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Efluentes de ETA
Alunas: Ivna Carla Herzog Mação Campos
Larissa Rosario Barbosa
Walquiria Vieira Dias Gava
Professora: Mariângela Dutra de Oliveira
Disciplina: Abastecimento de Águas II
Ondulações de água
(Básico)
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1
Introdução
Lodos acumulados nos decantadores 
Água de lavagem dos filtros
A estação de tratamento de água produz água para abastecimento e gera resíduos.
Diariamente são gerados no Brasil alguns milhões de toneladas de rejeitos, sendo a maioria destinada a um curso de água próximo a ETA.
Introdução
Restrições ou proibições do uso deste método de disposição, impondo a procura por outros métodos que não ou pouco interferem com o meio ambiente.
Novas idéias a respeito da utilização dos resíduos de ETA têm sido buscadas, podendo vir a constituirem alternativas válidas, desde que apresente viabilidade técnica, econômica e ambiental.
Introdução
Fonte: Parsekian
Tipos de efluentes gerados na ETA
Os principais resíduos gerados na ETA são:
Água de lavagem dos filtros
Lodos dos decantadores
Rejeito de limpeza dos tanques de produtos químicos
Podem possuir as mais diferenciadas características, relacionadas à matéria-prima, aos produtos químicos adicionados, ao layout da estação, às etapas definidas no projeto, às condições de operação entre outros.
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
Lodo de ETA: resíduo constituído de água e sólidos suspensos originalmente contidos na fonte de água, acrescidos de produtos resultantes dos reagentes aplicados à água nos processos de tratamento.
São definidos os seguintes estados físicos da água presentes nos lodos:
Fonte: Smollen & Kafaar (Adaptado)
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
A caracterização dos resíduos de ETAs se torna fundamental para avaliação de possível impacto ambiental, métodos de remoção e disposição final.
Parâmetros físico-químicos utilizados para caracterização dos lodos: 
Parâmetros
Unidade
CONAMA 357/05
Lodo de decantadores
Água de lavagem de filtros
ETA 1(a)
(DC)
ETA 2(b)
(DC)
ETA 3(c)
(DAT)
ETA 1(d)
ETA 3(e)
pH
-
5-9
7.2
7.4
8.93
6.9
8.4–9.2
sólidos sedimentáveis
ml/L
1
-
-
3.4
-
sólidos suspensos
mg/L
-
26520
15330
775
59
200-440
Alumínio
mg/L
-
11100
30
2.16
0.3
-
Arsênio
mg/L
0.5
-
-
-
-
-
Cádmio
mg/L
0.2
0.02
0.27
ND
ND
ND
Chumbo
mg/L
0.5
1.6
1.06
ND
ND
0-1.5
Cobre dissolvido
mg/L
1
2.06*
0.91*
1.7*
0.06*
-
Cromo VI
mg/L
0.5
1.58*
0.86*
0.19*
ND
0-0.56*
Cromo III
mg/L
2
Ferro solúvel
mg/L
15
5000
4200
214
6.9
8.7-31.9
Mercúrio total
mg/L
0.01
-
-
-
-
-
Níquel total
mg/L
2
1.8
1.16
ND
ND
0-0.01
Prata total
mg/L
0.1
-
-
-
-
-
Zinco total
mg/L
5
4.25
48.53
0.1
0.64
0-0.01
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
a: DC - sulfato de alumínio como coagulante. 
b: DC - cloreto férrico como coagulante
c: DAT - cloreto férrico como coagulante
d: Água de lavagem de filtros de ETA que utiliza Sulfato de Alumínio
e: ETA convencional alta taxa - utiliza cloreto férrico como coagulante
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
Lodos provenientes da coagulação
Entre 60 a 95% do lodo gerado é acumulado nos tanques de decantação e o restante nos filtros.
A concentração de sólidos no lodo decantado aumenta com o tempo em que fica acumulado.
Tanques de decantação horizontal de limpeza manual podem ter lodo acumulado por 2-3 meses, tendo alta concentração de sólidos.
Filtros são lavados a cada 24-72h e a concentração de sólidos depende da capacidade de acumulação do leito filtrante.
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
Lodos de sulfato de alumínio
 Gelatinoso, com fração de sólidos constituída de hidróxido de alumínio, partículas inorgânicas e resíduos orgânicos.
