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ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA Raquel Araújo – 2013 Curso de Arquitetura – UNA Campus Raja PERÍODO PALEOLÍTICO Compreende a maior parte da era denominada Pré- História. Refere-se ao período em que os homens utilizavam a pedra lascada, viviam em tribos isoladas e em contato com os animais selvagens. Para sobreviver, estes homens montavam acampamentos e, nas estações frias, abrigavam- se em cavernas. França e Espanha. Pinturas rupestres de Ubirr. Austrália. Parque Nacional de Kakadu. 40.000 a. C. ARTE NO PALEOLÍTICO A intenção do homem primitivo não era criar uma obra de arte, mas sim retratar atividades do seu quotidiano, como a caça, e assim adquirir poderes místicos com a pintura. Dessa maneira, pintar uma besta feroz faria com que a força desse animal fosse transmitida ao homem que o retratava. Pintar uma atividade de caça igualmente garantiria sucesso no apresamento dos animais. O artista primitivo é um mago cujo desenho objetiva o encantamento e, para tal, ele desenha suas figuras com o máximo de realidade possível. A natureza animal era predominante nas imagens, sendo que as raras representações humanas não compunham o sistema mágico dos artistas primitivos. ARTE NO PALEOLÍTICO SUPERIOR (C. 40 MIL ANOS) É composto por gravuras e desenhos rupestres, e cerca de 10 estatuetas espalhadas pela Europa e Ásia: são figuras femininas afetadas por uma deformação adiposa; algumas mais naturalistas, outras mais estilizadas. Vênus de Willendorf. 2.500 – 2.000 a.C. Venus de Lespugue. 26.000 – 24.000 a.C. Figura híbrida de corpo humano e cabeça de felino, c. 40 000-28 000 a.C. PEQUENAS GRAVURAS E ESCULTURAS EM MARFIM, OSSO, CHIFRE OU PEDRA Bisão de La Madeleine – 15.000 -10.000 a.C. Chifre de Rena Cavalo da gruta de Vogelherd – 28.000 a.C. O PINTOR-CAÇADOR DO PALEOLÍTICO SUPUNHA TER PODERES SOBRE O ANIMAL DESDE QUE POSSUÍSSE A SUA IMAGEM. QUANDO O FRIO OU A SECA FIZERAM O HOMEM BUSCAR ABRIGO NAS GRUTAS OU CAVERNAS, OCORRE UMA MAGNÍFICA FLORAÇÃO ARTÍSTICA: A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA TORNA-SE MAIS RARA E AMPLIA-SE O USO DO BAIXO RELEVO, DO DESENHO, DA PINTURA E DA GRAVURA EM CHIFRES DE ANIMAIS. AS PAREDES FICAM REPLETAS DE FIGURAS. SERRA DA CAPIVARA, BRASIL (AS INSCRIÇÕES MAIS ANTIGAS DATAM DE APROX. 10.000 A.C.) CAVERNA DE COMBARELLES – FRANÇA Figuras femininas Abstração Cavalos - Naturalismo GRAVURAS CAVERNA DE COMBARELLES CAVERNA DE FONT DE GAUME – FRANÇA OS DESENHOS Painel com búfalos CAVERNA DE FONT DE GAUME - COR CAVERNA DE FONT DE GAUME–AUSÊNCIA DA LINHA CAVERNA DE FONT DE GAUME Rena macho lambendo uma rena fêmea ajoelhada CAVERNA DE FONT DE GAUME TRAÇOS PRETOS Búfalos e veados CAVERNA DE FONT DE GAUME - CAVALO CAVERNA DE LASCAUX FRANÇA Cervos CAVERNA DE LASCAUX - NATURALISMO CAVERNA DE LASCAUX - COLORAÇÕES CAVERNA DE LASCAUX - PAISAGEM CAVERNA DE LASCAUX Touro Um homem cai após ter atingido o búfalo. Ou foi morto por ele na caça? Logo abaixo, a imagem de um pássaro. CAVERNA DE LASCAUX Vaca Sala dos touros CAVERNA DE PECH MERLE CABRERETS - FRANÇA CAVERNA DE PECH MERLE Cavalos Mamute Homem ferido CAVERNA DE NIAUX CAVERNA DE NIAUX - FRANÇA Sinais com significado desconhecido Bode Búfalo atingido por flechas Búfalos sobrepostos - perspectiva CAVERNA DE ALTAMIRA - ESPANHA Grande sala de policromos VISTA DO TETO – ALTAMIRA ALTAMIRA - BÚFALO DO PAINEL PRINCIPAL ALTAMIRA SIGNOS E SINAIS ALTAMIRA OSSO GRAVADO COM IMAGEM ALTAMIRA - CAVALO PERÍODO PALEOLÍTICO – CONCLUSÃO Percebemos a evolução do simples traço nas pedras e ossos até chegar à pintura policroma nas paredes das cavernas. A arte no paleolítico perpassa as formas que lembram os objetos até alcançar o modulado naturalista. A evolução artística aqui verificada é milenar e foi conseguida à base de muitas tentativas e estudos. PERÍODO MESOLÍTICO Desenvolvimento da arte rupestre, particularmente nas regiões da África do Norte, África do Sul e parte do Oriente Médio, saindo do costumeiro epicentro europeu. As expressões artísticas desse período são carregadas do estilo esquemático, e não naturalista: beiram o abstracionismo. Apesar das existentes figuras animais, há maior frequência dos tipos humanos. PINTURAS RUPESTRES – RODÉSIA PERÍODO NEOLÍTICO Tem duração aproximada de 7.500 a.C. a 3.000 a.C. Momento em que o homem descobre a pedra polida, gerando uma rápida mudança na evolução da espécie humana, e se fixa na terra. As tribos ganham uma organização social, desenvolvem artefatos e utensílios mais eficientes, utilizando-se de novas técnicas produtivas como a cerâmica, a enxada e o tear. A agricultura e o intercâmbio comercial são criados juntamente com a domesticação dos animais e a instalação dos grupos em lugares fixos. Descoberta do fogo e forja de metais. A dispersão dessas novidades foi rápida e atingiu todo o planeta. ARTE NO NEOLÍTICO Nesse período, as representações ganham um caráter materialista, ignorando as feições mágicas e espiritualistas do período anterior. A arte tende a um certo abstracionismo: estilo simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais sugerem do que reproduzem os seres. Representações da vida coletiva. A cerâmica traz certa preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto. ARTE NO NEOLÍTICO FIGURAS ABSTRATAS MÁSCARA DE FERRO ARTE NO NEOLÍTICO Conjunto de seres e a vida em sociedade: divisão de trabalhos e ocupações ARTE NO NEOLÍTICO AS INFLUÊNCIAS NA ARTE ABSTRATA FRANZ MARC Vaca amarela, 1911 Cavalo vermelho e azul, 1912 FONTES BAZIN, Germain. Historia del arte: de la prehistoria a nuestros dias. Barcelona: Ediciones Omega, 1976. ALVIM, Pedro de Andrade. História da arte e pré- história. In: Revista Vis, Novembro de 2006, Ano 5, n. 5. Programa de Pós-Graduação em Arte da Universidade de Brasília. p. 113 – 133.
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