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CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 0 PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: PPA, LDO E LOA Olá amigos! Como é bom estar aqui! É com enorme satisfação que inicio este novo Curso Regular de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) para a ESAF – Teoria e 300 Questões da ESAF Completas Comentadas e cada vez mais feliz por integrar esta renomada equipe de professores do Ponto dos Concursos! E já começo falando do nosso curso: • Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e Orçamentária/Orçamento Público; • 300 Questões comentadas completas apenas da ESAF, totalizando 1500 itens; • Fórum de dúvidas; • Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail: sergiomendes@pontodosconcursos.com.br; • Resumos (mementos) ao final de cada aula; • Curso baseado nos últimos editais de Auditor Fiscal e Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento (APO/MPOG), Analista da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, Analista da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, Analista de Finanças e Controle da Controladoria- Geral da União (AFC/CGU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (AFC/STN). Todos da ESAF e com remuneração inicial dos maiores cargos - somados subsídio e auxílios - de mais de R$ 13 mil reais! CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelo Ponto. Porém, mais importante ainda que um professor motivado são estudantes motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de fazer a diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno. Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que o professor está próximo, falando com você. Vou começar com minha breve apresentação: sou Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Atualmente estou lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF) e sou instrutor da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e das Semanas de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas da Escola de Administração Fazendária (ESAF). Especializei-me em Planejamento e Orçamento pela ENAP e sou pós-graduado em Orçamento Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu primeiro concurso público nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Ciências Militares com ênfase em Intendência (Logística e Administração). Como Oficial do Exército, exerci as funções de Pregoeiro e de Membro da Comissão Permanente de Licitações e Contratos. Sou servidor público desde 2001 e professor das disciplinas Administração Financeira e Orçamentária (AFO), Direito Financeiro e Planejamento e Orçamento Governamental. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 Como concurseiro, comecei a estudar em 2006 visando à Receita Federal, buscando um novo horizonte, e como o concurso não saía, procurei novas frentes. Surgiu o concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funções desempenhadas, quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas preferências pessoais. Até então nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matérias, obtive a aprovação, a qual consegui muito em função do conhecimento de Administração Financeira e Orçamentária - AFO que sempre tem um peso significativo nesta prova. Por isso considero AFO tão importante. A minha experiência anterior como Pregoeiro e em Licitações me ajudou e ajuda até hoje a ter uma visão mais completa do emprego do dinheiro público, pois agora estou do outro lado, o da alocação dos recursos. Assim, compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente “gastam”. Hoje, como Analista de Planejamento e Orçamento (APO) e lotado na Secretaria de Orçamento Federal (SOF), convivo diariamente com esse assunto fascinante que é o Orçamento, chave da nossa matéria. Assim, numa divisão mais didática que os editais, buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 11 aulas (0 a 10) e 300 questões ESAF, divididas e desenvolvidas da seguinte forma: • Aula 0 – Planejamento e Orçamento na CF/88: Plano Plurianual (PPA); Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e seus Anexos de Metas Fiscais e de Riscos Fiscais. Lei Orçamentária Anual (LOA). 25 questões. Sou autor do livro Administração Financeira e Orçamentária, Teoria e Questões, Sérgio Mendes, Editora Método. Informo que o livro já está disponível nas melhores livrarias de todo o país. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 • Aula 1 - Ciclo ou Processo Orçamentário: elaboração da proposta, discussão/votação/aprovação, execução, controle/fiscalização/avaliação da lei de orçamento. 30 questões. • Aula 2 – Parte I) Créditos Adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. Parte II) Evolução conceitual e Funções Clássicas do Orçamento. 15 questões. • Aula 3 – Parte I) Características do orçamento tradicional, do orçamento de base zero, do orçamento de desempenho e do orçamento-programa. Orçamento Participativo. Parte II) Princípios Orçamentários. 20 questões. • Aula 4 – Receita Pública: classificação pela natureza. Outras Classificações. Distinção entre taxa e preço público (ou tarifa). Dívida Ativa. 25 questões. • Aula 5 – Despesa Pública: classificação institucional, funcional, pela natureza e estrutura programática adotada no setor público brasileiro. Outras Classificações. 40 questões. • Aula 6 – Estágios da Receita e da Despesa. Regra de ouro. 15 questões. • Aula 7 - Execução orçamentária e financeira: Conta Única do Tesouro Nacional. SIAFI. Programação Orçamentária e Financeira. Descentralização de Créditos Orçamentários e Recursos Financeiros. Elaboração da Programação Financeira. Contingenciamento. Limite de Empenho e de Movimentação Financeira. Restos a Pagar. Despesas de Exercícios Anteriores. Suprimento de Fundos. 