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* MORFOGÊNESE Biomedicina/UFG 2013/1 * No nosso sistema educacional, ensinou-se a isolar os objetos; separar problemas, analisar e não juntar. Nós devemos pensar o ensino com base na consolidação dos efeitos cada vez mais graves da hiperespecialização dos saberes e da incapacidade para articulá-los com os outros. A hiperespecialização impede que se veja o global (que ela fragmenta em panelas), assim como ela o essencial (que ela dissolve). Ora, os problemas essenciais nunca são parciais e os problemas globais são cada vez mais essenciais (...) (MORIN, p.149, 2011). * MORFOGÊNESE O padrão geral sugere que a combinação de genes Hox determina a identidade posicional, sendo responsável pela determinação do gene subseqüente de uma região e conseqüentemente das alterações morfológicas. Tanto em insetos quanto em vertebrados, os genes dentro de cada agrupamento são expressos em uma ordem temporal e espacial, que reflete a ordem dos mesmos nos cromossomos. “Temos a tendência de permanecer juntas, mas podemos mudar de vizinhos para constituir formas interessantes e, algumas vezes, mudar para sítios onde podemos conseguir a maior firmeza. ” * MORFOGÊNESE Classes de moléculas de adesão celular envolvidas no desenvolvimento: Caderinas imunoglobulinas integrinas Adesão celular diferencial estabiliza os limites entre os tecidos. Integridade dos tecidos Interações adesivas entre células Interações adesivas entre células e matriz extracelular Diferenças na adesividade celular: manutenção dos limites entre os diferentes tecidos e estruturas Moléculas de adesão (proteínas da superfície que podem ligar-se umas às outras moléculas) expressas por uma célula determinam a quais células ela pode aderir. Forças mecânicas das células Equilíbrio entre forças que causarão as alterações da forma Migração das células Mobilidade Adesividade * Morfogênese Movimentação e adesividade diferencial resultando na autoclassificação. * MORFOGÊNESE Formação das cavidades internas: Inicialmente, epiblasto é uma massa sólida e posteriormente, transforma-se em uma camada epitelial que envolve uma cavidade cheia de fluido. Apoptose das células do centro do epiblasto: 1- camadas celulares da endoderme visceral enviam um sinal de morte para as células do epiblasto. 2- somente células externas em contato com a membrana basal sobrevivem devido à ação das integrinas. apoptose * Morfogênese * Morfogênese Mudanças na forma Mobilidade celular Citoesqueleto: estrutura intracelular que controla a forma da célula e está envolvido com o movimento celular. Migração celular Dobramento de lâminas epiteliais Filamentos de actina Microtúbulos Filamentos intermediários * Morfogênese - gastrulação Filamentos de actina = geração de forças e contrações dentro da célula. Microtúbulos = manutenção da assimetria e da polaridade celulares. Filamentos intermediários = transmitem forças mecânicas e conferem estabilidade mecânica. * Morfogênese Gastrulação no Xenopus: Endoderme presuntiva estende-se a partir da região mais vegetal para cobrir a mesoderme presuntiva e move-se para o interior pelo blastóporo para formar o intestino. Blástula: parede com várias camadas de células. Futura mesoderme presente na zona marginal como uma faixa equatorial posicionada sob endoderme presuntiva. Células da faixa equatorial movem-se para o interior para ficar sob a ectoderme, que se estende ântero-posteriormente ao longo da linha média dorsal. * Morfogênese Gastrulação no Xenopus: 1- formação de células em forma de garrafa (células mesodérmicas presuntivas). Essa mudança na forma desencadeia a formação do blastóporo, define o lábio dorsal (região organizadora). 2- mesoderme e endoderme começam a rolar em volta do blastóporo para o interior da blástula: Involução. 3- formação de estruturas mesodérmicas anteriores à região cefálica. 4- segue a mesoderme que entra juntamente com endoderme sobre ela como única lâmina de múltiplas camadas. 5- células ficam arranjadas por extensão convergente: mesoderme inicialmente em forma de um anel equatorial. Durante gastrulação converte e estende-se ao longo do eixo ântero-posterior. Células que inicialmente estavam em lados opostos ficam próximas umas das outras. * * Morfogênese Gastrulação no Xenopus: Mesoderme apresenta forma células ficam arranjadas por extensão convergente: mesoderme inicialmente em forma de um anel equatorial. Durante gastrulação converte e estende-se ao longo do eixo ântero-posterior. Células que inicialmente estavam em lados opostos ficam próximas umas das outras. * Morfogênese Gastrulação no Xenopus: Extensão convergente ocorre na mesoderme e endoderme. Expressão do gene Brachyury: futura mesoderme - anel estreito de tecido ao redor do blastóporo. Tecido expressando o gene Brachyury entra na gástrula, e converge-se em uma faixa estreita de tecido ao longo da linha média dorsal do embrião, estendendo-se na direção ântero-posterior. Posteriormente, a notocorda prospectiva continua a expressão do gene Brachyury. * Morfogênese Células ficam arranjadas por extensão convergente: mesoderme inicialmente em forma de um anel equatorial. Durante gastrulação converte e estende-se ao longo do eixo ântero-posterior. Células que inicialmente estavam em lados opostos ficam próximas umas das outras. * Morfogênese Gastrulação no Xenopus Futura notocorda começa a separar-se dos futuros somitos. Mesoderme fica sob ectoderme com endoderme forrando o teto do arquêntero (futuro intestino). Células mesodérmicas e endodérmicas movem-se para o interior do embrião, a ectoderme da região do capuz animal aumenta a superfície de cobertura por rearranjo e extensão das células, que a compõe para formar uma lâmina mais fina que espalha-se para baixo sobre a região vegetal (epibolia). Involução espalha-se lateral e vegetalmente (involução envolve endoderme vegetal e