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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
INTERPRETAÇÃO E ORDENAÇÃO TEXTUAL 
Olá, 
Hoje é o encerramento do nosso curso. 
Espero que, após esses nossos encontros, eu possa ter trazido pelo menos um novo ensinamento, 
uma dica proveitosa, ou, no mínimo, um sorriso a partir de uma das minhas brincadeiras. Espero 
que tenha conseguido, também, semear o prazer no estudo de nossa Língua Portuguesa, a única 
disciplina, aliás, que tem aplicação diária e imediata. Agora, com a inclusão de comentários acerca 
das mudanças ortográfica, ainda mais, não é? Essa mudança não afeta somente os candidatos a 
concursos públicos, mas a todos os brasileiros que são, acima de tudo, cidadãos. A língua é 
patrimônio nosso, e devemos defendê-la acima de tudo. O que você acharia de uma pessoa que 
escreve, nos dias de hoje, “farmácia” com PH (Pharmácia)? Pois é assim que o sujeito será visto 
daqui a um tempo ao escrever “idéia” com acento agudo ou “cinqüenta” com trema – um ser 
jurássico...rs... 
Alguns alunos têm solicitado questões que versem sobre interpretação de textos. Esse ponto do 
programa exigiria um curso completo e, mesmo assim, ao seu término, ficaríamos com a sensação 
de que algo ficou faltando. Isso porque interpretação é uma questão extremamente subjetiva. 
Seria o mesmo que um curso de natação por correspondência. 
Somente a prática pode levar à perfeição ou, pelo menos, à melhoria do rendimento em questões 
que explorem interpretação. Façam provas anteriores (são muitas as questões disponíveis), 
treinem muito, não se contentem apenas com a resposta – procurem entender o que há de errado 
na opção que foi considerada incorreta. 
A dificuldade que reside em questões desse tipo é que, além do texto inteiro, há necessidade de ler 
TODAS as opções. Sim, porque uma pode estar ‘boazinha’, mas a seguinte pode ser ainda melhor, 
mais completa. Isso demanda tempo de prova. Por isso, o treino é fundamental. É como tocar um 
instrumento musical. No início, dedilhamos (estou pensando em um piano). Depois de muitos 
exercícios, a música flui e os dedos acompanham a melodia. Na interpretação, à medida que 
lemos, aumentamos nosso vocabulário, a facilidade em compreender e, a partir daí, interpretar a 
mensagem. 
Uma boa dica é procurar “mergulhar” no texto – lê-lo com gosto e disposição. Afinal, quando lemos 
um texto interessante, que prende a nossa atenção e, sobretudo, cujo assunto dominamos, 
conseguimos compreendê-lo e interpretá-lo corretamente. Isso, contudo, não acontece ao 
lermos um texto sobre um assunto estranho, ao qual não estamos acostumados (no meu caso, 
textos sobre filosofia, informática...). Com isso, criamos uma resistência que deve ser quebrada. 
Mesmo que não compreenda exatamente todos os conceitos, procure identificar elementos com os 
quais as opções tenham relação. Procure extrair do texto a sua ideia central e escreva ou grife 
palavras-chave. Isso ajuda a eliminar as opções incorretas. Assim, mesmo sem compreender o 
texto (afinal, ele foge ao seu domínio), você poderá resolver a questão de prova. 
O que falar sobre as questões que envolvem coesão e coerência textuais? 
Bem, é preciso, para começar, dominar certos conceitos. 
Na construção de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do 
que se lê. Para isso, é importante o bom uso tanto da pontuação (Aula 7) e de mecanismos 
linguísticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito (referentes 
textuais, tratados nas aulas de Pronomes e Conjunções). 
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
2 
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Esses referentes buscam garantir a coesão textual para que, como consequência, haja coerência, 
tanto entre os elementos que compõem a oração, como também entre a sequência de orações 
dentro do texto. 
Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em conhecimentos 
anteriores que os participantes do processo tenham com o tema. A isso, dá-se o nome de 
intertextualidade (palavrinha da moda, atualmente, em vestibulares e concursos públicos). É por 
isso que, como vimos, alguns textos, por tratarem de assuntos alheios ao conhecimento do 
candidato, são considerados desagradáveis e de difícil compreensão. 
Costumamos usar uma linguagem figurada para apresentar os conceitos de coesão e coerência. A 
coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões - que une os diversos 
elementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles. Dessa forma, com o 
emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, associação), sejam 
gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações, 
períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. 
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes 
essa incoerência é resultado do mau uso daqueles elementos de coesão textual (uma conjunção 
inapropriada, um pronome mal empregado). Por isso, na organização de períodos e de parágrafos, 
um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. 
Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. 
Quando o examinador pede ao candidato que aponte a assertiva que completa o texto de forma 
coesa, coerente e gramaticalmente correta, uma boa dica é começar a verificar, antes mesmo ler o 
texto, a correção gramatical das opções. Podemos descartar as que apresentam erros de 
concordância, regência, pontuação, ortografia, etc. Em seguida, a leitura do texto passa a ser 
necessária se restarem dois ou mais itens válidos gramaticalmente. 
Em uma antiga prova para o TCU, a questão de número 11, apontada como correta, apresentava 
um erro de concordância verbal (vejam na área pública o recurso proposto no Ponto 14). O único 
problema é que o enunciado não exigia a correção gramatical do segmento, somente respeito 
aos “princípios de coerência textual e desenvolvimento lógico das ideias”. Em um rompante de bom 
senso, a ESAF acatou os pedidos de anulação dessa questão (ALELUIA!!!). 
Nas questões que envolvem ordenação textual, a identificação dos referentes textuais ajuda (e 
como!) a eliminação de muitas opções. Quando isso não for suficiente, aí sim, a leitura e 
interpretação são necessárias para identificação da ordem correta. 
Bem, espero que essas dicas ajudem a resolver, daqui pra frente, as questões que envolvam esse 
assunto. 
Agora, chega de conversa. Vamos treinar um pouco? 
Na primeira parte, apresentamos algumas questões de prova que tratam de coesão e coerência 
textuais. 
Na segunda, falaremos sobre ordenação de texto. Apresentaremos algumas dicas para eliminar 
opções e, com isso, resolver a questão ou, no mínimo, aumentar as chances de acerto. 
 
QUESTÕES DE PROVA DA ESAF 
01- (ESAF/AFRF/2002.1) Marque, em cada item, o período que inicia o respectivo texto de forma 
coesa e coerente. Depois, escolha a seqüência correta. 
I ......................................................................... 
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O abandono da tematização do capitalismo, do imperialismo, das relações centro-periferia, de 
conceitos como exploração, alienação, dominação, abriu caminho para o triunfo do liberalismo. 
(X) O socialismo, em conseqüência desses fatores, desapareceu do horizonte histórico, em virtude 
de ter ganho atualidade política com a vitória da Revolução Soviética de 1917. 
(Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado 
por teses conservadoras. 
 
II ..............................................................Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como “há uma dignidade que o 
vencedor não pode alcançar”, como dizia Borges, o que ganharam em prestígio perderam em 
capacidade de análise. 
(X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alívio, como se se desvencilhassem de 
um peso, na verdade não trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra. 
(Y) Eles substituíram a exploração de classes e de países pela temática do totalitarismo, 
aperfeiçoando suas análises políticas ao vinculá-las à dimensão social. 
 
III ........................................................................ 
No mundo contemporâneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo, 
em sua fase de hegemonia política norte-americana. 
(X) Para atender a atualidade, são necessários modos de compreensão férteis, capazes de dar 
conta das relações entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores e 
como produtos da história. 
(Y) Trata-se de uma compreensão míope, que ignora componentes essenciais ao fenômeno do 
capitalismo que estamos vivendo. 
 
IV ......................................................................... 
Quem pode entender a política militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a 
atualização da noção de imperialismo? 
(X) Quem pode entender hoje a crise econômica internacional fora dos esquemas da 
superprodução, essencial ao capitalismo? 
(Y) Portanto, é a unipolaridade vigente há uma década que busca impor a dicotomia livre 
mercado/protecionismo. 
 
