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PROCESSO E PROCEDIMENTO2

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
FACULDADE MINEIRA DE DIREITO – CAMPUS BETIM
RESENHA:
PROCESSO E PROCEDIMENTO
Resenha sobre Processo e Procedimento apresentado à disciplina Direito Processual Civil I, do Curso Direito, Turno Manhã, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, com o objetivo parcial para a obtenção de pontos.
Professor: Carlos Antônio de Souza Alves
Betim
2016
RESENHA PROCESSO E PROCEDIMENTO
GONÇALVES, Marcos Vinicius R.. (Coordenador Pedro Lenza) Direito Processual Civil Esquematizado. 6ª Ed.. São Paulo: Saraiva, 2016 (Coleção Esquematizado)
Desde o momento em que é proposta a demanda, haverá a formação de um processo, que é o instrumento da jurisdição. É a partir do processo que é o instrumento utilizado pelo juiz para aplicar a lei ao caso concreto. É analisado sob dois aspectos: pelos atos e pela ação. Há uma expressão objetiva (Para que ela seja alcançada, há um procedimento, que pressupõe um encadeamento de atos se sucedendo no tempo: a apresentação da petição inicial, o recebimento, a citação do réu, a resposta, o saneamento ou julgamento antecipado, as provas e o julgamento) e subjetiva (o processo estabelece uma relação entre o juiz e as partes, autor e réu, que também se prolonga no tempo, implicando deveres, ônus, faculdades e direitos de cada um).
O processo é instrumento abstrato, isto é, não tem realidade corpórea. Não se confunde com os autos. O processo nunca é um fim em si mesmo. O processo deve amoldar-se à pretensão de direito material que se busca satisfazer. Daí é que se os numerosos tipos de processo, se classifica-se de acordo com o tipo de tutela postulada: de conhecimento, em que se busca uma tutela cognitiva, para que o juiz diga o direito (a prestação jurisdicional, preenchidas as condições, virá como sentença de mérito); e de execução, em que a pretensão não é mais o acertamento do direito, mas a sua satisfação, neste sentido o novo CPC adota um sistema mais simples ao que concerne a classificação do processo cautelar. Ele unifica o regime, estabelecendo os mesmos requisitos para a concessão da tutela cautelar e da tutela satisfativa (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo). Ou seja, ainda que permaneça a distinção entre as tutelas, na prática os pressupostos serão iguais. Com efeito, o parágrafo único do art. 294 deixa claro que a tutela de urgência é gênero, o qual inclui as duas espécies (tutela cautelar e tutela antecipada). Já o art. 300 estabelece as mesmas exigências6 para autorizar a concessão de ambas. Outra grande vantagem é a dispensa de um processo cautelar autônomo. Com efeito, a Lei nº 13.105 de 2015 permite que as medidas provisórias sejam pleiteadas e deferidas nos autos da ação principal. A regra é clara: após a antecipação ou a liminar cautelar, o autor terá prazo para juntar novos documentos e formular o pedido de tutela definitiva. Ainda que os prazos sejam distintos (15 dias na antecipação e 30 dias na cautelar) em ambas as hipóteses o pedido principal será formulado nos mesmos autos, sem necessidade de um novo processo ou do pagamento de novas custas processuais. O processo deve preencher requisitos, para que possa ter um desenvolvimento regular e válido, somente se preenchidos os pressupostos processuais e as condições da ação é que o juiz finalmente poderá examinar o mérito; os pressupostos processuais constituem matéria de ordem pública, que deve ser examinada pelo juiz de ofício. 
Alguns dos requisitos que o processo deve preencher são os de eficácia e os de validade.
O Código Civil trata dos atos nulos e anuláveis (nulidades e anulabilidades) do processo. Somente os primeiros podem ser alegados por qualquer pessoa, ou conhecidos de ofício pelo juiz; somente os segundos podem ser ratificados e convalescem.
Na categoria da "ineficácia" processual, cumpre apontar alguns pressupostos processuais cuja ausência geraria esse vício. Podem-se mencionar: a) A existência de jurisdição. b) Existência de demanda. c) Capacidade postulatória: é a única hipótese, juntamente com aquela do art. 115, II, em que há previsão expressa de ineficácia. O art. 104, § 2°, do CPC aduz que o ato processual praticado por quem não tem capacidade postulatória, se não ratificado no prazo, será havido por ineficaz. Foi com base nesse dispositivo que parte da doutrina passou a admitir a categoria "ineficácia" em nosso ordenamento (na verdade, o CPC de 1973 se valia da expressão "inexistência", utilizada no art. 37 daquela lei. A lei atual substituiu "inexistência" por "ineficácia"). O vício só será reconhecido se ato não for ratificado oportunamente, por quem tem capacidade postulatória. d) Citação do réu.
Enquanto o processo engloba todo o conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação duradoura entre os personagens da relação processual, o procedimento consiste na forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados. Em sequência, o que é comum à grande maioria dos processos, caso em que o procedimento é comum; às vezes, encadeados de maneira diferente da convencional, caso em que o procedimento será especial. A inspeção judicial pode ser feita em qualquer fase do processo, de ofício ou a requerimento das partes, e terá por objeto o exame de pessoas ou de coisas, com o intuito de esclarecer o juiz a respeito de um fato que tenha relevância para o julgamento. O juiz designará a data e o local em que a inspeção será realizada, para que as partes possam acompanhá-la, prestando esclarecimentos e fazendo as observações que reputem de interesse para a causa. A coisa ou pessoa poderá ser apresentada em juízo, para que o juiz a examine; ou ele poderá deslocar-se até onde estão, nas hipóteses do art. 483 do CPC. Daí dizer-se que todo processo é integrado pelas noções de procedimento, e de relação jurídica processual.

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