20 questões. • Aula 8 - Tópicos selecionados da Lei Complementar n° 101/2000: princípios, conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de despesas, despesa obrigatória de caráter continuado, Receita Corrente Líquida, Pessoal, transferências voluntárias, destinação de recursos para o setor privado, transparência da gestão fiscal, escrituração e consolidação das contas, relatório de gestão fiscal. 35 questões. • Aula 9 – CréditoPúblico e Endividamento: Dívida, Operações de Crédito e Garantias. 30 questões. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 • Aula 10 – Planejamento Governamental: Integração planejamento e orçamento. Modelo de Gestão do PPA. Elaboração, gestão e avaliação anual do PPA do governo federal. - Lei 10.180/01: Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal; de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal; - Decreto 2829/98: Normas para a elaboração e execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da União; - Lei 11.653/08: PPA 2008-2011; - Decreto 6.601/2008 - Gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e de seus programas. - 25 questões da aula e mais 20 questões do simulado final. Diga não à pirataria! Para você que pretende adquirir este curso de forma legal, meus sinceros parabéns! Vamos cada um fazer nossa parte que podemos melhorar nosso país! Para aqueles que estão tendendo à pirataria, vai uma mensagem: é uma forma de roubo, ninguém deve se iludir do contrário. Não comece errado antes mesmo de entrar no serviço público. Seja justo e honesto desde já. Há várias pessoas sendo investigadas que ganham a vida vendendo cursos do Ponto, enriquecendo às custas do aluno, do professor, do Curso e do país, já que não pagam impostos e ainda sustentam outros tipos de crime. Imagino que você tenha ideia do trabalho que o professor tem para elaborar um curso de alto nível, assim como eu tenho a ideia do trabalho que dá para o aluno ser aprovado em um concurso público. Eu, por exemplo, tenho uma satisfação enorme em ministrar cursos, mas que dá trabalho, isso dá. E se não houver quorum mínimo, prejudicado pela pirataria, o curso é cancelado e todos vão ficar sem ele: o Ponto, o professor e principalmente os alunos. O pior disso, como disse, é que quem ganha com a pirataria são terceiros e nunca o aluno, razão da existência de cada curso. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua efetividade. Sou natural de Juiz de Fora - MG e estava morando e trabalhando lá. Se hoje sou Analista de Planejamento e Orçamento, devo muito aos cursos on-line. E quanto a você estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido profissionalmente? Está se sentindo subempregado? Quer respirar novos ares? Quer integrar uma das carreiras mais valorizadas e reconhecidas do Poder Executivo Federal? “Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama.” (Augusto Cury). "Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz) Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivação é fundamental, porém deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. “É importante sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade.” (Marechal José Pessoa). “As ideias e estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua execução”. (Percy Barnevick) "Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a resultados" (T. Harv Eker) CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Federal: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). O PPA, a LDO e a LOA são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais. Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. Segundo o art. 165 da CF/1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. A Constituição Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na administração pública brasileira, com a integração entre plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O PPA, assim como a LDO, é uma inovação da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), com três anos de duração, o qual não se confunde com o PPA, que possui quatro anos de duração. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/1988. A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversos programas. Atenção: as bancas ainda tentam confundir o estudante como se o PPA já existisse antes da CF/1988, porém com outro nome. Existiam outros instrumentos de planejamento, mas eles não têm relação com o Plano Plurianual. O PPA é inovação da atual CF! O PPA substituiu os Orçamentos Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigência em um exercício financeiro. De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo parlamento. Trataremos do tema quando falarmos do ciclo (ou processo) orçamentário. 1. PLANO PLURIANUAL O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Retrata, em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITAFEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 Segundo o § 1.o do art. 165 da CF: § 1.º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do planejamento é promover, de maneira integrada, oportunidades de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regiões do país. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As diversas regiões brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer frente às transformações socioeconômicas em curso, especialmente aquelas associadas ao processo de inserção do país na economia mundial. Tais mudanças são estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e perseverança para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua materialização. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de coordenação e busca de sinergias entre as ações do Governo Federal e os demais entes federados e entre a esfera pública e a iniciativa privada. Ao caracterizar e propor uma estratégia para cada um dos agrupamentos territoriais (macrorregiões de referência), a expectativa é que ocorra um processo de convergência das políticas públicas ao nível dos territórios. As diretrizes são normas gerais, amplas, que mostram o caminho a ser seguido na gestão dos recursos pelos próximos quatros anos. Grandes diretrizes orientam a elaboração e implementação do PPA 2008-2011: a redução das desigualdades econômicas, sociais e regionais com sustentabilidade (que deve condicionar todas as demais); a integração CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 nacional e sul-americana; o fortalecimento das capacidades regionais de produção e inovação e a inserção competitiva externa; a conservação/preservação do meio ambiente; o fortalecimento da inter-relação dos meios urbano e o rural; e a construção de uma rede equilibrada de cidades. Os objetivos correspondem ao que será perseguido com maior ênfase pelo Governo Federal no período do Plano para que, a longo prazo, a visão estabelecida se concretize. Devem ser passíveis de mensuração, sendo assim acompanhados de indicadores e metas que permitam o monitoramento e a avaliação dos resultados alcançados por meio das políticas e programas a eles associados. As metas correspondem à quantificação física dos objetivos, às parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do PPA. As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a pavimentação de uma rodovia. O termo “e outras delas decorrentes” se relaciona às despesas correntes que esta mesma despesa de capital irá gerar após sua realização. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção, etc. Neste mesmo exemplo, após a pavimentação da rodovia, ocorrerão diversos gastos com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentação da rodovia. Assim, tanto a pavimentação da rodovia (despesa de capital) quanto o custeio com sua manutenção (despesa corrente relacionada à de capital) deverão estar previstos no Plano Plurianual. Os programas de duração continuada são aqueles cuja duração seja prolongada por mais de um exercício financeiro. Se o programa é de duração continuada, deve constar do PPA. Logo, as ações cuja execução esteja restrita a um único exercício financeiro estão dispensadas de serem discriminadas no CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 PPA do governo federal, porque não se caracterizam como de duração continuada. Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: § 1.º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Atenção: Investimento, na linguagem do dia a dia, se refere normalmente a uma aplicação ou aquisição que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: ações na bolsa de valores. Na linguagem orçamentária, portanto em todo o nosso conteúdo, é diferente: investimentos são despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Exemplo: construção de um prédio público. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os quais são elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações orçamentárias ou não-orçamentárias, que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Podem abranger atividades desenvolvidas por diferentes Ministérios. A partir do PPA de 2000-2003, denominado de Avança Brasil, está refletida a nova classificação programática, ao contrário da abordagem anterior, baseada em projetos. Exemplos de programas: Brasil Universitário, Administração Tributária e Aduaneira, Calha Norte, Controle Externo, Desenvolvimento de Competências em Gestão Pública, Cidadania e Efetivação do Direito das Mulheres. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar prevista na CF/1988 para: I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Estudaremos tal Lei Complementar quando tratarmos do ciclo (ou processo) orçamentário. Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, iniciando-se no segundo exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. A devolução ao Executivo deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessãolegislativa (22 de dezembro) do exercício em que foi encaminhado. Atenção: o PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia é manter a continuidade dos Programas. Repare que um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante todo o seu PPA, desde que seja reeleito. Porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos diferentes. Atenção: nossa referência é a CF/1988, por isso sempre tratamos dos instrumentos de planejamento e orçamento na esfera federal. No entanto, assim como a União, cada estado, cada município e o Distrito Federal também têm seus próprios PPAs, LDOs e LOAs. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 QUADRO DO PPA Estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Assim como a LDO, é inovação da CF/1988. Ainda, a Constituição Federal, em seu art. 165, determina que: § 4.º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação, apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro. O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento não é o mesmo dos programas da estrutura programática, composto por ações (veremos quando tratarmos de despesas públicas). Os programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração superior ao PPA, porque são de longo prazo, como o Plano Nacional de Educação (10 anos). 2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/1988. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 Segundo o § 2.o do art. 165 da CF/1988: § 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. SEGUNDO A CF, A LDO: Compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Orientará a elaboração da LOA. Disporá sobre as alterações na legislação tributária. