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CONTABILIDADE BÁSICA – 2016/01 
TANIA RIBEIRO 
 
INTRODUÇÃO 
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REFLEXÃO 
 Poeta Augusto Branco 
CONTABILIDADE BÁSICA– 2016/01 
TANIA RIBEIRO 
 
“Não existe batalha em que tu sejas derrotado senão por ti mesmo. 
Assuma a responsabilidade pelo teu sucesso e siga adiante para vencer. 
Ou fique procurando justificativas para um eventual fracasso e estagne, 
No final, a escolha é sempre tua”. 
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CONTABILIDADE BÁSICA– 2016/01 
TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas 
à administração econômica (I Congresso Brasileiro de Contabilistas – RJ – 1924) 
 Contabilidade é a ciência que tem por objeto o patrimônio das entidades e por objetivo o controle 
desse patrimônio, com a finalidade de fornecer informações a seus usuários. 
 Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente 
do patrimônio da empresa. 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE (CIÊNCIA) 
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA 
FUNÇÃO ECONÔMICA 
Controlar o patrimônio da entidade, tanto sob o aspecto estático (significa controlar sua posição em 
dado momento) quanto o dinâmico (significa controlar suas mutações qualitativas e quantitativas). 
 
 
 
Apurar o resultado, isto é, apurar o lucro ou o prejuízo da entidade. 
CAMPO DE APLICAÇÃO 
 
O campo de aplicação da contabilidade se estende a todas as entidades que possuam patrimônio, 
sejam físicas ou jurídicas, de fins lucrativos ou não. Tais entidades são unidades econômico-
administrativas, cujos objetivos podem ser sociais e/ou econômicos. 
 
 
 
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
Entre os diversos usuários das informações produzidas pela Contabilidade, temos: 
 Sócios (Acionistas ou Quotistas) – necessitam da informação contábil, de forma resumida e 
concisa, principalmente para fins da avaliação da rentabilidade e segurança de seus investimentos. 
 Administradores, Diretores e Executivos – necessitam da informação contábil, de forma 
detalhada e constante, sobretudo, com as finalidades de controle e planejamento, visando à tomada 
de decisões. 
 Bancos e Financeiras – necessitam da informação contábil, principalmente para avaliarem a 
segurança de seus empréstimos ou financiamentos. 
 Governo – necessita da informação contábil, principalmente para viabilizar a fiscalização de 
tributos. 
 
 
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CONTABILIDADE BÁSICA– 2016/01 
TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com 
 
TÉCNICAS CONTÁBEIS 
 
Escrituração – visa aos registros de todos os fatos contábeis, ou seja, fatos que afetam o patrimônio 
da entidade, sendo seus registros realizados em livros próprios. 
Demonstrações Contábeis – Constituem quadros técnicos que evidenciam a situação patrimonial, 
financeira ou econômica da entidade. 
 Balanço Patrimonial (BP) 
 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) 
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) 
 
Análise das Demonstrações Contábeis Financeiras – é o estudo da situação financeira e patrimonial 
de uma empresa, através da decomposição de elementos e de levantamentos de dados que consistem 
em relações diversas que entre si possam ter tais elementos, com o objetivo de conhecer a realidade de 
uma situação ou de levantar os feitos de uma administração. 
 
Auditoria – visa à verificação da fidelidade das informações contábeis, detectando erros ou fraudes e, 
por fim, emitindo um parecer ou relatório sobre as informações fornecidas pelo sistema contábil e 
controles internos da entidade auditada. 
 
 
PATRIMÔNIO 
 
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CONCEITO 
 
É um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações e Patrimônio Líquido de uma pessoa, avaliado em 
moeda. 
 
BENS 
 
Pode ser definido como tudo aquilo capaz de ser avaliado economicamente e de satisfazer as 
necessidades das entidades, sejam estas pessoas físicas ou jurídicas. 
CONTABILIDADE BÁSICA– 2016/01 
TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com 
 
Em contabilidade os Bens estão divididos em: matérias ou imateriais: 
Bens materiais (ou Tangíveis) - são aqueles que possuem corpo, matéria e podem ser Bens móveis e 
imóveis. Existem cinco tipos de Bens Materiais. 
 