Sedimentam com relativa facilidade, porém sua baixa compactibilidade resulta em um grande volume e baixo teor de sólidos.
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
Lodos de coagulantes férricos
Características semelhantes às do lodo de sulfato de alumínio.
Os coagulantes férricos mais utilizados são o cloreto férrico – FeCl3.6H20 e sulfato férrico – Fe2(SO4).
Principais características quantitativas e qualitativas do lodo de ETA
Lodos provenientes do abrandamento por cal
Conteúdo de sólidos totais que varia entre 2 a 25%.
Constituído principalmente de carbonato de cálcio precipitado e praticamente isento de MO, com DBO e DQO próximas ou iguais a 0.
Tratamento do lodo
O tratamento dos lodos em uma estação de tratamento de água visa obter condições adequadas para sua disposição final.
Obter estado sólido ou semi-sólido
Remoção da água para concentrar os sólidos e diminuir o seu volume.
Método de separação sólido-líquido
(RICHTER, 2001)
Tratamento do lodo
Tanque de equalização
Coagulação/
Floculação
Decantação ou flotação
Filtração
Desinfecção
Água bruta
Tanque de equalização
Adensamento
Desidratação
Lodo
Água de lavagem
Disposição final
Sobrenadante
Descarga
Água tratada
Lavagem
(RICHTER, 2001)
Tratamento do lodo
As alternativas usualmente adotadas para o tratamento do lodo são:
Desidratação gradativa da água
Desidratação não mecânica
Adensamento
Desidratação mecânica
Lagoas e leitos de secagem 
(RICHTER, 2001)
Tratamento do lodo
Adensamento
Objetivo: 
Separação da água mais facilmente removível do lodo, visando a diminuição do volume deste.
Redução no tamanho dos equipamentos utilizados na etapa subseqüente de desidratação final do lodo, cujos custos de implantação e de operação dependem do volume e das características do lodo a ser desidratado.
(RICHTER, 2001)
Tratamento do lodo
Condicionamento do lodo obtenção do melhor desempenho na redução da água presente nos lodos de ETAs que utilizam sais de ferro ou alumínio como coagulantes. 
Físico
Químico
Congelamento seguido de descongelamento;
Usual em países de clima frio;
Em países de clima quente esta técnica apresenta custos altos.
Adição de produtos químicos;
Remoção da maior parte da água presente no lodo;
Cal ou soluções de polímeros sintéticos.
Adensamento
Tratamento do lodo
Tipos de adensamento de lodos:
Adensamento por gravidade
 Adensamento por flotação
Adensamento mecânico de esteiras
Adensamento
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por gravidade:
Para lodos de ETAs é o mais antigo e mais disseminado.
Normalmente é um processo contínuo, porém em menores instalações pode ser vantajosa a alternativa por batelada.
(REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por gravidade - Batelada
Uma porção de lodo é conduzida a um tanque onde é deixada decantar por algumas horas
Sobrenadante clarificado é removido
Lodo adensado é depositado no fundo
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por gravidade - Batelada
Adensador de lodo por gravidade por batelada.
Fonte: (REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por gravidade - contínuo
O lodo entra no adensador, flui para baixo e se acumula no fundo do tanque, formando um manto de lodo e uma superfície de separação com a água clarificada.
O raspador de lodo agita suavemente o lodo, movendo-o para o poço de descarga no fundo e ao centro do tanque.
Retira água intersticial
Desprende gases
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por gravidade - Contínuo
O sobrenadante é recolhido por um vertedor periférico, podendo ser reciclado para os filtros ou para o início da cadeia de tratamento. 
Na operação do adensador, o sobrenadante deve ser relativamente claro e livre de sólidos.
O manto de lodo deve se estabilizar ao redor de 0,9 – 1,0m abaixo da superfície.
O lodo deve ser extraído a uma taxa que permita manter o nível da superfície do manto de lodo constante.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensador de lodo por gravidade contínuo de formato circular.
Fonte: (REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensador de lodo por gravidade.
Fonte: (SIGMA,2012)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por flotação
Lodo é acumulado e espessado na superfície da água
São utilizadas microbolhas de ar, presentes em alta concentração na entrada do flotador
Microbolhas aderem-se às partículas de lodo pré-condicionado com polímero, aumentando o empuxo atuante sobre as mesmas e provocando seu movimento em direção à supefície.