V ........................................................................... 
Nunca as relações mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada país, seja nas 
novas fronteiras do capitalismo. 
(X) O capitalismo dá mostras de enfrentar forte declínio, que leva os especialistas a preverem 
profunda fragmentação na ordem econômica interna de cada nação. 
(Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas de 
dominação se multiplicam. 
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(Itens baseados em Emir Sader) 
a) X,X,Y,Y,X 
b) Y,X,X,X,Y 
c) Y,Y,X,X,Y 
d) X,Y,Y,X,Y 
e) X,Y,Y,X,X 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência” ou “consequência”. 
Essa foi a primeira questão do concurso de AFRF 2002.1. A banca, obviamente, tentou 
desestabilizar o candidato. Essa questão tomava toda a primeira folha da prova 1 (que se realizou 
no sábado). Se o candidato conseguisse manter a calma, veria que essa questão poderia ser 
solucionada respondendo apenas aos dois primeiros trechos. Se eu estivesse lá, certamente teria 
deixado essa questão para depois, pois o tempo despendido com ela, para ganhar apenas um 
ponto, poderia ser gasto resolvendo várias outras questões simples e rápidas (garantindo mais do 
que um, com certeza), mas isso vai de cada um. 
Todos os segmentos constituem um texto e, por isso, a partir do segundo (II), pode haver 
referências a termos expressos em trechos anteriores. 
Bem, no segmento I, “de saída”, já eliminamos o período X, que faz referência a certos fatores 
ainda não apresentados no texto. Assim, I-Y. 
Vamos às opções: eliminam-se as letras a, d, e (opa, já tenho 50% de chances de 
acertar!). 
No segmento II, o parágrafo começa indicando uma ação praticada por alguém ainda não 
identificado (“Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores” – temos de identificar 
o sujeito da forma “compravam”). 
Como, no segmento I, não houve indicação de pessoa alguma, provavelmente essa menção se 
encontra no trecho omitido. O período X apresenta um “candidato” a sujeito: “Os que 
abandonaram Marx”, ou seja, aquelas pessoas que abandonaram Marx. Já o período Y apresenta 
apenas um pronome pessoal reto “Eles”, também sem menção a seu referente, o que, se colocado 
no início do parágrafo, prejudicaria a coesão textual. 
Assim, o segmento I deve ser preenchido pelo trecho X. 
Até agora, temos Y – X; vamos às opções: a resposta é a letra b (a única a apresentar essa 
disposição). 
A partir daí, se o candidato for do tipo “São Tomé”, pode confirmar que as demais sugestões de 
preenchimento atendem às exigências textuais. 
III – No parágrafo, há menção a determinados “modos” (“tais modos”), presentes no trecho X – 
“Para atender a atualidade, são necessários modos de compreensão férteis, capazes de dar 
conta das relações entre a objetividade e a subjetividade...” - X 
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IV – Há uma sucessão de questionamentos, iniciando-se pelo segmento X, dando continuidade com 
o trecho já apresentado, e se encerra com uma conclusão, apresentada pelo segmento Y, que seria 
colocado após o trecho IV. Assim, a disposição seria: 
Introdução pelo segmento X: 
(X) Quem pode entender hoje a crise econômica internacional fora dos esquemas da 
superprodução, essencial ao capitalismo? 
Quem pode entender a política militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a 
atualização da noção de imperialismo? 
E, na sequência, o segmento Y: 
(Y) Portanto, é a unipolaridade vigente há uma década que busca impor a dicotomia livre 
mercado/protecionismo. 
Assim, a lacuna seria preenchida por X. 
V – Por fim, a expressão “as formas de dominação se multiplicam”, presente em Y, estabelece uma 
relação semântica com “Nunca as relações mercantis tiveram tanta universalidade” – Y. 
A ordem, portanto, é Y – X – X – X – Y. 
 
02 - (ESAF/AFC SFC/2002) - Assinale, entre as opções propostas, aquela que se desvia, ainda que 
parcialmente, do conceito e da direção argumentativa expressos no período abaixo. 
“Dizia o sociólogo norte-americano, Robert Merton, que o que há de mais relevante e espantoso 
com as profecias é que elas se auto-realizam, como um vaticínio, um augúrio.” 
a) Ao serem concebidas pela imaginação ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chance 
de se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo. 
b) Pelo simples fato de que foram inventadas por alguém, com ousadia e eficácia simbólica, 
ganham existência real, criando a probabilidade de serem incorporadas à vida social em futuro 
imediato ou distante. 
c) Quando uma grande (ou pequena) idéia se cristaliza, sua força transformadora entra em ação 
com os mesmos poderes que comandam as leis da Física. 
d) Acima de profetas e messias, está o império da história, que constrói o futuro com seus próprios 
vetores e forças internas atuando à revelia do desiderato e do fado humanos. 
e) A história da humanidade registra fatos que provam a existência de uma simbiose natural entre 
os grandes sonhos e as grandes mudanças, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalável. 
(Com base em artigo de Aspásia Camargo) 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência” ou “consequência”, nem acento 
agudo em “ideia”. Agora, escreve-se “autorrealizam”. 
Por “direção argumentativa”, entende-se a linha de raciocínio do autor. Vamos resumir em algumas 
palavras o parágrafo em destaque: PROFECIAS SE REALIZAM. É essa a ideia principal. A partir 
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daí, leia cada uma das opções e identifique a que não apresenta essa ideia. Em cada item, justifica-
se de uma forma diferente a tese de que “PROFECIAS SE REALIZAM”, exceto na opção d: 
“Acima de profetas e messias, está o império da história, que constrói o futuro com seus próprios 
vetores e forças internas atuando à revelia do desiderato e do fado humanos.” 
Neste caso, segundo o autor, a história, com seus próprios vetores e forças internas,constrói o 
futuro, à revelia do desejo e da sorte e acima de profetas e messias (os que fazem as profecias). 
Ou seja, “PROFECIAS NÃO SE REALIZAM”. 
 
03 – (ESAF/ AFC STN/2002) Marque o elemento coesivo que estabelece a relação lógica entre as 
idéias apresentadas este texto adaptado de Darcy Ribeiro. Depois escolha a seqüência correta. 
I. O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por 
índios nativos e negros importados................ , como um consulado, em que um povo sublusitano, 
mestiçado de sangues afros e índios, vivia o destino de um proletariado externo dentro de uma 
possessão estrangeira. 
X Paralelamente 
Y Depois 
 
II. Os interesses e as aspirações do seu povo jamais foram levados em conta, ................ só se 
tinha atenção e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora. 
X aonde 
Y porque 
 
III. Essa primazia do lucro sobre a necessidade gera um sistema econômico acionado por um ritmo 
acelerado de produção do que o mercado externo exigia, com base numa força de trabalho 
afundada no atraso, famélica, ......... nenhuma atenção se dava à produção e reprodução das suas 
condições de existência. 
X pois 
Y cuja 
 
IV. ................., coexistiram sempre uma prosperidade empresarial, que às vezes chegava a ser a 
maior do mundo, e uma penúria generalizada da população local. 
 
X Em conseqüência 
Y Senão 
 
V. Alcançam-se, ................., paradoxalmente, condições ideais para a transfiguração étnica pela 
desindianização forçada dos índios e pela desafricanização do negro, que, despojados de sua 
identidade, se vêem condenados a inventar uma nova etnicidade englobadora de todos eles. 
X ao contrário 
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Y assim 
 
a) X, X, Y, X, Y 
b) Y, X, X, Y, X 
c) X, Y, X, Y, Y 
d) X, Y, Y, Y, X 
e) Y, Y, X, X, Y 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia” nem acento circunflexo em “veem” 
(verbos LER, VER, CRER, DAR, na 3a pessoa do plural, perderam o acento). 
I – Há uma relação entre os dois primeiros períodos: “O Brasil foi regido primeiro como uma 
feitoria escravista...” – “...., como um consulado”. A vírgula do segundo período marca a elipse da 
expressão “foi regido”. Assim, o termo que melhor completa a lacuna é “Depois”, a fim de 
apresentar a sucessão dos fatos. - Y. 
Vamos às opções (é assim que se resolve esse tipo de questão, para otimizar o tempo de prova – 
responde uma e olha as opções, responde outra e olha novamente, até encontrar a resposta): 
eliminamos as opções a, c, d (já começo com 50% de chances de acertá-la). 
II – Este item é decisivo, pois há divergência entre as opções que restaram (b, e). O pronome 
relativo “onde” associado a uma preposição “a” (= aonde) deve fazer referência a lugar e também 
apresentar algum termo que exija aquela preposição. Isso não é observado nesse segmento. A 
conjunção que atende à exigência da lacuna é porque, pois apresenta a justificativa para o fato de 
não terem sido considerados “os interesses e as aspirações do seu povo”. A conjunção inicia uma 
oração coordenada explicativa, conferindo uniformidade ao texto – Y – a resposta é a letra E. 
III – O pronome relativo cuja liga dois substantivos com ideia de subordinação de um ao outro. 
Não poderia, pois, preencher a lacuna, já que o termo subsequente é nenhuma atenção. Assim, a 
lacuna deve ser preenchida com a conjunção explicativa pois – X. 
IV – A palavra Senão pode ser classificada como uma palavra denotativa de exclusão (Aurélio a 
classifica como “preposição”), equivalente a exceto (“Ninguém, senão sua mãe, compareceu à 
audiência.”) ou como uma conjunção, equivalente a “ao contrário”, “de outro modo” (“Venha, 
senão será demitido.”). Não se deve confundi-la com “Se não” – conjunção condicional (que pode 
ser substituída pela conjunção equivalente “caso”) acompanhada de advérbio de negação (“Se não 
fizer o que eu peço, irei embora” – “Caso não faça o que eu peço...”). De acordo com o contexto, 
nenhuma das duas classificações poderia ser empregada no trecho. Trata-se de uma continuidade 
do que se expôs nos segmentos anteriores, apresentando a consequência de se atribuir grande 
importância ao lucro em detrimento das condições de existência da força de trabalho. O que 
melhor preenche a lacuna, portanto, é “Em conseqüência (*)” – X. 
V - Ao lado da lacuna, já existe o advérbio paradoxalmente, que se situa no mesmo campo 
semântico de ao contrário (contraditoriamente), o que acabaria por se tornar uma redundância. O 
conclusivo assim preenche com rigor o trecho entre vírgulas – Y, já que se trata da parte final do 
texto. 
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A ordem é: Y, Y, X, X, Y 
 