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. A doutrina majoritária afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento da 1.ª sessão legislativa e orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2010 terá vigência já em 2010 para que oriente a elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2011, quando ocorrerá a execução orçamentária. O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, entre eles as metas e prioridades da administração pública. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Vamos agora destrinchar esse parágrafo: Definição das metas e prioridades da administração pública federal: as disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas e prioridades da administração pública. Assim, pode-se verificar se as metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na LOA. Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois incluem também as metas e prioridades da administração pública, as alterações na legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para arrecadação. No entanto, uma outra importante função é a reguladora, em que o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária e se justifica sua presença na LDO. Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o desenvolvimento do país. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF), Agência de Fomento do Paraná (AFPR), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos que a Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4.º, I, a, b, e e f, aumentou o rol de funções da LDO: Art. 4.o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2.o do art. 165 da Constituição e: I – disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9.º e no inciso II do § 1.º do art. 31; (...) e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultadosdos programas financiados com recursos dos orçamentos; f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. Obs.: As alíneas c e d não foram citadas porque foram vetadas. Assim: SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: Equilíbrio entre receitas e despesas. Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. Segundo o art. 4.°, § 1.º, da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: § 1.o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é mais abrangente, pois corresponde à diferença entre todas as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas. Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conterá: I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; IV – avaliação da situação financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 Temos também integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Os riscos fiscais abrangem os riscos orçamentários e os riscos da dívida. Os passivos contingentes podem ser definidos como dívidas cuja existência dependa de fatores imprevisíveis, como os processos judiciais em curso e dívidas em processo de reconhecimento. Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e também as metas de inflação, para o exercício subsequente. Montamos mais um quadro, desta vez com o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais: INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE METAS FISCAIS QUE CONTERÁ: As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. Avaliação da situação financeira e atuarial: • dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do FAT; • dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial. Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. INTEGRARÁ O PLDO O ANEXO DE RISCOS FISCAIS Onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 Vamos falar de mais uma característica da LDO, segundo o § 1.o, I e II, do art. 169 da CF/1988: § 1.ºA concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e para as sociedades de economia mista. 3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 3.1 A Lei Orçamentária Anual na CF/1988 A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito. A finalidade da LOA é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 Quanto à vigência, também segue o ADCT. O projeto da Lei Orçamentária anual deveráser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do término do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro) do exercício de sua elaboração. Segundo o § 5.o, I, II e III, do art. 165 da CF/1988: § 5.º A lei orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Cabe ressaltar que até a década de 1980 o que havia era um convívio simultâneo com três orçamentos distintos: o orçamento fiscal, o orçamento monetário e o orçamento das estatais. Não ocorria nenhuma consolidação entre eles. O orçamento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O orçamento monetário e o das empresas estatais eram deficitários, sem controle e, além do mais, não eram votados. Como o déficit público e os subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes em relação à política fiscal e monetária do País. O orçamento monetário era elaborado pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. Não existe mais o orçamento monetário, porém ele ainda cai em prova para confundir o estudante! Não existem mais orçamentos paralelos. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 Segundo o § 7.