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CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF 
TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 0 
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
É com enorme satisfação que inicio este novo Curso Regular de
Administração Financeira e Orçamentária (AFO) para a ESAF – Teoria e
300 Questões da ESAF Completas Comentadas e cada vez mais feliz por
integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! 
E já começo falando do nosso curso: 
• Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e
Orçamentária/Orçamento Público; 
• 300 Questões comentadas completas apenas da ESAF, totalizando
1500 itens; 
• Fórum de dúvidas; 
• Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail:
sergiomendes@pontodosconcursos.com.br; 
• Resumos (mementos) ao final de cada aula; 
• Curso baseado nos últimos editais de Auditor Fiscal e Analista Tributário
da Receita Federal do Brasil, Analista de Planejamento e Orçamento do
Ministério do Planejamento (APO/MPOG), Analista da Superintendência
de Seguros Privados - SUSEP, Analista da Comissão de Valores
Mobiliários - CVM, Analista de Finanças e Controle da Controladoria-
Geral da União (AFC/CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional
(AFC/STN). Todos da ESAF e com remuneração inicial dos maiores
cargos - somados subsídio e auxílios - de mais de R$ 13 mil reais! 
 
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Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir
conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que
muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de
excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de
ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto.
Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes
motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a
diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno. 
Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante
como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a
aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que
o professor está próximo, falando com você. 
Vou começar com minha breve apresentação: sou Analista de Planejamento e
Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Atualmente
estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e sou instrutor da
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e das Semanas de
Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas da Escola
de Administração Fazendária (ESAF). Especializei-me em Planejamento e
Orçamento pela ENAP e sou pós-graduado em Orçamento Público pelo
Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu
primeiro concurso público nacional aos 17 anos, ingressando na Escola
Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e me graduei pela Academia
Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Ciências
Militares com ênfase em Intendência (Logística e Administração). Como Oficial
do Exército, exerci as funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão
Permanente de Licitações e Contratos. Sou servidor público desde 2001 e
professor das disciplinas Administração Financeira e Orçamentária (AFO),
Direito Financeiro e Planejamento e Orçamento Governamental. 
 
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Como concurseiro, comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal,
buscando um novo horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas
frentes. Surgiu o concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções
desempenhadas, quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para
minhas preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo
mudando o foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a
aprovação, a qual consegui muito em função do conhecimento de
Administração Financeira e Orçamentária - AFO que sempre tem um peso
significativo nesta prova. Por isso considero AFO tão importante. 
A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e
ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público,
pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim,
compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente
“gastam”. Hoje, como Analista de Planejamento e Orçamento (APO) e lotado
na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), convivo diariamente com esse
assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa matéria. 
Assim, numa divisão mais didática que os editais, buscando ser o mais
completo e objetivo possível, serão 11 aulas (0 a 10) e 300 questões ESAF,
divididas e desenvolvidas da seguinte forma: 
• Aula 0 – Planejamento e Orçamento na CF/88: Plano Plurianual (PPA);
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e seus Anexos de Metas Fiscais
e de Riscos Fiscais. Lei Orçamentária Anual (LOA). 25 questões. 
Sou autor do livro Administração Financeira e
Orçamentária, Teoria e Questões, Sérgio Mendes,
Editora Método. Informo que o livro já está disponível nas
melhores livrarias de todo o país. 
 
