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UERJ-INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA ANÁLISE INSTRUMENTAL PARA ENGENHARIA QUÍMICA Profa Cristiane Assumpção Henriques cah@uerj.br Conteúdo Programático Espectrometria molecular e atômica Introdução à análise instrumental Introdução aos métodos espectroscópicos de análise Espectrometria de absorção molecular no UV/VIS Espectrometria de fluorescência molecular no UV/VIS Espectrometria de absorção molecular no IV Espectrometria atômica - absorção atômica - emissão atômica com atomização por chama - emissão atômica por plasma indutivamente acoplado Bibliografia Principios de Análise Instrumental D.A. Skoog, F. J. Holler, S.R. Crouch Bookman Companhia Editora 6a edição Fundamentos de Química Analítica D.A. Skoog, D. West, F.J. Holler, R.S. Crouch Cengage Learning Edições Ltda 9ª edição Slides de aula: Link: https://drive.google.com/drive/folders/1Ss7_dLXmqL7FlzuwgR7SiUaiVZPx5tfB Avaliação A1 - Ao final do cap 4 A2 - Ao final do cap 7 Prova substituta Prova final Critério de aprovação Frequência obrigatória - Máximo de 20 faltas Sem necessidade de prova final Média 6,5 Prova final Média 4,5 Capítulo 1 Introdução à Análise Instrumental QUÍMICA ANALÍTICA Estuda as técnicas e os métodos para determinação da composição química das amostras São dois os tipos de métodos analíticos: Métodos Qualitativos informação sobre quais são as substâncias presentes numa dada amostra Métodos Quantitativos informação numérica acerca das quantidades de cada componente presente na amostra CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ANALÍTICOS MÉTODOS CLÁSSICOS Qualitativos Amostra tratada com reagentes químicos adequados, formando produtos que podem ser identificados por meio da sua coloração, pontos de fusão ou ebulição, odor, índice de refração, solubilidade numa série de solventes, etc. identificação dos componentes da amostra. Quantitativos Métodos Gravimétricos determinação da massa de espécie em estudo ou de um dado composto formado a partir desta espécie por meio de uma reação química adequada. Quantitativos Métodos Titulométricos medida do volume ou da massa de um reagente padrão necessário para reagir completamente com a amostra em estudo MÉTODOS INSTRUMENTAIS Medidas de propriedades físicas das amostras, tais como condutividade, potencial de eletrodo, absorção ou emissão de radiação, etc empregadas para identificação qualitativa e quantitativa de compostos orgânicos, inorgânicos ou bioquímicos. Este conjunto de técnicas métodos instrumentais de análise desenvolvem-se paralelamente às industrias eletrônica e de computação Principais Técnicas Instrumentais Sinal Medido Técnica Emissão de radiação Espectroscopia de emissão (raios X, UV/visível); fluorescência, fosforescência (raios X, UV/visível) Absorção de radiação Espectrofotometria e fotometria (raios X, UV/visível, infravermelho); ressonância magnética nuclear e ressonância eletrônica de spin Espalhamento da radiação Turbidimetria Refração da radiação Refratometria Rotação da radiação Polarimetria Difração da radiação Difratometria de raios X Potencial elétrico Potenciometria Carga elétrica Coulometria Corrente elétrica Polarografia Resistência elétrica Condutimetria Razão massa/ carga Espectrometria de massas Propriedades térmicas ATG, ATD, CDV Radioatividade Métodos de diluição isotópica INSTRUMENTOS PARA ANÁLISE Dispositivo de comunicação entre o sistema em estudo e o analista. Componentes básicos: Gerador de sinal: Produz um sinal que reflete a presença e, usualmente, a concentração do analito. Estímulo Sistema em estudo Resposta Detetor (transdutor de entrada): É um dispositivo que converte um sinal de energia em outro tipo de sinal ou forma de energia. Processador de sinal: Modifica o sinal do transdutor de modo a torná-lo mais conveniente para a operação do dispositivo de leitura. (ex: amplificador) Dispositivo de leitura: É um transdutor que converte o sinal processado em um sinal compreensível para o ser humano (operador). OBS: São ainda importantes: - circuitos e dispositivos elétricos dos instrumentos - microprocessadores e computadores ligados aos instrumentos Gerador de sinal Transdutor de entrada ou detector Processador de sinal Sinal elétrico ou mecânico Sinal analítico Representação esquemática de um instrumento típico para análise SELEÇÃO DO MÉTODO ANALÍTICO: Químico analítico moderno conjunto grande de técnicas de análise (clássicas e instrumentais) Como selecionar a técnica adequada ? 16 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Quais são os requisitos de exatidão e precisão ? Qual a quantidade de amostra disponível ? Qual a faixa de concentração do analito ? sensibilidade Qual (is) o(s) componente(s) da amostra que irá(ão) causar interferência na análise ou na determinação do analito ? seletividade Quais as propriedades químicas e físicas da matriz ? Quantas amostras serão analisadas ? Respondidas estas perguntas é necessário avaliar as características de performance do instrumento analítico Como ? Análise das Figuras de Mérito Critérios Numéricos FIGURAS DE MÉRITO: Precisão É o grau de concordância entre os resultados de análises realizadas de maneira idêntica. Está associada à reprodutibilidade da análise e mede os erros randômicos da análise (espalhamento dos resultados das medidas). Tratamento estatístico xi = valor numérico do experimento i N = número total de experimentos xm =média dos n experimentos desvio padrão absoluto e relativo coeficiente de variação CV = RSD x 100 variança s2 Exatidão (Acurácia) Associada à “correção” das medidas analíticas. Fornece medidas dos erros sistemáticos (instrumentais, do operador ou do método de análise) cometidos. Erro absoluto Erro relativo sendo: xm = média dos valores medidos experimentalmente xt = valor teórico Sensibilidade Capacidade de discriminação de variações no sinal analítico associadas a pequenas diferenças na concentração do analito. Sensibilidade de calibração (m) (m = coeficiente angular da curva de calibração do sinal) S = m.C + Sbranco Sensibilidade analítica () = m/ssinal (ssinal = desvio padrão do sinal) Limite de detecção (Cm) É a menor concentração ou massa do analito que pode ser detectada com um determinado nível de confiança. Sm = Sbranco + k.sbranco Cm = (Sm-Sbranco) / m sendo : Sbranco = média dos sinais do branco (20 a 30 medidas) sbranco= desvio padrão do branco k = 3 (valor recomendado) Faixa de concentração aplicável Porção linear da curva de calibração (Sinal x Concentração) LOQ menor concentração na qual medidas quantitativas podem ser realizadas SLOQ = Sbranco + 10.sbranco LOQ = (SLOQ - Sbranco) / m LOL concentração acima da qual a curva de calibração desvia-se da linearidade. Seletividade Refere-se ao grau no qual o método analítico esta livre de interferências de outras espécies presentes na amostra. Coeficiente de seletividade (kij) S = mACA + mBCB + mCCC + Sbranco kB,A = mB/mA e kC,A = mC/mA S = mA(CA + kB,ACB + kC,ACC) + Sbranco sendo: mi = sensibilidade de calibração (coeficiente angular das curvas de calibração para cada espécie individualmente) OBS: Outras características importantes: 1- Velocidade 2- Facilidade e conveniência 3- Habilidade do operador 4- Custo e disponibilidade do equipamento 5- Custo/amostra MÉTODOS DE CALIBRAÇÃO DO INSTRUMENTAL Métodos analíticos Calibração sinal medido (S) concentração do analito Exceção métodos gravimétricos e coulométricos Métodos de calibração Curva de Calibração Método da Adição de Padrão Método do Padrão Interno CURVA DE CALIBRAÇÃO Preparo de uma série de soluções-padrão contêm a concentração do analito conhecida exatamente Medida dos sinais dos padrões e do “branco” no equipamento Correção dos sinais em relação ao “branco” (“branco” solução que contém todos os