04 - (ESAF/AFC STN/2002) Relacione cada parágrafo à correspondente pergunta constante da 
relação proposta e, depois, marque a seqüência correta. 
( ) Mercados são pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando soluções; 
pessoas com informações e conhecimento ofertando soluções. É gente falando com gente o tempo 
todo. Negócios são relacionamentos. 
( ) Até aí pode parecer óbvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vida 
real: uma enorme deturpação do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado e de 
negócio. 
( ) Na fábrica, as máquinas, os equipamentos e as instalações valem mais do que os 
funcionários; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem mais do que 
os funcionários. Ironicamente, os recursos físicos e técnicos valem mais do que as pessoas. Os 
meios se sobrepõem aos fins. 
( ) Na fábrica, as máquinas e os equipamentos recebem manutenção preventiva e corretiva, 
sistematicamente. Existe até a conta manutenção e conservação, que prevê gastos voltados à 
atualização desses ativos. Existem também os gastos com segurança patrimonial,destinados a 
preservar o patrimônio composto dos ativos fixos e imobilizados. Não é pouco o que se gasta para 
preservar recursos físicos e técnicos. 
( ) Crises econômicas mostram a pouca convicção que existe no que se refere à formação de 
equipes e à capacitação de pessoas. As pessoas não têm o privilégio das máquinas, eis a grande 
distorção. Não existe a conta de aumento intelectual. 
(Baseado em Roberto Tranjan) 
1. Quais as conseqüências nefastas da negligência com a capacitação dos recursos humanos? 
2. Qual a natureza dos mercados? 
3. Consolidaram-se distorções quanto a conceitos chave na economia de mercado? 
4. Qual a prioridade na preservação do patrimônio no setor secundário do sistema de produção? 
5. Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas estão subestimados? 
 
a) 2, 3, 5, 4, 1 
b) 3, 1, 4, 5, 2 
c) 2, 4, 3, 5, 1 
d) 4, 5, 2, 1, 3 
e) 5, 2, 1, 4, 3 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
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Esse tipo de questão, se mal formulada, pode ser uma cilada para o candidato. Isto porque, numa 
entrevista, nem sempre a resposta condiz com a pergunta que foi formulada. Às vezes, o 
entrevistado se entrega a devaneios e foge do assunto. Por isso, devemos buscar o que chamo de 
“perguntas-chave”. São perguntas simples, diretas, de preferência que apresentem como resposta 
“sim” ou “não”. 
A pergunta-chave para resolver esse dilema é a de nº 2 – “Qual é a natureza dos mercados?”. 
Das respostas apresentadas, a única que atende é a do primeiro segmento “O mercado são 
pessoas!”. 
Vamos às opções: eliminamos as letras b, d, e (não acredito, de novo com 50%!!!).Em seguida, a pergunta nº 5 exige uma resposta afirmativa ou negativa: “Os recursos humanos 
nas diversas atividades produtivas estão subestimados”. A resposta, apresentada de forma 
indireta, está presente no terceiro segmento: “Na fábrica, as máquinas, os equipamentos e as 
instalações valem mais do que os funcionários”. A resposta, portanto, é sim. 
Desse modo, a primeira lacuna é preenchida com (2) e a terceira com (5) – resposta: letra a. 
 
 
05 - (ESAF/AFPS/2002) 
A entrada dos anos 2000 têm trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração de 
tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cúpulas 
mundiais alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a 
qualidade de vida e relacionamento humano em todos os níveis. Contudo, o movimento que se 
observa em nível mundial sinaliza perdas que ainda não podemos avaliar. O recrudescimento do 
conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, tem representado fonte 
de frustração dos ideais historicamente buscados. 
(Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptações) 
Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as 
relações semânticas que se estabelecem no trecho 
correspondem às idéias expressas pelos seguintes conectivos: 
a) X e Y mas W e Z. 
b) X porque Y porém W logo Z. 
c) X mas Y e W porque Z. 
d) Não só X mas também Y porque W e Z. 
e) Tanto X como Y e W embora Z. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideias”. 
Antes que alguém me pergunte lá no fórum: “Professora, está certo esse “têm”, sendo o sujeito 
um substantivo no singular: “entrada”?”. Não, a concordância está errada e foi objeto de outra 
questão dessa mesma prova. 
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Devemos, para iniciar a análise, identificar cada um dos períodos que compõem o texto. Lembre-se 
de que o período se encerra com o ponto final, de interrogação ou de exclamação (às vezes, 
também com reticências, mas nem sempre, pois estas podem indicar uma pausa no mesmo 
período). 
X - A entrada dos anos 2000 têm trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração 
de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. 
Y - Os resultados das cúpulas mundiais alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas 
perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os níveis. 
W - Contudo, o movimento que se observa em nível mundial sinaliza perdas que ainda não 
podemos avaliar. 
Z - O recrudescimento do conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do 
medo, tem representado fonte de frustração dos ideais historicamente buscados. 
Entre o segundo (Y) e o terceiro (W) períodos do texto, observamos a presença de uma conjunção 
adversativa: contudo. Por isso, eliminamos as opções c e d (apresentam a conjunção porque). 
Eliminamos, também, a opção e, pois indica o início da adversativa no quarto período, em vez de 
no terceiro. 
Com quantas opções ficamos? Duas – a, b (50% de novo!!!) 
A relação entre o primeiro e o segundo períodos é de coordenação, servindo o segundo para 
adicionar informações ao primeiro. O mesmo ocorre entre o terceiro e o quarto períodos. Não se 
observa, entre eles, relação conclusiva. Por isso, a resposta que atende ao enunciado é a de letra a 
– X e Y mas W e Z. 
 
06 - (ESAF/AFRF/1998) Numere o segundo conjunto de sentenças de acordo com o primeiro, de 
modo que cada par forme uma seqüência coesa e lógica. 
(1) A experiência mundial produziu uma ordem razoavelmente depurada de radicalismos 
ideológicos neste fim de século. 
(2) As reformas tributária, da legislação trabalhista e da previdência são necessárias à 
consolidação de uma economia de mercado com altas doses de investimento e de geração de 
empregos. 
(3) O Plano Real interrompeu a ciranda de preços e, com isso, erradicou o imposto inflacionário. 
(4) Um fator crítico para consolidar a moeda forte é um banco central independente. 
(5) Os governos nacionais que compreendem a lógica da economia de mercado implementam 
políticas públicas compatíveis com a nova ordem em formação. 
(Baseado em Paulo Guedes, Exame, 1/7/1998) 
 
( ) Este era politicamente ilegítimo (uma taxação sem legislação) e socialmente injusto. 
( ) Ele remeteria ao Congresso o ritual de aprovação de despesas e arrecadação de impostos, o 
que poderia aumentar a transparência da atuação do Estado. 
( ) Os que não a compreendem, quer por preconceitos ideológicos, quer por motivos religiosos, 
quer por ignorância, cavam um fosso no qual aprisionam populações inteiras. 
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( ) Mas elas precisam ser transmitidas em linguagem cotidiana para que ‘globalização’ não 
signifique ‘desnacionalização industrial somada a ciranda financeira internacional’. 
( ) Seus alicerces são sistemas políticos democráticos, economias de mercado em processo de 
globalização, ação social descentralizada por parte de governos nacionais e a consolidação de 
moedas fortes. 
A seqüência numérica correta é: 
a) 5, 4, 2, 3, 1 
b) 2, 1, 4, 5, 3 
c) 1, 5, 3, 4, 2 
d) 4, 2, 5, 1, 3 
e) 3, 4, 5, 2, 1 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência”. 
Devemos relacionar as sentenças do primeiro conjunto com as do segundo. Uma maneira objetiva 
é, a partir de elementos do segundo grupo, identificar os referentes nas sentenças do primeiro. 
Vamos começar pelo segundo trecho do segundo grupo (o dos parênteses). Devemos identificar a 
quem se refere o pronome “ele”, sujeito da oração (quem remeteria ao Congresso o ritual de 
aprovação de despesas e arrecadação de impostos?). 
A única opção que apresenta um termo que poderia ser o referente do pronome é o de nº 4 – um 
banco central independente. 
Vamos às opções: eliminamos as letras b, c, d (só dá 50%!!!). 
Vamos identificar, agora, o trecho que atende ao primeiro segmento: “Este era politicamente 
ilegítimo (uma taxação sem legislação) e socialmente injusto.”. Quem pode ser esse vilão??? Dica: 
tem relação com “taxação”. Só pode ser o imposto inflacionário do segmento (3). 
Resposta: E 
 
ORDENAÇÃO TEXTUAL 
A partir da próxima questão, iremos falar sobre ordenação textual. 
Deveremos eliminar, primeiramente, as opções que não poderiam ser o primeiro parágrafo do 
texto. Essas opções apresentam termos ou expressões que dependem de indicações antecedentes 
(pronomes, conjunções etc.). 
Às vezes, isso basta para encontrarmos a resposta correta. Na maior parte, ficamos com apenas 
duas ou três opções. Aí, devemos analisar cada uma das ordens propostas e verificar a que melhor 
respeita a coesão e coerência textuais. 
 