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• Aula 1 - Ciclo ou Processo Orçamentário: elaboração da proposta,
discussão/votação/aprovação, execução, controle/fiscalização/avaliação
da lei de orçamento. 30 questões. 
• Aula 2 – Parte I) Créditos Adicionais: suplementares, especiais e
extraordinários. Parte II) Evolução conceitual e Funções Clássicas do
Orçamento. 15 questões. 
• Aula 3 – Parte I) Características do orçamento tradicional, do orçamento
de base zero, do orçamento de desempenho e do orçamento-programa.
Orçamento Participativo. Parte II) Princípios Orçamentários. 20
questões. 
• Aula 4 – Receita Pública: classificação pela natureza. Outras
Classificações. Distinção entre taxa e preço público (ou tarifa). Dívida
Ativa. 25 questões. 
• Aula 5 – Despesa Pública: classificação institucional, funcional, pela
natureza e estrutura programática adotada no setor público brasileiro.
Outras Classificações. 40 questões. 
• Aula 6 – Estágios da Receita e da Despesa. Regra de ouro. 15
questões. 
• Aula 7 - Execução orçamentária e financeira: Conta Única do Tesouro
Nacional. SIAFI. Programação Orçamentária e Financeira.
Descentralização de Créditos Orçamentários e Recursos Financeiros.
Elaboração da Programação Financeira. Contingenciamento. Limite de
Empenho e de Movimentação Financeira. Restos a Pagar. Despesas de
Exercícios Anteriores. Suprimento de Fundos. 20 questões. 
• Aula 8 - Tópicos selecionados da Lei Complementar n° 101/2000:
princípios, conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de
despesas, despesa obrigatória de caráter continuado, Receita Corrente
Líquida, Pessoal, transferências voluntárias, destinação de recursos
para o setor privado, transparência da gestão fiscal, escrituração e
consolidação das contas, relatório de gestão fiscal. 35 questões. 
• Aula 9 – CréditoPúblico e Endividamento: Dívida, Operações de Crédito
e Garantias. 30 questões. 
 
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• Aula 10 – Planejamento Governamental: Integração planejamento e
orçamento. Modelo de Gestão do PPA. Elaboração, gestão e avaliação
anual do PPA do governo federal. 
- Lei 10.180/01: Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal;
de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e
de Controle Interno do Poder Executivo Federal; 
- Decreto 2829/98: Normas para a elaboração e execução do Plano
Plurianual e dos Orçamentos da União; 
- Lei 11.653/08: PPA 2008-2011; 
- Decreto 6.601/2008 - Gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e de
seus programas. 
- 25 questões da aula e mais 20 questões do simulado final. 
Diga não à pirataria! Para você que pretende adquirir este
curso de forma legal, meus sinceros parabéns! Vamos
cada um fazer nossa parte que podemos melhorar nosso
país! Para aqueles que estão tendendo à pirataria, vai uma
mensagem: é uma forma de roubo, ninguém deve se iludir 
do contrário. Não comece errado antes mesmo de entrar no serviço público.
Seja justo e honesto desde já. Há várias pessoas sendo investigadas que
ganham a vida vendendo cursos do Ponto, enriquecendo às custas do aluno,
do professor, do Curso e do país, já que não pagam impostos e ainda
sustentam outros tipos de crime. Imagino que você tenha ideia do trabalho que
o professor tem para elaborar um curso de alto nível, assim como eu tenho a
ideia do trabalho que dá para o aluno ser aprovado em um concurso público.
Eu, por exemplo, tenho uma satisfação enorme em ministrar cursos, mas que
dá trabalho, isso dá. E se não houver quorum mínimo, prejudicado pela
pirataria, o curso é cancelado e todos vão ficar sem ele: o Ponto, o professor e
principalmente os alunos. O pior disso, como disse, é que quem ganha com a
pirataria são terceiros e nunca o aluno, razão da existência de cada curso. 
 
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Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua
efetividade. Sou natural de Juiz de Fora - MG e estava morando e trabalhando
lá. Se hoje sou Analista de Planejamento e Orçamento, devo muito aos cursos
on-line. 
E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido
profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos
ares? Quer integrar uma das carreiras mais valorizadas e reconhecidas do
Poder Executivo Federal? 
“Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há
céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio
quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as
lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja
um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina
produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que
você ama.” (Augusto Cury). 
"Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você
faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz) 
Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivação é fundamental,
porém deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. “É importante
sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade.” (Marechal
José Pessoa). 
“As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua
execução”. (Percy Barnevick) 
"Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações.
Ações conduzem a resultados" (T. Harv Eker) 
 
