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Aula 00 Lingua Portuguesa Provas Comentadas da Banca ESAF prof Fernando Pestana

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Língua Portuguesa 
Provas Comentadas da ESAF 
Prof. Fernando Pestana – Aula 00 
 
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AULA 00: DEMONSTRATIVA 
 
Salve, salve!!! 
 
 Atendendo a inúmeros pedidos, chegou a hora de fazer algo inédito: 
um curso com 10 provas comentadas da ESAF. Este curso serve para 
qualquer concurso elaborado por essa banca. 
 
Falando sobre STN, saiba que foi publicado o edital para o concurso 
de Analista de Finanças e Controle da STN. Imagine: R$ 13.000,00... 
255 vagas... Estou certo de que uma delas será sua! Saiba mais: 
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/12/2012&jornal=3&pa
gina=125&totalArquivos=332. As provas serão em 24/03. 
 
Cá entre nós, se a ESAF ainda é seu bicho-papão, seus problemas 
acabaram. Primeiramente, irei comentar as provas abaixo. Na última 
aula, serei o seu Mister “M” da Língua Portuguesa, revelando dados 
extremamente relevantes a respeito do perfil da prova, ok? 
 
AULA 00 (04/01/2013): STN - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - 2008 
 
AULA 01 (18/01/2013): MDIC - ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR - 2012 
 
AULA 02 (25/01/2013): CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - 2012 
 
AULA 03 (01/02/2013): MI-CENAD - ANALISTA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E 
REDES - 2012 
 
AULA 04 (08/02/2013): RFB - AUDITOR-FISCAL - 2012 
 
AULA 05 (15/02/2013): RFB - ANALISTA-TRIBUTÁRIO - 2012 
 
AULA 06 (22/02/2013): SMF - AGENTE DA FAZENDA - 2010 
 
AULA 07 (01/03/2013): CVM - AGENTE EXECUTIVO - 2010 
 
AULA 08 (08/03/2013): MPOG - ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO - 2010 
 
AULA 09 (15/03/2013): MTE - AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO - 2010 
 
AULA 10 (22/03/2013): MISTER "M" 
 
Meu método será o seguinte: você fará todas as questões, como se 
estivesse no dia da prova, e só depois irá conferir o gabarito comentado, 
ok? Não vale colar! ☺ 
 
Qualquer dúvida, não hesite: mande um e-mail! Agora chega de 
papo e vamos ao que interessa! 
 
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ESAF – STN – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008 
 
1- Assinale a opção incorreta quanto aos sentidos veiculados no trecho 
abaixo. 
 
Ser cidadão é entrar em um nó de relações. É simples: ao pedir 
nota fiscal, evita-se a sonegação e aumenta-se a arrecadação pública 
que, em tese, permite ao governo investir em rodovias, hospitais, 
escolas, segurança etc. Quando se recusa a propina ao guarda, moraliza-
se o aparato policial. 
Cidadania supõe consciência de responsabilidade cívica. Nada mais 
anticidadania do que essa lógica de que não vale a pena chover no 
molhado. Vale. Experimente recorrer à defesa do consumidor, escrever 
para jornais e autoridades. Querem os políticos corruptos que passemos a 
eles cheque em branco para continuar a tratar a coisa pública como 
negócio privado. E fazemos isso ao torcer o nariz para a política, com 
aquela cara de nojo. 
 
(Frei Betto, “Educar para a cidadania”, Caros Amigos, maio 2008) 
 
a) O autor emprega a expressão metafórica “chover no molhado” no 
sentido de “duplicar o esforço” para se conseguir algo. 
b) Seguindo as idéias do autor, constitui atitude cidadã reivindicar dos 
políticos em quem votamos o cumprimento de suas promessas de 
campanha. 
c) A expressão “entrar em um nó de relações”, no contexto em que 
aparece, refere-se ao desencadeamento das diversas ações que provoca 
um simples pedido de nota fiscal. 
d) Segundo as idéias do texto, passar um “cheque em branco” aos 
políticos corruptos é não agir com responsabilidade cívica. 
e) Na lógica do autor, não saber o nome do político em quem se votou 
nas últimas eleições é uma atitude anticidadã. 
 
2- Em artigo publicado no Correio Braziliense (20/9/2008), Emir Sader 
refuta a pregação de campanha de um candidato a vereador no Rio de 
Janeiro, o qual defende que “o IPTU arrecadado em seu bairro tem que 
ser aplicado no seu bairro”. Reconhecendo que o sistema tributário 
brasileiro comete injustiças ao isentar dos ricos e cobrar da imensa massa 
da população que vive do trabalho, Emir Sader afirma ser “fundamental 
combater o egoísmo tributário – este sim, populista, demagógico – de 
tantas campanhas eleitorais.” 
 
Aponte a asserção que não serve de argumento favorável nem de 
sustentação à crítica e às ponderações de Emir Sader. 
 
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a) O tema tributário – quem paga, quem recebe, de quem o Estado 
arrecada, a quem deve beneficiar – tem profundo viés de classe: nem 
sempre os recursos são direcionados para as políticas públicas que 
beneficiam os mais necessitados. 
b) Pouco importam ao candidato populista e demagógico as necessidades 
do conjunto da cidade, mesmo sabendo que a cidade tem subúrbios, 
favelas e bairros da periferia, onde vive majoritariamente a população 
hipossuficiente. 
c) A questão tributária se presta à exploração demagógica do egoísmo. 
Sai na frente o candidato que prega menos impostos, não importando se 
podem faltar professores nas escolas públicas ou médicos nos hospitais 
públicos. 
d) Pregar que cada bairro utilize os recursos no próprio bairro significa 
que os ricos financiarão os ricos; e os pobres, que constituem a grande 
maioria da população, terão de se arranjar com o pouco que seus bairros 
arrecadarem. 
e) Devido ao montante de suas dívidas para com o Estado, devem 
merecer o benefício da isenção e de outras formas de não pagamento de 
impostos os bancos, as grandes empresas e os ricos. 
 
3- Assinale a asserção correta em relação aos sentidos e expressões 
lingüísticas do trecho. 
 
Derrotada sistematicamente nos tribunais superiores, a Advocacia-Geral 
da União (AGU) resolveu editar um pacote com oito súmulas, 
reconhecendo direitos dos servidores públicos federais. O gesto põe fim a 
pendências jurídicas que se arrastavam havia décadas e serve de alento 
para quem ainda busca reaver ou manter benefícios funcionais. Com as 
súmulas, os advogados públicos ficam automaticamente desobrigados a 
contestar decisões desfavoráveis. (...) Esclarece a AGU: “O servidor sabia 
que se entrasse na Justiça ganharia, mas a União, por dever, mesmo 
sabendo que perderia, tinha de recorrer. As oito medidas acabam com 
isso.” Entre as súmulas está a que reconhece o direito de pagamento do 
auxílio-alimentação retroativo ao servidor em férias ou licença entre 
outubro de 1996 e dezembro de 2001. 
 
(Luciano Pires, Correio Braziliense, 20/09/2008, p. 23, com adaptações) 
 
a) O particípio “Derrotada” (l.1) e o gerúndio “reconhecendo” (l.3) 
constam no texto com sujeito oculto. 
b) No lugar do sintagma “O gesto” (l.3) poderia ser empregado, sem 
prejuízo da coerência textual, qualquer dos sintagmas Este ato, Tal 
medida, O feito. 
c) O segmento “que se arrastavam havia décadas” (l.4) é resumido, sem 
incorreção gramatical, da seguinte maneira: de haviam décadas. 
d) Reescreve-se, mantendo-se a correção gramatical e a coerência 
textual, o período “para quem ainda busca reaver ou manter benefícios 
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funcionais.” (l.5) do seguinte modo: para que se reavenham ou 
mantenham benefícios funcionais. 
e) Substitui-se, com correção gramatical e sem alteração de sentido, o 
segmento “ficam automaticamente desobrigados a contestar decisões 
desfavoráveis” (l. 6 e 7) por: não ficam automaticamente obrigados a 
ratificar decisões favoráveis. 
 
4- Analiseas quatro asserções sobre aspectos lingüísticos do trecho 
abaixo e assinale, a seguir, a opção correta. 
 
Em matéria concernente a responsabilização de sócios e gestores 
pelas dívidas tributárias da pessoa jurídica, os tribunais vêm se 
posicionando assim: sejam as dívidas estritamente fiscais, sejam 
previdenciárias, se as empresas não tiverem como pagá-las, os sócios e 
gestores só respondem por tal pagamento caso tenham agido de modo 
afrontoso aos estatutos, ao contrato social ou cometido ato de fraude ou 
sonegação, ou se, em última instância, diligenciaram a liquidação 
irregular da empresa. 
Para se prevenirem, os credores públicos devem correr para cobrar 
as dívidas enquanto há solvabilidade social, ao invés de incomodarem 
sócios e gerentes que não praticaram atos fraudulentos com execuções 
indevidas e constrangedoras, as quais, nessa circunstância, e frente a 
determinação contundente do Judiciário, se continuam, podem dar 
margem a indenizações por dano moral. 
 
(João Luiz Coelho da Rocha, Direito&Justiça, Correio Braziliense, 29/9/2008, com 
adaptações) 
 
I. Falta o acento indicador de crase em: “concernente a” (l.1); “frente a 
determinação” (l.12 e 13) e “margem a indenizações” (l.14). 
 
