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QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Cromatografia � Cromatografia � técnica baseada nas diferenças de distribuição dos componentes a separar entre duas fases: uma fase móvel e uma fase estacionária. � técnica em que os componentes duma mistura se separam de acordo com as velocidades às quais são transportados por uma fase móvel através de uma fase estacionária � fase móvel (eluente) � fase que se move ☺ gás - cromatografia em fase gasosa - GC) ☺ líquido - cromatografia em fase líquida - LC � fase estacionária � fase fixa (quer em coluna quer em superfície plana) ☺ normalmente um sólido activo ☺ pode ser um líquido depositado num suporte sólido inerte (GC) � eluição � processo de passagem através da fase estacionária (por acção da fase móvel) QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Cromatografia - Evolução histórica � 1850 - Runge � mistura de tintas em papel mata-borrão � 1861- Schoenbein - Goppelsroder � sais, água, vinho, leite, urina, ... / separação por capilaridade � 1906 - Tswett � pigmentos de plantas / coluna de giz moído (carbonato de cálcio) � 1938 - Ismailov e Schraiber (1956 - Stahl) � primeira descrição do TLC / CCF - camada fina / uso de alumina na separação de tinturas farmacêuticas � 1941 - Martin e Synge (prémio Nobel em 1952) � cromatografia de partilha (aminoácidos) / cromatografia gás-líquido � 1967 - Huber e Hulsman � desenvolvimento da cromatografia Líquido-Líquido (HPLC) � uso de partículas de 5 a 10 µm / pressão elevada 12 Prémios Nobel (entre 1937 e 1972) estão directamente relacionados com trabalhos em cromatografia QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Cromatografia - classificação � quanto à forma do suporte � coluna - a fase estacionária está confinada num tubo por onde é forçada (pressão / gravidade) a passagem da fase móvel � planar (camada fina / papel) - fase móvel avança por capilaridade ou gravidade � quanto aos processos físico-químicos � adsorção - separação baseada nas diferenças de afinidades adsorventes dos componentes pela superfície do sólido activo � partilha - separação baseada nas diferenças de solubilidade dos componentes na fase estacionária (GC) ou entre a duas fases (LC) � permuta iónica - separação baseada nas diferentes tendências dos componentes iónicos ou ionizados à permuta com iões da fase estacionária � quanto à natureza da fase móvel: � fase gasosa (GC) / fase líquida (HPLC) / fluido supercrítico (SFC) � quanto à forma de introdução da amostra � frontal - contínua (eluição após a saturação da fase estacionária) ☺ não permite a separação entre todos os componentes da mistura � zonal - descontínua (permite a separação total) A A+B A+B+C QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Cromatografia - classificação � quanto ao objectivo da separação � analítica - controlo de qualidade (impurezas / pureza / doseamentos) � preparativa - produção / purificação (evita as técnicas de extracção química) � quanto à composição da fase móvel � isocrática - composição do eluente constante ao longo da eluição � gradiente - composição do eluente varia de forma contínua � quanto ao modo de operação � análise por deslocamento ☺ fase móvel saturada com substância de maior afinidade para com a fase estacionária, deslocando os componentes da amostra de acordo com os respectivos graus de afinidade. � análise por eluição ☺ a fase móvel passa continuamente na coluna arrastando a amostra e provocando o processo de separação. A separação dos componentes da mistura depende apenas do seu coeficiente de partilha entre as fases móvel e estacionária � análise por gradiente de temperatura ☺ a separação é feita por um gradiente térmico no sentido da eluição da amostra ☺ isotérmica / temperatura escalonada / temperatura programada linearmente QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Métodos cromatográficos Tipo de cromatografia fase móvel fase estacionária processo de distribuição Cromatografia de partilha (coluna) L L partilha Cromatografia de papel L L partilha Cromatografia gás-líquido (GLC) G L partilha Cromatografia de adsorção (coluna) L S adsorção Cromatografia em camada fina (TLC) L S adsorção Cromatografia gás-sólido (GSC) G S adsorção Cromatografia permuta iónica L S reacção química reversível Cromatografia de permeação gel L S crivagem molecular Cromatografia - processo de separação que exige um equilíbrio competitivo entre a fase estacionária a fase móvel e as moléculas da amostra. Cromatograma - registo da concentração do soluto vs. tempo (volume) de eluição Cromatógrafo - equipamento constituído por sistema de injecção, coluna e detector adequado para a realização de separação (análise) e quantificação de misturas. QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Conceitos e equações básicas � Separação dos componentes � separação aumenta com o tempo de eluição (devido às diferenças de afinidades) � Alargamento dos picos (bandas) � os picos tendem a alargar com o tempo de eluição (diminuição da eficiência de separação) � Coeficiente de partilha (K) � razão entre a concentração na fase estacionária (CS) e a concentração na fase móvel (CM) ☺ idealmente, K é constante !! � Coeficiente de retenção (Rr) � razão entre a velocidade média do soluto e a velocidade média do eluente � Factor de retenção (Rf) - muito usado em TLC � razão entre a distância percorrida pela banda e a distância percorrida pela frente do eluente no mesmo tempo. Questão: um solvente atravessa uma coluna em 3 