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Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da
Constituição Federal: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). O PPA, a LDO e a
LOA são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos
federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém
integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações
governamentais. 
Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988
(CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de
planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na
administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por
meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O
PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da
CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o
Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o
qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. 
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o
planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter 
 
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conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais 
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos 
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo
operacionalizada por meio de diversos programas. 
Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já
existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros
instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano
Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos 
Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício
financeiro. 
De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo
parlamento. Trataremos do tema quando falarmos do ciclo (ou processo)
orçamentário. 
1. PLANO PLURIANUAL 
O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo
Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de
quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. 
 
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Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: 
§ 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada. 
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do
planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de
investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais,
levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do
país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As
diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer
frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas
associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais
mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e
perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na
perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual
nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de
longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo
encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua
materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de
coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os
demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao
caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos
territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um
processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. 
As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser
seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes
diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a
redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com
sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração 
 
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nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de
produção e inovação e a inserção competitiva externa; a
conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação
dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de
cidades. 
Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo
Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão
estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim
acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e a
avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles
associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos, às
parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do
PPA. 
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a
pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se
relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar
após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste
mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos
com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital
pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa
de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente
relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. 
Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja
prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração
continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita
a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no 
 
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PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração
continuada. 
Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: 
§ 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a
uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro.
Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto
em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com
softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e
com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Exemplo: construção de um prédio público. 
A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os quais
são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos
anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização
da atuação governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou
não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo
comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um
problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da
sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes
Ministérios. A partir do PPA de 2000-2003, denominado de Avança Brasil, está
refletida a nova classificação programática, ao contrário da abordagem anterior,
baseada em projetos. Exemplos de programas: Brasil Universitário,
Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo,
Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e Efetivação
do Direito das Mulheres. 
 
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Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto
não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos. 
Estudaremos tal Lei Complementar quando tratarmos do ciclo (ou processo)
orçamentário. 
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no
segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando
no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao
Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessãolegislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O
PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo
ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato
seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. 
Repare que um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar
durante todo o seu PPA, desde que seja reeleito. Porém, como vimos, será o
mesmo governante em mandatos diferentes. 
Atenção: nossa referência é a CF/1988, por isso sempre tratamos dos
instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto,
assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também
têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. 
 
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QUADRO DO PPA 
Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada. 
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade. 
Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. 
Ainda, a Constituição Federal, em seu art. 165, determina que: 
§ 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e
apreciados pelo Congresso Nacional. 
A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação,
apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e
desigualdades existentes no território brasileiro. 
O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática,
composto por ações (veremos quando tratarmos de despesas públicas). Os
programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior
ao PPA, porque são de longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10
anos). 
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando
ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento
operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter
conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos
estratégicos existentes antes da CF/1988. 
 
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Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: 
§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
SEGUNDO A CF, A LDO: 
Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. 
Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Orientará a elaboração da LOA. 
Disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a
LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o
encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no
segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem
executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a 
LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a
elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a
execução orçamentária. 
O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao
Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa (17 de julho). 
Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos,
entre eles as metas e prioridades da administração pública. 
 
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A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Vamos agora destrinchar esse parágrafo: 
Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as
disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as
metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as
metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos
na LOA. 
Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a 
LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é
um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as
metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação
tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento.
Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm
diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para
arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que
o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos,
incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do
Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária
e se justifica sua presença na LDO. 
Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o
desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão
econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal
(CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do
Estado do Amazonas (AFEAM). 
 
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Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a
Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol
de funções da LDO: 
Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 
da Constituição e: 
I – disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º
do art. 31; 
(...) 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultadosdos
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas. 
Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. 
Assim: 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas. 
Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO:
§ 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
 
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montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes. 
O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e
as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos
juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é
mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas
arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas
do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. 
Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: 
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios,
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de
ativos; 
IV – avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um
período superior a dois exercícios. 
 
