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A ECONOMIA CLASSICA A economia clássica foi a primeira escola moderna do pensamento econômico, o qual se e desenvolveu na segunda metade do século XVIII e no século XIX impulsionados pela Revolução industrial, sendo aceito como marco inaugural o clássico A Riqueza das Nações, obra do filósofo, teórico e economista escocês Adam Smith, o qual é considerado o pai da economia. Para os pensadores desta corrente o capitalismo faz parte de uma dinâmica do processo produtivo trazidos pela Revolução industrial, eles defendiam o liberalismo econômico, onde o equilíbrio de mercado (oferta e demanda) acontece sem interferência do governo, acreditando que os mesmos podem auto regular-se ajustando-se mesmo que a longo prazo, às mudanças do cenário econômico, pensamento este ora defendido pelos fisiocratas. Esta escola também tem com um dos seus pontos de estudo as causas das crises econômicas, as implicações do crescimento populacional e a acumulação de capital. Acreditam, que os eventos quando repetidos podem ser previstos matematicamente); flexibilidade de preços e salários, equação quantitativa da moeda. Os clássicos acreditam que o indivíduo deve satisfazer suas necessidades sem se preocupar com o bem-estar coletivo. Essa busca egoísta e competitiva, no entanto, estaria na origem de todo o bem público porque qualquer intervenção nessas leis naturais do comportamento humano bloquearia o desenvolvimento das forças produtivas. Usando a metáfora econômica de Smith, os homens, conduzidos por uma "mão invisível", acabam promovendo um fim que não era intencional. A ESCOLA CLÁSSICA DE SMITH Adam Smith (1723-1790) foi responsável pela separação e distinção entre política econômica e economia política. Segundo Adam Smith, a ênfase está na produção de renda, pois, a economia não deveria se limitar ao estoque de metais preciosos e ao enriquecimento da nação, que segundo o mercantilismo, somente os nobres faziam parte de tal nação, enquanto os demais estariam excluídos dos benefícios provenientes das atividades econômicas. Em consequência deste pensamento, ele acreditava que qualquer alteração e mudanças que viessem a aumentar e melhorar os resultados, nisto inclui-se a mecanização e a divisão social do trabalho, tornaria a nação mais rica como um todo. Sua preocupação fundamental era a de elevar o nível de vida de todo o povo prevalecendo a atuação da ordem natural e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego e classes. Estas classes se constituem em: classe dos proprietários; classe dos trabalhadores, que vivem de salários e a classe dos patrões, que vivem do lucro sobre o capital e a subordinação, na sociedade, sendo oriundas de quatro fatores: qualificações pessoais, idade, fortuna e berço. Este último pressupõe fortuna antiga da família, dando a seus detentores mais prestígio e a autoridade da riqueza aos mesmos. Smith afirmava que a livre concorrência levaria a sociedade à perfeição uma vez que a busca do lucro máximo promove o bem-estar da comunidade. Smith defendia a não intervenção do Estado na economia, ou seja o liberalismo econômico. O ESTADO Segundo Adam Smith o Estado deve desempenhar 3 funções: · Manutenção da Segurança Militar · Administração da Justiça · Erguer e manter certas instituições públicas. Como vimos anteriormente, o liberalismo econômico e´ uma das principais características da economia clássica a qual defende a não intervenção do Estado na produção e na distribuição das riquezas, o fim das medidas protecionistas e dos monopólios, defendendo também a livre concorrência entre as empresas e a abertura dos portos entre os países. Segundo os pensadores clássicos, em destaque Smith, David Ricardo e Stuart Mill, o principal motivo para que o estado não esteja nas mediações dos acordo comerciais é devido ao fato dos mesmos acreditarem na capacidade dos mecanismos de auto regulação do mercado. Essa visão somada à concepção de que o bem- estar coletivo é resultado máximo do esforço individual. Dessa forma, Smith diz que ao Estado compete somente não colocar obstáculos ao livre desenvolvimento dos fatores que promovem o crescimento e impedir qualquer tipo de conflito que venha a prejudicar o desenvolvimento da nação no que se refere a acumulação de capital; Bem como administração da justiça, por exemplo, onde o Estado deve combater o corporativismo, seja no âmbito comercial ou não. A teoria de Ricardo, no que diz respeito a esfera político econômica, aparentemente ele não opõe-se por completo a participação do estado, ele acredita que o estado deve promover a total afirmação da classe capitalista, embora sua participação seja efetiva a partir do momento que os mecanismos de auto regulação falham interrompendo o processo de acumulação, sejam por fatores naturais ou conflitos de classes. Mill analisa especificamente o Estado e atribui a este os papéis que deve desempenhar na economia capitalista, adquirindo uma postura com respeito