07- (ESAF/TRF/2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os 
nos parênteses e, em seguida, assinale a seqüência correspondente. 
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( ) As operações de compra de imóveis pelas off shores também estão sendo monitoradas pela 
Receita. Os dados serão comparados com as declarações de Imposto de Renda dos residentes no 
Brasil e até com o cadastro de imóveis das prefeituras. 
( ) Sem identificação dos donos, cujos nomes são mantidos em sigilo pela legislação dos países 
onde estão registradas, muitas dessas empresas fazem negócios no Brasil, como a participação em 
empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imóveis. 
( ) Além de não saber quem são os proprietários dessas off shores, pois não há mecanismos 
legais que permitemacesso aos verdadeiros donos, o governo também não tem conhecimento da 
origem desse dinheiro aplicado no País, sem o recolhimento dos impostos devidos. 
( ) A Receita Federal está fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas em 
paraísos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. 
( ) Para reduzir essa evasão fiscal, a Receita está identificando as pessoas físicas que alugam 
imóveis de luxo pertencentes a pessoas jurídicas ou mesmo físicas que atuam em paraísos fiscais. 
Toda remessa de aluguel é tributada. 
(Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) 
a) 1º,2º,4º,3º,5º 
b) 2º,3º,5º,4º,1º 
c) 5º,2º,3º,1º,4º 
d) 1º,5º,4º,3º,2º 
e) 3º,2º,1º,5º,4º 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência”. 
Veremos que a banca apresenta esse tipo de questão de diversas formas. Nessa, devemos colocar 
os numerais ordinais nos parênteses. 
Primeiramente, vamos eliminar as opções que apontam, como primeiro parágrafo do texto (1º), 
segmentos que apresentam palavras ou expressões dependentes de informações anteriores, quer 
gramaticalmente (emprego de pronomes com função anafórica - “essas”, “suas”, que exigem 
referência textual anterior, conjunção relacionando orações de trechos diferentes, orações cujo 
sujeito já deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (não faz o menor sentido, 
faltam informações). 
Eliminamos da primeira posição os seguintes segmentos: 
1º) “As operações ... também estão sendo monitoradas...” – depende da existência / menção a 
outra operação que esteja sendo monitorada pela Receita Federal (a indicação de parte do nome 
do órgão – Receita - também indica que já houve menção a ele, caso contrário haveria prejuízo da 
compreensão textual – “que Receita - estadual, municipal, federal?”); 
2º) “Sem identificação dos donos, cujos nomes...” – donos de quê? – “muitas dessas empresas” – 
que empresas? 
3º) “Além de não saber quem são os proprietários dessas off shores...” – que off shores??? O que é 
isso?? 
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5º) “Para reduzir essa evasão fiscal ...” – que evasão??? 
Só poderíamos começar pelo quarto segmento – “A Receita Federal está fechando o cerco contra as 
empresas sediadas em paraísos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores.” 
Agora, sim, houve menção a empresas off shores. 
Vamos às opções: eliminam-se as letras a, b, d, e. RESPOSTA: C 
Incrível que somente essa providência levou ao gabarito! Mas não fique muito animadinho(a), 
hem? Nem sempre funciona desse jeito mole, mole... 
Agora, se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa é mesmo a resposta correta (não 
tenho dúvidas). 
 
08 - (ESAF/TRF/2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-
os nos parênteses e, em seguida, assinale a seqüência correspondente. 
( ) Em geral, esta firma é constituída apenas para atuar como subsidiária da estrangeira, 
intermediando seus negócios. Caso a empresa compre imóvel no Brasil, tem que haver registro, 
tem que existir um responsável, com CPF, o que permite o controle. 
( ) O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos ou 
como sócio de uma empresa brasileira. 
( ) O secretário da Receita admite, no entanto, que não há mecanismos para controlar a 
atuação de brasileiros que mandam dinheiro ilícito para os paraísos fiscais e o repatriam por meio 
de negócios realizados em nome das off shores. 
( ) E também a contabilidade da empresa, em tais países, não precisa ser auditada. Os donos 
dos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vários meios que omitem 
seus nomes, como o sistema de ações ao portador. 
( ) Esses países conhecidos como paraísos fiscais têm como principais atrativos a legislação 
tributária branda, com direito até a isenção de impostos, e garantia de sigilo bancário, comercial e 
societário. 
(Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) 
a) 1º,2º,4º,3º,5º 
b) 2º,1º,3º,5º,4º 
c) 3º,2º,1º,5º,4º 
d) 1º,5º,4º,3º,2º 
e) 5º,2º,3º,1º,4º 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência”. 
Já começo riscando o que não poderia ser o 1º parágrafo do texto. 
Eliminaremos os seguintes segmentos: 
1º) “Em geral, esta firma...” – que firma??? 
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3º) “O secretário da Receita admite, no entanto, ...” – uma oração que depende da existência de 
outra anteriormente apresentada no texto, a fim de estabelecer uma relação adversativa com ela. 
4º) “E também a contabilidade da empresa...” – posso??? Não. 
5º) “Esses países conhecidos como paraísos fiscais ...” – que países?? 
Bem, só podemos começar pelo segundo segmento (“O investidor estrangeiro entra no Brasil via 
Bolsa de Valores, fundos de investimento ou como sócio de uma empresa brasileira.”). 
Vamos às opções: eliminam-se as letras a, c, d, e. RESPOSTA: B 
Isso é que se chama ganhar um ponto fácil, hem?? Não fique acostumado com essa boa vida – ela 
vai acabar já, já... 
 
09 - (ESAF/TRF/2000) Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. 
Ordene-os de forma coesa e coerente e assinale a resposta correta. 
A. Na sede da entidade, a Receita recolheu para análise dezenas de notas fiscais, 
comprovantes de pagamentos e livros contábeis. Com base nos documentos, o órgão federal 
espera esclarecer a questão. O movimento financeiro durante os dez dias da festa é avaliado pelo 
Sebrae da cidade em R$ 278 milhões. 
B. Segundo sua análise, o evento reúne 1 milhão de pessoas, com uma média de R$ 278 
gastos por freqüentador. Desses R$ 278 milhões, a média de arrecadação é de 3%. Segundo 
informações obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendo sonegado - ou seja, R$ 
4,17 milhões. Além do clube, devem ser fiscalizados hotéis, restaurantes e a empresa que vende 
os anúncios da festa. 
C. A suspeita de sonegação surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte de 
comerciantes e empresários da região, no período da festa, é o mesmo dos outros meses do ano. 
"Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no período da festa, mas o total arrecadado 
em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o 
clube Os Independentes, instituição responsável pela organização da Festa do Peão de Boiadeiro. 
D. A Receita Federal de Franca está apurando a sonegação de impostos praticada pelas 
empresas e associações que atuam na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. 
(Rogério Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptações) 
a) C, A, B, D 
b) D, C, A, B 
c) A, B, C, D 
d) D, B, C, A 
e) B, C, D, A 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “frequentador”. 
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Pronto. Agora, começou a mudar o estilo. Em vez de indicar a ordem 1º, 2º etc., devemos dizer 
qual a ordem dos segmentos. Cuidado, pois já vi muita gente boa e inteligente fazendo confusão. 
Você deverá dizer, agora, qual é o primeiro segmento: A, B, C ou D. 
Eliminamos da primeira posição os seguintes segmentos: 
A – “Na sede da entidade,...” – qual a entidade? Não houve menção a ela, ainda, então não tenho 
como adivinhar. Não posso começar o texto com esse parágrafo. 
B – “Segundo sua análise...” – análise de quem, cara pálida?? 
C – “A suspeita de sonegação surgiu porque...” – sonegação do quê? – “...por parte de 
comerciantes e empresários da região,...” – de qual região? 
 
Bem, só podemosiniciar pelo trecho D: “A Receita Federal de Franca está apurando a sonegação 
de impostos praticada pelas empresas e associações que atuam na Festa do Peão de Boiadeiro de 
Barretos.”. 
Vamos às opções. Acabou a moleza, viu? Agora só podemos eliminar os segmentos das letras a, 
c, e. Mesmo assim, você já tem 50% de chances de acertar (de novo!!!). 
No trecho B, há menção a um determinado clube – “Além do clube, devem ser fiscalizados hotéis, 
restaurantes e a empresa que vende os anúncios da festa.” – mas que clube é esse? 
É o clube citado no trecho C – “O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os 
Independentes, instituição responsável pela organização da Festa do Peão de Boiadeiro.”. Logo, 
esse trecho C deverá anteceder o trecho B. 
Assim, as opções seriam: D, C, B, A (não existe essa opção) ou D, C, A, B. 
RESPOSTA: B 
 