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Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência
dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e
dívidas em processo de reconhecimento. 
Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo
específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem
como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,
e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. 
Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o
Anexo de Riscos Fiscais: 
INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: 
As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes. 
A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 
Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da
política econômica nacional. 
Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. 
Avaliação da situação financeira e atuarial: 
• dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; 
• dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.
Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de 
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS 
Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
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Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art.
169 da CF/1988: 
§ 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e
para as sociedades de economia mista. 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 
A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de
um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente
dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas
estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em
consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas
diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem
executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. 
 
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Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária
anual deveráser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término
do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua
elaboração. 
Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: 
§ 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio
simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento
monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação
entre eles. 
O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O
orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle
e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais
importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se,
praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal
e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central
e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. 
Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade
social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário,
porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais
orçamentos paralelos. 
 
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Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de
investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional. 
Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na
ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime
geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência
social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a
quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.
Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não
integrando o orçamento da União. 
Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que
possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social
(previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente
relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema
Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui 
 
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despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa
faz parte do orçamento da seguridade social. 
A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os
próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade
social. 
Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três
orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e
investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs.
Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado,
constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social –
são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e
apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido
críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria
pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como
praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois
orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. 
Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos
fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na
verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei
orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS
FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE
INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de
investimento também está separado. Esta é a razão da crítica. 
3.2 Empresa Estatal Dependente 
Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes,
precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. 
 
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Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade
cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou
indiretamente, a ente da Federação. 
Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada,
mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de
despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal
considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade
Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas
estatais não dependentes. 
Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz
parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a
LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha
liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre
os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de
Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF
porque tem que ser dinâmica para concorrercom a iniciativa privada. Por outro
lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus
investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o
Orçamento de Investimentos. 
Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter,
portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de
mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é
relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é
responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de
Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança 
 
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das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes
integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 
3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF 
A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o
projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da
LDO; 
II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO,
destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
fiscais imprevistos. 
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de
créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas,
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. 
O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as
despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que
as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará
separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. 
Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei
orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e
assistência aos servidores, e a investimentos. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
1) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Na
integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual(ais)
instrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para cada ano. 
a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. 
b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. 
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. 
e) A Lei Orçamentária Anual. 
Os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e metas” que
se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” da LDO. 
PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) 
LDO Metas e Prioridades 
Logo, a LDO explicita as metas e prioridades para cada ano.
Resposta: Letra C 
2) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de
Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada
dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: 
I. com pessoal. 
II. de custeio em geral. 
III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. 
a) I ou II ou IV. 
b) I e II e III. 
c) II ou III ou IV. 
d) I e II e IV. 
e) I ou II ou III. 
 
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I) II) e IV) Corretos. O recebimento de recursos financeiros pela empresa
controlada para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
geral ou de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação
acionária, a torna empresa estatal dependente. 
III) Errado. Devem ser excluídas as despesas de capital provenientes de
aumento de participação acionária. 
Logo, I ou II ou IV é a alternativa que responde o item. 
Resposta: Letra A. 
3) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na
Constituição Federal do Brasil, identifique a opção correta no tocante à Lei de
iniciativa do Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política
governamental que envolve programas de duração prolongada. 
a) Diretrizes orçamentárias. 
b) Orçamento anual. 
c) Plano plurianual. 
d) Orçamento de investimentos. 
e) Orçamento social. 
O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do
Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada. 
Logo, o PPA é a Lei de iniciativa do Poder Executivo que estabelece um
conjunto de metas de política governamental que envolve programas de
duração prolongada. 
Resposta: Letra C 
4) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) A propósito do orçamento, e de acordo
com o modelo constitucional brasileiro vigente, a lei que instituir o plano
plurianual estabelecerá: 
 
