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Nietzsche e a Transvaloração dos Valores

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Friedrich Wilhelm Nietzsche 
( 1844-1900 ) 
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Nietzsche e o Direito – Ou “Não Direito” em Nietzsche
Prof. Ms. Vicente Beur Miranda Lima
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Quando Nietzsche chorou...
Quando Nietzsche Chorou
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Nietzsche por ele mesmo...
Ecce Homo (1888) – Como tornar-se o que se é 
& 1 – Na antevisão de que dentro em breve terei de me apresentar à humanidade com a mais difícil exigência que jamais lhe foi feita, parece-me indispensável dizer quem sou eu. (p.411)
& 2 – Não sou, por exemplo, nenhum bicho-papão, nenhum monstro de moral – sou até mesmo uma natureza oposta à espécie de homem que até agora se venerou como virtuosa(...). Sou um discípulo do filósofo Dionísio, preferia antes ser um sátiro do que um santo (...). Derrubar IDOLOS (minha palavra para “idéias”) – isso sim, já faz parte do meu ofício (p.411)
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Por que sou tão sábio (& 1) – A felicidade de minha existência, sua singularidade, talvez, está em sua fatalidade: para exprimi-lo em forma de enigma, eu, como meu pai, já estou morto, como minha mãe, vivo ainda e envelheço. (p. 417)
Por que escrevo livros tão bons (& 1) – Uma coisa sou eu, outra são meus escritos. (p. 423)
Por que sou tão esperto (& 5) – Proximidade com Richard Wagner. (p. 420)
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Assim Falou Zaratustra (1884) – Um livro para todos e para ninguém
& 4 – O que é grande no homem, é que ele é uma ponte e não um fim: o que pode ser amado no homem, é que ele é um passar e um sucumbir... (p.214).
& 9 – Das três Transmutações... (p.213).
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O Vôo da Águia, a Ascensão da Montanha 
A crítica nietzschiana à metafísica tem um sentido ontológico e um sentido moral: o combate à teoria das idéias socrático-platônicas é, ao mesmo tempo, uma luta acirrada contra o cristianismo. 
Segundo Nietzsche, o cristianismo concebe o mundo terrestre como um vale de lágrimas, em oposição ao mundo da felicidade eterna do além. Essa concepção constitui uma metafísica que, à luz das idéias do outro mundo, autêntico e verdadeiro, entende o terrestre, o sensível, o corpo, como o provisório, o inautêntico e o aparente. 
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A Morte de Deus...
A Gaia Ciência (1881-1882)
Livro V - & 343 – Nós, os Sem-Medo “O maior dos acontecimentos recentes – que “Deus está morto”, que a crença no Deus cristão caiu em descrédito – já começa a lançar suas primeiras sombras sobre a Europa” (p. 195).
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O Vôo da Águia, a Ascensão da Montanha
O cristianismo é a forma acabada da perversão dos instintos que caracteriza o platonismo, repousando em dogmas e crenças que permitem à consciência fraca e escava escapar à vida, à dor e à luta, e impondo a resignação e a renúncia como virtudes 
São os escravos e os vencidos da vida que inventaram o além para compensar a miséria; inventaram falsos valores para se consolar da impossibilidade de participação nos valores dos senhores e dos fortes; forjaram o mito da salvação da alma porque não possuíam o corpo; criaram a ficção do pecado porque não podiam participar das alegrias terrestres e da plena satisfação dos instintos da vida. 
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O Vôo da Águia, a Ascensão da Montanha
"Este ódio de tudo que é humano", diz Nietzsche, "de tudo que é 'animal' e mais ainda de tudo que é 'matéria', este temor dos sentidos... este horror da felicidade e da beleza; este desejo de fugir de tudo que é aparência, mudança, dever, morte, esforço, desejo mesmo, tudo isso significa... vontade de aniquilamento, hostilidade à vida, recusa em se admitir as condições fundamentais da própria vida". 
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Humano demais...
Humano, Demasiado Humano (1879-1880) 
Livro V - & 429 – “Porque tememos e odiamos nós um possível retorno à barbárie? Porque ela faria os homens mais infelizes que são? Ai, não! Os bárbaros de todos os tempos tinham mais felicidade: não nos iludamos! – O fato é que nosso impulso ao conhecimento é forte demais para que ainda sejamos capazes de estimar a felicidade sem conhecimento ou a felicidade de uma ilusão forte e firme” (p. 167).
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Apenas um minuto...
Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral (1873)
& 1 – “Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da “história universal”: mas também foi somente um minuto”
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A Transvaloração dos valores
Nietzsche propôs a si mesmo a tarefa de recuperar a vida e transmutar todos os valores do cristianismo: "munido de uma tocha cuja luz não treme, levo uma claridade intensa aos subterrâneos do ideal". 
Nietzsche traz à tona um significado esquecido da palavra "bom". Em latim, bonus significa também o "guerreiro", significado este que foi sepultado pelo cristianismo 
Assim como esse, outros significados precisariam ser recuperados; com isso se poderia constituir uma genealogia da moral que explicaria as etapas das noções de "bem" e de "mal" 
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As etapas da Transvaloração dos valores
Para Nietzsche essas etapas são o ressentimento ("é tua culpa se sou fraco e infeliz"); a consciência da culpa (momento em que as formas negativas se interiorizam, dizem-se culpadas e voltam-se contra si mesmas); e o ideal ascético (momento de sublimação do sofrimento e de negação da vida). 