º do art. 165 da CF/1988, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Atenção: note que o Orçamento da Seguridade Social não tem a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Quanto à previdência social, fundada na ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime geral, sendo este de caráter contributivo e filiação obrigatória. Já a assistência social apresenta característica de universalidade, visto que será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. Atenção: o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, assistência e saúde) e não apenas àqueles diretamente relacionados à seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Por exemplo, o Ministério do Planejamento possui CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 despesas de assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social. A CF/1988 veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. Ainda, veda a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. Segundo o Professor Giacomoni, a forma de tratamento e disposição dos três orçamentos que constituem a lei orçamentária anual – fiscal, seguridade social e investimento das empresas estatais – é, igualmente, estabelecida nas LDOs. Enquanto o orçamento de investimento das empresas é individualizado, constituindo documento separado, os outros dois – fiscal e seguridade social – são tratados como categorias classificatórias de receita e despesa, e apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa solução tem merecido críticas, pois a falta de separação clara entre os citados orçamentos deixaria pouco transparentes os valores de um e outro. De qualquer forma, como praticamente todas as entidades federais têm encargos classificáveis nos dois orçamentos, a metodologia utilizada é a mais recomendável. Ao contrário do que pode parecer, não há duas leis, uma com os orçamentos fiscal e da seguridade social e outra com o orçamento de investimento. Na verdade, há uma clara divisão dentro da própria lei. Por exemplo, na lei orçamentária anual (LOA) de 2010 temos o Capítulo II “DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL” e o Capítulo III “DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO”. Nos volumes que compõem a LOA o orçamento de investimento também está separado. Esta é a razão da crítica. 3.2 Empresa Estatal Dependente Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação. Consoante a LRF, empresa estatal dependente é uma empresa controlada, mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Este conceito é importantíssimo, porque, sendo uma empresa estatal considerada dependente, ela participará do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Integram o orçamento de investimentos apenas as chamadas empresas estatais não dependentes. Desta forma, a empresa estatal não dependente é autossustentável e não faz parte do campo de aplicação da LRF, porém seus investimentos integram a LOA por lidar com o dinheiro público. Isso ocorre para que a empresa tenha liberdade de atuação e ao mesmo tempo o Poder Público tenha controle sobre os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobrás é uma Sociedade de Economia Mista e estatal não dependente. Não sofre as restrições da LRF porque tem que ser dinâmica para concorrercom a iniciativa privada. Por outro lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicará seus investimentos e a população deve ter conhecimento, por isso ela compõe o Orçamento de Investimentos. Já as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, portanto não se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de mercado em que a iniciativa privada não quis ou não conseguiu êxito e é relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. A separação é tão nítida que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) é responsável pelo Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Já o Orçamento de Investimentos fica a cargo do Departamento de Coordenação e Governança CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 das Empresas Estatais (DEST). São duas estruturas totalmente diferentes integrantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). 3.3 A Lei Orçamentária Anual na LRF A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias: I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II – será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais, perdas que, embora sejam previsíveis, são episódicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais. O mesmo artigo da LRF determina ainda que constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. Finalmente, integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 1) (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG – 2010) Na integração do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, indique qual(ais) instrumento(s) legal(is) explicita(m) as metas e prioridades para cada ano. a) O Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual. b) A Lei de Responsabilidade Fiscal. c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias. d) A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Orçamentária Anual. e) A Lei Orçamentária Anual. Os examinadores tentam confundir o termo “diretrizes, objetivos e metas” que se refere ao PPA com o termo “metas e prioridades” da LDO. PPA Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) LDO Metas e Prioridades Logo, a LDO explicita as metas e prioridades para cada ano. Resposta: Letra C 2) (ESAF – Analista Administrativo – ANA – 2009) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, para que uma empresa estatal seja considerada dependente, é necessário que, além de controlada, ela receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas: I. com pessoal. II. de custeio em geral. III. de capital, incluídos os provenientes de aumento de participação acionária. IV. de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária. a) I ou II ou IV. b) I e II e III. c) II ou III ou IV. d) I e II e IV. e) I ou II ou III. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 I) II) e IV) Corretos. O recebimento de recursos financeiros pela empresa controlada para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos os provenientes de aumento de participação acionária, a torna empresa estatal dependente. III) Errado. Devem ser excluídas as despesas de capital provenientes de aumento de participação acionária. Logo, I ou II ou IV é a alternativa que responde o item. Resposta: Letra A. 3) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Constituição Federal do Brasil, identifique a opção correta no tocante à Lei de iniciativa do Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política governamental que envolve programas de duração prolongada. a) Diretrizes orçamentárias. b) Orçamento anual. c) Plano plurianual. d) Orçamento de investimentos. e) Orçamento social. O Plano Plurianual - PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Logo, o PPA é a Lei de iniciativa do Poder Executivo que estabelece um conjunto de metas de política governamental que envolve programas de duração prolongada. Resposta: Letra C 4) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) A propósito do orçamento, e de acordo com o modelo constitucional brasileiro vigente, a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá: CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, de modo pormenorizado, com exceção de fundos para órgãos e entidades da administração indireta. b) de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. c) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social, bem como das empresas que contem com participação federal, embora a União não exerça direito de voto. d) o orçamento da administração direta e indireta, sob responsabilidade da União, excluindo-se o orçamento da Seguridade Social. e) sistema específico e pormenorizado para redução de desigualdades sociais, vedando-se, no entanto, a utilização de anistias e de remissões. Segundo o art. 165 da CF/88: § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração públicafederal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Resposta: Letra B 5) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) Segundo disposição da Constituição Federal de 1988, as diretrizes e metas da administração pública, para as despesas de capital, são definidas no seguinte instrumento: a) em lei ordinária de ordenamento da administração pública. b) na lei que institui o plano plurianual. c) na lei orçamentária anual. d) na lei de diretrizes orçamentárias. e) no decreto de programação financeira do poder executivo. O examinador quer saber qual o instrumento que trata das diretrizes e metas para as despesas de capital. É a lei que instituir o Plano Plurianual. Não CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 podemos esquecer que o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, além das diretrizes e metas, os objetivos da administração pública federal para as despesas de capital e também de outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Resposta: Letra B 6) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2006) Sobre o Plano Plurianual – PPA de que trata o art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto: a) sua duração atual é de quatro anos. b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital. c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante. d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são objeto do PPA. e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por serem objeto da Lei Orçamentária Anual – LOA. A questão pede o que não se pode afirmar, logo quer a alternativa incorreta. a) Correta. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo cuja duração atual é de quatro anos. b) Correta. O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. c) Correta. O PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato do governante e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. d) Correta. A organização das ações do Governo está sob a forma de programas, os quais são os elementos centrais do PPA, integrando o Plano Plurianual aos orçamentos anuais, à execução e ao controle. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 e) É a incorreta. No PPA constam os programas com seus valores para todo o período do Plano, divididos por cada um dos quatro anos. Resposta: Letra E 7) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) Assinale a opção que apresenta uma das principais características da lei de diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 1988. a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. c) Define as metas e prioridades da administração pública federal. d) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos Estados, Distrito Federal e Municípios. e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício seguinte. Segundo o art. 165 da CF/1988: 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Logo, uma das principais características da LDO, segundo a CF/88, é que ela define as metas e prioridades da administração pública federal. Resposta: Letra C 8) (ESAF – Analista – IRB – 2006) A Constituição incumbiu a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de disciplinar outros assuntos importantes, cuja definição antecipada representa relevante apoio na preparação do projeto de lei orçamentária, tal(ais) como: a) a receita prevista para o exercício em que se elabora. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 b) o sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo. c) os parâmetros para iniciativa de lei de fixação das remunerações no âmbito do Poder Legislativo. d) a despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta. e) os quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais. Segundo o art. 169 da CF: § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes: II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Assim, é necessário autorização específica na LDO para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. A exceção se dá para as empresas públicas e para as sociedades de economia mista. Logo, a CF/1988 incumbiu a LDO de disciplinar os parâmetros para iniciativa de lei de fixação das remunerações também no âmbito do Poder Legislativo. Resposta: Letra C 9) (ESAF - APOFP - SEFAZ/SP - 2009) O modelo de elaboração orçamentária, nas três esferas de governo, foi sensivelmente afetado pelas disposições CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 introduzidas pela Constituição Federal de 1988. Anualmente, o Poder Executivo encaminha ao Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que contém: a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta. b) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. c) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta. d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das empresas. e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior. a) Errada. A LDO não dispõe sobre o ano em que é elaborada. b) Correta. Segundo a CF/1988, a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindoas despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. c) Errada. A LDO trata no Anexo de Metas Fiscais do demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. d) Errada. Refere-se à LOA, que contém o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das empresas. e) Errada. A LDO trata da avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Resposta: Letra B. 10) (ESAF – AFC/CGU - 2008) De acordo com a Constituição Federal, foi reservada à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de: CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos previstos na legislação. c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. d) dispor sobre alterações na legislação tributária. e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas. A questão pede o que foi reservado à LDO de acordo com a CF/1988. a) Errada. Segundo o art. 165 da CF/1988, a lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Já a LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. A alternativa mistura os dois conceitos. b) c) e) Erradas. De acordo com o art. 4.° da LRF (e não da CF/1988), a LDO atenderá o disposto no § 2.° do art. 165 da Constituição e disporá também sobre equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na legislação; normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; e demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. d) Correta. Consoante o § 2.o do art. 165 da CF/1988, a LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Resposta: Letra D CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 11) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a lei de diretrizes orçamentárias não disporá sobre o(a): a) promoção do equilíbrio entre receitas e despesas. b) estabelecimento de normas e critérios para a limitação do empenho pelos entes constantes do orçamento. c) definição das demais condições e exigências para transferências constitucionais e legais de recursos. d) definição de normas relativas ao controle dos custos da administração pública. e) fixação de normas para a avaliação de resultados dos programas previstos no orçamento. SEGUNDO A LRF, A LDO DISPORÁ SOBRE: Equilíbrio entre receitas e despesas. Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas. Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. A questão pede a incorreta. Logo, segundo a LRF, a LDO disporá sobre demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas e não para transferências constitucionais e legais de recursos. Resposta: Letra C 12) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, deverá integrar o: a) Relatório de Gestão Fiscal. b) Relatório Resumido da Execução Orçamentária. c) Projeto da Lei do Plano Plurianual. d) Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. e) Projeto da Lei Orçamentária Anual. Segundo o art. 4° da LRF, o Anexo de Metas Fiscais integrará a LDO: § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. Resposta: Letra D 13) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A importância do processo orçamentário brasileiro pode ser dimensionada pelo tratamento que o assunto recebe na Constituição Federal. Identifique a única opção errada no tocante ao orçamento brasileiro. a) Na concepção do sistema orçamentário brasileiro, são instrumentos de planejamento governamental: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. b) O orçamento público, aceito como um instrumento de planejamento e de controle da administração pública, apresenta-se como uma técnica capaz de permitir que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. c) O orçamento é um instrumento essencial para os planejadores, porque eles necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. d) A lei orçamentária anual visa permitir uma visão de conjunto, integrada, das ações compreendidas pela administração pública. e) A lei de diretrizes orçamentárias deverá ordenar e disciplinar a execução de despesas com investimentos que se reverterão em benefício da sociedade. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 a) Correta. O PPA, a LDO e a LOA são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais. b) Correta. O orçamento público é um instrumento de planejamento e de controle da administração pública. Sua finalidade é a concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecidona LDO. Portanto, orientado pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as ações a serem executadas, seguindo as diretrizes estabelecidas na LDO. Em harmonia com os outros instrumentos, apresenta-se como uma técnica capaz de permitir que, periodicamente, sejam reavaliados os objetivos e fins do governo. c) Correta. A Lei Orçamentária Anual é o instrumento pelo qual o poder público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito, portanto é um instrumento essencial para os planejadores, os quais necessitam de recursos financeiros para tornar seus planos operacionais. d) Correta. Segundo o princípio da Universalidade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas dos poderes, fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, permitindo uma visão de conjunto, integrada, das ações compreendidas pela administração pública. e) É a incorreta. É a LOA que dispõe sobre a realização de despesas que se reverterão em benefício da sociedade. Resposta: Letra E 14) (ESAF – AFC/STN – Econômico – Financeiro - 2005) A publicação da Lei Complementar nº 101/00, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), contribuiu para maior controle, organização e transparência do orçamento. Com a LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tornou-se o instrumento mais importante para a obtenção do equilíbrio permanente nas contas públicas. Identifique a opção incorreta no tocante às exigências que a LRF trouxe em relação à LDO. CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 a) Estabelecer limitações à redução de despesas obrigatórias de caráter continuado. b) Dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas financiados pelo orçamento. c) Disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. d) Estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a não comprometer as metas de resultado primário e nominal, previstas para o exercício. e) Quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas à redução do montante da dívida e das despesas com juros. a) É a incorreta. A LRF não estabelece limites à redução de despesas. Pelo contrário, traz dispositivos para limitar o aumento de despesas. Neste caso, o anexo de metas fiscais da LDO conterá o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. b) Correta. Segundo a LRF, cabe à LDO dispor sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. c) Correta. Cabe à LDO dispor sobre as demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas d) Correta. Estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previstas, é uma das atribuições dadas à LDO pela LRF. e) Correta. O controle das despesas e das dívidas é foco constante da LRF. Assim, o anexo de metas fiscais da LDO conterá as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. Resposta: Letra A CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 15) (ESAF – AFC/CGU – 2008) A Constituição Federal instituiu o Plano Plurianual - PPA e a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000) ratificou sua obrigatoriedade para todos os entes da federação. De acordo com a Constituição e os últimos planos aprovados para o governo federal, indique a opção incorreta. a) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade da existência de planos e programas nacionais, regionais e setoriais, devendo ser consolidado em um único instrumento de planejamento que é o PPA. b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação, apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro. c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas representam as parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do PPA. d) A Constituição Federal remete à lei complementar a disposição sobre a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA e, enquanto não for editada a referida lei, segue-se o disposto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. e) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual. a) É a incorreta. Segundo a CF/1988, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional. Logo, há a possibilidade da existência de planos e programas nacionais, regionais e setoriais, desde que em consonância com o PPA, porém não consolidados em um único instrumento de planejamento. b) Correta. A regionalização prevista na CF/1988 considera as diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro na formulação, apresentação, implantação e avaliação do PPA. c) Correta. As metas representam as parcelas de resultado que se pretende CURSO ON-LINE REGULAR – AFO PARA ESAF TEORIA E 300 QUESTÕES DA ESAF COMPLETAS COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP, CVM E OUTROS PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 alcançar no período de vigência do PPA. Correspondem à quantificação física dos objetivos. d) Correta. O § 9.o do art. 165 da CF/1988 remete à lei complementar a disposição sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, da LDO e da LOA. Enquanto a referida lei não for editada, segue-se o disposto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. e) Correta. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como facilitar a mensuração total dos custos necessários ao alcance de um dado objetivo e elevar a transparência na aplicação dos recursos públicos. Assim, toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do PPA. Resposta: Letra A 16) (ESAF – AFC/CGU – 2008) Com a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO assumiu novas prerrogativas, entre as quais a de apresentar o Anexo de Metas Fiscais – AMF e o Anexo de Riscos Fiscais – ARF. Em relação ao AMF e ARF não se pode afirmar: a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e Nominal e montante da dívida pública a serem observadas no exercício financeiro a que se refere, além de indicar as metas fiscais para os dois
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