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a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, de modo pormenorizado,
com exceção de fundos para órgãos e entidades da administração indireta. 
b) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada. 
c) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social, bem como das empresas
que contem com participação federal, embora a União não exerça direito de
voto. 
d) o orçamento da administração direta e indireta, sob responsabilidade da
União, excluindo-se o orçamento da Seguridade Social. 
e) sistema específico e pormenorizado para redução de desigualdades sociais,
vedando-se, no entanto, a utilização de anistias e de remissões. 
Segundo o art. 165 da CF/88: 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração públicafederal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada. 
Resposta: Letra B 
5) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) Segundo disposição da Constituição
Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as
despesas de capital, são definidas no seguinte instrumento: 
a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. 
b) na lei que institui o plano plurianual. 
c) na lei orçamentária anual. 
d) na lei de diretrizes orçamentárias. 
e) no decreto de programação financeira do poder executivo. 
O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas
para as despesas de capital. É a lei que instituir o Plano Plurianual. Não 
 
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podemos esquecer que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, além das
diretrizes e metas, os objetivos da administração pública federal para as
despesas de capital e também de outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada. 
Resposta: Letra B 
6) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2006) Sobre o Plano
Plurianual – PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto
afirmar, exceto: 
a) sua duração atual é de quatro anos. 
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública para as despesas de capital. 
c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. 
d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são
objeto do PPA. 
e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por
serem objeto da Lei Orçamentária Anual – LOA. 
A questão pede o que não se pode afirmar, logo quer a alternativa incorreta. 
a) Correta. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo cuja
duração atual é de quatro anos. 
b) Correta. O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
c) Correta. O PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro do mandato do governante e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o PPA é elaborado no
primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá
sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
d) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de
programas, os quais são os elementos centrais do PPA, integrando o Plano
Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. 
 
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e) É a incorreta. No PPA constam os programas com seus valores para todo o
período do Plano, divididos por cada um dos quatro anos. 
Resposta: Letra E 
7) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) Assinale a opção que apresenta uma
das principais características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a
Constituição Federal de 1988. 
a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. 
b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. 
c) Define as metas e prioridades da administração pública federal. 
d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício
seguinte. 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. 
Logo, uma das principais características da LDO, segundo a CF/88, é que ela
define as metas e prioridades da administração pública federal. 
Resposta: Letra C 
8) (ESAF – Analista – IRB – 2006) A Constituição incumbiu a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de disciplinar outros assuntos importantes, cuja definição
antecipada representa relevante apoio na preparação do projeto de lei
orçamentária, tal(ais) como: 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora. 
 
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b) o sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo. 
c) os parâmetros para iniciativa de lei de fixação das remunerações no âmbito 
do Poder Legislativo. 
d) a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta. 
e) os quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos
especiais. 
Segundo o art. 169 da CF: 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras,
bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções
de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes: 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de
qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e
para as sociedades de economia mista. 
Logo, a CF/1988 incumbiu a LDO de disciplinar os parâmetros para iniciativa
de lei de fixação das remunerações também no âmbito do Poder Legislativo.
Resposta: Letra C 
9) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) O modelo de elaboração orçamentária,
nas três esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições 
 
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introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder
Executivo encaminha ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), que contém: 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta. 
b) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. 
c) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se
elaborou a proposta. 
d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das 
empresas. 
e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior. 
a) Errada. A LDO não dispõe sobre o ano em que é elaborada. 
b) Correta. Segundo a CF/1988, a lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindoas despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento. 
c) Errada. A LDO trata no Anexo de Metas Fiscais do demonstrativo das
metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem
os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três
exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas
e os objetivos da política econômica nacional. 
d) Errada. Refere-se à LOA, que contém o orçamento fiscal, o orçamento da
seguridade social e os investimentos das empresas. 
e) Errada. A LDO trata da avaliação do cumprimento das metas relativas ao
ano anterior. 
Resposta: Letra B. 
10) (ESAF – AFC/CGU - 2008) De acordo com a Constituição Federal, foi
reservada à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de: 
 