Os flocos sobem e se acumulam na superfície do tanque, formando uma capa de lodo que se remove periodicamente por raspadores superficiais
A saída da água clarificada ocorre por meio de aberturas no fundo do flotador.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensador de lodo por floculação
Fonte: (REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento por flotação
Vantagens do adensamento por flotação em relação ao adensamento por gravidade
Maiores taxas de aplicação de sólidos e de clarificação.
Maiores concentrações de sólidos no lodo espessado.
Maior versatilidade operacional da instalação devido à possibilidade de controle da quantidade de ar fornecida para a flotação.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensamento mecânico de esteira
Pouca experiência em aplicações com lodos de ETAs.
O lodo é inicialmente condicionado quimicamente, por meio da adição de polímero sintético na região de condicionamento da esteira.
Na região denominada zona de drenagem por gravidade, ocorre a drenagem pela ação da gravidade de parcela de água presente no lodo. 
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
O lodo é inicialmente condicionado quimicamente, por meio da adição de polímero sintético na região de condicionamento da esteira.
Adensamento
Essa água passa pelos interstícios do material que constitui a esteira rolante e é coletada por dispositivos situados abaixo da esteira. 
O lodo espessado é descartado na parte final da esteira.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Adensamento
Adensador mecânico de esteira
Fonte:(REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Adensamento
A escolha do tipo de unidade de espessamento de lodos de ETAs deve sempre se basear em resultados de ensaios de laboratório.
Esses ensaios são importantes porque a eficiência do adensador escolhido depende das características do lodo considerado, as quais podem variar significativamente de uma ETA para outra
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Entre os diversos equipamentos de desidratação atualmente disponíveis, podem ser citadosos seguintes:
Centrífuga
Filtro prensa
Prensa desaguadora
Filtro rotativo a vácuo
Atendem ao mínimo de 20% de sólidos
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Centrífuga
O princípio básico na secagem de lodo por uma centrífuga é o mesmo de um adensador por gravidade. 
Adensador por gravidade
A aceleração da gravidade gera a força necessária à sedimentação. 
Centrífuga
A aceleração radial gera a força necessária à sedimentação. 
A aceleração radial gera uma força entre 500 a 6000 vezes superior à gravitacional.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
É muito importante a realização do condicionamento químico do lodo antes da centrifugação.
Velocidade
Tamanho de partícula
O condicionamento químico é realizado com a adição de polímeros sintéticos de alto peso molecular, que atuam como agentes floculantes.
Centrífuga
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Centrífuga
As centrífugas decantadoras de eixo horizontal são as mais utilizadas para desidratação de lodos.
É constituído por um tambor cilíndrico horizontal sem perfurações que gira em torno do seu eixo a 3000-4000 RPM.
Quando rotacionado, promove a separação acelerada dos sólidos e sua acumulação em sua parede interna.
Os sólidos são continuamente arrastados para uma das extremidades do cilindro por meio de uma rosca transportadora helicoidal. 
O líquido clarificado é drenado na outra extremidade.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Centrífuga
Centrífuga decantadora de eixo horizontal 
(REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Centrífuga decantadora de eixo horizontal 
Centrífuga
Fonte: (WERGEN, 20--)
Centrífuga decantadora de eixo horizontal 
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Fonte: (WERGEN, 20--)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Centrífuga
Aplicações
Capaz de obter lodo com 15-35% de sólidos.
Adequada para áreas com limitações de espaço.
Limitações
Menos efetiva na desidratação que a filtração.
O tambor está sujeito a abrasão.
Custo relativo: Médio
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa
Foi o primeiro sistema a produzir uma torta com um teor elevado de sólidos, adequada à disposição direta em aterro sanitário.
Os filtros prensa mais utilizados na desidratação de lodos de estações de tratamento de água são:
Tipo câmara, de volume fixo
Tipo membrana ou diafragma, de volume variável
Filtro prensa de câmara – Mais simples e econômico.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa de câmara
Consiste de uma série de placas tipo câmara, dispostas entre uma meia placa fixa e uma meia placa móvel nas extremidades.
Cada placa tem uma seção reentrante que forma o espaço que será ocupado pela torta final. 