II. Os verbos “diligenciaram” (l.7) e “se prevenirem” (l.9) possuem o 
mesmo sujeito gramatical, que é: sócios e gestores. 
 
III. As palavras sublinhadas em “se as empresas” (l.4); “caso tenham 
agido” (l.5) e “se continuam” (l.13) expressam idéia de condição. 
 
IV. Os pronomes relativos “que” (l.11) e “quais” (l.12) assumem os 
respectivos antecedentes como sujeito gramatical da oração que iniciam, 
respectivamente: sócios e gerentes (l.11) e execuções indevidas e 
constrangedoras (l.11 e 12). 
 
a) Todas as asserções estão corretas. 
b) Estão corretas as asserções I, II e III. 
c) Estão corretas as asserções I, II e IV. 
d) Estão corretas apenas as asserções III e IV. 
e) Está correta apenas a asserção IV. 
 
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5- De acordo com o texto, assinale a opção correta. 
 
Valor: O sr. espera uma piora da crise financeira global? 
Fernando Cardim: O que estamos assistindo agora no mercado 
financeiro dos EUA é altamente preocupante. Em menos de duas 
semanas, após o governo Bush injetar US$ 200 bilhões nas duas casas 
hipotecárias, quebra o Lehman Brothers, quarto maior banco de 
investimento local, e é vendido, preventivamente, em apenas dois dias, o 
Merrill Lynch, banco de investimento independente. E a maior seguradora 
do mundo, a AIG, está ameaçada. Isso abre uma frente nova na crise. As 
seguradoras são grandes fornecedoras de CDS para os bancos comerciais. 
O CDS é um derivativo de crédito que serve como seguro. Quando os 
bancos fazem empréstimos e os tomadores não pagam eles recorrem às 
seguradoras para recuperar os valores dos empréstimos. Uma 
quebradeira nas seguradoras pode significar que a segurança do sistema 
bancário está sem proteção, os bancos estão nus. 
 
(Valor Econômico, 18/09/2008) 
 
a) A expressão “estamos assistindo” (l.2) indica que o entrevistado fala 
em nome exclusivamente dos representantes do Governo. 
b) As vírgulas após “Brothers” (l.5) e após “local” (l.6) justificam-se por 
isolar aposto explicativo. 
c) O pronome “eles” (l.11) é elemento coesivo que se refere ao 
antecedente “tomadores”. 
d) O sinal indicativo de crase em “às seguradoras” (l.11 e 12) justifica-se 
pela regência de “fazem” (l.11) e pela presença de artigo definido 
feminino plural. 
e) A expressão “estão nus” (l.14) está sendo empregada em sentido 
denotativo ou literal. 
 
6- Com base no texto, assinale a opção incorreta. 
 
Ao lado de características inéditas, a crise cevada no mercado 
imobiliário e financeiro americano, com reverberações mundiais, 
apresenta aspectos também verificados em outras situações de 
nervosismo global. Não há medida mágica e salvadora que faça cotações 
se estabilizarem e o investidor recuperar o sono. Só uma sucessão de 
ações consegue mudar expectativas como as atuais. A Casa Branca, ao 
contrário da postura que assumira no caso do Lehman Brothers – 
tragado, sem socorro, por um rombo de US$600 bilhões –, decidira 
estender a mão para a maior seguradora do país, a AIG. 
Aos bilhões empenhados para permitir ao Morgan digerir o Bear 
Stearns, em março; ao dinheiro sacado a fim de evitar a quebra das 
gigantes Fannie Mae e Freddie Mac, redescontadoras de hipotecas, o 
governo e o Fed, o BC dos EUA, decidiram somar US$85 bilhões para 
salvar a AIG. Decepcionou-se quem esperava tranqüilidade. O 
emperramento do crédito – ninguém empresta a ninguém, por não se 
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saber ao certo o risco do tomador – continua a travar o mercado global, e 
as ações novamente desceram a ladeira, empurradas por boatos sobre 
quais serão, ou seriam, os próximos a cair. 
 
(O Globo, 18 de setembro de 2008, Editorial) 
 
a) A expressão “cevada” (l.1) está em sentido conotativo e apresenta 
significado relativo às seguintes idéias: alimentada, ampliada, crescida. 
b) Em “se estabilizarem” (l.5), o “se” indica que o sujeito é 
indeterminado. 
c) O emprego de preposição em “Aos bilhões” (l.10) e em “ao dinheiro” 
(l.11) justifica-se pela regência de “somar” (l.13). 
d) Em “Decepcionou-se” (l.14), o “se” justifica-se porque o verbo está 
sendo empregado como pronominal. 
e) A expressão “desceram a ladeira” (l.17) confere ao texto um tom de 
informalidade e está sendo empregada em sentido conotativo. 
 
7- Com base no texto, assinale a opção correta. 
 
No caso do Brasil, o potencial de contaminação das expectativas de 
crescimento pela crise externa concentra-se em três ameaças: a 
economia real ser atingida por forte contenção de liquidez, o que 
diminuirá a oferta de capital para manter os investimentos, o consumo 
interno sofrer abalos com a perda acelerada do preço das commodities, o 
que tenderá a reduzir o lucro dos exportadores, e a volta do déficit em 
conta corrente, com pressão sobre o câmbio e reflexos na inflação. 
O momento é oportuno para o Brasil encontrar medidas que 
amenizem os efeitos de uma eventual tempestade internacional. As 
preocupações não são infundadas. O risco de escassez de crédito externo 
para as empresas brasileiras é um exemplo. Acertadamente, o governo já 
estuda meios para compensar uma eventual paralisia do crédito 
internacional, por meio de fontes internas, como empréstimos do BNDES. 
 
(Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2008, Editorial) 
 
a) O emprego da aglutinação da preposição com artigo definido feminino 
em “pela crise” justifica-se pela regência de “crescimento” (l. 2). 
b) A substituição de “concentra-se” (l.2) por está concentrado prejudica 
a correção gramatical do período. 
c) A redação O momento é oportuno para que o Brasil encontre 
medidas (l.8) prejudica a correção gramatical do período. 
d) Estaria gramaticalmente correta e de acordo com as informações 
originais do texto a redação: As preocupações têm fundamento (l.9 e 
10). 
e) As palavras “risco” (l.10) e “eventual” (l.12) reforçam a idéia de que 
haverá paralisia de crédito internacional. 
 
8- Assinale a opção em que a relação de referência está incorreta. 
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O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. 
Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinham algumas 
característicasda democracia, mas não a realizavam por completo. Boa 
parte desse resultado político se deve à Constituição de 1988, num 
sentido mais amplo que as regras por ela determinadas. Além do 
arcabouço institucional original, o espírito que norteou a confecção do 
texto constitucional e o aprendizado posterior têm produzido efeitos 
democratizantes na vida política brasileira. 
Ainda há, no plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o 
Brasil real. As formas de participação extra-eleitoral ainda são 
subaproveitadas. Grande parte da população não as usa. 
 
(Fernando Abrucio, Revista Época, 17 de setembro de 2008) 
 
a) “seu” (l.1) se refere a “Brasil” (l.1) 
b) “a” (l.3) se refere a “democracia” (l.3) 
c) “desse resultado político” (l.4) se refere a “foram autoritárias” (l.2) 
d) “ela” (l.5) se refere a “Constituição de 1988” (l.4). 
e) “as” (l.11) se refere a “formas de participação extra-eleitoral” (l.10). 
 
9- Assinale a opção em que o termo sublinhado está gramaticalmente 
correto. 
 
O Brasil vem gradativamente progredindo no que diz respeito à (1) 
administrar o bem público. No século passado, estava arraigado à (2) 
comportamentos administrativos viciosos, aos quais (3) priorizavam os 
interesses do administrador e de quem mais lhe conveniesse (4), ficando 
de lado a real finalidade do serviço público, que é servir o (5) público. 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
10- Assinale o segmento inteiramente correto quanto à morfossintaxe, 
concordância, regência e coerência textual. 
 
a) O esgotamento do modelo de administração burocrática, que primava 
excessivamente pelo respeito as normas e procedimentos internos do 
setor público, tolhia a criatividade e a autonomia dos profissionais 
encarregados de ações que melhor atendesse as demandas da sociedade. 
b) Devido ao esgotamento do modelo de administração burocrática, que 
primava excessivamente pelo respeito as normas e procedimentos 
internos do setor público, inibiam-se a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendesse as demandas 
da sociedade. 
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c) O esgotamento do modelo de administração burocrática, que primava 
excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos internos do 
setor público, obstavam-se a criatividade e a autonomia dos profissionais 
encarregados de ações que melhor atendessem às demandas da 
sociedade. 
d) Com o esgotamento do modelo de administração burocrática, que se 
regia excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos internos 
do setor público, fomentou-se a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem as demandas 
da sociedade. 
e) Após o esgotamento do modelo de administração burocrática que 
oprimia excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos 
internos do setor público, impedia a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem às demandas 
da sociedade. 
 
