço Social I Professor EAD: Ma Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes Ma Laura Márcia Rosa dos Santos Tema da aula: 8 - A Prática Profissional e os Aspectos Teóricos Rompendo com a Alienação Conteúdo abordado: Você já percebeu em seus estudos que não se pode achar que a história de um passado profissional não tem influências sobre a atuação do Serviço Social; isso não é verdade! Seria um engano achar que tais influências não refletem na atualidade profissional. Então, você pode identificar que questões referentes aos aspectos políticos, culturais e históricos refletem na atuação profissional e que tais influências repercutiram em uma abordagem tradicional de uma visão imediata das situações e que realmente a autocracia burguesa interveio de forma significativa naquele tempo. Estudar a prática profissional e os aspectos teóricos rompendo com a alienação é um tópico que você já está refletindo e estudando no decorrer dos temas anteriores. Agora chegou o momento de você se aprofundar um pouco mais a respeito desse momento do rompimento com a alienação. Então, o que seria tal processo? Você se lembra que a todo momento foi falado sobre a prática conservadora? É justamente quando a categoria começa a questionar tal abordagem que o processo de rompimento com a alienação se inicia. O processo de rompimento com a alienação profissional tem seu início quando na prática profissional começa uma análise dos aspectos sociais em uma direção de antagonismo e contradições das relações sociais. Como coloca Martinelli (2009, p. 136), é imprescindível, portanto, que a contradição seja admitida no pensamento como algo consciente e refletido . Objetivos específicos de aprendizagem para o tema abordado: Reconhecer o processo histórico do Serviço Social no aspecto de ruptura da alienação na prática profissional. Refletir a respeito do processo crítico dialético. Perceber o Movimento de Reconceituação do Serviço Social na trajetória da profissão.. Metodologias de ensino: Teleaulas (horário de transmissão ao vivo e atividades presenciais), interação via web e atividades a distância. Atividades presenciais relacionadas à Teleaula: Caros alunos, as questões de 1 a 5 deverão ser realizadas em grupo de 4 ou 5 alunos. È valido ressaltar que o trabalho em grupo propicia a integração a troca de olhares a respeito de um mesmo assunto, fortalecendo e ampliando o processo de ensino aprendizagem. Posteriormente o Tutor Presencial estará discutindo e socializando as respostas. Questão 1 No processo de rompimento com a alienação a autora coloca que é necessária uma condição Universidade Anhanguera - Uniderp Centro de Educação a Distância primeira, a qual é imprescindível para ocorrer a ruptura da alienação. Qual seria essa condição? Questão 2 Martinelli (2009, p.138) coloca que para assumir a tarefa de lutar pela destruição do mundo das aparências era indispensável ter superado a consciência ingênua e a conseqüente leitura unilateral, significa uma luta em direção a uma nova trajetória. Fale dessa trajetória. Questão 3 Com relação à identidade critica do Serviço Social era necessário uma reflexão a partir de um movimento de busca das contradições, para se ter a compreensão do real. Nesse movimento o que é exigido? Questão 4 Os avanços no processo organizativo das classe populares foi destruído de forma violenta, coercitiva e repressora. Isso foi devido qual circunstância? Questão 5 Martinelli (2009, p. 143) coloca que a necessidade de lutar por uma nova realidade profissional faz surgir um certo movimento da categoria. De qual movimento se refere? Atividades a distância As questões 6-10 poderão ser realizadas no seu momento de auto estudo. OK! Vamos lá teste seu conhecimento a partir das seguintes questões: Questão 6 (ENADE-2004). No âmbito da reflexão teórico-filosófica e da normatização ética, as conquistas teóricas do Serviço Social realizadas no processo de renovação profissional dos últimos 30 anos tiveram sua expressão pioneira. a) na Lei de Regulamentação da Profissão b) nas Diretrizes Curriculares de 1996 c) no Código de Ètica de 1993 d) no Cuuículo Mínimo de 1982 e) no Código de Ètica de 1975 