O funcionamento é por batelada, as câmaras são preenchidas com o lodo e a parte móvel do filtro provoca a compressão, de tal maneira que se inicia-se a formação da torta com a retirada do filtrado através de cada câmara.
A pressão de operação dos filtros varia de 2 a 15 Mpa. Essa pressão deve ser fixada em função do tipo de lodo e do teor de sólidos que se deseja na torta. 
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa de câmara
 O lodo é bombeado para o filtro prensa até que não mais se observa a saída de líquido.
Depois disso o filtro prensa é aberto, permitindo a remoção da torta.
O período que dura a operação é chamado de tempo de prensagem e pode durar de 1 a 6h. 
O lodo deve ser condicionado quimicamente com Cal, afim de atingir pH maior que 11.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa
de câmara
Placas para filtro prensa de câmara
Fonte: (BOMAX, 20--; GRABE, 20--)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa de diafragma
O filtro prensa de diafragma é composto por diversas placas individuais intercaladas entre câmara e diafragma, sendo que as placas diafragmas são revestidas por um diafragma elástico formando assim um pacote de placas, denominado misto. 
Os diafragmas são alimentados com um fluido de pressurização e comprimem o lodo.
O tempo de prensagem é, em média, 40% menor.
Ideais para sistemas de maior produção.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa de diafragma
Fonte: (PUREWATEREFLUENTES, 20--)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtro prensa 
Aplicações
Usado para desidratar sedimentos finos.
Capaz de obter torta de 40-50% de sólidos em lodos de cal.
Limitações
Necessita de aplicação cal, para elevação do pH.
Troca do meio filtrante demorada.
Elevado custo operacional e de energia
Custo relativo: Alto
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Prensa desaguadora
O filtro-prensa de correia é um equipamento que funciona com o lodo sendo introduzido entre duas correias, em que uma delas é o meio filtrante.
Estas se deslocam entre roletes que promovem a compressão de uma esteira sobre a outra, provocando a drenagem do líquido.
A prensa desaguadora é apropriada para a secagem de lodos provenientes da coagulação da água e é capaz de produzir uma torta com consistência adequada para a disposição em aterro sanitário.
Possui simplicidade de operação e manutenção, baixo consumo de água e alta taxa de captura de sólidos.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Prensa desaguadora
Fonte:(REALLI, 1999)
Prensa desaguadora
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Prensa desaguadora
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Aplicações
Capaz de obter um lodo relativamente seco, com 40-50% de sólidos secos.
Limitações
Sua eficiência é muito sensível às características da suspensão. 
As correias podem se deteriorar rapidamente na presença de material abrasivo.
Custo relativo: Baixo
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtração a vácuo
O filtro rotativo a vácuo não funciona bem com lodos leves, mesmo com o condicionamento por polímeros.
O lodo não é retido pelo tecido do filtro e os poros da tela são obstruídos rapidamente.
É possível fazer um revestimento da tela, porém o custo se torna muito alto.
Por isso é muito pouco usado em estações de tratamento de água.
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtração a vácuo
Fonte: (VLC, 20--)
Tratamento de lodo
Desidratação mecânica
Filtração a vácuo
Aplicações
Mais indicado para desidratar sedimentos finos granulares, podendo obter torta de 35-40% de sólidos.
Limitações
É o método menos eficaz de filtração.
Elevado consumo de energia.
Custo relativo: Muito alto
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
Devido ao alto custo, são mais indicados para estações de pequeno porte, usualmente com capacidade menor que 200 l/s.
Esses sistemas caracterizam-se por serem multifásicos, envolvendo algumas etapas que podem ser analisadas na figura a seguir:
.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Desidratação esquemática em um leito de secagem.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
O sistema completo é composto por camada suporte, meio filtrante e sistema drenante.
(REALLI, 1999)
Esquema do leito (corte).
Esquema do leito (corte)
Esquema do leito (corte)
Esquema do leito (corte)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
(REALLI, 1999)
São constituídos por tanques rasos, com duas ou três camadas de areia com granulometria diferente e cerca de 30 cm de espessura.
A camada suporte tem por finalidade: manter a espessura do lodo uniforme; facilitar a remoção manual do lodo; evitar a formação de buracos devido à movimentação de funcionários sobre o leito.