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a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente. 
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos previstos
na legislação. 
c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) dispor sobre alterações na legislação tributária. 
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas. 
A questão pede o que foi reservado à LDO de acordo com a CF/1988. 
a) Errada. Segundo o art. 165 da CF/1988, a lei que instituir o PPA
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Já a
LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. A
alternativa mistura os dois conceitos. 
b) c) e) Erradas. De acordo com o art. 4.° da LRF (e não da CF/1988), a LDO
atenderá o disposto no § 2.° do art. 165 da Constituição e disporá também
sobre equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de
empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na legislação; normas
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos; e demais condições e exigências
para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) Correta. Consoante o § 2.o do art. 165 da CF/1988, a LDO compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. 
Resposta: Letra D 
 
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11) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Nos termos da
Lei de Responsabilidade Fiscal, a lei de diretrizes orçamentárias não disporá
sobre o(a): 
a) promoção do equilíbrio entre receitas e despesas. 
b) estabelecimento de normas e critérios para a limitação do empenho pelos
entes constantes do orçamento. 
c) definição das demais condições e exigências para transferências
constitucionais e legais de recursos. 
d) definição de normas relativas ao controle dos custos da administração
pública. 
e) fixação de normas para a avaliação de resultados dos programas previstos
no orçamento. 
SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: 
Equilíbrio entre receitas e despesas. 
Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. 
Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos. 
Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas. 
A questão pede a incorreta. Logo, segundo a LRF, a LDO disporá sobre
demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas e não para transferências constitucionais e legais de
recursos. 
Resposta: Letra C 
12) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Segundo a Lei de
Responsabilidade Fiscal, o Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
 
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receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública,
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, deverá integrar o: 
a) Relatório de Gestão Fiscal. 
b) Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 
c) Projeto da Lei do Plano Plurianual. 
d) Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
e) Projeto da Lei Orçamentária Anual. 
Segundo o art. 4° da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: 
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas
Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes. 
Resposta: Letra D 
13) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A importância
do processo orçamentário brasileiro pode ser dimensionada pelo tratamento
que o assunto recebe na Constituição Federal. Identifique a única opção errada
no tocante ao orçamento brasileiro. 
a) Na concepção do sistema orçamentário brasileiro, são instrumentos de
planejamento governamental: o plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais. 
b) O orçamento público, aceito como um instrumento de planejamento e de
controle da administração pública, apresenta-se como uma técnica capaz de
permitir que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. 
c) O orçamento é um instrumento essencial para os planejadores, porque eles
necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. 
d) A lei orçamentária anual visa permitir uma visão de conjunto, integrada, das
ações compreendidas pela administração pública. 
e) A lei de diretrizes orçamentárias deverá ordenar e disciplinar a execução de
despesas com investimentos que se reverterão em benefício da sociedade. 
 
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a) Correta. O PPA, a LDO e a LOA são as leis que regulam o planejamento e o
orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis
constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um
planejamento estrutural das ações governamentais. 
b) Correta. O orçamento público é um instrumento de planejamento e de
controle da administração pública. Sua finalidade é a concretização dos
objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das
etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecidona LDO. Portanto,
orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a
serem executadas, seguindo as diretrizes estabelecidas na LDO. Em harmonia
com os outros instrumentos, apresenta-se como uma técnica capaz de permitir
que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. 
c) Correta. A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público
prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período
de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente
dito, portanto é um instrumento essencial para os planejadores, os quais
necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. 
d) Correta. Segundo o princípio da Universalidade, o orçamento deve conter
todas as receitas e despesas dos poderes, fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, permitindo uma visão de conjunto, integrada,
das ações compreendidas pela administração pública. 
e) É a incorreta. É a LOA que dispõe sobre a realização de despesas que se
reverterão em benefício da sociedade. 
Resposta: Letra E 
14) (ESAF – AFC/STN – Econômico – Financeiro - 2005) A publicação da Lei
Complementar nº 101/00, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),
contribuiu para maior controle, organização e transparência do orçamento.
Com a LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tornou-se o instrumento
mais importante para a obtenção do equilíbrio permanente nas contas públicas.
Identifique a opção incorreta no tocante às exigências que a LRF trouxe em
relação à LDO. 
 