11- Assinale o trecho inteiramente correto quanto à sintaxe de construção 
do período, morfossintaxe, adequação vocabular, pontuação, clareza e 
concisão. 
 
a) O internauta, hoje, passou de receptivo para um usuário ativo. Passou-
se, então, a criar os seus próprios conteúdos em vez de apenas buscar 
informações. Com isso, as redes sociais vêm crescendo cada vez mais a 
cada dia que se passa. 
b) É necessário que se saiba o que os internautas vêm dizendo sobre as 
empresas nas redes virtuais, para que possa traçar estratégias para 
reverter quadros críticos e saber se os consumidores estão insatisfeitos 
com suas compras. 
c) Nas grandes empresas, os consultores de tecnologia da informação (TI) 
vêm exercendo uma função cada vez mais estratégica, para o que se 
exige conhecimento técnico dos processos de negócio dos clientes e 
capacidade de formulação de soluções tecnológicas para os problemas 
detectados. 
d) O consultor de TI não deve mais atuar sozinho dentro das 
organizações; é necessário que ele sempre esteja informado do que 
acontece dentro da organização na qual trabalha. Ele deve atuar 
juntamente com outros setores para que possa, cada vez mais, conhecer 
os processos de negócio de seus clientes para que juntos possam achar 
uma solução na qual atenda às reais necessidades. 
e) O consultor de TI tem o papel de mostrar para o cliente quais são as 
opções de TI que o cliente pode ter e de que forma a tecnologia pode 
ajudá-lo a melhorar o seu negócio, ao mesmo tempo no qual se poderá 
auxiliá-lo informando metodologias que poderiam ser utilizadas para que 
possa organizar e melhorar os seus processos internos. 
 
12- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado do Editorial do 
Jornal do Brasil, 18/09/2008. Assinale a opção em que há erro 
gramatical. 
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a) A elevação dos termômetros da crise nos mercados financeiros – que 
emite sinais perturbadores de que será longa e ruidosa – tem encontrado 
lenitivos consideráveis na economia brasileira. 
b) Essa constatação, no entanto, não aplaca as exigências impostas ao 
país: é preciso encontrar mecanismos sólidos de redução dos habituais 
riscos de contaminação. 
c) De que a saúde da economia brasileira vai bem só as mentes 
insensatas discordarão. É incontestável que o Brasil exibe hoje índices de 
vulnerabilidade bem mais baixos do que os que apresentava à alguns 
anos. 
d) As perspectivas são positivas e os indicadores econômicos são 
favoráveis para a expansão econômica contínua e segura. 
e) Tanto é que a taxa de investimento no segundo trimestre deste ano 
registrou crescimento de 5,4% em relação ao trimestre anterior, 
permitindo expansão de 1,4% do PIB entre os dois períodos. 
 
13- Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
Passaram-se (1) anos até que a América do Sul pudesse livrar-se (2) das 
ditaduras que dominaram o continente, sobretudo na segunda metade do 
século 20. O custo foi alto, com opressão e mortes. Por isso, faz sentido o 
apoio que nove presidentes de países do bloco, reunidos em Santiago do 
Chile, na primeira cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), 
deram ao (3) governo Evo Morales, legitimamente eleito e confirmado em 
um referendo (4) popular realizado há pouco tempo. Tirando os exageros 
antiimperialistas do coronel Hugo Chávez – que procura enxergar nos 
levantes bolivianos o dedo da política externa americana como forma de 
capturar a crise para a própria agenda e, com isso, livrar-se do 
isolamento – os mandatários souberam manter o tom de diálogo que 
utilizou (5) para a transição em seus países na hora de apoiar o colega 
andino. 
 
(Adaptado de O Globo, 17 de setembro de 2008, Editorial) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
14- Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o 
texto abaixo. 
 
Faz vinte anos que foi promulgada a Constituição de 1988, chamada 
“cidadã” pelo então presidente da Assembléia Nacional Constituinte, 
Ulysses Guimarães. Pode haver algum exagero nesse epíteto. Mas hoje 
está claro que a Constituição de 1988 promoveu um avanço no conceito 
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de cidadania. “Ela contribuiu para sua popularização”, diz o historiador 
José Murilo de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ). “E introduziu instrumentos legais importantes de afirmação 
democrática”. Ao mesmo tempo, a Constituiçãoficou incompleta. 
 
a) Por isso, em 1988, a Constituição trouxe inovações que hoje parecem 
triviais. Durante mais de 150 anos, os analfabetos – maioria ou um 
número expressivo da população – estiveram excluídos da vida política. 
b) Até hoje, sofre um aperfeiçoamento contínuo que leva muitos a 
considerá-la uma “colcha de retalhos” em eterna reforma, descolada da 
realidade de uma economia moderna. 
c) Pois a Constituição garantiu a eles o direito ao voto, assim como aos 
menores entre 16 e 18 anos. Também concedeu a todo cidadão o direito 
de saber todas as informações que o governo guarda sobre ele, um 
recurso conhecido como habeas data. 
d) Para atendê-los, depois da Constituição, foram elaborados nos anos 
seguintes um novo Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor, o 
Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso. 
e) Tanto é que o racismo passou a ser considerado crime inafiançável. Há 
ainda um capítulo inovador sobre meio ambiente e uma legislação sobre a 
questão indígena que, se não evita conflitos pontuais, pelo menos protege 
a minoria. 
(Leandro Loyola, Revista Época, 17 de setembro de 2008) 
 
15- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado do jornal Valor 
Econômico, 16 de setembro de 2008. Assinale a opção em que há erro 
gramatical. 
 
a) A recente convulsão social na Bolívia mostra que é insuficiente para o 
Brasil criar planos de contingência para lidar com a renintente 
instabilidade política do vizinho. 
b) A imaturidade da democracia boliviana, que, na semana passada, 
parece ter repetido mais uma vez a tradição de flertar com o abismo e 
recuar ligeiramente em seguida, mostra a necessidade de alternativas ao 
principal fornecedor de gás natural para a economia brasileira. 
c) É de se perguntar se não é hora de criar rapidamente uma estratégia 
para anular por completo o eventual impacto, na economia brasileira, de 
um estancamento no fluxo do gasoduto Brasil-Bolívia. 
d) Desde a nacionalização dos hidrocarbonetos, feita de maneira 
agressiva e propagandística pelo governo Evo Morales em 2006, a 
Petrobras adotou providências para minimizar a dependência do gás 
boliviano. 
e) Iniciou a construção de instalações para conversão de gás natural 
liquefeito (GNL), arquivou os planos de ampliação do gasoduto Brasil-
Bolívia, reduziu os investimentos em território boliviano ao necessário 
para manter o fornecimento atual e pôs em prática seus planos para 
aumentar a extração de gás da Bacia de Santos. 
 
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16- Os trechos a seguir constituem um texto adaptado do Editorial do 
Jornal do Brasil, 15/09/2008, que estão desordenados. Ordene-os nos 
parênteses e assinale a opção correspondente. 
 
( ) O resultado desse levantamento aponta para uma elevação da 
temperatura e para a redução das chuvas em parte da Floresta 
Amazônica, o que poderia transformar, nas próximas décadas, a maior e 
mais importante reserva de biodiversidade mundial num imenso semi-
árido. 
( ) Estudo apresentado em Belém pelo Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais (INPE) revela dados alarmantes sobre a devastação em dois 
Estados da Federação: o Pará e o Maranhão, que, somados, 
correspondem a 18% do território brasileiro e a 30% da Amazônia Legal. 
( ) Explicando melhor esse resultado: o documento mostra que o clima 
da região se tornará cada vez mais quente e seco, com reduções de 
chuva que podem ficar entre 2 e 4 milímetros por dia, no período de 
2071-2100, quando comparado com o atual clima da região. 
( ) Se no plano interno o país conseguir reverter o cenário dramático 
antecipado pelos relatórios, alcançar um relativo grau de crescimento 
sustentável e mantiver a política de incentivo aos biocombustíveis, o país 
terá um enorme handicap na hora de cobrar das nações mais ricas, 
historicamente as maiores responsáveis pela poluição global, mas 
também as mais reticentes quanto à aceitação de metas de redução de 
gases poluentes, o uso racional dos recursos naturais. 
( ) A temperatura deve aumentar em toda a região leste do Pará até o 
Nordeste, chegando a até 7 graus nas regiões do leste da Amazônia e no 
norte do Maranhão (levando-se em consideração um cenário mais 
pessimista, com alta concentração de gases do efeito estufa) ou a até 4 
graus acima do atual, em condições mais otimistas. 
 
a) 2, 3, 1, 5, 4 
b) 4, 3, 2, 1, 5 
c) 4, 5, 3, 2, 1 
d) 2, 1, 3, 5, 4 
e) 4, 1, 2, 3, 5 
 
17- Aponte o trecho com pontuação correta. 
 