O fundo do leito é geralmente o próprio solo, podendo, às vezes, receber uma camada de concreto simples. O lodo é espalhado em camadas de 20 a 30 cm e uma nova camada deve ser lançada somente após a secagem total do lodo.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
O meio filtrante é constituído por britas graduadas de 1/8” a 1/4”, com 0,15 a 0,3 m de espessura.
Os tubos que transportam os lodos para os leitos de secagem devem ser dimensionados para trabalharem com velocidade de 0,75 m/s.
A camada suporte possui uma espessura de 0,3 m de areia com tamanho efetivo de 0,3 a 0,5 mm e o coeficiente de não-uniformidade < 5,0.
(REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
O filtrado através do leito, deve também ser caracterizado, pois pode possuir valores elevados de DQO, metais, cor e turbidez. No entanto, a possibilidade de retorno à entrada da ETA e o reuso do drenado é fator fundamental.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
A operação do sistema de leitos de secagem inclui: enchimento; secagem.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
O enchimento do leito de secagem geralmente dura de 15 a 30 dias e depende da capacidade de cada leito. 
A fase de secagem dura 3 semanas ou mais, dependendo do clima e da concentração final desejada.
(RICHTER, 2001)
Os leitos de secagem são dimensionados para um período de armazenamento total de 3 a 4 meses, ou seja, 3 a 4 aplicações no ano.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
Fonte: REALLI, 1999.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
Outro método que poderá ser utilizado quando o custo da terra for baixo, sendo o sistema bastante parecido ao dos leitos de secagem e também indicado para pequenas estações (< 200l/s).
Essas lagoas podem ser naturais ou artificiais (construídas por meio de diques ou escavações). 
As áreas necessárias são grandes e o custo da terra é um dos fatores essenciais na definição do método. 
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
A desidratação ocorre em três fases: drenagem, evaporação e transpiração.
.
Fonte: REALLI, 1999.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
A drenagem é independente da profundidade da lagoa.
A evaporação é o principal fator para a desidratação.
Recomenda-se que a profundidade das lagoas varie de 0,7 a 1,4 m, apesar de existirem lagoas que atinjam 3,0 m de profundidade.
As lagoas e os leitos trabalham com as mesmas cargas superficiais, a diferença reside na profundidade líquida que na lagoa é maior. Assim, as lagoas podem suportar picos de carga com maior facilidade.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
O sobrenadante decantado pode ser removido continuamente ou de forma intermitente, podendo retornar ao sistema de tratamento.
O tempo para desidratação pode variar bastante, principalmente quando são consideradas as condições climáticas.
(REALLI, 1999)
Os trabalhos envolvidos na operação e manutenção das lagoas incluem: aplicação de lodo, remoção periódica do sobrenadante, remoção periódica dos sólidos e reparos no talude.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
Desvantagens da utilização de lagoas de secagem
Exigem maiores preocupações, pois dependem das condições do solo local e de fatores climáticos. 
A recuperação da água torna-se mais difícil do que nos leitos.
O local de implantação deve ser estudado criteriosamente, pois há a possibilidade de proliferação de insetos e ocorrência de maus odores.
As áreas ocupadas pelas lagoas podem ser duas ou três vezes
maior que a dos leitos de secagem de mesma capacidade.
Maior custo.
(REALLI, 1999)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
Vantagens da utilização de lagoas de secagem
Baixo custo inicial quando o preço da terra for baixo. 
O número de limpezas por ano é menor que nos leitos de secagem.
Baixo gasto energético.
(RICHTER, 2001)
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – leitos de secagem
Fonte: REALLI, 1999.
Tratamento de lodo
Desidratação
Desidratação não mecânica – lagoas de secagem
Fonte: REALLI, 1999.
Disposição final
Lançamento em cursos d’água
Lançamento ao mar
Lançamento na rede de esgotas sanitários
Lagoas
Aplicação ao solo
Aterro sanitário
São alternativas de disposição final usualmente adotadas:
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Lançamento em cursos d’água
Permissão das autoridades em meio ambiente dependendo das características e do volume do curso d’água. 
Método menos oneroso de disposição final.
Usualmente devolve ao rio o material que foi retirado durante o tratamento, porém, o coagulante e outros produtos usados podem aumentar a sedimentabilidade e causar depósitos.