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a) Estabelecer limitações à redução de despesas obrigatórias de caráter
continuado. 
b) Dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas
financiados pelo orçamento. 
c) Disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) Estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de
arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a não comprometer as
metas de resultado primário e nominal, previstas para o exercício. 
e) Quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas à redução do
montante da dívida e das despesas com juros. 
a) É a incorreta. A LRF não estabelece limites à redução de despesas. Pelo
contrário, traz dispositivos para limitar o aumento de despesas. Neste caso, o
anexo de metas fiscais da LDO conterá o demonstrativo da estimativa e
compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
b) Correta. Segundo a LRF, cabe à LDO dispor sobre normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos. 
c) Correta. Cabe à LDO dispor sobre as demais condições e exigências para
transferências de recursos a entidades públicas e privadas 
d) Correta. Estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, caso a
realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal previstas, é uma das atribuições dadas à LDO
pela LRF. 
e) Correta. O controle das despesas e das dívidas é foco constante da LRF.
Assim, o anexo de metas fiscais da LDO conterá as metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e
para os dois seguintes. 
Resposta: Letra A 
 
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15) (ESAF – AFC/CGU – 2008) A Constituição Federal instituiu o Plano
Plurianual - PPA e a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.
101/2000) ratificou sua obrigatoriedade para todos os entes da federação. De
acordo com a Constituição e os últimos planos aprovados para o governo
federal, indique a opção incorreta. 
a) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade da existência de
planos e programas nacionais, regionais e setoriais, devendo ser consolidado
em um único instrumento de planejamento que é o PPA. 
b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação,
apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e
desigualdades existentes no território brasileiro. 
c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas representam
as parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do
PPA. 
d) A Constituição Federal remete à lei complementar a disposição sobre a
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA e, enquanto não for
editada a referida lei, segue-se o disposto no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. 
e) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos
para o período do Plano Plurianual. 
a) É a incorreta. Segundo a CF/1988, os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA e
apreciados pelo Congresso Nacional. Logo, há a possibilidade da existência
de planos e programas nacionais, regionais e setoriais, desde que em
consonância com o PPA, porém não consolidados em um único instrumento de
planejamento. 
b) Correta. A regionalização prevista na CF/1988 considera as diferenças e
desigualdades existentes no território brasileiro na formulação, apresentação,
implantação e avaliação do PPA. 
c) Correta. As metas representam as parcelas de resultado que se pretende 
 
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alcançar no período de vigência do PPA. Correspondem à quantificação física
dos objetivos. 
d) Correta. O § 9.o do art. 165 da CF/1988 remete à lei complementar a
disposição sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do PPA, da LDO e da LOA. Enquanto a referida lei não for
editada, segue-se o disposto no Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. 
e) Correta. A organização das ações do Governo sob a forma de programas
visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade,
bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de
um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos.
Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos
para o período do PPA. 
Resposta: Letra A 
16) (ESAF – AFC/CGU – 2008) Com a publicação da Lei de Responsabilidade
Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias -
LDO assumiu novas prerrogativas, entre as quais a de apresentar o Anexo de
Metas Fiscais – AMF e o Anexo de Riscos Fiscais – ARF. Em relação ao AMF
e ARF não se pode afirmar: 
a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes
de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem. 
b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e
Nominal e montante da dívida pública a serem observadas no exercício
financeiro a que se refere, além de indicar as metas fiscais para os dois

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