forma um círculo em volta de um tampão de células vitelínicas. Posteriormente, blastóporo se contrai. Células vitelínicas vegetais movem para o interior e formam assoalho do intestino. * Morfogênese Intercalação celular mecanismo que ocorre durante a extensão convergente. células movem-se posicionando entre células adjacentes. ocorre a convergência em direção à linha média e todo o tecido estreita-se e estende em uma direção ântero-posterior. Tipos: Intercalação radial: ocorre na ectoderme de múltiplas camadas (células se intercalam em uma direção perpendicular à superfície). Diretamente relacionado com a epibolia e o espalhamento da ectoderme na gástrula. Intercalação médio-lateral: resulta na mudança de forma do tecido e não no aumento da superfície (estreita-se ao longo de um eixo e alonga-se ao longo de outro, perpendicular ao primeiro). * Morfogênese Durante extensão convergente: Células adotam forma característica: alongadas em uma direção perpendicular ao eixo ântero-posterior. Alinham-se paralelamente entre si em uma direção perpendicular à extensão do tecido. Movimentos ativos: restritos às extremidades das células bipolares alongadas, tornando-as capazes de exercer tração sobre o substrato adjacente e de intercalarem-se umas às outras, ao longo do eixo médio-lateral. * Morfogênese Durante extensão convergente: O limite de um tecido é mantido pelo comportamento das células nas suas bordas. Quando uma extremidade celular ativa está no limite do tecido, o seu movimento cessa e a célula torna-se monopolar. Novos limites surgem no interior da mesoderme demarcando a notocorda dos futuros somitos. Forças contráteis são geradasnas extremidades das células alongadas. Elas movem as células para a linha média e estendem o tecido. Células nos limites estão presas em uma extremidade e resulta no estreitamento do tecido. Genes goosecoid expressos no organizador de Spemann estão envolvidos no estabelecimento de um padrão especial de movimento e adesividade. * Morfogênese Células capazes de mover sobre um substrato sólido (lamelipódio e filopódios) Lamelipódio = extensão de camada fina de citoplasma. Filopódios = prolongamentos longos e delgados. A contração da rede de actina em outro sítio impulsiona a célula para frente. Integrinas mediam a transdução de sinal pela membrana plasmática nos contatos focais (célula avalia o ambiente e controla o movimento celular. * Morfogênese Mesoderme da notocorda presuntiva: é a primeira estrutura dorsal a diferenciar. Ocorre: Distinção da mesoderme somática adjacente pela compactação das suas células e pela lacuna que se forma no limite entre os dois tecidos. Notocorda alonga-se consideravelmente e desenvolve como um bastão rígido composto por uma pilha de células achatadas. Mecanismos envolvidos: intercalação médio-lateral (extensão convergente) e dilatação controlada (extensão da estrutura tubular em resposta à pressão hidrostática: osmose e acumulação de fluido). Estreitamento da largura acompanhado pelo aumento da altura: células ficam alongadas perpendicularmente ao eixo ântero-posterior. Ocorre a intercalação entre células vizinhas desencadeando uma extensão convergente. * Morfogênese Neurulação: formação do tubo neural: estrutura epitelial composta por ectoderme que desenvolve cérebro e medula espinhal. Placa neural: placa espessa de tecido, indução pela mesoderme. Ocorre: extensão convergente da futura placa, mudança na forma das células dentro da placa, elevação das suas bordas acima da superfície (dobras neurais) e formação do sulco neural. As dobras se encontram ao longo da linha média dorsal do embrião e fundem formando o tubo neural, que separa-se da ectoderme adjacente. Durante gastrulação células da placa neural mais longas e estreitas do que as células da ectoderme adjacente. * Mesoderme - notocorda Morfogênese * Morfogênese Neurulação: Durante gastrulação células da placa neural mais longas e estreitas do que as células da ectoderme adjacente. Placa começa a enrolar-se e células ficam constritas (forma de cunha). Mudança de forma das células: as bordas da placa neural formam dobras. Mecanismo: rastejamento de células da borda da placa para baixo em direção à superfície interna da ectoderme adjacente, provocando mudança local na curvatura. Aves e mamíferos: neurulação não ocorre ao longo de toda a placa ao mesmo tempo, inicia próxima da extremidade anterior do embrião na região do mesencéfalo e prossegue anterior e posteriormente. Anfíbios: neurulação ao longo de toda placa ao mesmo tempo. * * Morfogênese Neurulação Aves: mudanças na forma da fenda neural associados ao dobramento do tubo neural. Células na linha média da fenda neural (ponto de dobradiça): forma de cunha. Ocorre a formação de pontos de dobradiça adicionais. Mecanismo celular (?): filamentos de actina e microtúbulos envolvidos na geração e estabilização dessas mudanças. Forças proporcionadas pelas mudanças na forma das células e pela extensão convergente são intrínsecas ao tecido da placa neural. * Morfogênese Neurulação Mudanças no padrão de expressão de moléculas de adesão celular acompanham a formação do tubo neural. Mudanças na adesão celular (ectoderme, epiderme presuntiva e tubo neural). Células da placa neural expressam inicialmente a molécula de adesão L-CAM em suas superfícies. Células da dobra se desenvolvem e a ectoderme da placa neural expressa simultaneamente N-caderina e N-CAM. Ectoderme adjacente expressa apenas E-caderina. Mudanças na adesividade tornam o tubo neural capaz de separar-se da ectoderme adjacente e permitir que ele afunde sob a superfície. Mudança na adesividade resultaria em mecanismo similar a autoclassificação. * Morfogênese N-caderina * Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali? Fernando Pessoa * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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