 Bens numerários 
 Bens de venda 
 Bens fixos ou imobilizados 
 Bens de renda 
 Bens de consumo 
 
Bens numerários – proporcionam liquidez imediata às entidades, isto é, são ou transformam-se 
rapidamente em “dinheiro vivo”: Caixa, bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata. 
Bens de Venda – são os bens adquiridos pela empresa para serem revendidos e que atendem ao 
objeto social da entidade. Por exemplo: estoques de mercadorias num comércio, estoque de matérias-
primas, produtos em elaboração e produtos acabados numa indústria. 
 
Bens Fixos ou Imobilizados – são bens duráveis, com vida útil superior a um ano, e utilizáveis na 
atividade operacional da entidade. Exemplos: imóveis, veículos, máquinas, equipamentos, móveis, 
utensílios etc. 
 
Bens de Renda – são os bens utilizáveis apenas para obtenção de renda e, portanto, não se destinam a 
atender os objetivos da empresa. Exemplos: o terreno que uma empresa está utilizando como 
estacionamento, para seus empregados é um bem fixo, mas o terreno que a indústria alugou por não o 
estar utilizando em suas atividades é um bem de renda. Outros exemplos são: obras de arte, ações de 
outras empresas. 
 
 
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Bens de Consumo – são os bens duráveis gastos ou consumidos nas atividades normais da empresa. 
Depois de consumidos, representam despesas. Exemplos: materiais de escritório, materiais de 
limpeza, combustíveis etc. 
 
Bens Imateriais (ou Intangíveis) - são aqueles que, embora considerados Bens, não possuem corpo, 
não tem matéria. São determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser 
considerados parte do seu Patrimônio. Exemplos: Benfeitorias em Imóveis de Terceiros, Marcas e 
Patentes etc. 
 
 
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TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com 
 
DIREITOS 
 
Em geral, direitos são valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de 
propriedade da empresa que se encontra em posse de terceiros, como: empréstimos a empregados, 
empréstimos a diretores, duplicatas a receber, títulos a receber, aplicações financeiras, investimentos 
no banco, dinheiro no banco (conta corrente). Esses Direitos geralmente aparecem como os nomes 
dos elementos seguidos da expressão a Receber. 
Exemplos: Duplicatas a Receber, Clientes, Aluguéis a Receber, Promissórias a Receber etc. 
 
Tipos de direitos 
 
Créditos de Funcionamento – são valores a receber, oriundo da atividade operacional da empresa, 
podendo ser uma duplicata ou conta a receber; um imposto a ser recuperado; um adiantamento feito 
pela empresa a seuempregado, uma antecipação de salário etc. 
 
Créditos de Financiamento – são valores a receber de curto ou longo prazo, mas que não estão 
relacionados ao atendimento do objeto social da entidade. São oriundos de empréstimos e 
financiamento a terceiros. Exemplos: empréstimos a empresas controladas etc. 
 
OBRIGAÇÕES 
 
São dívidas assumidas pela entidade e que deverão ser pagos no futuro. As obrigações, em 
contabilidade, representam valores líquidos e certos a serem desembolsados, como: duplicatas a 
pagar, fornecedores, impostos a recolher, contas a pagar, empréstimos a pagar, contribuições sociais a 
recolher, salários a pagar, férias a pagar, etc. Essas Obrigações geralmente aparecem com os nomes 
dos elementos seguidos da expressão a Pagar ou a Recolher. 
 
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Tipos de obrigações 
 
Débitos de Funcionamento - são recursos de terceiros originados para o funcionamento normal da 
empresa, nos quais não há cobrança explícita de juros. Tais recursos podem ser: fornecedores, salários 
a pagar, impostos a recolher etc. 
 