a) Se o Estado estabeleceu o incentivo à prorrogação da licença-
maternidade às trabalhadoras de empresas privadas, deve, bem antes, 
dar-lhes o exemplo e admitir, desde já, a obrigação para si. Aliás, porque 
públicos também são os fundos que financiam a política de incentivo, 
realizados mediante renúncia fiscal, é incongruente pensar que, de um 
lado, o poder público possa incentivar as empresas, com fundos públicos, 
e, de outro, não se submeta ao objeto incentivado, arcando-o com os 
mesmos fundos. 
b) Se o Estado, estabeleceu o incentivo à prorrogação da licença-
maternidade às trabalhadoras de empresas privadas, deve, bem antes, 
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dar-lhes o exemplo e admitir, desde já, a obrigação para si, aliás porque 
públicos também são os fundos que financiam a política de incentivo, 
realizados mediante renúncia fiscal, é incongruente pensar que, de um 
lado, o poder público possa incentivar as empresas, com fundos públicos, 
e, de outro, não se submeta ao objeto incentivado, arcando-o com os 
mesmos fundos. 
c) Se, o Estado estabeleceu o incentivo à prorrogação da licença-
maternidade às trabalhadoras de empresas privadas deve, bem antes, 
dar-lhes o exemplo e admitir, desde já, a obrigação para si; aliás, porque 
públicos também são os fundos que financiam a política de incentivo 
realizados mediante renúncia fiscal, é incongruente pensar que, de um 
lado, o poder público possa incentivar as empresas, com fundos públicos, 
e, de outro, não se submeta ao objeto incentivado, arcando-o com os 
mesmos fundos. 
d) Se o Estado estabeleceu o incentivo à prorrogação da licença-
maternidade às trabalhadoras de empresas privadas, deve, bem antes, 
dar-lhes o exemplo e admitir desde já a obrigação para si. Aliás, porque 
públicos também são os fundos, que financiam a política de incentivo, 
realizados mediante renúncia fiscal, é incongruente pensar, que de um 
lado, o poder público possa incentivar as empresas, com fundos públicos, 
e, de outro, não se submeta ao objeto incentivado, arcando-o com os 
mesmos fundos. 
e) Se o Estado estabeleceu o incentivo à prorrogação da licença-
maternidade às trabalhadoras de empresas privadas, deve, bem antes, 
dar-lhes o exemplo e admitir, desde já, a obrigação para si, aliás porque, 
públicos também são os fundos que financiam a política de incentivo, 
realizados mediante renúncia fiscal; é incongruente pensar, que de um 
lado o poder público possa incentivar as empresas com fundos públicos e, 
de outro, não se submeta ao objeto incentivado, arcando-o com os 
mesmos fundos. 
(Jean P. Ruzzarin, Direito&Justiça, Correio Braziliense, 29/9/2008, com adaptações) 
 
18- Assinale o trecho inteiramente correto quanto à morfossintaxe e à 
pontuação. 
 
a) Hoje em dia a população é participativa. Ela é quem decide onde o 
orçamento-participativo deve ser aplicado, e o melhor o cidadão cobra, 
busca o resultado, quer saber onde foi empregado os seus tributos. 
b) Administrar visando resultados é bom para todos, o país ganha, os 
servidores estão mais satisfeitos porque sabe que o serviçoque ele está 
prestando é de qualidade, servindo de motivação para que esse servidor 
busque cada vez mais a capacitação. 
c) Entendo que a velocidade que as mudanças vêm ocorrendo, tanto no 
campo econômico, político, social que se processa de maneira muito 
rápida, ou os novos gerentes acompanham todo esse mecanismo de 
desenvolvimento ou tendem a desaparecerem. 
d) Hoje se depara com o processo da globalização, com isso 
conseqüentemente se exige melhores gestores e mais aperfeiçoamento 
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das ações gerenciais, novos padrões de comportamento, estabelecimento 
de novas técnicas, aperfeiçoamento constante e manter dentro da 
competitividade e modernidade desejadas. 
e) Ademais de dominar os conhecimentos técnicos de sua área de 
atuação, um bom gestor deve saber exercer a liderança com flexibilidade; 
ter habilidade para solucionar conflitos; mostrar aptidão para trabalhar 
em equipe; ter desenvolvidas a sensibilidade e a intuição; mas, acima de 
tudo, pautar suas ações sob o manto da ética e da justiça social. 
 
 
GABARITO COMENTADO 
 
1- Assinale a opção incorreta quanto aos sentidos veiculados no trecho 
abaixo. 
 
Ser cidadão é entrar em um nó de relações. É simples: ao pedir 
nota fiscal, evita-se a sonegação e aumenta-se a arrecadação pública 
que, em tese, permite ao governo investir em rodovias, hospitais, 
escolas, segurança etc. Quando se recusa a propina ao guarda, moraliza-
se o aparato policial. 
Cidadania supõe consciência de responsabilidade cívica. Nada mais 
anticidadania do que essa lógica de que não vale a pena chover no 
molhado. Vale. Experimente recorrer à defesa do consumidor, escrever 
para jornais e autoridades. Querem os políticos corruptos que passemos a 
eles cheque em branco para continuar a tratar a coisa pública como 
negócio privado. E fazemos isso ao torcer o nariz para a política, com 
aquela cara de nojo. 
 
(Frei Betto, “Educar para a cidadania”, Caros Amigos, maio 2008) 
 
a) O autor emprega a expressão metafórica “chover no molhado” no 
sentido de “duplicar o esforço” para se conseguir algo. 
b) Seguindo as idéias do autor, constitui atitude cidadã reivindicar dos 
políticos em quem votamos o cumprimento de suas promessas de 
campanha. 
c) A expressão “entrar em um nó de relações”, no contexto em que 
aparece, refere-se ao desencadeamento das diversas ações que provoca 
um simples pedido de nota fiscal. 
d) Segundo as idéias do texto, passar um “cheque em branco” aos 
políticos corruptos é não agir com responsabilidade cívica. 
e) Na lógica do autor, não saber o nome do político em quem se votou 
nas últimas eleições é uma atitude anticidadã. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação de texto. 
 
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Para resolver uma questão de interpretação, é preciso ler o texto com 
calma, apreendendo o seu tema, isto é: “sobre o que o texto está 
falando?”, “qual é a opinião e os argumentos usados pelo autor sobre o 
assunto?”, etc. Sublinhe os pontos principais do texto ou faça 
microrresumos dele, se necessário. 
 
Tente perceber as opções que extrapolam o conteúdo do texto, que 
generalizem com base em dados parciais ou reduzidos, estendendo a 
validade de uma afirmação ou conclusão além dos limites em que ela é 
comprovável. Tente perceber as opções que não encontram respaldo 
algum no texto, seja por extrapolação, seja por redução do conteúdo do 
texto. 
 
Essas dicas são valiosas. Passe a usá-las em questões de interpretação. 
 
a) Após o trecho “Nada mais anticidadania do que essa lógica de que não 
vale a pena chover no molhado. Vale.”, o próprio autor ilustra o que é 
“chover no molhado”, quando diz: “Experimente recorrer à defesa do 
consumidor, escrever para jornais e autoridades.” Isso significa que, no 
contexto, “chover no molhado” significa insistir num assunto óbvio, fazer 
o que deve ser feito, ou seja, exercer a cidadania com atitude de 
cobrança. Portanto, não se trata de “duplicar o esforço”, mas 
simplesmente agir em prol dos direitos de um cidadão. 
 
b) Se formos seguir as ideias do autor, realmente ‘constitui atitude cidadã 
reivindicar dos políticos em quem votamos o cumprimento de suas 
promessas de campanha’. Este trecho comprova isso: “Experimente 
recorrer à defesa do consumidor, escrever para jornais e autoridades.” 
 
c) Todo o primeiro parágrafo abona a afirmação desta alternativa. Mais do 
que isso, o próprio autor do texto explica o que ele quer dizer com “nó de 
relações”: “É simples: ao pedir nota fiscal (causa 1), evita-se a sonegação 
(consequência 1) e aumenta-se a arrecadação pública (consequência 
1/causa 2) que, em tese, permite ao governo investir em rodovias, 
hospitais, escolas, segurança etc. (consequência 2) Quando se recusa a 
propina ao guarda (causa 3), moraliza-se o aparato policial (consequência 
3).” Percebeu a relação de causa e consequência, o nó de relações? 
 
d) Ao passar um “cheque em branco”, o cidadão dá todo o aval para os 
políticos corruptos continuarem agindo como bem entendem, a saber: 
“continuarem a tratar a coisa pública como negócio privado.” O próprio 
autor diz que é isso que “querem os políticos corruptos”. Logo, segundo o 
autor, ignorar o dever cívico de cobrança por direitos, simplesmente 
‘torcendo o nariz para a política, com aquela cara de nojo’, não é agir com 
cidadania. 
 
e) Esta opção começa assim “Na lógica do autor...”, e não “O autor 
disse...”. Isso quer dizer que devemos entender o pensamento dele. É 
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possível? Sim, pois toda sua lógica argumentativa está no texto. Ele diz: 
“Cidadania supõe consciência de responsabilidade cívica”. Portanto, 
partindo do ponto de vista do autor, podemos inferir (concluir/deduzir) 
que ‘o simples fato de não saber o nome do político em quem se votou 
nas últimas eleições é uma atitude anticidadã’. Afinal, quem pratica a 
cidadania sabe em quem votou. Isso é o mínimo que se pode esperar de 
um cidadão responsável. E você pensando que era um caso de 
extrapolação... cuidado! Em caso de dúvida, procure sempre a melhor 
resposta. 
 
GABARITO: A. 
 
2- Em artigo publicado no Correio Braziliense (20/9/2008), Emir Sader 
refuta a pregação de campanha de um candidato a vereador no Rio de 
Janeiro, o qual defende que “o IPTU arrecadado em seu bairro tem que 
ser aplicado no seu bairro”. Reconhecendo que o sistema tributário 
brasileiro comete injustiças ao isentar dos ricos e cobrar da imensa massa 
da população que vive do trabalho, Emir Sader afirma ser “fundamental 
combater o egoísmo tributário – este sim, populista, demagógico – de 
tantas campanhas eleitorais.” 
 