10 - (ESAF/TRF/1998) Numere os períodos de modo a compor um texto coeso e coerente e, 
depois, escolha a seqüência correta. 
( ) No caso das carteiras exclusivas, hoje restritas a investidores institucionais como fundos de 
pensão e seguradoras, o "dono" do fundo conseguia garantir liquidez diária, sem detrimento da 
rentabilidade. 
( ) Com essa medida, que atinge em cheio os chamados "fundos exclusivos" (ou de um único 
cotista), o rendimento referente aos saques feitos fora da data de aniversário vai para os cofres do 
governo. 
( ) Segundo a Receita, o objetivo do governo com a cobrança do IOF é inibir operações realiza-
das por fundos exclusivos. 
( ) Ainda que em menor escala, os fundos de pensão serão atingidos pela decisão do governo 
de cobrar, a partir de fevereiro, 0,5% ao dia de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre a 
diferença entre o valor da cota resgatada de um fundo de renda fixa e o valor pago ao cotista. 
( ) Dos cerca de R$ 19 bilhões aplicados em fundos exclusivos, os fundos de pensão detêm 
aproximadamente R$ 3 bilhões. 
( ) Até então, esse ganho revertia em favor do próprio fundo. 
(Baseado em Isto É Dinheiro, 14/1/98) 
a) 2, 4, 3, 6, 5, 1 
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b) 6, 1, 3, 5, 4, 2 
c) 4, 2, 6, 1, 5, 3 
d) 1, 2, 4, 5, 6, 3 
e) 3, 4, 5, 2, 6, 1 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência”. 
Voltamos ao método da numeração, indicando com o número 1 o primeiro parágrafo e, assim, 
sucessivamente. 
Eliminamos da primeira posição os segmentos: 
1º) “No caso das carteiras exclusivas,...” – essa expressão denota a existência de um argumento 
antecedente, com base em que se contraporiam as carteiras exclusivas – não posso iniciar o texto 
com esse segmento. 
2º) “Com essa medida...” – que medida??? 
6º) “Até então, esse ganho...” – depende de informação antecedente. 
Nenhuma das opções indica o nº 1 no 3º nem no 5º segmento. 
Considerando que o 1º, o 2º e o 6º foram eliminados da primeira posição, o único trecho que 
poderia iniciar o texto seria o 4º segmento – “Ainda que em menor escala...”. 
A única opção que indica o quarto segmento como primeiro parágrafo é a letra: C. 
 
 
11 - (ESAF/TTN/1997) Numere os períodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente, 
e marque o item correspondente. 
( ) Essa mudança é trazida pela nova Medida Provisória (MP) do Cadastro Informativo de 
Créditos não Quitados (Cadin). 
( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova redação é transformar em caixa os valores 
depositados em juízo pelas empresas nas batalhas judiciais que já tiveram decisão desfavorável 
ao contribuinte em julgamento no Supremo Tribunal Federal. 
( ) A Fazenda Nacional está investindo em mais uma arma para reduzir o volume de ações 
tributárias na Justiça. 
( ) De acordo com a nova redação do artigo 21 dessa Medida Provisória, a Fazenda Nacional 
abre mão de seus honorários (10% a 15% sobre os valores envolvidos nas ações perdidas) caso 
as empresas desistam de algumas brigas tributárias contra a União. 
( ) Esse esforço se traduz na modificação de um dispositivo legal que torna mais atraente às 
empresas a desistência de algumas ações judiciais que são, na verdade, casos considerados 
perdidos. 
(Gazeta Mercantil - 17.7.97, com adaptações) 
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a) 5, 3, 1, 2, 4 
b) 2, 4, 3, 1, 5 
c) 5, 2, 3, 1, 4 
d) 3, 5, 1, 4, 2 
e) 4, 1, 5, 3, 2 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Os únicos segmentos que receberam o nº 1 nas opções foram o 2º, 3º e 4º. 
Vamos eliminar os que não poderiam ocupar essa posição: 
2º) “O que a Fazenda Nacional quer com essa nova redação...” – que nova redação é essa??? 
4º) “De acordo com a nova redação do artigo 21 dessa Medida Provisória...” – que medida 
provisória. 
Perceba que a resposta para o 2º segmento (que nova redação?) está presente no 4º (“a nova 
redação do artigo 21”). 
Não podemos começar nenhum dos seguintes trechos: 1º (não existe opção), 2º, 4º e 5º; só 
podemos começar, então, pelo 3º segmento – “A Fazenda Nacional está investindo...”. 
Vamos às opções: eliminamos as letras b, c, e. 
A Medida Provisória foi citada pela primeira vez no 1º segmento. Esse segmento deve anteceder o 
4º, que faz menção à MP e cita o artigo 21, cuja nova redação foi mencionada no 2º segmento. 
Assim, a indicação de números deve atender à seguinte ordem: 
1º segmento / 4º segmento / 2º segmento. 
As duas opções restantes são: a, d. 
a) 5, 3, 1, 2, 4 
De acordo com essa ordem, o 1º segmento seria colocado na posição 5, ou seja, no último 
parágrafo do texto, o que não é possível, pois ele indica, pela primeira vez, a Medida Provisória 
objeto do texto. 
d) 3, 5, 1, 4, 2 
Assim, o 1º segmento (que fica na posição 3) antecede o 4º segmento (posição 4), que antecede o 
2º segmento (posição 5). Essa é a resposta correta. Deu mais um pouquinho de trabalho, mas 
conseguimos resolver. 
 
12 - (ESAF/Técnico IPEA/2004) Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. 
Ordene-os nos parênteses e aponte a opção correta. 
( ) Em decorrência desse avanço, a constituição majoritária, hoje, de nosso corpo político é de 
classes médias, classes médias baixas, pobres, analfabetos. Todos, bem ou mal, participam do 
processo político. 
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( ) Além disso, a partir do início dos anos 80, mergulhamos numa crise de crescimento, com 
taxas medíocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas décadas. 
( ) No Brasil, historicamente, tivemos desenvolvimentismo no pós-guerra, mas nosso estado 
do bem-estar social ficou a meio caminho. 
( ) No campo político, porém, tivemos avanços realmente significativos. A Constituição de 88 – 
Constituição cidadã, de Ulysses Guimarães – expandiu os direitos de cidadania até limites antes 
inimagináveis, abarcando desde menores de 16 anos a analfabetos. 
( ) É, no entanto, este corpo majoritário de cidadãos que é atingido diretamente pelas altas 
taxas de desemprego, pelo subemprego, pela falta de perspectiva de vida. 
( ) O resultado desse fraco desempenho econômico foi, entre outras coisas, taxas de 
desemprego sem precedentes em nossa História a partir da segunda metade dos anos 90. 
(Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) 
a) 5º, 2º, 1º, 4º, 6º, 3º 
b) 3º, 5º, 4º, 1º, 2º, 6º 
c) 6º, 2º, 3º, 4º, 5º, 1º 
d) 4º, 6º, 1º, 3º,2º, 5º 
e) 6º, 1º, 5º, 2º, 3º, 4º 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Para facilitar a explicação, iremos indicar cada um dos segmentos com números romanos. 
I - ( ) Em decorrência desse avanço, a constituição majoritária, hoje, de nosso corpo 
político é de classes médias, classes médias baixas, pobres, analfabetos.Todos, 
bem ou mal, participam do processo político. 
II - ( ) Além disso, a partir do início dos anos 80, mergulhamos numa crise de 
crescimento, com taxas medíocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas décadas. 
III - ( ) No Brasil, historicamente, tivemos desenvolvimentismo no pós-guerra, mas nosso 
estado do bem-estar social ficou a meio caminho. 
IV - ( ) No campo político, porém, tivemos avanços realmente significativos. A Constituição 
de 88 – Constituição cidadã, de Ulysses Guimarães – expandiu os direitos de 
cidadania até limites antes inimagináveis, abarcando desde menores de 16 anos a 
analfabetos. 
 
V - ( ) É, no entanto, este corpo majoritário de cidadãos que é atingido diretamente pelas 
altas taxas de desemprego, pelo subemprego, pela falta de perspectiva de vida. 
VI - ( ) O resultado desse fraco desempenho econômico foi, entre outras coisas, taxas de 
desemprego sem precedentes em nossa História a partir da segunda metade dos 
anos 90. 
 
Quais são os segmentos que não podem iniciar o texto? 
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I) “Em decorrência desse avanço...” – avanço do quê? 
II) “Além disso...” – é uma expressão conectiva, que serve para ligar dois argumentos. Não 
poderia dar início ao texto. 
III) “No campo político, porém,...” – a conjunção adversativa depende de um antecedente ao qual 
se oponha. 
IV) “É, no entanto, ...” – mesma justificativa do segmento IV. 
V) “O resultado desse fraco desempenho...” – o desempenho já deveria ter sido mencionado. 
 
Assim, resta apenas um segmento, III, que receberá a indicação “1º”, como primeiro parágrafo do 
texto. 
Há duas opções: a, d. 
A solução está na menção a um “fraco desempenho” pelo segmento VI. Onde foi citado pela 
primeira vez esse desempenho? 
No segmento II: “Além disso, a partir do início dos anos 80, mergulhamos numa crise de 
crescimento, com taxas medíocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas décadas.”. 
Por isso, o segmento II deve anteceder o VI. Isso ocorre na ordenação proposta pela letra a - 5º, 
2º, 1º, 4º, 6º, 3º (II=2º / VI=3º). 
A ordem da letra d não segue esse critério, colocando o segmento VI em 5º, antes do II, que está 
em 6º. 
Então, a numeração entre os parênteses ficará na seguinte ordem: 5º, 2º, 1º, 4º, 6º, 3º. 
 