Questão 7 (CEROM, 2006-SERVIÇO SOCIAL). O serviço Social tem na________________ a base de a fundamentação como especialização do trabalho. a) Institucionalização b) Cidadania Universidade Anhanguera - Uniderp Centro de Educação a Distância c) Globalização d) Questão social e) Institucionalização Questão 8 (PREFEITURA DE CURITIBA, 2003-ASSISTENTE SOCIAL). O que é o Serviço Social a) É uma profissão que se caracteriza por se essencialmente vinculada à ajuda aos usuários das organizações públicas. b) É uma profissão que se caracteriza pelas mediaçõesque faz, limitadas à concessão de recursos aos indivíduos que precisem de diversos tipos de tratamento. c) É uma especialização do campo das profissões, sendo a atuação do assistente social inscrita no âmbito da produção e reprodução da vida social. d) É um trabalhão contratado tanto pelo poder público como pelo privado, que é remunerado e deve ater-se somente à sua metodologia específica de ação. e) É uma profissão cuja finalidade é intermediar as relações entre os usuários e os serviços de assistência social, a fim de evitar conflitos que afetem o equilíbrio das instituições públicas. Questão 9 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2005-ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO). Complete a assertiva: O conhecimento, em ______________________, não se apresenta apenas como ferramenta para a compreensão do mundo, mas, acima de tudo, como possibilidades de suas transformações, segundo as necessidade e os interesses de uma classe social a) Comte b) Marx c) Paulo Freire d) Sócrates e) Keynes Questão 10 (CEROM, 2006 - SERVIÇO SOCIAL). A Assistência Social, direito do______________ e dever do _______________,é Política não contributiva, que provê os_____________, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades________________. a) Indivíduo gestor social direitos -dos indivíduos Universidade Anhanguera - Uniderp Centro de Educação a Distância b) Cidadão -País- de Seguridade Pública - salários mínimos -básicas c) Contribuinte - Estado- social- direitos - familiares d) Assistentes Social CRESS social direitos - profissionais e) Cidadão Estado - de Seguridade Social - mínimos sociais -básicas Atividades avaliativas: Não temos atividade avaliativa para o tema 8. Bibliografia Básica: MARTINELLI, M. L. Serviço Social: Identidade e Alienação. 7ª Ed. São Paulo. Cortez, 2007 FALEIROS, V.P. Estratégias em Serviço Social 7.ª ed. São Paulo: CORTEZ, 2007. VASCONCELOS, Ana Maria. A prática do serviço soc. i0aªl ed. São Paulo: CORTEZ, 2008. Bibliografia Complementar: BONFIM, Paula. Entre o público e o privado: as estratégias atuais no enfrentamento à questão social. Rev. katálysis [online]. 2010, vol.13, n.2, pp. 270-275. ISSN 1414-4980. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n2/14.pdf. Acessado em: 04 jul. 2011. IAMAMOTO. Marilda Villela. As Dimensões Ético-políticas e teórico metodológicas no Serviço Social Contemporâneo. Por 2.2. Os fundamentos do processo de institucionalização e desenvolvimento da profissão trajetória e Desafios Iamamoto (p. 12-16) Disponível em: ttp://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-2.pdf. Acesso em: 5 mai. 2010. MONTANO, Carlos. Um projeto para o Serviço Social crítico. Rev. katálysis [online]. 2006, vol.9, n.2, pp. 141-157. ISSN 1414-4980. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rk/v9n2/a02v09n2.pdf. Acessado em: 04 jul. 2011. REVISTA ELETRÔNICA Bulla, Leonia Capaverde. Relações sociais e questão social na trajetória histórica do serviço social brasileiro. Revistas eletronicas. Disponível em: WWW.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/.../726 Acesso em: 5 mai. 2010. RODRIGUES, Iram Jácome. Estratégia operária e neocapitalismo. Tempo soc. [online]. 2009, vol.21, n.1, pp. 51-64. ISSN 0103-2070. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ts/v21n1/v21n1a04.pdf. Acesso em: 04 jul. 2011. Cronograma de aulas: Disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem (Moodle), no início do semestre, com indicação das datas e disciplinas de forma coerente com o Caderno de Atividades.
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