Aponte a asserção que não serve de argumento favorável nem de 
sustentação à crítica e às ponderações de Emir Sader. 
 
a) O tema tributário – quem paga, quem recebe, de quem o Estado 
arrecada, a quem deve beneficiar – tem profundo viés de classe: nem 
sempre os recursos são direcionados para as políticas públicas que 
beneficiam os mais necessitados. 
b) Pouco importam ao candidato populista e demagógico as necessidades 
do conjunto da cidade, mesmo sabendo que a cidade tem subúrbios, 
favelas e bairros da periferia, onde vive majoritariamente a população 
hipossuficiente. 
c) A questão tributária se presta à exploração demagógica do egoísmo. 
Sai na frente o candidato que prega menos impostos, não importando se 
podem faltar professoresnas escolas públicas ou médicos nos hospitais 
públicos. 
d) Pregar que cada bairro utilize os recursos no próprio bairro significa 
que os ricos financiarão os ricos; e os pobres, que constituem a grande 
maioria da população, terão de se arranjar com o pouco que seus bairros 
arrecadarem. 
e) Devido ao montante de suas dívidas para com o Estado, devem 
merecer o benefício da isenção e de outras formas de não pagamento de 
impostos os bancos, as grandes empresas e os ricos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação de texto. 
 
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Todas as opções servem de argumento favorável e de sustentação à 
crítica e às ponderações de Emir Sader. 
 
a) O argumento desta opção serve de sustentação à crítica e às 
ponderações de Emir Sader, pois o crítico reconhece que ‘o sistema 
tributário brasileiro comete injustiças ao isentar dos ricos e cobrar da 
imensa massa da população que vive do trabalho’. 
 
b) A afirmação desta opção serve de argumento favorável e de 
sustentação à crítica e às ponderações de Emir Sader, pois o crítico refuta 
o argumento falacioso de que “o IPTU arrecadado em seu bairro tem que 
ser aplicado no seu bairro”, afirmando ser “fundamental combater o 
egoísmo tributário – este sim, populista, demagógico – de tantas 
campanhas eleitorais.” 
 
c) A afirmação desta opção também serve de argumento favorável e de 
sustentação à crítica e às ponderações de Emir Sader, pois o crítico refuta 
o argumento falacioso de que “o IPTU arrecadado em seu bairro tem que 
ser aplicado no seu bairro”, afirmando ser “fundamental combater o 
egoísmo tributário – este sim, populista, demagógico – de tantas 
campanhas eleitorais.” 
 
d) A afirmação desta opção, novamente, serve de argumento favorável e 
de sustentação à crítica e às ponderações de Emir Sader, pois o crítico 
refuta o argumento falacioso de que “o IPTU arrecadado em seu bairro 
tem que ser aplicado no seu bairro”, afirmando ser “fundamental 
combater o egoísmo tributário – este sim, populista, demagógico – de 
tantas campanhas eleitorais.” 
 
e) A afirmação desta opção é absurda, pois Emir Sader reconhece as 
injustiças tributárias. Seria incoerente dizer isso e em seguida dizer que 
quem tem dívidas deve merecer o benefício da isenção de impostos. A 
lógica do discurso do crítico não defende a isenção de impostos em 
benefício de grandes empresas e ricos. Ele defende, sim, a cobrança de 
impostos a todos, não de forma local... mas nacional. 
 
GABARITO: E. 
 
3- Assinale a asserção correta em relação aos sentidos e expressões 
lingüísticas do trecho. 
 
Derrotada sistematicamente nos tribunais superiores, a Advocacia-Geral 
da União (AGU) resolveu editar um pacote com oito súmulas, 
reconhecendo direitos dos servidores públicos federais. O gesto põe fim a 
pendências jurídicas que se arrastavam havia décadas e serve de alento 
para quem ainda busca reaver ou manter benefícios funcionais. Com as 
súmulas, os advogados públicos ficam automaticamente desobrigados a 
contestar decisões desfavoráveis. (...) Esclarece a AGU: “O servidor sabia 
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que se entrasse na Justiça ganharia, mas a União, por dever, mesmo 
sabendo que perderia, tinha de recorrer. As oito medidas acabam com 
isso.” Entre as súmulas está a que reconhece o direito de pagamento do 
auxílio-alimentação retroativo ao servidor em férias ou licença entre 
outubro de 1996 e dezembro de 2001. 
 
(Luciano Pires, Correio Braziliense, 20/09/2008, p. 23, com adaptações) 
 
a) O particípio “Derrotada” (l.1) e o gerúndio “reconhecendo” (l.3) 
constam no texto com sujeito oculto. 
b) No lugar do sintagma “O gesto” (l.3) poderia ser empregado, sem 
prejuízo da coerência textual, qualquer dos sintagmas Este ato, Tal 
medida, O feito. 
c) O segmento “que se arrastavam havia décadas” (l.4) é resumido, sem 
incorreção gramatical, da seguinte maneira: de haviam décadas. 
d) Reescreve-se, mantendo-se a correção gramatical e a coerência 
textual, o período “para quem ainda busca reaver ou manter benefícios 
funcionais.” (l.5) do seguinte modo: para que se reavenham ou 
mantenham benefícios funcionais. 
e) Substitui-se, com correção gramatical e sem alteração de sentido, o 
segmento “ficam automaticamente desobrigados a contestar decisões 
desfavoráveis” (l. 6 e 7) por: não ficam automaticamente obrigados a 
ratificar decisões favoráveis. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reconhecimento de formas nominais do verbo/sujeito (a), 
sinonímia/coerência (b), reescritura/concordância (c), 
reescritura/conjugação verbal (d), reescritura/paráfrase (e). 
 
a) O termo “a Advocacia-Geral da União (AGU)” serve de sujeito explícito, 
não oculto, para ambas as formas verbais. 
 
b) Mantém-se a coerência com a substituição do sintagma (expressão) “O 
gesto” pelos demais sintagmas (Este ato, Tal medida, O feito), porque há 
uma relação de sinonímia, ou seja, tais expressões apresentam o mesmo 
sentido no contexto, por isso são substituíveis entre si. 
 
c) Quando o verbo “haver” tem sentido de “existir”, fica invariável, no 
singular. Logo, a forma adequada à norma culta é tão somente esta: 
“havia décadas”. 
 
d) Com a construção “para que se reavenham ou mantenham benefícios 
funcionais”, há prejuízo gramatical, pois a forma verbal “reavenham” não 
existe na língua culta. O verbo “reaver”, derivado de haver, é defectivo, 
ou seja, não apresenta determinadas conjugações, como todo o presente 
do subjuntivo. Por isso, não existe “reavenha, reavenhas, reavenha, 
reavenhamos, reavenhais”, tampouco “reavenham”. Essa foi de graça! ☺ 
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e) A palavra “contestar” (refutar, protestar, opor-se) não tem o mesmo 
sentido que “ratificar” (confirmar, validar, corroborar), logo há mudança 
clara de sentido na paráfrase (dizer o mesmo com outras palavras), 
provocando incoerência. 
 
GABARITO: B. 
 
4- Analise as quatro asserções sobre aspectos lingüísticos do trecho 
abaixo e assinale, a seguir, a opção correta. 
 
Em matéria concernente a responsabilização de sócios e gestores 
pelas dívidas tributárias da pessoa jurídica, os tribunais vêm se 
posicionando assim: sejam as dívidas estritamente fiscais, sejam 
previdenciárias, se as empresas não tiverem como pagá-las, os sócios e 
gestores só respondem por tal pagamento caso tenham agido de modo 
afrontoso aos estatutos, ao contrato social ou cometido ato de fraude ou 
sonegação, ou se, em última instância, diligenciaram a liquidação 
irregular da empresa. 
Para se prevenirem, os credores públicos devem correr para cobrar 
as dívidas enquanto há solvabilidade social, ao invés de incomodarem 
sócios e gerentes que não praticaram atos fraudulentos com execuções 
indevidas e constrangedoras, as quais, nessa circunstância, e frente a 
determinação contundente do Judiciário, se continuam, podem dar 
margem a indenizações por dano moral. 
 
(João Luiz Coelho da Rocha, Direito&Justiça, Correio Braziliense, 29/9/2008, com 
adaptações) 
 
I. Falta o acento indicador de crase em: “concernente a” (l.1); “frente a 
determinação” (l.12 e 13) e “margem a indenizações” (l.14). 
 
II. Os verbos “diligenciaram” (l.7) e “se prevenirem” (l.9) possuem o 
mesmo sujeito gramatical, que é: sócios e gestores. 
 
III. As palavras sublinhadas em “se as empresas” (l.4); “caso tenham 
agido” (l.5) e “se continuam” (l.13) expressam idéia decondição. 
 
IV. Os pronomes relativos “que” (l.11) e “quais” (l.12) assumem os 
respectivos antecedentes como sujeito gramatical da oração que iniciam, 
respectivamente: sócios e gerentes (l.11) e execuções indevidas e 
constrangedoras (l.11 e 12). 
 
a) Todas as asserções estão corretas. 
b) Estão corretas as asserções I, II e III. 
c) Estão corretas as asserções I, II e IV. 
d) Estão corretas apenas as asserções III e IV. 
e) Está correta apenas a asserção IV. 
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COMENTÁRIO: 
 
Questão de crase (I), sujeito (II), classe gramatical/semântica (III) e 
coesão/função sintática dos pronomes relativos. 
 
I- Em “matéria concernente a responsabilização”, a crase é facultativa, 
pois a palavra responsabilização pode ser tomada em sentido genérico, o 
que implicaria ausência de artigo antes dela; mas, de qualquer modo, 
poderia haver crase se entendêssemos que ela está determinada pelo 
artigo “a”, afinal, o adjetivo concernente exige a preposição “a” (“matéria 
concernente a + a (à) responsabilização”). Em “frente a determinação 
contundente do Judiciário”, deveria haver crase, pois a expressão “frente 
a” termina em preposição “a” + “a” (artigo) = “à determinação”. Já em 
“podem dar margem a indenizações por dano moral”, jamais haveria 
crase, pois o fenômeno não ocorre antes de palavras pluralizadas com 
sentido genérico, o que é o caso de “indenizações”. 
 