13 - (ESAF/AFC SFC/2000) Numere os trechos de modo a compor um texto coeso e coerente, e 
assinale a seqüência correta. 
( ) Ela teria também eliminado a inflação e os ciclos econômicos. 
( ) Mas será que tudo isso está de fato transformando a economia? 
( ) Não há dúvida de que há uma revolução em curso na forma como nos comunicamos, 
trabalhamos, compramos e nos divertimos. 
( ) Em decorrência disso, as velhas regras econômicas e as formas tradicionais de valorização 
das ações não se aplicam mais. 
( ) Os otimistas radicais dizem que a tecnologia da informação ajuda-a a crescer mais 
rapidamente. 
(Adaptado de Negócios Exame, p.93) 
a) 5, 1, 3, 2, 4 
b) 3, 4, 2, 5, 1 
c) 2, 3, 4, 1, 5 
d) 1, 5, 3, 4, 2 
e) 4, 2, 1, 5, 3 
 
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Gabarito: E 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência. 
Não podemos iniciar o texto com os seguintes trechos: 
1º) “Ela teria também...” 
2º) “Mas será que tudo isso...” 
4º) “Em decorrência disso...” 
5º) “Os otimistas radicais dizem que a tecnologia da informação ajuda-a...” – o pronome faz 
referência a algum termo antecedente. 
Eliminamos as opções a, b, c, d. Resposta: E 
 
(ESAF/AFC STN/2000) Nas questões 14 e 15, numere os trechos, observando a ordem em que 
devem aparecer para constituírem um texto coeso e coerente, e assinale a resposta correta. 
14 - 
( ) Esse processo constituiu-se, então, em duas fases: 1ª) a ruptura da homogeneidade da 
"aristocracia agrária"; 2ª) o aparecimento de novos tipos de agentes econômicos, sob a pressão da 
divisão do trabalho em escala local, regional ou nacional. 
( ) Ela se constitui lentamente, por vezes sob convulsões profundas, numa trajetória de 
ziguezagues. 
( ) Uma Nação não aparece e se completa de uma hora para outra. 
( ) Isso sucedeu no Brasil, mas de maneira a converter essa transição, do ponto de vista 
econômico, no período de consolidação do capitalismo. 
(Florestan Fernandes, A Revolução Burguesa no Brasil, pág. 1518, com adaptações) 
a) 4, 2, 1, 3 
b) 2, 4, 3, 1 
c) 3, 1, 4, 2 
d) 1, 3, 2, 4 
e) 3, 2, 1, 4 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
O texto só poderia iniciar com o terceiro fragmento – “Uma Nação não aparece e se completa de 
uma hora para outra.”, apresentando, na sequência, o segundo trecho “Ela se constitui lentamente, 
por vezes sob convulsões profundas, numa trajetória de ziguezagues.” 
A dúvida paira entre a posição do terceiro e do quarto trechos. 
O pronome “Isso” se refere ao aparecimento da Nação brasileira e, em seguida, relata a forma em 
que se deu esse processo (conclusão – primeiro segmento, que recebe o nº.4). 
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Assim, a ordem indicada seria: 4, 2, 1, 3. 
 
15 - (ESAF/AFC STN/2000) 
( ) No primeiro, não é preciso justificar a importância atribuída às liberdades. São desejáveis 
como valores independentes de qualquer outra consideração. Todo o esforço de transformação 
econômica só tem sentido pelo que acrescenta à vida de cada indivíduo e de cada família. 
( ) O enfoque nas capacidades é mais satisfatório que a ênfase nos bens primários, pois inclui 
a consideração de como as pessoas podem, de fato, utilizar os meios básicos oferecidos a cada um. 
Nos dois casos acima, este é um ponto especialmente importante e a responsabilidade coletiva é 
enfatizada. 
( ) Ao se descrever o desenvolvimento como um processo de expansão das liberdades reais, 
dois papéis são atribuídos às liberdades: são o fim primordial do desenvolvimento, mas também 
são seu meio principal. 
( ) No segundo, a tese requer uma argumentação mais técnica. Parte dessa argumentação é 
familiar a quem conhece a noção de capital humano, mas a idéia geral é mais ampla e mais 
complicada. 
a) 1, 3, 2, 4 
b) 1, 2, 4, 3 
c) 2, 4, 1, 3 
d) 3, 1, 4, 2 
e) 3, 2, 1, 4 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideia”. 
O texto somente poderia iniciar a partir do terceiro segmento – “Ao se descrever...”. Os demais 
requerem informações antecedentes. 
Nas duas opções (c, e), o primeiro trecho antecede o quarto. A diferença está na posição do 
segundo segmento. 
Este, ao fim, faz a seguinte afirmação “Nos dois casos acima,...”. Pronto, a posição do segundo 
segmento leva o nº 4. 
A ordem é: 2, 4, 1, 3. 
 
16 - (ESAF/AFC/2002) Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão ordenados 
aleatoriamente. 
I. O grande desafio, portanto, está em buscar um caminho que não signifique retorno às velhas 
políticas de reservas de mercado, subsídios generalizados e protecionismo. 
II. Porém, ela fez com que o Brasil também ficasse no curto prazo mais dependente de 
importações e poupança externa. 
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III. A abertura econômica dos anos 90 tornou as empresas aqui instaladas mais competitivas. 
IV. Então, para que possa percorrer a trajetória de um crescimento sustentado e duradouro, a 
economia brasileira terá, antes, que reunir condições que possibilitem às empresas exportarem 
mais e importarem relativamente menos. 
V. Um crescimento acelerado do PIB agora voltaria a provocar desequilíbrios na balança comercial 
e levaria o endividamentono exterior para um patamar perigoso. 
(O Globo Editorial, 3/3/2002) 
 
Em relação a uma ordenação coesa e coerente, assinale a opção correta. 
a) O item V deve ser o primeiro, uma vez que não apresenta dependência a antecedentes. 
b) O item I é o encerramento do texto, pois é uma conclusão propositiva. 
c) A ocorrência do pronome “ela”, no item II, indica que este deve ser subseqüente ao IV, pois 
constitui um elo coesivo com “trajetória”. 
d) A ocorrência do dêitico “aqui”, no item III, faz com que ele deva ser subseqüente ao II, no qual 
está o referente “Brasil”. 
e) A conjunção “Porém” (item II) é uma articulação sintática em oposição à idéia colocada no item 
V. 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “subsequente” nem acento agudo em “ideia”. 
Essa é uma nova forma de apresentação do mesmo tipo de questão. Agora, a banca sugere 
posições de acordo com determinadas análises. Somente uma delas está correta. Então, a minha 
sugestão é: coloque os trechos em ordem, como fizemos até agora, e, somente depois dessa 
providência, analise as opções. 
Descartamos do primeiro parágrafo os segmentos: 
I – “O grande desafio, portanto,...” 
II – “Porém, ...” – conjunção inicia um oração que se contrapõe a algo já mencionado. 
IV – “Então, ...” – esse conectivo dá sequência a alguma argumentação. 
V - “Um crescimento acelerado do PIB agora voltaria a provocar desequilíbrios...” – percebe-se o 
caráter sequencial desse segmento, que, portanto, não poderia ser o primeiro. 
Comecemos, então, pelo III: “A abertura econômica dos anos 90 tornou as empresas aqui 
instaladas mais competitivas.”. O emprego do advérbio aqui não exige uma referência anterior, 
pois o texto, publicado em jornal de circulação nacional e em editorial, só poderia fazer menção ao 
Brasil. 
O segmento II emprega o pronome “ela”, que se refere à “abertura econômica dos anos 90”. 
Assim, deve ser a sequência do segmento III. 
A linha argumentativa tem nos trechos V e IV, sucessivamente, a apresentação do quadro 
referente ao crescimento da economia. 
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O trecho I é a conclusão do texto. 
Vejamos, agora, as proposições: 
a) Não devemos começar pelo V, mas pelo III. 
b) Esta resposta atende à nossa análise. Vejamos as demais. 
c) Já observamos que “ela” é a “abertura econômica”. 
d) Também vimos que esse advérbio não exige um antecedente, por ser indicativo do país em 
que foi publicado o editorial. 
e) O item II se contrapõe à afirmação do item III, primeiro parágrafo do texto. 
A resposta correta é, portanto, a de letra b. 
 