à intervenção estatal. Segundo ele, em termos de ciência política, a delimitação das funções do Estado, são muito mais diversificadas do que se pode perceber à primeira vista e, que não há possibilidade de circunscrevê-las com a nitidez que tantos acreditam. A TEORIA DO VALOR Ao reconhecimento de que o processo de produção pode ser otimizado e reduzido a uma serie de esforços humanos dá-se o nome de teoria do valor- trabalho. Parte-se do pressuposto de que os seres humanos não conseguem sobreviver sem se esforças para transformar o ambiente natural de uma forma que lhes seja mais conveniente. O ponto de partida da teoria de Smith foi enfatizado da seguinte maneira: O trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas. Assim, Smith afirmou que o valor de cada mercadoria está ligada diretamente a força de trabalho humano a que ela é agregada. Sendo então o valor do produto definido pela tríplice: salário, lucros e aluguéis. Ou seja, os lucros e aluguéis devem ser somados aos salários para que desse modo tenhamos o valor real da mercadoria, o preço. Onde a teoria dos preços de Smith foi chamada de teoria da soma. Uma mera soma dos três componentes básicos para o preço. Smith estabeleceu também a diferença entre os preços, onde o preço de mercado era o preço real da mercadoria, o qual é determinado pelas forças da oferta e da procura e o preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura. Havia uma relação entre esses dois preços que era: o preço natural era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura. Porém os dois grandes pontos fracos na teoria dos preços de Smith são: Primeiramente os três componentes dos preços salários, lucros e aluguéis eram eles próprios preços ou derivavam de preços, uma teoria que explica os preços com base em outros preços não pode explicar os preços em geral. Smith afirmava que o valor de uso e o valor de troca não estavam sistematicamente relacionados. O segundo grande ponto fraco da teoria dos preços baseados no custo de produção de Smith era que a teoria levava a conclusões sobre o nível geral de todos os preços, ou em outras palavras, sobre o poder aquisitivo da moeda, e não aos valores relativos de diferentes mercadorias. A melhor medida do valor em sua opinião era quantidade de trabalho quequalquer mercadoria poderia oferecer numa troca. Dado o papel fundamental do Trabalho no processo de formação de riqueza, Adam Smith defende que o valor de troca deveria ser igual ao salário, mas o que acaba por verificar é que o valor de troca é diferente do preço. Como é que isto podia acontecer?? Dado que o Trabalho criava a riqueza, e consequentemente o preço do bem, não deveria ser o Preço apenas o valor do trabalho Contido?? Não. Pois o Preço de um bem para além de conter o Salário, contem também o lucro do capital e a Renda Preço=Salário+Rendas+lucro do Capital Adam Smith faz uma distinção fundamental entre o Preço Natural e o Preço de Mercado, a saber: · Preço Natural: Reflete o conteúdo em termos de remunerações, sem influência da Procura · Preço de Mercado: Surge do confronto entre a Procura e a Oferta de Curto Prazo O Preço natural acaba por ser um preço referência. A TEORIA DA REPARTIÇÃO DO TRABALHO Adam Smith defende que o rendimento é a soma dos Salários com os Lucros e as Rendas. Rendimento = Salários + Lucros + Rendas A) Quanto aos Salários que distinguir entre: · Salário dos ocupados na produção à Deve ser o mínimo necessário para assegurar a subsistência. Este salário evoluir com a Economia (Em expansão deve ser superior). Adam Smith entende trabalho produtivo como aquele que participa na transformação dos bens materiais. · Salário dos Trabalhadores Não Produtivos à Adam Smith entende que o trabalho não produtivo é aquele que é impossível de vender. São exemplos de trabalhadores não produtivos os criados, os funcionários, e os produtores de serviços B) Lucro do Capital à Adiantamento sobre o valor criado pelo trabalho, acaba por representar a remuneração devida ao Capital em Risco C) Renda Fundiária à Diferença entre o Preço e a Soma dos Salários com os lucros que será paga ao Proprietário. Analiticamente: Renda = Preço – (Salários + Lucros) OUTROS PENSADORES CLASSICOS Jean Baptist Say (1768 – 1832): Deu atenção especial ao empresário e ao lucro; subordinou o problema das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua concepção de que a oferta cria a procura equivalente”, ou seja, o aumento da produção transformar- se em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços Thomas Malthus (1766 – 1834) Tentou colocar a economia em sólidas bases empíricas. Para ele, o excesso populacional era a causa de todos os males da sociedade (população cresce em progressão geométrica e alimentos crescem em progressão aritmética). Malthus subestimou o ritmo e o impacto do progresso tecnológico. John Stuart Mill (1806 – 1873): Introduziu na economia preocupações de “justiça social”
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