II- O sujeito de “diligenciaram” é “sócios e gestores”: “... os sócios e 
gestores ... diligenciaram a liquidação irregular da empresa.” Já o 
sujeito de “se prevenirem” é oculto, tendo como referente “os credores 
públicos”: “Para (eles) se prevenirem, os credores públicos devem 
correr...”. 
 
III- A afirmação procede. Todas as palavras são conjunções condicionais. 
Note que, com as devidas alterações frasais, o vocábulo “se” pode ser 
substituído pela conjunção subordinativa condicional “caso”. Quando isso 
for possível, e a oração iniciada por tais conjunções indicar hipótese, elas 
serão sempre condicionais. 
 
IV- A afirmação procede. Veja: “... sócios e gerentes que não praticaram 
atos fraudulentos com execuções indevidas e constrangedoras, as quais 
... podem dar margem a indenizações por dano moral.” Note que os 
pronomes relativos assumem função de sujeito, uma vez que retomam 
antecedentes com os quais os verbos sublinhados concordam. 
 
GABARITO: D. 
 
5- De acordo com o texto, assinale a opção correta. 
 
Valor: O sr. espera uma piora da crise financeira global? 
Fernando Cardim: O que estamos assistindo agora no mercado 
financeiro dos EUA é altamente preocupante. Em menos de duas 
semanas, após o governo Bush injetar US$ 200 bilhões nas duas casas 
hipotecárias, quebra o Lehman Brothers, quarto maior banco de 
investimento local, e é vendido, preventivamente, em apenas dois dias, o 
Merrill Lynch, banco de investimento independente. E a maior seguradora 
do mundo, a AIG, está ameaçada. Isso abre uma frente nova na crise. As 
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seguradoras são grandes fornecedoras de CDS para os bancos comerciais. 
O CDS é um derivativo de crédito que serve como seguro. Quando os 
bancos fazem empréstimos e os tomadores não pagam eles recorrem às 
seguradoras para recuperar os valores dos empréstimos. Uma 
quebradeira nas seguradoras pode significar que a segurança do sistema 
bancário está sem proteção, os bancos estão nus. 
 
(Valor Econômico, 18/09/2008) 
 
a) A expressão “estamos assistindo” (l.2) indica que o entrevistado fala 
em nome exclusivamente dos representantes do Governo. 
b) As vírgulas após “Brothers” (l.5) e após “local” (l.6) justificam-se por 
isolar aposto explicativo. 
c) O pronome “eles” (l.11) é elemento coesivo que se refere ao 
antecedente “tomadores”. 
d) O sinal indicativo de crase em “às seguradoras” (l.11 e 12) justifica-se 
pela regência de “fazem” (l.11) e pela presença de artigo definido 
feminino plural. 
e) A expressão “estão nus” (l.14) está sendo empregada em sentido 
denotativo ou literal. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de interpretação (a), pontuação (b), coesão (c), regência/crase 
(d), semântica (e). 
 
a) Se ele inclui o leitor, pelo uso da 1ª pessoa (nós (estamos)), não pode 
falar em nome ‘exclusivamente dos representantes do Governo’. 
 
b) De fato, “quarto maior banco de investimento local” é aposto 
explicativo de “Lehman Brothers”, por isso vem entre vírgulas. O aposto 
também pode vir separado por travessões ou parênteses. 
 
c) O pronome “eles” refere-se a bancos, pois são eles que “recorrem às 
seguradoras para recuperar os valores dos empréstimos”. Bem que a 
banca poderia colocar a vírgula obrigatória antes de “eles”... será que ela 
esqueceu? 
 
d) O sinal indicativo de crase em “às seguradoras” justifica-se não pela 
regência de “fazem”, mas de “recorrem”, verbo transitivo indireto que 
exige a preposição “a” + “as” seguradoras = “às seguradoras”. 
 
e) Não é possível que bancos estejam nus literalmente, pois não são 
pessoas, logo a linguagem utilizada é conotativa, e não denotativa. 
 
GABARITO: B. 
 
6- Com base no texto, assinale a opção incorreta. 
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Ao lado de características inéditas, a crise cevada no mercado 
imobiliário e financeiro americano, com reverberações mundiais, 
apresenta aspectos também verificados em outras situações de 
nervosismo global. Não há medida mágica e salvadora que faça cotações 
se estabilizarem e o investidor recuperar o sono. Só uma sucessão de 
ações consegue mudar expectativas como as atuais. A Casa Branca, ao 
contrário da postura que assumira no caso do Lehman Brothers – 
tragado, sem socorro, por um rombo de US$600 bilhões –, decidira 
estender a mão para a maior seguradora do país, a AIG. 
Aos bilhões empenhados para permitir ao Morgan digerir o Bear 
Stearns, em março; ao dinheiro sacado a fim de evitar a quebra das 
gigantes Fannie Mae e Freddie Mac, redescontadoras de hipotecas, o 
governo e o Fed, o BC dos EUA, decidiram somar US$85 bilhões para 
salvar a AIG. Decepcionou-se quem esperava tranqüilidade. O 
emperramento do crédito – ninguém empresta a ninguém, por não se 
saber ao certo o risco do tomador – continua a travar o mercado global, e 
as ações novamente desceram a ladeira, empurradas por boatos sobre 
quais serão, ou seriam, os próximos a cair. 
 
(O Globo, 18 de setembro de 2008, Editorial) 
 
a) A expressão “cevada” (l.1) está em sentido conotativo e apresenta 
significado relativo às seguintes idéias: alimentada, ampliada, crescida. 
b) Em “se estabilizarem” (l.5), o “se” indica que o sujeito é 
indeterminado. 
c) O emprego de preposição em “Aos bilhões” (l.10) e em “ao dinheiro” 
(l.11) justifica-se pela regência de “somar” (l.13). 
d) Em “Decepcionou-se” (l.14), o “se” justifica-se porque o verbo está 
sendo empregado como pronominal. 
e) A expressão “desceram a ladeira” (l.17) confere ao texto um tom de 
informalidade e está sendo empregada em sentido conotativo. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de semântica (a), função do “se” (b), regência (c), função do 
“se” (d), semântica (e). 
 
a) Não existe uma crise “cevada” em sentido literal, ou seja, uma crise 
composta de uma das gramíneas mais importantes, depois do trigo e do 
centeio, usada como alimento para o homem e como forrageira, sendo 
essencial na fabricação da cerveja e de outras bebidas alcoólicas. Logo, o 
sentidoé de fato conotativo, significando no contexto ‘alimentada, 
ampliada, crescida’. 
 
b) Uma das funções do “se” é indicar quando o sujeito está 
indeterminado. Mas, quando isso ocorre, o verbo a que se liga o “se” está 
sempre no singular, o que não é o caso. Logo, a afirmação desta 
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alternativa é incorreta. O “se” desta frase é apassivador, pois o verbo 
está na voz passiva sintética e pode ser passado para a voz passiva 
analítica como comprovação disso. Veja: “Não há medida mágica e 
salvadora que faça cotações se estabilizarem (= serem estabilizadas)...”. 
 
c) O verbo somar, no contexto, é transitivo direto e indireto, ou seja, 
exige um objeto direto e um objeto indireto. Veja o trecho de novo, só 
que na ordem direta: “O governo e o Fed, o BC dos EUA, decidiram 
somar (VTDI) US$85 bilhões (OD)... aos bilhões... ao dinheiro 
(OI)...”. Portanto, a afirmação da alternativa procede. 
 
d) O verbo “decepcionar-se” é chamado de verbo pronominal, pois 
apresenta um pronome em sua formação e conjugação. Este “se” é 
chamado de parte integrante do verbo. Não o confunda com o pronome 
reflexivo “se”, afinal, não faz sentido dizer que alguém decepcionou a si 
mesmo, pois quem se decepciona simplesmente se decepciona ou se 
decepciona com algo ou alguém. 
 
e) Não é possível, em sentido literal, “ações descerem a ladeira”, logo o 
sentido é conotativo, figurado. Mais do que isso, a expressão “descer a 
ladeira” é idiomática, ou seja, faz parte da língua do dia a dia, informal. 
 
GABARITO: B. 
 
7- Com base no texto, assinale a opção correta. 
 
No caso do Brasil, o potencial de contaminação das expectativas de 
crescimento pela crise externa concentra-se em três ameaças: a 
economia real ser atingida por forte contenção de liquidez, o que 
diminuirá a oferta de capital para manter os investimentos, o consumo 
interno sofrer abalos com a perda acelerada do preço das commodities, o 
que tenderá a reduzir o lucro dos exportadores, e a volta do déficit em 
conta corrente, com pressão sobre o câmbio e reflexos na inflação. 
O momento é oportuno para o Brasil encontrar medidas que 
amenizem os efeitos de uma eventual tempestade internacional. As 
preocupações não são infundadas. O risco de escassez de crédito externo 
para as empresas brasileiras é um exemplo. Acertadamente, o governo já 
estuda meios para compensar uma eventual paralisia do crédito 
internacional, por meio de fontes internas, como empréstimos do BNDES. 
 