17 - (ESAF/AFC CGU/2004) Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. 
Ordene-os e, em seguida, assinale a seqüência correta correspondente. 
( ) Nem tinham estabelecido relações entre si que permitissem falar na existência de um sistema 
estatal ou de um sistema econômico americano. 
( ) O Brasil foi um dos pioneiros na experimentação dessa estratégia proposta por Adam Smith e 
seus discípulos. Primeiro, foram os Tratados de Comércio, assinados pela Coroa Portuguesa com a 
Inglaterra, em 1806 e 1810, e com a França, em 1816; e, logo depois da Independência, os 
Tratados assinados pelo Império Brasileiro com a Inglaterra, em 1827, com a Áustria e a Prússia, 
no mesmo ano de 1827, e com a Dinamarca, os Estados Unidos e os Países Baixos, em 1829. 
( ) Esse dinamismo surgiu depois de se integrarem como produtores especializados do sistema 
internacional de divisão do trabalho, articulado pelas necessidades da industrialização inglesa e 
pelos famosos Tratados Comerciais, preconizados pela economia política clássica e impostos ao 
mundo pela Inglaterra e demais países europeus. 
( ) Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil e demais países latino-americanos foram os primeiros 
Estados a nascer fora da Europa. Mas, na hora da sua independência, nenhum deles dispunha de 
verdadeiras estruturas políticas e econômicas nacionais. 
( ) Pelo contrário, os Estados latinos só lentamente foram monopolizando e centralizando o uso 
da força, e suas economias só adquiriram dinamismo no século XIX. 
 (Adaptado de José Luís Fiori, “ O Brasil no mundo: o debate da política externa”) 
a) 2º, 5º, 4º, 1º, 3º 
b) 4º, 3º, 5º, 2º, 1º 
c) 5º, 4º, 1º, 3º, 2º 
d) 1º, 2º, 5º, 4º, 3º 
e) 3º, 1º, 2º, 5º, 4º 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência”. 
Devemos iniciar o texto com o quarto segmento (“Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil...”). 
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Os demais estão impossibilitados por apresentarem termos que exigem informações antecedentes: 
1 – “Nem tinham estabelecido relações entre si que...” – não sabemos a quem está se referindo o 
texto. 
2 – “O Brasil foi um dos pioneiros na experimentação dessa estratégia...” 
3 – “Esse dinamismo surgiu...” 
5 – “Pelo contrário, os Estados latinos...” 
Assim, a resposta é a letra A. 
 
18 - (ESAF/AFRF/1998) Numere os períodos de modo a constituírem um texto coeso e coerente e, 
depois, indique a seqüência numérica correta. 
( ) Por isso era desprezado por amplos setores, visto como resquício da era do capitalismo 
desalmado. 
( ) Durante décadas, Friedman – que hoje tem 85 anos e há muito aposentou-se da 
Universidade de Chicago – foi visto como uma espécie de pária brilhante. 
( ) Mas isso mudou; o impacto de Friedman foi tão grande que ele já se aproxima do status de 
John Maynard Keynes (1883-1945) como o economista mais importante do século. 
( ) Foi apenas nos últimos 10 a 15 anos que Milton Friedman começou a ser visto como 
realmente é: o mais influente economista vivo desde a Segunda Guerra Mundial. 
( ) Ele exaltava a ‘liberdade’, louvava os ‘livres mercados’ e criticava o 'excesso de intervenção 
governamental.' 
(Baseado em Robert J. Samuelson, Exame, 1/7/1998) 
a) 3, 1, 5, 2, 4 
b) 1, 2, 5, 3, 4 
c) 5, 2, 4, 1, 3 
d) 4, 2, 5, 1, 3 
e) 2, 5, 4, 3, 1 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “sequência”. 
Vamos eliminar os trechos que não podem iniciar o texto: 
1 – “Por isso...” 
2 – “Durante décadas, Friedman...” – quem é Friedman? 
3 – “Mas isso mudou...” 
5 – “Ele exaltava a ‘liberdade’...” – quem é “ele”? 
 
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Note que a diferença entre as duas opções que indicam o quarto segmento (“Foi apenas nos 
últimos 10 a 15 anos...”) como nº 1 é na ordem entre o 4º e o 5º parágrafo (c – 5, 2, 4, 1, 3 / d 
– 4, 2, 5, 1, 3). 
Assim, vamos diretamente ao trecho 3 – “Mas isso mudou...” - o que mudou? O fato de Milton 
Friedman ser desprezado por amplos setores. Hoje ele tem a reputação próxima da de John 
Maynard Keynes, considerado o economista mais importante do século. 
Assim, o trecho 3 deve ser o encerramento do texto. 
A ordem será: 4, 2, 5, 1, 3. 
 
19 - (ESAF/ANA/2009) 
Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp, 
mas estão desordenados. Ordene-os e assinale a opção correta. 
( ) Tal incremento da carga orgânica poluidora nos corpos d´água leva à escassez de água com 
boa qualidade, fato já verificado em algumas regiões do país. 
( ) Entre os maiores desafios da gestão de recursos hídricos no Brasil está a redução das cargas 
poluidoras que degradam os corpos d’água. 
( ) Tanto é assim que menos de 20% do esgoto urbano recebe algum tipo de tratamento, o 
restante é lançado nos corpos d´água “in natura”, colocando em risco a saúde do ecossistema e da 
população local. 
( ) Nesse cenário, os efluentes domésticos representam uma das principais fontes de degradaçãodos ecossistemas aquáticos do território nacional. 
( ) Principalmente em regiões metropolitanas, essa degradação da qualidade da água vem criando 
situações insustentáveis do ponto de vista de desenvolvimento. 
a) 2, 1, 4, 5, 3 
b) 3, 2, 4, 5, 1 
c) 3, 5, 4, 2, 1 
d) 5, 1, 4, 3, 2 
e) 4, 3, 2, 1, 5 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Agora, vamos ver se você já está preparado para ser aprovado. Eu espero que você tenha aceitado 
meu desafio. Marcou quanto tempo você leva para resolver essa questão? Se não o fez antes, faça 
agora! Vamos lá, eu espero....tic, TAC, tic, TAC, ... Zzzzz....... (rs...). 
Bem, agora, vamos ver quanto tempo EU levarei para resolvê-la. 
Vou começar por eliminar os itens que dependem de informações anteriormente fornecidas. 
1º trecho: TAL incremento... – Que incremento, meu filho? 
2º trecho: “Entre os maiores desafios da gestão de recursos hídricos no Brasil está a redução das 
cargas poluidoras que degradam os corpos d’água.” – Este item poderia iniciar o texto (ser o 
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primeiro parágrafo), pois não apresenta nenhuma informação ou dado que dependesse de outro. 
Faça uma cruz ao lado dos parênteses para não perdê-lo de vista. Teríamos duas opções com o 
número 1 na segunda posição: A e D. 
3º trecho: TANTO É ASSIM QUE menos de 20% do esgoto urbano... – “É assim” o quê??? 
Essa expressão pressupõe uma informação já dada, por isso não poderia ser o número 1 
(infelizmente, não havia nenhuma opção com essa indicação). 
4º trecho: NESSE CENÁRIO... – Que cenário? Eliminamos a opção E. 
5º trecho: ... ESSA DEGRADAÇÃO... – Nem precisaria continuar. Eliminamos as opções B e C. 
 
Realmente, o segundo trecho deve ser indicado com o número 1. Vamos agora verificar as 
diferenças entre a indicação da opção A e da opção D. 
Na opção A, no segundo parágrafo do texto, viria o primeiro trecho. Contudo, nele é citado um 
incremento que ainda não surgiu no texto – veja só como ficaria o texto considerando o 1º 
parágrafo sendo o segundo trecho e o segundo parágrafo, o primeiro: 
Entre os maiores desafios da gestão de recursos hídricos no Brasil está a redução das cargas 
poluidoras que degradam os corpos d’água. 
Tal incremento da carga orgânica poluidora nos corpos d´água leva à escassez de água com 
boa qualidade, fato já verificado em algumas regiões do país. 
Notou o problema de coerência e coesão textuais? 
Esse “incremento da carga orgânica” é citado no primeiro trecho é mencionado pela primeira vez 
no segmento: “Tanto é assim que menos de 20% do esgoto urbano recebe algum tipo de 
tratamento, o restante é lançado nos corpos d´água “in natura”, colocando em risco a 
saúde do ecossistema e da população local.”. Assim, o terceiro trecho (reproduzido acima) deveria 
anteceder o primeiro trecho (o do “incremento”). 
Diante dessa constatação, eliminamos a opção A e ficamos com a resposta oficial: D. 
E aí, contou o tempo que levei para resolver essa questão? 
Agora, faça novamente esse teste com a próxima questão, da mesma prova. 
 