Normalmente, são exigibilidades onerosas (juros) de curto ou longo prazo, ou seja, recursos 
originados não para o funcionamento normal da empresa, mas para sua ampliação e desenvolvimento. 
Quaisquer valores tomados emprestados são considerados débitos de financiamento. Exemplos: 
financiamento de longo prazo, empréstimos a pagar etc. 
 
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TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com 
 
ESTADOS PATRIMONIAIS 
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Numa visão geral, são três os possíveis estados patrimoniais: 
 
1º caso – Quando o ATIVO da entidade for maior que o PASSIVO, ou seja: 
Se Situação Líquida (SL) for maior que zero, podemos designá-la por: 
 Situação Líquida Positiva 
 Situação Líquida Ativa 
 Situação Líquida Superavitária 
 Situação Líquida Favorável 
 
2º caso – Quando o ATIVO da entidade for igual ao PASSIVO, ou seja: 
Se a Situação Líquida (SL) for igual à zero, podemos designá-la por: 
 Situação Líquida Nula 
 
 
3º caso – Quando o ATIVO da entidade for menor que o PASSIVO, ou seja: 
Se a Situação Líquida (SL) for menor que zero, podemos designá-la por: 
 Situação Líquida Negativa 
 Situação Líquida Passiva 
 Situação Líquida Deficitária 
 Situação Líquida Desfavorável ou; 
 Passivo a Descoberto 
 
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TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com 
 
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FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO 
 
Para se constituir uma entidade é preciso que se tenha, inicialmente, um Capital. Quando a entidade 
está sendo constituída, a palavra Capital é usada para representar o conjunto de elementos que o 
proprietário da entidade possui para iniciar suas atividades. 
O Capital de uma empresa, por ocasião de sua constituição, consiste na importância total que os 
sócios aplicaram na sociedade. 
 
Na constituição da sociedade, o valor inicial do Capital coincide com o valor do Patrimônio Líquido. 
A partir daí, o valor do Capital não necessariamente coincide com o do Patrimônio Líquido, porque 
este último incorpora todas as variações patrimoniais decorrentes da percepção de receitas e 
incorrência de despesas da sociedade. Assim, por exemplo, se uma sociedade apresenta lucro em seu 
primeiro ano de atividade, o valor do PL corresponde à soma do Capital Inicial com o lucro obtido no 
ano. 
 
Principais conceitos de capital: 
 Capital Social, Capital Nominal ou Capital – é o investimento inicial feito pelos sócios na 
sociedade, acrescido dos aumentos de capital feitos através das reservas de lucros da sociedade e de 
novos aportes de capital pelo sócio e diminuído dos decréscimos de capital decorrente de eventuais 
saídas de sócios da empresa. 
 
Capital Próprio – corresponde ao conceito de Patrimônio Líquido – é a diferença entre o total de 
ativos da sociedade e o total das obrigações para com terceiros. Só coincide com o valor do Capital 
Nominal por ocasião da constituição da sociedade. 
 
Capital de Terceiros – Corresponde ao conceito de Passivo – é o total das obrigações da sociedade 
para com terceiros. 
 
Capital Total à Disposição da Sociedade – corresponde ao total do Passivo mais o Patrimônio 
Líquido: representa o total de recursos que foram colocados à disposição da sociedade por terceiros 
(Passivo) ou pelos sócios (Patrimônio Líquido) para que esta adquirisse os bens e direitos que 
constituem o seu Ativo (Patrimônio Bruto). 
Capital Subscrito – é o montante que os sócios prometeram entregar à sociedade em troca da 
propriedade das ações ou quotas da mesma. 
 
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Capital Integralizado ou Capital Realizado – é o valor que os sócios efetivamente entregaram à 
sociedade. Pode ser um valor menor que o Capital Subscrito. 
 
Capital a Integralizar ou Capital a Realizar – corresponde à diferença entre o Capital Subscrito 
(promessa de entrega) e o Capital Integralizado (entrega efetiva). 
 
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TANIA RIBEIRO – proftaniaribeiro@gmail.com

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