A partir daqui, a vontade de potência torna-se vontade de nada e a vida transforma-se em fraqueza e mutilação, triunfando o negativo e a reação contra a ação. 
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Quando esse niilismo triunfa, diz Nietzsche, a vontade de potência deixa de querer significar "criar" para querer dizer "dominar"; essa é a maneira como o escravo a concebe. Assim, na fórmula "tu és mau, logo eu sou bom", Nietzsche vê o triunfo da moral dos fracos que negam a vida, ou negam a "afirmação"; neles tudo é invertido: os fracos passam a se chamar fortes, a baixeza transforma-se em nobreza. A "profundidade da consciência" que busca o Bem e a Verdade, diz Nietzsche, implica resignação, hipocrisia e máscara, e o intérprete-filólogo, ao percorrer os signos para denunciá-las, deve ser um escavador dos submundos a fim de mostrar que a "profundidade da interioridade" é coisa diferente do que ela mesma pretende ser. 
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“Bem” e “Mal”: apenas palavras?
A etimologia nietzschiana mostra que não existe um "sentido original", pois as próprias palavras não passam de interpretações, antes mesmo de serem signos, e se elas só significam porque são "interpretações essenciais". As palavras, segundo Nietzsche, sempre foram inventadas pelas classes superiores e, assim, não indicam um significado, mas impõem uma interpretação. 
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Genealogia da Moral (1887)
“Bom e Mau, Bom e Ruim”& 2 – Ora, para mim está na palma da mão, primeiramente que essa teoria procura o foco próprio do surgimento do conceito “bom” no lugar errado, e ali o põe: o juízo “bom” não provém daqueles a quem foi demonstrada “bondade”! Foram antes “os bons”, eles próprios, isto é, os nobres, os poderosos, mais altamente situados e da altos sentimentos”. (p.341)
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A vontade de potência
A vontade de potência do super-homem nietzschiano o situa muito além do bem e do mal e o faz desprender-se de todos os produtos de uma cultura decadente. A moral do além-do-homem, que vive esse constante perigo e fazendo de sua vida uma permanente luta, é a moral oposta à do escravo e à do rebanho. Oposta, portanto, à moral da compaixão, da piedade, da doçura feminina e cristã. Assim, para Nietzsche, bondade, objetividade, humildade, piedade, amor ao próximo, constituem valores inferiores, impondo-se sua substituição pela virtù dos renascentistas italianos, pelo orgulho, pelo risco, pela personalidade criadora, pelo amor ao distante. 
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A vontade de potência
Compreende-se,
assim, porque Nietzsche desacredita das doutrinas igualitárias, que lhe parecem "imorais", pois impossibilitam que se pense a diferença entre os valores dos "senhores e dos escravos". Nietzsche recusa o socialismo, mas em Vontade de Potência exorta os operários a reagirem "como soldados".
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O Super-homem
O gênio é uma força irracional, um fenômeno da natureza, quase divino e absolutamente extraordinário: assim o enalteceram Goethe, Fichte e Hegel (que afinal conviveram com Napoleão Bonaparte). Ele encontrava-se bem acima dos demais mortais, sendo característico dele usar os outros seres humanos apenas como degrau para sua ascensão. É um forte, um aristocrata (não no sentido de sangue, mas de personalidade), um colossal egocêntrico que faz suas próprias leis e regras e que não segue as da manada. Mas o super-homem pode ser visto também como o resultado último da uma concepção evolucionista. Se, no passado remoto, como ensinou Darwin, fomos precedidos pelos símio, sendo o homem do presente apenas uma ponte, o futuro seria irremediavelmente dominado pelo super-homem. 
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Uma Filosofia Confiscada 
Apoiado na crítica nietzschiana aos valores da moral cristã, em sua teoria da vontade de potência e no seu elogio do super-homem, desenvolveu-se um pensamento nacionalista e racista, de tal forma que se passou a ver no autor de Assim Falou Zaratustra um percursor do nazismo. A principal responsável por essa deformação foi sua irmã Elisabeth, que, ao assegurar a difusão de seu pensamento, organizando o Nietzsche-Archiv, em Weimar, tentou colocá-lo a serviço do nacional-socialismo. Elisabeth, depois do suicídio do marido, que fracassara em um projeto colonial no Paraguai, reuniu arbitrariamente notas e rascunhos do irmão, fazendo publicar Vontade de Potência como a última e a mais representativa das obras de Nietzsche, retendo até 1908 Ecce Homo, escrita em 1888. Esta obra constitui uma interpretação, feita por Nietzsche, de sua própria filosofia, que não se coaduna com o nacionalismo e o racismo 
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Antropologia Nietzscheana...
Assim Falou Zaratustra (1884) – Um livro para todos e para ninguém
& 9 – Das três Transmutações... (p.213).
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O Camelo...
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O Leão...
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A Criança...
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Último poema...
Ecce Homo (1888) – Como tornar-se o que se é 
& 4 – Último poema. (p.413)

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