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Trabalho Sistema penitenciário Brasileiro

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Introdução a Ciências Sociais e Políticas
SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO
Reinserção do preso na sociedade
Jéssica Gonçalves dos Santos
Maria Carolina de Castro Silva
Matheus Lucchesi Tenes
Talita de Souza Vassella
Introdução	4
O Sistema	4
Estatísticas	7
Conclusão	11
BIBLIOGRAFIA	13
Introdução
As penitenciárias no Brasil encontram-se num estado preocupante onde faltam condições mínimas necessárias para a recuperação dos presidiários. Infelizmente é difícil para o ser humano que passou parte de sua vida preso se reinserir na sociedade. Isso ocorre por conta da falta de estruturação ou programas de incentivo para a melhoria de condutas, assim, seu retorno ocorre com um ciclo de problemas sociais, não apenas pela carência de informações mas também pelo preconceito geral.
A preocupação com a dignidade do ser humano em qualquer estágio da vida e sem pré-conceitos, é a grande balizadora da escolha do tema aqui discutido, sem perder de vista os benefícios capitalizados pelos meios sociais ante o crescimento humanitário mundial, precursor de um futuro honrado e socialmente justo. 
 “Ninguém sabe verdadeiramente o que uma é nação até que tenha estado dentro de suas prisões. Uma nação não deve ser julgada pela forma como trata seus cidadãos mais elevados, mas seus menos queridos.” (Nelson Mandela)]
O Sistema
Em pesquisa feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi constatado que no Brasil, a cada dez presidiários sete voltam a cometer atividades ilícitas. Isso é decorrente da falta de estruturação do sistema carcerário “falido” e cheio de problemas sociais cotidianos que transparecem nas penitenciárias, sem preocupações com a reeducação, profissionalização e a recuperação dos indivíduos que ali estão.
Em países como Holanda, Alemanha e Dinamarca, a cada dez presidiários apenas 1 volta a cometer algum tipo de crime, pois seu sistema carcerário é mais rígido e obriga o detento a pagar uma taxa de €16 euros para cada dia na prisão, já no Brasil, os encarcerados são tumultuados como objetos dentro de celas superlotadas e não recebem nenhum incentivo para melhora ou arrependimento.
A reforma carcerária brasileira é necessária, pois o sistema possui falhas graves como por exemplo a falta de segurança de todos aqueles que convivem naquele ambiente. Sem espaço para manter os presidiários, expõe policiais e funcionários do presídio que podem ser usados como em rebeliões por estar em menor número, e com pouca estrutura,aparatos tecnológicos e treinamento daquele trabalho. Os presidiários recebem um “auxílio-reclusão”, ou seja, um auxílio monetário do governo para ajudar a família do detento a se manter, sendo este um dos fatores que influenciam os indivíduos a não se preocupar com a prisão, assim muitos evitam andar na lei pois é mais fácil continuar no crime e ser mantido pelo governo, já que recebem comida e dinheiro sem precisar fazer absolutamente nada.
Assim que cumpre sua pena, o ex - presidiário tem dificuldades na sua reinserção social e funções essenciais como conseguir emprego, estabilização, e em alguns casos, até perde o apoio da família que o exclui daquele ambiente que antes era de afeto. Sem apoio, eles se sentem desamparados e acabam voltando a vida do crime e não se dão a chance de tentar desempenhar-se nas diversas oportunidades cotidianas.
Nosso objetivo
Se houver uma estrutura que envolva esse ser por inteiro, fazendo-o se interessar por excluir tal ignorância com cursos que possa incluí-los em funções favoráveis, ele poderá alocar-se com maior satisfação no mercado garantindo boas oportunidades trabalhistas e será melhor alocado na sociedade e acolhido pela própria família tornando-se ótima influência de superação e determinação. Contando com pequenas remunerações adquiridas pelo seu trabalho, eles devem cumprir serviços de higienização do local de convívio, produção da própria alimentação, pintura, elétrica entre outros serviços domésticos para discipliná-lo a prestar serviços.
Este preso poderia exercer trabalhos com a profissão que exercia antes do crime, ou aprender habilidades e profissões novas. Seu rendimento e faturamento através do seu trabalho seria periodicamente regulado para possíveis diminuições de penas, o rendimento é proporcional as horas e com regulação pré estabelecida, mas sem violar direitos trabalhistas.
Outra medida essencial, é incentivar empresas e indústrias com grande volume de produção (gráfica, têxtil, alimentícia, metalúrgica, etc.), a utilizar a mão de obra dos presidiários, assim eles podem receber um valor, onde dentro do presídio podem trocar por benefícios diferenciados e restritos ou gerar um fundo de poupança para que essa pessoa tenha dinheiro ao final do cumprimento de sua pena, assim, os presidiários teriam que usar esse dinheiro para comprar alimento, livros, produtos esportivos, para o seu consumo e ser mais independente, tornando-se maduros e responsáveis.
Medidas culturais e educacionais são fundamentais para o seu crescimento como civil. Trabalhos de ONG’s e profissionais educacionais, de ensino básico e fundamental, serão adicionados ao sistema como um reforço que em conjunto com o trabalho podem dar um diretriz ao preso. 
Ensino de línguas, cursos técnicos, atividades musicais e artísticas são exemplos de funções extras. 
Estatísticas 
	Categoria: Módulo de oficina
	 