20 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de Zero Hora, 28/2/2009, mas estão 
desordenados. Ordene-os nos parênteses conforme a posição no texto final e indique a opção 
correspondente. 
( ) A emergência e a multiplicidade desses planos e desses pacotes de estímulo estão preocupando 
até mesmo o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, 
para quem essas manifestações desconexas e parciais não representam soluções e, ao contrário, 
podem tornar-se parte da crise. 
( ) A questão do protecionismo, tema central nos debates sobre o comércio internacional nas 
últimas décadas, ganha agora uma renovada atualidade em decorrência das medidas que, nos 
países ricos e nas nações em desenvolvimento, os governos têm adotado para enfrentar os efeitos 
da crise global. 
( ) Exemplos dessas medidas pontuais e restritas são, entre outras, a proposta subordinada ao 
slogan buy American, pela qual os consumidores dos Estados Unidos são convocados a comprar 
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produtos locais, e as que o governo de Buenos Aires está adotando para proteger a indústria 
argentina contra a presença de produtos estrangeiros, mesmo do Mercosul. Alguns dos itens 
brasileiros só entram na Argentina pagando taxas que vão a 413%. 
( ) A ausência de medidas planetárias para enfrentar esse problema que tem tal dimensão estimula 
soluções parciais e limitadas, que se multiplicam de país para país, que levam à adoção de pacotes 
de estímulos distintos e que acabam por dar força a tentativas quase nacionalistas de defesa de 
interesses. 
( ) Para ele, esse é o risco de uma política de “empobrecer o vizinho”, que é a que transparece das 
decisões de países importantes, a começar pelos da União Europeia, dos Estados Unidos e do 
Japão. A globalização que ocorreu nas últimas três décadas, mesmo que agora surja como um 
fenômeno em retração por causa da crise, é ainda um elemento fundamental para o entendimento 
do interrelacionamento econômico e financeiro internacional e para avaliar os efeitos devastadores 
e abrangentes da atual crise. 
a) 2, 3, 5, 1, 4 
b) 4, 1, 3, 2, 5 
c) 1, 5, 4, 3, 2 
d) 3, 4, 2, 5, 1 
e) 5, 2, 1, 4, 3 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Para começar, uma correção ao texto original. A banca comeu mosca na grafia da palavra “inter-
relacionamento”, que é registrada com hífen, e não da forma como foi. Lembramos que as regras 
de emprego do hífen com prefixos foi bastante simplificada. Salvo algumas poucas exceções, agora 
recebem hífen palavras em que: (a) houver coincidência entre vogal / consoante do fim do prefixo 
com o início do segundo elemento (é o caso de “inter-relacionamento”); (b) o segundo elemento 
for iniciado por “h”. 
Agora, vamos lá. Conte quanto tempo irei levar para resolver essa questão. 
Repetindo o procedimento já adotado à exaustão, vou eliminar as opções que indicam como 1º 
parágrafo do texto (com o número 1) segmentos que dependem de informações anteriores. 
Para isso, vou verificar cada trecho: 
1º trecho: “A emergência e a multiplicidade DESSES planos e DESSES pacotes de estímulo” – 
próximo! 
2º trecho: Não há nenhum problema em esse item ser o primeiro do texto. Marque ao lado dos 
parênteses (pode fazer uma estrelinha, um coração, só não vai ficar desenhando e perdendo 
tempo, não é, Sr. Mané?...rs...). 
3º trecho: “Exemplos DESSAS medidas pontuais...” – ai, ai... próximo! 
4º trecho: “A ausência de medidas planetárias para enfrentar ESSE problema...” – posso seguir? 
Então, vamos! 
5º trecho: “Para ELE, ESSE é o risco...” – risco estou correndo eu de perder meu precioso tempo... 
acabou! 
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Somente o segundo trecho poderia dar início ao texto. Agora, vá às opções e observe quantas 
indicam o número 1 no segundo lugar? 
Nossa! Que surpresa!!! Somente UMA resposta é válida, e foi exatamente o gabarito oficial: B. 
E aí, gastei quanto tempo? Uns dois minutos, talvez... Pois é... fazer prova não é só marcar as 
respostas certas, é ter tempo para resolver todas as questões, e o tempo gasto com questões 
simples assim é decisivo para isso. Já falei e repito: não passa quem sabe mais – passa quem sabe 
fazer prova! 
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 
É com imenso prazer que encerro hoje mais um curso, com sinceros votos de que os seus projetos 
se realizem. 
Fiquem, agora, com o lindo poema de Fernando Pessoa, sob o heterônimo de Ricardo Reis. 
“Para ser grande, sêinteiro: nada 
Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
No mínimo que fazes. 
Assim como em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive.” 
 
Desejo a vocês paz e sabedoria! 
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS. 
01- (ESAF/AFRF/ 2002.1) 
Marque, em cada item, o período que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois, 
escolha a seqüência correta. 
I ......................................................................... 
O abandono da tematização do capitalismo, do imperialismo, das relações centro-periferia, de 
conceitos como exploração, alienação, dominação, abriu caminho para o triunfo do liberalismo. 
(X) O socialismo, em conseqüência desses fatores, desapareceu do horizonte histórico, em virtude 
de ter ganho atualidade política com a vitória da Revolução Soviética de 1917. 
(Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado 
por teses conservadoras. 
 
II .............................................................. 
Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como “há uma dignidade que o 
vencedor não pode alcançar”, como dizia Borges, o que ganharam em prestígio perderam em 
capacidade de análise. 
(X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alívio, como se se desvencilhassem de 
um peso, na verdade não trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra. 
(Y) Eles substituíram a exploração de classes e de países pela temática do totalitarismo, 
aperfeiçoando suas análises políticas ao vinculá-las à dimensão social. 
 
III ........................................................................ 
No mundo contemporâneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo, 
em sua fase de hegemonia política norte-americana. 
(X) Para atender a atualidade, são necessários modos de compreensão férteis, capazes de dar 
conta das relações entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores e 
como produtos da história. 
(Y) Trata-se de uma compreensão míope, que ignora componentes essenciais ao fenômeno do 
capitalismo que estamos vivendo. 
 
IV ......................................................................... 
Quem pode entender a política militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a 
atualização da noção de imperialismo? 
(X) Quem pode entender hoje a crise econômica internacional fora dos esquemas da 
superprodução, essencial ao capitalismo? 
(Y) Portanto, é a unipolaridade vigente há uma década que busca impor a dicotomia livre 
mercado/protecionismo. 
 
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V ........................................................................... 
Nunca as relações mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada país, seja nas 
novas fronteiras do capitalismo. 
(X) O capitalismo dá mostras de enfrentar forte declínio, que leva os especialistas a preverem 
profunda fragmentação na ordem econômica interna de cada nação. 
(Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas de 
dominação se multiplicam. 
(Itens baseados em Emir Sader) 
a) X,X,Y,Y,X 
b) Y,X,X,X,Y 
c) Y,Y,X,X,Y 
d) X,Y,Y,X,Y 
e) X,Y,Y,X,X 
 
02 - (ESAF/AFC SFC/2002) 
Assinale, entre as opções propostas, aquela que se desvia, ainda que parcialmente, do conceito e 
da direção argumentativa expressos no período abaixo. 
“Dizia o sociólogo norte-americano, Robert Merton, que o que há de mais relevante e espantoso 
com as profecias é que elas se auto-realizam, como um vaticínio, um augúrio.” 
a) Ao serem concebidas pela imaginação ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chance 
de se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo. 
b) Pelo simples fato de que foram inventadas por alguém, com ousadia e eficácia simbólica, 
ganham existência real, criando a probabilidade de serem incorporadas à vida social em futuro 
imediato ou distante. 
c) Quando uma grande (ou pequena) idéia se cristaliza, sua força transformadora entra em ação 
com os mesmos poderes que comandam as leis da Física. 
d) Acima de profetas e messias, está o império da história, que constrói o futuro com seus próprios 
vetores e forças internas atuando à revelia do desiderato e do fado humanos. 
e) A história da humanidade registra fatos que provam a existência de uma simbiose natural entre 
os grandes sonhos e as grandes mudanças, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalável. 
(Com base em artigo de Aspásia Camargo) 
 
03 - (ESAF/AFC STN/2002) 
Marque o elemento coesivo que estabelece a relação lógica entre as idéias apresentadas este 
texto adaptado de Darcy Ribeiro. Depois escolha a seqüência correta. 
I. O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por 
índios nativos e negros importados................ , como um consulado, em que um povo sublusitano, 
mestiçado de sangues afros e índios, vivia o destino de um proletariado externo dentro de uma 
possessão estrangeira. 
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X Paralelamente 
Y Depois 
 
II. Os interesses e as aspirações do seu povo jamais foram levados em conta, ................ só se 
tinha atenção e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora. 
X aonde 
Y porque 
 
III. Essa primazia do lucro sobre a necessidade gera um sistema econômico acionado por um ritmo 
acelerado de produção do que o mercado externo exigia, com base numa força de trabalho 
afundada no atraso, famélica, ......... nenhuma atenção se dava à produção e reprodução das suas 
condições de existência. 
X pois 
Y cuja 
 
IV. ................., coexistiram sempre uma prosperidade empresarial, que às vezes chegava a ser a 
maior do mundo, e uma penúria generalizada da população local. 
X Em conseqüência 
Y Senão 
 
V. Alcançam-se, ................., paradoxalmente, condições ideais para a transfiguração étnica pela 
desindianização forçada dos índios e pela desafricanização do negro, que, despojados de sua 
identidade, se vêem condenados a inventar uma nova etnicidade englobadora de todos eles. 
X ao contrário 
Y assim 
a) X, X, Y, X, Y 
b) Y, X, X, Y, X 
c) X, Y, X, Y, Y 
d) X, Y, Y, Y, X 
e) Y, Y, X, X, Y 
 
04 - (ESAF/AFC STN/2002) 
Relacione cada parágrafo à correspondente pergunta constante da relação proposta e, depois, 
marque a seqüência correta. 
( ) Mercados são pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando soluções; 
pessoas com informações e conhecimento ofertando soluções. É gente falando com gente o 
tempo todo. Negócios são relacionamentos. 
( ) Até aí pode parecer óbvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vida 
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real: uma enorme deturpação do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado e 
de negócio. 
( ) Na fábrica, as máquinas, os equipamentos e as instalações valem mais do que os 
funcionários; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem mais 
do que os funcionários. Ironicamente, os recursos físicos e técnicos valem mais do que as 
pessoas. Os meios se sobrepõem aos fins. 
( ) Na fábrica, as máquinas e os equipamentos recebem manutenção preventiva e corretiva, 
sistematicamente. Existe até a conta manutenção e conservação, que prevê gastos 
voltados à atualização desses ativos. Existem também os gastos com

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