componentes da amostra original excetoo analito) não obrigatório Construção da Curva de Calibração (Curva de Trabalho ou Curva Analítica) S C (ppm) S = mC + Sbranco OBS: Quando a dependência não for linear número grande de pontos para definir, por meio de ajuste polinomial, a relação exata entre a resposta do instrumento e a concentração do analito Sucesso do método depende: do conhecimento do valor exato da concentração do analito nas soluções padrão; da matriz dos padrões se aproximar bastante da matriz das amostras (composição próxima às das amostras a serem analisadas concentração da espécie em estudo e das outras espécies presentes) difícil de conseguir método sujeito a interferências da matriz separação prévia dos interferentes MÉTODO DE ADIÇÃO PADRÃO Sistemas complexos nos quais é difícil reproduzir os componentes da matriz da amostra nas soluções-padrão. Adição de volumes conhecidos (Vs1, Vs2, etc) de uma solução-padrão (Cs) da espécie em estudo a diferentes alíquotas de mesmo volume (Vx) da solução a analisar. Cada solução é então avolumada (Vt) e a seguir tem seu sinal medido. Pode-se então escrever: S = S padrão + S amostra A representação gráfica de S em função de Vs origina uma linha reta S = m.Vs + b cujos coeficientes angular e linear são dados por: m Utilizando-se o método dos mínimos quadrados para o ajuste dos pontos é possível determinar m e b; Cx pode ser então calculado a partir destes valores e dos valores conhecidos de Vx e Cs. Assim: OBS: Cálculo do desvio padrão em Cx desprezar incertezas em Vs, Cs e Vt em relação às incertezas em m e b variança relativa de Cx = soma varianças relativas em m e b sendo: sm = desvio padrão na medida de m sb = desvio padrão na medida de b MÉTODO DE PADRÃO INTERNO: Padrão Interno substância adicionada em quantidades idênticas aos padrões, às amostras e ao branco Substância com características semelhantes às do analito, de modo a sofrer as mesmas interferências e erros Instrumento deve ser capaz de distinguir entre o sinal do analito e do padrão interno Curva de Calibração Concentração da Amostra Características do método: Permite compensar vários tipos de erros randômicos ou sistemáticos Permite eliminar efeitos de interferência de espécies presentes na matriz Introdução do padrão interno na amostra e nas soluções padrão deve ser feita de modo reprodutível Dificuldade na escolha de padrão interno adequado sinal do padrão interno similar ao do analito, mas o equipamento deve ser capaz de distinguir entre eles padrão interno não deve estar presente na matriz das amostras Li+ padrão interno para análise de K+ e de Na+ em soro sangüíneo Li comportamento similar ao dos analitos, mas não ocorre no sangue Ex: image1.png image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.wmf N x x N 1 i i m å = = oleObject1.bin image7.wmf 1 ) ( s 1 2 - å - = = N x x N i m i image8.wmf m x s = RSD oleObject2.bin oleObject3.bin image9.wmf t m a x x E - = image10.wmf 100 . t t m x x x Er - = oleObject4.bin oleObject5.bin image11.wmf 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2 3 4 5 6 LOL LOQ Sinal C (ppm) oleObject6.bin image12.png image13.wmf Vt Vx . Cx . k Vt Vs . Cs . k S + = image14.wmf Vt Cs . k m = image15.wmf Vt Cx Vx k b . . = oleObject7.bin oleObject8.bin oleObject9.bin image16.wmf 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 S Vs image17.wmf Cs Cx . Vx Vt / Cs . k Vt / Cx . Vx . k m b = = image18.wmf Vx . m Cs . b Cx = oleObject10.bin oleObject11.bin image19.wmf 2 b 2 m 2 c b s m s Cx s ÷ ø ö ç è æ + ÷ ø ö ç è æ = ÷ ø ö ç è æ image20.wmf 2 b 2 m c b s m s Cx s ÷ ø ö ç è æ + ÷ ø ö ç è æ = oleObject12.bin oleObject13.bin image21.wmf padrões dos ão concentraç vs. interno padrão do sinal analito do sinal padrões ÷ ÷ ø ö ç ç è æ image22.wmf calibração de curva interno padrão do sinal analito do sinal amostra Þ ÷ ÷ ø ö ç ç è æ oleObject14.bin oleObject15.bin image23.jpeg