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A riqueza das nações capt 3 livro 2

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Aluna: Paola Borges Câmara
Prof. Galeno
Resumo da Riqueza das Nações – Livro II
Capítulo III – A Acumulação de Capital, ou o Trabalho Produtivo e Improdutivo
	Segundo Smith, existem dois tipos de trabalho: o que acrescenta algo ao valor do objeto sobre o qual é aplicado (trabalho produtivo) e o que não tem tal efeito (trabalho improdutivo). Para tal avaliação, os dois tipos de trabalho são comparados em função do custo que lhes é atribuído. O primeiro, não custa nenhuma despesa ao patrão, pois, mesmo adiantando os salários, eles são repostos junto com o lucro. Já o segundo, custa ao patrão e, todavia, não retorna ao mesmo. Sendo assim, uma pessoa “enriquece empregando muitos operários, e empobrece mantendo muitos criados”.
	O trabalho improdutivo, apesar de não acrescentar algo ao valor do objeto sobre o qual é aplicado, tem seu valor e merece ser remunerado, apesar dos seus serviços morrerem no próprio instante em que são executados. Já o trabalho produtivo fixa-se e realiza-se em um objeto específico ou mercadoria vendável que, no mínimo, algum tempo depois de encerrado o trabalho, poderá movimentar quantia de dinheiro igual àquela que originalmente produziu. 
	O trabalho improdutivo, mesmo tendo as suas utilidades críticas – como segurança e saúde – são mantidos por uma parte da produção anual do trabalho de outros cidadãos e não aqueles que o executaram. Portanto, por mais honroso que seja o serviço de alguém, seu trabalho não faz com que seja possível obtenção de serviço no futuro. 
	Sendo assim, todos são igualmente mantidos pela produção anual de terra e da mão de obra do país. Mas, antes mesmo de gerar renda aos habitantes do país, a produção é dividida em duas partes: aquela que repõe o capital e a que constitui o lucro e a renda da terra. A que repõe o capital só emprega mão de obra produtiva, ao passo que a renda sustenta a mão de obra improdutiva e os que não trabalham. 
	Qualquer pessoa que trabalhe, sendo ela produtiva ou não, pode empregar mais trabalho, seja ele produtivo ou não. Entretanto, nenhuma parte da produção anual originalmente destinada a repor um capital jamais é destinada para a manutenção de mãos improdutivas. Sendo assim, a porcentagem da mão de obra produtiva depende da proporção entre o lucro e a renda da terra, e a parte da produção que repõe o capital .
	Essa proporção pode variar de acordo com a época vivida de uma sociedade, assim como seus próprios costumes. É ela que determina se os habitantes do país são operosos ou indolentes. Além disso, as próprias condições físicas do país determinam também que tipo de trabalho dominará. 
	Sendo assim, a ociosidade da maior parte das pessoas mantidas pelos gastos da renda corrompe provavelmente a operosidade dos que deveriam manter-se pelo emprego de capital, fazendo com que seja menos vantajoso aplicar um capital em um certo país do que em outros. Dessa forma, a proporção entre o capital e a renda parece regular em todo lugar a proporção entre pessoas trabalhadoras e pessoas ociosas.
	Nesse sentido, os capitais são aumentados pela parcimônia e diminuídos pelo esbanjamento e má administração. Assim como o capital de um indivíduo só pode ser aumentado por aquilo que poupa de sua renda anual ou de seus ganhos anuais, o de uma sociedade também. Portanto, a pessoa frugal cria um fundo perpétuo para empregar mão de obra produtiva e o esbanjador desvia o capital da destinação correta. 
	Não faz diferença se ele gasta com mercadorias nacionais ou estrangeiras, pois a utilidade do dinheiro é fazer circular bens de consumo, pois, a quantidade de dinheiro que se pode anualmente empregar em um país deve ser determinada pelo valor dos bens de consumo que anualmente o dinheiro faz circular nele. Mas não havendo qualquer aplicação no seu país de origem, ele será enviado ao exterior para a compra de bens de consumo que possam ser de alguma utilidade no país. Então, mesmo se a riqueza real de um país consistir em seu dinheiro, o esbanjador seria um inimigo público. 
	Por outro lado, o emprego imprudente do capital tem o mesmo efeito que o esbanjamento, pois os trabalhadores não produzem o valor integral do que consomem. Mas normalmente, prevalecem a frugalidade e a prudência, pois o esbanjamento é menos constante que o desejo de melhorar a condição de vida de uma forma geral. 
	Da mesma forma, esse argumento é válido também para as nações. Grandes nações nunca empobrecem devido ao esbanjamento ou à imprudência individuais, mas sim pelo mesmo fato relacionado ao governo.
	A produção anual da terra e do trabalho de um país só pode aumentar de valor com o acréscimo do contingente de mão de obra produtiva, ou das forças produtivas dos trabalhadores já empregados. Sendo que, o contingente de trabalhadores de um país nunca pode ser muito aumentado, a não ser que haja um aumento no capital ou dos fundos destinados a sua manutenção de forma proporcional. 
	Além disso, gastos em mercadorias duráveis favorecem não somente o acúmulo de estoque, mas também a poupança. Quando se gasta com esse tipo de bens, caso você reconheça a má administração por sua parte, pode-se vendê-los, por exemplo, diferente do esbanjamento. E, ademais, os gastos com mercadorias duráveis garantem comumente a manutenção de um número maior de pessoas do que os gastos efetuados com a mais pródiga hospitalidade.

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