(Jornal do Brasil, 18 de setembro de 2008, Editorial) 
 
a) O emprego da aglutinação da preposição com artigo definido feminino 
em “pela crise” justifica-se pela regência de “crescimento” (l. 2). 
b) A substituição de “concentra-se” (l.2) por está concentrado prejudica 
a correção gramatical do período. 
c) A redação O momento é oportuno para que o Brasil encontre 
medidas (l.8) prejudica a correção gramatical do período. 
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d) Estaria gramaticalmente correta e de acordo com as informações 
originais do texto a redação: As preocupações têm fundamento (l.9 e 
10). 
e) As palavras “risco” (l.10) e “eventual” (l.12) reforçam a idéia de que 
haverá paralisia de crédito internacional. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de regência (a), voz verbal (b), oração reduzida para 
desenvolvida (c), paráfrase (d), interpretação (e). 
 
a) Na verdade, o emprego da aglutinação da preposição com artigo 
definido feminino em “pela crise” justifica-se pela regência do substantivo 
“contaminação” que exige a preposição “por” + “a” (artigo) = “pela”. 
 
b) A transposição de voz passiva sintética (concentra-se) para voz passiva 
analítica (está concentrado) está correta, logo não há prejuízo na 
correção gramatical do período. 
 
c) A oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo “para o 
Brasil encontrar medidas” está corretamente desenvolvida. Logo, a 
redação O momento é oportuno para que o Brasil encontre medidas não 
prejudica a correção gramatical do período. 
 
d) A paráfrase (dizer o mesmo com outras palavras) está correta entre As 
preocupações não são infundadas e As preocupações têm fundamento, 
pois as expressões sublinhadas são sinônimas. 
 
e) Pelo contrário, tais palavras (risco e eventual) pertencem ao campo 
semântico da possibilidade, logo não reforçam a ideia de que haverá 
paralisia de crédito internacional, mas sim de que poderá haver. 
 
GABARITO: D. 
 
8- Assinale a opção em que a relação de referência está incorreta. 
 
O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático. 
Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinham algumas 
características da democracia, mas não a realizavam por completo. Boa 
parte desse resultado político se deve à Constituição de 1988, num 
sentido mais amplo que as regras por ela determinadas. Além do 
arcabouço institucional original, o espírito que norteou a confecção do 
texto constitucional e o aprendizado posterior têm produzido efeitos 
democratizantes na vida política brasileira. 
Ainda há, no plano da cidadania, distância entre o Brasil legal e o 
Brasil real. As formas de participação extra-eleitoral ainda são 
subaproveitadas. Grande parte da população não as usa. 
 
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(Fernando Abrucio, Revista Época, 17 de setembro de 2008) 
 
a) “seu” (l.1) se refere a “Brasil” (l.1) 
b) “a” (l.3) se refere a “democracia” (l.3) 
c) “desse resultado político” (l.4) se refere a “foram autoritárias” (l.2) 
d) “ela” (l.5) se refere a “Constituição de 1988” (l.4). 
e) “as” (l.11) se refere a “formas de participação extra-eleitoral” (l.10). 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de coesão referencial. 
 
Todas as opções estão corretas, exceto a C, pois “desse resultado 
político” refere-se ao fato de ‘o Brasil viver hoje o primeiro momento 
plenamente democrático’. 
 
GABARITO: C. 
 
9- Assinale a opção em que o termo sublinhado está gramaticalmente 
correto. 
 
O Brasil vem gradativamente progredindo no que diz respeito à (1) 
administrar o bem público. No século passado, estava arraigado à (2) 
comportamentos administrativos viciosos, aos quais (3) priorizavam os 
interesses do administrador e de quem mais lhe conveniesse (4), ficando 
de lado a real finalidade do serviço público, que é servir o (5) público. 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de crase (a), crase (b), regência (c), conjugação verbal (d) e 
regência (e). 
 
a) Não há crase antes de verbo. 
 
b) Não há crase antes de palavra pluralizada com sentido genérico. 
 
c) Nenhum verbo ou nome exige a preposição “a” para que ele se una a 
“os quais”. Logo, o certo é apenas “os quais”. 
 
d) O verbo “convir” se conjuga como “vir”. Se, no contexto, a forma de 
pretérito imperfeito do subjuntivo de “vir” é “viesse”, a forma correta de 
“convir” só pode ser “conviesse”. Fique ligado na conjugação deste verbo! 
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e) O verbo “servir” (= ministrar, trabalhar em favor de), segundo Celso 
Pedro Luft, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto, ou seja, está 
certo “servir o público” ou “servir ao público”. 
 
GABARITO: E. 
 
10- Assinale o segmento inteiramente correto quanto à morfossintaxe,concordância, regência e coerência textual. 
 
a) O esgotamento do modelo de administração burocrática, que primava 
excessivamente pelo respeito as normas e procedimentos internos do 
setor público, tolhia a criatividade e a autonomia dos profissionais 
encarregados de ações que melhor atendesse as demandas da sociedade. 
b) Devido ao esgotamento do modelo de administração burocrática, que 
primava excessivamente pelo respeito as normas e procedimentos 
internos do setor público, inibiam-se a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendesse as demandas 
da sociedade. 
c) O esgotamento do modelo de administração burocrática, que primava 
excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos internos do 
setor público, obstavam-se a criatividade e a autonomia dos profissionais 
encarregados de ações que melhor atendessem às demandas da 
sociedade. 
d) Com o esgotamento do modelo de administração burocrática, que se 
regia excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos internos 
do setor público, fomentou-se a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem as demandas 
da sociedade. 
e) Após o esgotamento do modelo de administração burocrática que 
oprimia excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos 
internos do setor público, impedia a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem às demandas 
da sociedade. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
 
Para resolver esse tipo de questão, é preciso dominar os seguintes tópicos 
gramaticais: ortografia, acentuação, emprego de pronomes, verbos e 
conjunções, colocação pronominal, truncamento sintático, pontuação, 
concordância, regência e crase. 
 
Farei um curso de videoaulas só sobre isso no www.euvoupassar.com.br 
em janeiro de 2013, pois a FCC e o CESPE também adoram questões 
nesse perfil. 
 
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Como a opção D apresenta total correção gramatical, vamos às demais 
opções (já corrigidas): 
 
a) O esgotamento do modelo de administração burocrática, que primava 
excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos internos do 
setor público, tolhia a criatividade e a autonomia dos profissionais 
encarregados de ações que melhor atendessem as (ou às) demandas da 
sociedade. 
 
O substantivo “respeito” exige a preposição “a” + “as” normas = “às 
normas”. O verbo “atender” concorda em número e pessoa com o 
antecedente (ações) do pronome relativo “que”. O verbo “atender” (= 
responder, dar atenção a, considerar), segundo Celso Pedro Luft, a quem 
a ESAF sempre recorre ao fazer suas questões, pode ser transitivo direto 
ou transitivo indireto (mais comum). No caso de ser tomado como VTI, 
exige a preposição “a”, por isso a possibilidade de crase antes de 
“demandas”. 
 
b) Devido ao esgotamento do modelo de administração burocrática, que 
primava excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos 
internos do setor público, inibiam-se a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem as (ou às) 
demandas da sociedade. 
 
O substantivo “respeito” exige a preposição “a” + “as” normas = “às 
normas”. O verbo “atender” concorda em número e pessoa com o 
antecedente (ações) do pronome relativo “que”. O verbo “atender” (= 
responder, dar atenção a, considerar), segundo Celso Pedro Luft, a quem 
a ESAF sempre recorre ao fazer suas questões, pode ser transitivo direto 
ou transitivo indireto (mais comum). No caso de ser tomado como VTI, 
exige a preposição “a”, por isso a possibilidade de crase antes de 
“demandas”. 
 
c) O esgotamento do modelo de administração burocrática, que primava 
excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos internos do 
setor público, obstava a (ou à) criatividade e a (ou à) autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem às demandas 
da sociedade. 
 
O verbo “obstar” não é pronominal, logo a forma “obstar-se” não existe. 
Além disso, como o sujeito de “obstar” é “O esgotamento do modelo de 
administração burocrática”, deve o verbo ficar no singular. Quanto à 
regência de “obstar”, pode ser VTD ou VTI, segundo Celso Pedro Luft e 
Francisco Fernandes. Logo, a crase antes “criatividade” e “autonomia” é 
facultativa. 
 
e) Após o esgotamento do modelo de administração burocrática que 
oprimia excessivamente pelo respeito às normas e procedimentos 
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internos do setor público, impedia a criatividade e a autonomia dos 
profissionais encarregados de ações que melhor atendessem às demandas 
da sociedade. 
 
O verbo “oprimir” é transitivo direto, por isso está faltando o objeto direto 
dele. A oração subordinada adjetiva explicativa deve vir entre vírgulas 
(“..., que oprimia excessivamente pelo respeito às normas e 
procedimentos internos do setor público,...”). O sujeito de “impedia” está 
preposicionado: “Após o esgotamento do modelo de administração 
burocrática”. Segundo a gramática tradicional, não há sujeito 
preposicionado, portanto esta construção está errada. 
 
GABARITO: D. 
 