O ponto de lançamento deve apresentar condições para uma rápida e completa disseminação no corpo receptor, devendo limitar a vazão de descarga de acordo com essa condição.
Na maioria das vezes a água dos filtros pode ser lançada sem maiores cuidados por ter uma quantidade pequena de sólidos (com exceção da filtração direta). 
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Descarga em ETE
Um método alternativo de disposição dos resíduos gerados nas ETAs é seu lançamento nas estações de tratamento de esgoto (ETEs), via rede coletora de esgoto ou por meio de transporte em caminhão. 
Algumas interferências podem ocorrer nas unidades da ETE, de maneira que tal procedimento deve ser criteriosamente analisado.
Dentre essas unidades, destacam-se os digestores de lodo e os decantadores primários, já que, devido às características dos resíduos líquidos da ETA, estes receberão a maior parte das impurezas contidas nos mesmos.
(REALLI, 1999)
Disposição final
Descarga em ETE
Há sempre que se considerar a especificidade da ETA, pois em muitos casos tem-se descarga semi-contínua dos decantadores e, em outros, os decantadores são limpos após um ou mais meses de funcionamento.
É necessária a regularização de vazão se esse resíduo resultante for lançado na rede coletora de esgoto ou for armazenado para posterior transporte por meio de caminhões-tanque à ETE.
Transfere problemas da ETA para a ETE.
(REALLI, 1999; RICHTER, 2001)
Disposição final
Lançamento ao mar
Lançamento em barcaças já foi uma alternativa viável, principalmente em grandes cidades. 
Atualmente está sujeita a severas restrições legais relativas ao meio ambiente e está caindo em desuso.
 
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Lagoas
Inicialmente foram muito utilizadas como método de disposição dos lodos gerados no tratamento, porém o lodo não pode ser armazenado indefinidamente. 
Em algum momento a torta de lodo das lagoas precisa ser removida para outro local, seja aterro sanitário ou aplicação em algum terreno.
 A acumulação do lodo em uma lagoa apenas adia a sua disposição final.
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Aplicação no solo
Consiste em esparramar o lodo no solo natura ou na agricultura. 
Está sendo considerada uma alternativa de disposição viável, principalmente para os carbonatos precipitados em estações de abrandamento de cal e soda, como corretor de pH.
Lodos de sulfato de alumínio ou de cal torna o solo mais poroso, fazendo com que retenha mais umidade e coesão.
Limita-se a aplicação do lodo de sulfato de alumínio a um máximo de 2,2 a 4,4 kg/m² pelo fato de o alumínio fixar o fósforo no solo e impedir a absorção pelas raízes.
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Aplicação no solo
A aplicação na forma líquida é desejável, porém torna necessário o bombeamento do lodo, sendo necessária a proximidade do local de disposição com a estação de tratamento. 
O transporte, quando feito por caminhões, exige uma torta sólida.
A taxa de aplicação que o solo pode assimilar deve ser determinada com base em pesquisas no local.
Os custos com o transporte e aceitação dos agricultores são os principais obstáculos.
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Disposição em aterro sanitário
Geralmente é a última escolha a ser considerada, devido a seu elevado custo. 
Para a disposição em aterro, o lodo deve estar devidamente desidratado (50% de sólidos), não contendo água livre. O custo no transporte também pede uma maior desidratação.
Dependendo da distância, o custo do transporte pode inviabilizar o transporte do lodo desidratado, adotando bombeamento do lodo líquido e posterior desidratação em local mais próximo do aterro.
O custo e a distância para o transporte levam à construção de aterro próprio para esse fim. 
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Disposição em aterro sanitário
Recomenda-se tecnologias específicas de aterro para lodos previamente desidratados (sólidos na faixa de 20% a 25%), que possuem baixa resistência. 
A disposição de lodo ou torta de lodo em aterro próprio é feito usualmente por três métodos: na superfície do terreno, em gargantas ou depressões e em valas escavadas para esse fim.
(RICHTER, 2001)
Disposição final
Fonte: RICHTER, 2001.
Disposição final
Lançamento em cursos d’água
Lançamento na rede de esgotas sanitários
Aplicação ao solo
Aterro sanitário
O critério básico para escolha da alternativa é o conteúdo de sólidos geralmente limitado por:
(RICHTER, 2001)
< 1% a 8%
< 1% a 8%
1% a > 15%
> 15% a > 25%
Estudo de caso
 Comparação das eficiências do espessamento de lodo obtidas pela aplicação das técnicas de sedimentação e de flotação – ETA Capim Fino, Piracicaba, SP.