	Quantidade de unidades
	 
	Porcentagem
	 Oficinas permanentes de capacitação em estabelecimentos penais, com oferecimento de cursos profissionalizantes, para desenvolvimento de competências e também para o trabalho remunerado.
	 
	 
	 
	 
	Estabelecimentos com sala de produção
	 
	158
	 
	11%
	Estabelecimentos com sala de controle/ supervisão
	 
	47
	 
	3%
	Estabelecimentos com sanitários
	 
	102
	 
	7%
	Estabelecimentos com estoque
	 
	68
	 
	5%
	Estabelecimentos com carga/ descarga
	 
	48
	 
	3%
	Estabelecimentos sem módulo de oficina
	 
	981
	 
	69%
	Módulos de oficina por tipo
	 
	Quantidade
	 
	Capacidade de pessoas
	Artefatos de concreto
	 
	16
	 
	224
	Blocos e tijolos
	 
	21
	 
	241
	Padaria e panificação
	 
	54
	 
	388
	Corte e costura industrial
	 
	81
	 
	2121
	Artesanato
	 
	150
	 
	5465
	Marcenaria
	 
	49
	 
	673
	Serralheria
	 
	23
	 
	173
	Outro(s)
	 
	89
	 
	2203
	Categoria: Quantidade de pessoas presas por grau de instrução
	Homens
	Mulheres
	Total
	 Item: Analfabeto
	 13.464 
	 547 
	 14.011 
	 Item: Alfabetizado sem cursos regulares
	 20.179 
	 964 
	 21.143 
	 Item: Ensino Fundamental Incompleto
	 121.763 
	 6.127 
	 127.890 
	 Item: Ensino Fundamental Completo
	 28.252 
	 1.182 
	 29.434 
	 Item: Ensino Médio Incompleto
	 25.830 
	 1.726 
	 27.556 
	 Item: Ensino Médio Completo
	 16.388 
	 1.368 
	 17.756 
	 Item: Ensino Superior Incompleto
	 2.133 
	 221 
	 2.354 
	 Item: Ensino acima de Superior Completo
	 296 
	28
	 324 
	 Item: Não Informado
	 312.994 
	 25.112 
	 338.106 
	Categoria: Pessoas privadas de liberdade em atividades laborais
	Homens
	Mulheres
	Total
	Total de pessoas em atividades laborais
	 49.047 
	 6.766 
	 55.813 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Quantidade de pessoas em vagas obtidas por meios próprios e/ou sem intervenção do sistema prisional
	 
	 Trabalho interno 
	 9.401 
	 1.072 
	 10.473 
	
	 
	 Trabalhoexterno 
	 6.093 
	 588 
	 6.681 
	
	 
	 Total 
	 15.494 
	 1.660 
	 17.154 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional em parceria com a iniciativa privada
	 
	 Trabalho interno 
	 7.290 
	 1.274 
	 8.564 
	
	 
	 Trabalho externo 
	 3.818 
	 537 
	 4.355 
	
	 
	 Total 
	 11.108 
	 1.811 
	 12.919 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional em parceria com outros órgãos públicos
	 
	 Trabalho interno 
	 506 
	 143 
	 649 
	
	 
	 Trabalho externo 
	 4.329 
	 546 
	 4.875 
	
	 
	 Total 
	 4.835 
	 689 
	 5.524 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional em parceria com entidade ou organizações não governamentais sem fins lucrativos
	 
	 Trabalho interno 
	 118 
	 45 
	 163 
	
	 
	 Trabalho externo 
	 165 
	 45 
	 210 
	
	 
	 Total 
	 283 
	 90 
	 373 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Quantidade de pessoas em vagas disponibilizadas pela administração prisional como apoio ao próprio estabelecimento (alimentação, limpeza, etc.)
	 