11- Assinale o trecho inteiramente correto quanto à sintaxe de construção 
do período, morfossintaxe, adequação vocabular, pontuação, clareza e 
concisão. 
 
a) O internauta, hoje, passou de receptivo para um usuário ativo. Passou-
se, então, a criar os seus próprios conteúdos em vez de apenas buscar 
informações. Com isso, as redes sociais vêm crescendo cada vez mais a 
cada dia que se passa. 
b) É necessário que se saiba o que os internautas vêm dizendo sobre as 
empresas nas redes virtuais, para que possa traçar estratégias para 
reverter quadros críticos e saber se os consumidores estão insatisfeitos 
com suas compras. 
c) Nas grandes empresas, os consultores de tecnologia da informação (TI) 
vêm exercendo uma função cada vez mais estratégica, para o que se 
exige conhecimento técnico dos processos de negócio dos clientes e 
capacidade de formulação de soluções tecnológicas para os problemas 
detectados. 
d) O consultor de TI não deve mais atuar sozinho dentro das 
organizações; é necessário que ele sempre esteja informado do que 
acontece dentro da organização na qual trabalha. Ele deve atuar 
juntamente com outros setores para que possa, cada vez mais, conhecer 
os processos de negócio de seus clientes para que juntos possam achar 
uma solução na qual atenda às reais necessidades. 
e) O consultor de TI tem o papel de mostrar para o cliente quais são as 
opções de TI que o cliente pode ter e de que forma a tecnologia pode 
ajudá-lo a melhorar o seu negócio, ao mesmo tempo no qual se poderá 
auxiliá-lo informando metodologias que poderiam ser utilizadas para que 
possa organizar e melhorar os seus processos internos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
 
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Como a opção C apresenta total correção gramatical, vamos às demais 
opções (já corrigidas): 
 
a) O internauta, hoje, passou de receptivo para um usuário ativo. 
Passou, então, a criar os seus próprios conteúdos em vez de apenas 
buscar informações. Com isso, as redes sociais vêm crescendo cada vez 
mais a cada dia que passa. 
 
Quem “passou a criar os seus próprios conteúdos” foi o internauta, logo a 
forma “passou-se” está equivocada. O uso dovocábulo “se” junto ao 
verbo “passar” não procede, pois tal verbo não é pronominal. 
 
b) É necessário que se saiba o que os internautas vêm dizendo sobre as 
empresas nas redes virtuais, para que se possam traçar estratégias para 
reverter quadros críticos e saber se os consumidores estão insatisfeitos 
com suas compras. 
 
Como a ideia do trecho “para que possa traçar estratégias” é passiva, é 
preciso colocar o “se” apassivador junto ao verbo “poder”, que passa a 
concordar no plural com o sujeito “estratégias”. Dizer “para que se 
possam traçar estratégias” é o mesmo que “para que estratégias possam 
ser traçadas”. 
 
Vale dizer também que, nesse caso, a construção “para que se possa 
traçar estratégias”, com o verbo no singular, também é correta, pois o 
verbo “poder” pode ter como sujeito a oração reduzida “traçar 
estratégias”. Dizer “para que se possa traçar estratégias” é o mesmo que 
“para que traçar estratégias se possa”. 
 
Em ambas as construções possíveis na língua culta, o “se” é um pronome 
apassivador. O que muda é a concordância do verbo “poder”, a depender 
de sua relação com o sujeito, seja “estratégias”, seja “traçar estratégias”. 
 
Depois dizem que Português é mole! Mole é sentar no colo do vovô. 
 
d) O consultor de TI não deve mais atuar sozinho dentro das 
organizações; é necessário que ele sempre esteja informado do que 
acontece dentro da organização na qual trabalha. Ele deve atuar 
juntamente com outros setores para que possa, cada vez mais, conhecer 
os processos de negócio de seus clientes para que juntos possam achar 
uma solução a qual atenda às reais necessidades. 
 
Note que “na qual”, que retoma “solução”, tem função de sujeito do verbo 
“atender”. Como não existe sujeito preposicionado, a forma “na qual” está 
equivocada! O pronome relativo com função de sujeito não pode vir 
antecedido de preposição. 
 
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Saber a função sintática do pronome relativo é fácil: basta substituí-lo 
pelo seu referente. Veja como é clara a função de sujeito: “... uma 
solução (a qual) atenda às reais necessidades.” 
 
Na boa, nunca se esqueça: para haver preposição antes de pronome 
relativo, é preciso que um verbo ou um nome após ele a exija. Como 
nesse caso não há nenhum verbo ou nome após o relativo exigindo 
preposição alguma, a forma “na qual” jamais poderia estar certa. Safo?! 
 
Outra coisa: a repetição das construções “para que possa”, “para que 
juntos possam” mostra falta de concisão (dizer o mesmo com menos 
palavras), tornando a redação “empobrecida”. 
 
e) O consultor de TI tem o papel de mostrar para o cliente quais são as 
opções de TI que o cliente pode ter e de que forma a tecnologia pode 
ajudá-lo a melhorar o seu negócio, ao mesmo tempo que poderá 
auxiliá-lo informando metodologias que poderiam ser utilizadas para que 
possa organizar e melhorar os seus processos internos. 
 
Além de haver repetição enfadonha da palavra “cliente”, a locução “ao 
mesmo tempo no qual” não existe, mas sim “ao mesmo tempo que”. Mais 
do que isso: o verbo “poder” não é pronominal, logo o uso do “se” ligado 
a ele é igualmente um equívoco. 
 
GABARITO: C. 
 
12- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado do Editorial do 
Jornal do Brasil, 18/09/2008. Assinale a opção em que há erro 
gramatical. 
 
a) A elevação dos termômetros da crise nos mercados financeiros – que 
emite sinais perturbadores de que será longa e ruidosa – tem encontrado 
lenitivos consideráveis na economia brasileira. 
b) Essa constatação, no entanto, não aplaca as exigências impostas ao 
país: é preciso encontrar mecanismos sólidos de redução dos habituais 
riscos de contaminação. 
c) De que a saúde da economia brasileira vai bem só as mentes 
insensatas discordarão. É incontestável que o Brasil exibe hoje índices de 
vulnerabilidade bem mais baixos do que os que apresentava à alguns 
anos. 
d) As perspectivas são positivas e os indicadores econômicos são 
favoráveis para a expansão econômica contínua e segura. 
e) Tanto é que a taxa de investimento no segundo trimestre deste ano 
registrou crescimento de 5,4% em relação ao trimestre anterior, 
permitindo expansão de 1,4% do PIB entre os dois períodos. 
 
COMENTÁRIO: 
 
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Questão de reconhecimento de frases corretas e incorretas. 
 
Como as demais opções estão corretas, vejamos por que a C não está: 
 
c) De que a saúde da economia brasileira vai bem só as mentes 
insensatas discordarão. É incontestável que o Brasil exibe hoje índices de 
vulnerabilidade bem mais baixos do que os que apresentava há alguns 
anos. 
 
Além de não haver crase diante do pronome indefinido alguns e de 
palavra masculina, a ideia é de tempo passado, logo se usa o verbo 
haver, indicando tempo decorrido, nesse contexto. 
 
GABARITO: C. 
 
13- Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
 
Passaram-se (1) anos até que a América do Sul pudesse livrar-se (2) das 
ditaduras que dominaram o continente, sobretudo na segunda metade do 
século 20. O custo foi alto, com opressão e mortes. Por isso, faz sentido o 
apoio que nove presidentes de países do bloco, reunidos em Santiago do 
Chile, na primeira cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), 
deram ao (3) governo Evo Morales, legitimamente eleito e confirmado em 
um referendo (4) popular realizado há pouco tempo. Tirando os exageros 
antiimperialistas do coronel Hugo Chávez – que procura enxergar nos 
levantes bolivianos o dedo da política externa americana como forma de 
capturar a crise para a própria agenda e, com isso, livrar-se do 
isolamento – os mandatários souberam manter o tom de diálogo que 
utilizou (5) para a transição em seus países na hora de apoiar o colega 
andino. 
 
(Adaptado de O Globo, 17 de setembro de 2008, Editorial) 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
COMENTÁRIO: 
 
Questão de concordância (a), regência (b), regência (c), ortografia (d) e 
concordância (e). 
 
a) O verbo “passar” concorda em número e pessoa com seu sujeito 
“anos”, por isso fica na 3ª pessoa do plural. O “se” é uma partícula 
expletiva, ou seja, serve de mero realce ao verbo, por isso pode ser 
retirada. 
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b) O verbo “livrar-se” é transitivo indireto e exige um complemento 
iniciado pela preposição “de”. 
 
c) Segundo o contexto, nove presidentes deram apoio ao governo Evo 
Morales. Note que o verbo “dar” é transitivo direto e indireto, por isso a 
regência em “ao governo Evo Morales” está correta. 
 
d) Não confunda “reverendo” com “referendo”, palavras parônimas. Neste 
caso, o uso de referendo está correto, pois significa ‘uma mensagem em 
que um representante diplomático pede novas instruções ao governo a 
que serve’. 
 
e) O verbo “utilizar” deve ficar no plural, concordando com seu sujeito 
“mandatários”: “... os mandatários souberam manter o tom de diálogo 
que utilizaram...”. 
 
GABARITO: E. 
 
14- Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o 
texto abaixo. 
 
Faz vinte anos que foi promulgada a Constituição de 1988, chamada 
“cidadã” pelo então presidente da Assembléia Nacional Constituinte, 
Ulysses Guimarães. Pode haver algum exagero nesse epíteto. Mas hoje 
está claro que a Constituição de 1988 promoveu um avanço no conceito 
de cidadania. “Ela contribuiu para sua popularização”, diz o historiador 
José Murilo de Carvalho,

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