Espessamento de lodo proveniente da descarga dos decantadores de ETA que utiliza sulfato de alumínio como coagulante primário .
Unidades de espessamento por flotação e por gravidade existentes no Laboratório de Tratamento Avançado e Reuso de Águas do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos, USP. 
ETA Capim Fino: recebe água bruta do Rio Corumbataí e possui capacidade para tratar 1.100 L/s. ETA tipo convencional de ciclo completo.
Estudo de caso
Sistema de decantação composto de 4 unidades convencionais com formato retangular (em planta) e escoamento horizontal. Dois desses decantadores dispunham de removedores mecânicos de lodo do tipo móvel, com aspiração do lodo por sifonamento (tipo Clarivac).
Para o estudo foram coletadas amostras do lodo descartado de um dos decantadores que contavam com removedor de lodo, junto ao canal de descarga do mesmo
Estudo de caso
Resultados: Ensaios de Espessamento por Flotação
Curvas de espessamento por flotação associadas a diversas dosagens do polímero W-320 utilizado no condicionamento do lodo da ETA Capim Fino, que utiliza sulfato de alumínio como coagulante.
Verifica-se que tanto o polímero W-360 (catiônico) quanto os polímeros N-2 (catiônico) e N-6 (não-iônico) apresentaram os melhores resultados de espessamento, produzindo os maiores valores de teor de sólidos no lodo espessado (6,7% a 6,9 %), maiores valores de FC (17,8 a 18,0 cm/min) e maiores valores de FE (17,4 a 27,4 cm/min) nos ensaios de espessamento de lodo por flotação. 
O N-2 (catiônico) foi o que permitiu o melhor desempenho do espessamento por flotação.
Estudo de caso
Resultados: Ensaios de Espessamento por Gravidade
Curvas de espessamento por gravidade associadas a diversas dosagens do polímero N-2 utilizado no condicionamento do lodo da ETA Capim Fino.
A dosagem de 10,26 g/kg de SST para o polímero N-2 forneceu os melhores resultados (teor de sólidos no lodo de 4,6%, subnadante com turbidez de 1,5 uT, parâmetro de espessamento FE = 8,5 cm/min e o parâmetro de clarificação FC = 8,2 cm/min).
 
Estudo de caso
Comparação dos Resultados
dos Ensaios de Espessamento por Flotação e por Gravidade do Lodo da ETA Capim Fino
de Espessamento por Flotação
Curvas de espessamento por gravidade e por flotação utilizando o polímero CAT-2 nas condições otimizadas para condicionamento do lodo da ETA Capim Fino que utilizava sulfato de alumínio.
a técnica de espessamento por flotação, além de requerer dosagem 56% menor que aquela exigida para o espessamento por gravidade, apresentou eficiência de espessamento do lodo significativamente maior, com FE 7,1 vezes maior, FC 2,3 vezes maior e teor de sólidos no lodo espessado 1,5 vez maior.
Estudo de caso
Os métodos de laboratório utilizados para análise do espessamento por flotação e por gravidade são relativamente simples de ser aplicados e constituíram ferramenta útil para obtenção de estimativas dos valores dos principais parâmetros que influenciam o adensamento.
Para a ETA Capim Fino, tanto nos ensaios de flotação quanto de sedimentação, o emprego do polímero catiônico N-2 proporcionou as melhores eficiências de espessamento.
Para os lodos estudados nas condições ótimas de condicionamento químico, o espessamento por flotação, com A/S igual a 0,024 g de ar/g de SST, comparado ao espessamento por gravidade, apresentou melhor desempenho, sendo capaz de operar a taxas teóricas de espessamento e clarificação mais elevadas e fornecer lodo espessado com maiores teores de sólidos.
Conclusões
Referências
RICHTER, C.A. Tratamento de lodo de estação de tratamento de água. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 2001.
 
REALI, M.A.P. Noções Gerais de tratamento e disposição final de lodos de estações de tratamento de água. Rio de Janeiro: ABES, 1999. 240 p. Projeto Prosab.

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