minutos mas o soluto demora 9 minutos a eluir! Qual a fração do tempo que o soluto passa na fase móvel? A eficiência da separação cromatográfica depende das velocidades relativas de eluição e, consequentemente, dos respectivos coeficientes de partilha K C C S M = QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Conceitos e equações básicas � Tempo morto (tm) � tempo necessário para um produto “não retido” atravessar a coluna � Tempo de retenção (tr) � tempo que decorre desde a injecção até meia eluição � Tempo de retenção relativo (trr) � tempo de retenção calculado em relação ao pico principal (ou de referência) � Volume de retenção (Vr) � volume de eluente introduzido desde a injecção até meia eluição � Velocidade média de eluição � Factor de capacidade (k’) � descreve a velocidade com que dado composto migra ao longo da coluna � valores típicos estão entre 1 e 5 � em GC, k’ varia mudando a temperatura e o enchimento da coluna � em LC, k’ varia alterando a composição da fase móvel e da fase estacionária tm tr1 tr2 v = ------- L tr tr - tm tm k’ = ------------- QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Conceitos e equações básicas � Factor de selectividade � razão entre os coeficientes de partilha do soluto mais retido pelo menos retido � medida da separação de dois solutos � α α α α é sempre superior a 1 � Forma dos picos � tipicamente gaussianos (simétricos) � alargamento resulta da variações de velocidade das moléculas de soluto ao longo da coluna - o tempo de residência em cada fase não é constante ☺ Tailing - arrastamento provocado por coeficientes de partilha não lineares ☺ Fronting - provocado por coef. partilha não lineares / amostra demasiado grande � Modelos que descrevem a separação cromatográfica � Modelo de equilibrio - modelo dos pratos teóricos � Modelo dinâmico – modelo cinético α = = = − − K K K K t t t t B A B A rB m rA m ' ' QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Modelo dos pratos teóricos � considera transferências sucessivas entre as quais se estabelece equilíbrio termodinâmico / em vez de considerar o avanço real da fase móvel �cada volume assim definido é um prato teórico � N = L / H em que L - comprimento da coluna e H (HETP) - altura do prato teórico � a eficiência de uma coluna aumenta com o número de pratos (ou inv. a H), podendo variar de algumas centenas (HPLC) a várias centenas de milhar (GC) � Considerando uma distribuição aproximadamente gaussiana, N pode ser obtido por: � ωωωω é a largura do pico na base (considerando tratar-se de um triângulo) � δδδδ é a largura a meia altura do pico N = 16 (tr/ωωωω)2 ou N = 5,54(tr/ δ)δ)δ)δ)2222 ω A largura do pico representa uma boa medida da eficiência da coluna (permitindo a comparação entre colunas) Apesar do modelo não caracterizar os vários parâmetros que influenciam a separação, a sua simplicidade favorece a utilização QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Modelo cinético � a separação cromatográfica é um fenómeno cinético e não estático � a deformação dos picos está associada ao fluxo da fase móvel e pode ter várias origens: ☺ existência de vários trajectos possíveis (anisotropia) ☺ difusão molecular longitudinal ☺ resistência à transferência de massa � Anisotropia � é independente do fluxo � exprime o movimento turbulento de difusão da fase móvel através da fase estacionária � reflecte a homogeneidade da fase estacionária (enchimento) � diminui com o diâmetro das partículas e é nula para uma coluna vazia HA = dp λ λ λ λ = A dp - diâmetro das partículas l - irregularidade do enchimento QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Modelo cinético � Difusão longitudinal � representa a dispersão das moléculas � inversamente proporcional ao fluxo � Resistência à transferência de massa � as moléculas colocadas no centro do fluxo avançam mais rapidamente � a fase estacionária não tem uma forma regular - diferenças de retenção das moléculas � as diferenças (desfasamento) aumentam drasticamente com o fluxo provocando o alargamento progressivo do pico Hb = B / U B - difusão U - velocidade da fase móvel Hc = C . U C - transferência entre fases U - velocidade da fase móvel QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Equação de van Deemter � H representa a altura equivalente de um prato teórico H = A + B / U + C . UH = A + B / U + C . U N = L / H A - anisotropia B/U - difusão C.U - transferência A separação é máxima para H mínimo. B domina para U baixos e C domina para U elevados A difusão é muito menos significativa em HPLC (líquido). A é também menor em HPLC pelo que H min é cerca de 10x menor que em GC e obtem-se para valores de U cerca de 10x inferiores. Os picos tendem a alargar mais em GC que em HPLC. H U - velocidade da fase móvel QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Partículas QuQuíímica Analmica Analíítica / JCAMtica / JCAM Resolução � Resolução de uma coluna mede a capacidade de separar dois solutos � A resolução depende de 3 factores: � selectividade α α α α −−−− deve ser superior a 1 (importante mas insuficiente) � factor de capacidade k’ - deve estar compreendido entre 1 e 10 � eficácia da coluna N - deve ser a maior possível (ainda que seja pouco influente - raiz quadrada) R t t w w N k k rB rA A B B B = − + = − + 2 4 1 1 ( ) ' ' α α B é o soluto mais lento ( maior tr) R = 1 - separação quase completa R > 1,5 - separação completa Nota: é muitas vezes exigida um R de 4-5 para que as impurezas existentes sejam separadas.
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