	 Total (trabalho interno) 
	 17.327 
	 2.516 
	 19.843 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Estabelecimentos com pessoas trabalhando
	Quantidade
	Porcentagem
	 
	Estabelecimentos com pessoas trabalhando
	686
	48%
	 
	Estabelecimentos sem pessoas trabalhando
	565
	40%
	 
	Não informado
	173
	12%
	 
	Estabelecimentos com pessoas estudando
	Quantidade
	Porcentagem
	Estabelecimentos com pessoas estudando
	683
	48%
	Estabelecimentos sem pessoas estudando
	568
	40%
	Não informado
	173
	12%
Informações retiradas do site do Ministério da Justiça – Governo Federal.
Conclusão 
Essas medidas trabalhistas já são oferecidas pelo governo, mas nem todas as leis e as propostas sao exercidas. Não seria algo de novo para o sistema penitenciário, mas sim entrar em vigor oque é pouco praticável e com pouca fiscalização pelos orgãos responsáveis como por exemplo a FUNAP.
 Posteriormente, dependendo da conduta do preso e dos regulamentos pré-definidos pela empresa, fazer com que ele garanta a oportunidade de vagas efetivas de trabalho nestas entidades colaboradoras após o cumprimento de sua pena, pois tanto dentro quanto fora da penitenciária, ele adquiriu experiência e especialização no que trabalhou durante os anos de reclusão, e assim, pode ser visto como mestre e exemplo para outros que queiram seguir seus passos.
 
Após o período de reclusão, aquele homem antes sem esperanças, recebe uma nova chance de começar outra vez uma vida honesta e construir um futuro promissor, porém têm dificuldades em se colocar no meio do povo que naturalmente sente medo e perde a confiança neste pobre ser. Tipificações o perseguem dificultando a tentativa de recomeçar e aproveitar seu trabalho.
 Pela política do país é proibido solicitar atestado de antecedentes criminais quando se aprova um candidato em processo seletivo de emprego, mas a fiscalização é falha e não impede que isso continue acontecendo. É aceitável a empresa prezar por seu patrimônio buscando funcionários com maiores aspectos de confiabilidade, mas isso não deve ser julgado pelos antecedentes e sim pelo que está por vir, é preciso que essas pessoas tenham mais chances de mostrar que podem se arrepender de seus atos passados e provar que podem ser honestas.
Em uma entrevista feita com um ex-presidiário de 29 anos L.J.B., vemos o exemplo da dificuldade que é para se reinserir no meio da sociedade novamente. Ele esteve preso por três anos, tentou se recuperar fazendo alguns “bicos”, porém não obteve sucesso e não conseguiu se estabilizar em um emprego com benefícios e carteira assinada.
“É falta de apoio da família e do governo, falta de oportunidade. Quando a gente sai daqui e vai pedir emprego, os caras pedem primeiro a ficha criminal. Aí que chance que você acha que a gente tem no meio de pessoas que nunca foram presas? Eu estava há um ano solto, alugava um quartinho. Fazia um mês que eu não conseguia pagar o aluguel porque não entrava nada. Aí uns caras me convidaram para ficar de motorista num assalto. Eu fui. E agora estou aqui, desde 17 de dezembro do ano passado. Ainda estou aguardando julgamento. 
Aqui você tem que brigar pra ser respeitado. Divide cela com estuprador, traficante e assassino. Tem cela que chega a ter mais de 50 pessoas dentro. No verão é quase insuportável. Eu fico é com raiva. Raiva de mim por ter caído de novo, raiva da minha família que me abandonou aqui e desse governo que não faz nada pela gente ”(L.J.B. ex-presidiário)
Com esta citação é possível avaliar que se houvesse maior oportunidade e incentivo a realidade poderia ser diferente. Um exemplo disso é o Sr. Antônio Vieira de 42 anos, que possui uma mecânica e empregou dois ex - detentos e não se arrepende.
“Os dois chegaram aqui em uma época difícil para eles. Tinham acabado de sair da cadeia e me pediram uma oportunidade. Um trabalha comigo há dois anos, o outros há cinco. Não me arrependo. São ótimos funcionários”, declara Antônio.
BIBLIOGRAFIA
http://primeirapauta.jor.br/2013/12/02/ex-detentos-encontram-dificuldades-para-reingressar-na-sociedade/
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/33427/holanda+quer+cobrar+de+presos+locais+taxa+diaria+de+16+euros.shtml
09 de novembro de 2015.
SANTO ANDRÉ

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