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Escola Clássica e a Revolução Industrial

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Cw2 - Economia Política
· Economia Política - Unidade 2 - Seção 1
Economia Política A ESCOLA
CLÁSSICA
Histórico do surgimento da escola clássica
Apesar de os mercantilistas e fisiocratas terem procurado explicar o cenário econômico da época, suas ideias não eram mais válidas para o contexto da Revolução Científica, iniciada no século XVI, e a Revolução Industrial que estava apenas começando no final do século XVIII, na Inglaterra. Assim, surge a Escola Clássica e seus primeiros teóricos. 
Com o fim do período mercantilista, houve o crescimento do modelo de produção capitalista durante a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra nas últimas décadas do século XVIII, a qual foi difundida para os demais países europeus no século XIX, tendo alterado profundamente a economia e a sociedade da época. Assim, o modo tradicional de produção e comércio deram lugar ao mercado capitalista.
Com a Revolução Industrial, o cenário na Inglaterra apresentava-se da seguinte maneira (clique nas imagens a seguir):
A busca pelo lucro com a crescente demanda externa acabou estimulando a mecanização da indústria, o que fez com que houvesse uma explosão de inovações tecnológicas. 
As cidades industriais cresceram, a produção manufatureira quase duplicou na segunda metade do século XVIII e aumentou ainda mais no início do século XIX, surgindo uma força de trabalho móvel e mal paga. 
A Inglaterra se tornou a maior potência econômica e política do século XIX, com grandes centros urbanos industriais e um sistema fabril dominante com alta produtividade. 
Características da Escola Clássica
Em 1776, Adam Smith publicou o livro A Riqueza das Nações, introduzindo a Escola Clássica, o qual contribuiu fortemente para o pensamento econômico ao concentrar sua análise em leis e teorias econômicas explícitas.
Segundo Brue (2013), a doutrina clássica é chamada por alguns de liberalismo econômico, tendo como base: 
 liberdade , Liberdade Privada ,A iniciativa pessoal, A propriedade privada e A interferência mínima do governo. 
É importante observar que o termo liberalismo está diretamente ligado ao contexto histórico discutido anteriormente, pois as ideias clássicas estão em contraste com as restrições, discutidas na aula anterior, impostas pelos senhores feudais e pelos mercantilistas.
A escola clássica tem três princípios básicos que norteiam essa corrente do pensamento econômico e que estão assim descritos, segundo Brue (2013):
  A mínima intervenção do governo na economia 
Para os clássicos, as forças de um mercado livre guiam as atividades econômicas (como a produção, a troca e a distribuição) de forma mais eficiente, e a economia, como é autoajustável, tenderia ao equilíbrio. Para eles, o governo deveria intervir somente na aplicação dos direitos de propriedade, fornecimento da defesa nacional e da educação pública.
 A defesa do comportamento econômico de autointeresse
 Cada indivíduo ou empresa busca, com seus atos, alcançar os seus próprios interesses: cada empresa, por exemplo, procura atingir o seu próprio lucro (e é isso que faz os bens e serviços serem ofertados), enquanto cada trabalhador só oferece seu trabalho para receber um salário que o permita satisfazer seus próprios desejos.
 A harmonia de interesses
Ao agir de forma a buscar seus interesses individuais, os agentes econômicos conseguem atender aos melhores interesses da sociedade.
SAIBA MAIS: No cenário econômico da Inglaterra, durante a Revolução Industrial, para os Clássicos, todos os recursos produtivos (terra ou recursos naturais, mão de obra e capital) e as atividades econômicas (agricultura, produção, comércio internacional e nacional) eram importantes e contribuíam para a riqueza das nações.
Contribuições da Escola Clássica para o pensamento econômico
A Escola Clássica teve grande contribuição na formação das leis econômicas, uma vez que procurou analisar a economia por meio de teorias econômicas explícitas, o que os mercantilistas e fisiocratas não fizeram. Assim, diversas leis econômicas foram criadas, como a Lei das Vantagens Comparativas, Teoria da População de Malthus, Lei dos Mercados de Say, entre outras que estudaremos em outras aulas. 
Os primeiros teóricos clássicos foram os economistas que deram a base para a formação da economia como ciência. Os precursores da escola clássica (antes ainda de Adam Smith) foram:
· Sir Dudley North
(1641-1691) 
Defensor do livre comércio, não concordava com as ideias mercantilistas e defendia a não intervenção do governo na economia. North enfatizou que o comércio seria vantajoso para ambos os países envolvidos, e não unilateral como se defendia na época. Essa vantagem era oriunda da troca de excedentes, e a divisão do trabalho e o comércio internacional geravam riqueza, mesmo sem ouro e prata envolvidos. Além disso, North diz que o comportamento individual (egoísta) das pessoas era o que movia a economia. 
· Richard Cantillon (1680-1734): Para Cantillon, os empresários se comprometiam com pagamentos certos em ambientes incertos (pagam os salários, mas não têm certeza que irão vender suas mercadorias). Esse risco é remunerado pelo lucro, que tende a ser reduzido em razão do aumento da concorrência. Considerava que os juros eram uma recompensa pelos riscos inseridos nos empréstimos. Assim, para Cantillon, os banqueiros criam crédito, já que se 100 mil onças de ouro fossem depositadas, até 90 mil poderiam ser emprestadas, não reduzindo a habilidade dos depositantes em utilizar o valor posteriormente. Essa lógica perdura até os dias atuais. 
David Hume (1711- 1776) Suas maiores contribuições, segundo Brue (2013), para o liberalismo econômico foram: 
Mecanismo de preço-fluxo de moeda: é o pensamento da lei natural e origina-se da suposição de equilíbrio. Assim, mesmo depois de que a economia saísse do equilíbrio, automaticamente eventos ocorreriam para restaurarem o equilíbrio.
Defesa de uma taxa de câmbio flutuante: as variações da taxa de câmbio em um país (num sistema de câmbio flutuante, portanto) causadas pelo mercado (entrada ou saída de moeda internacional do país) servem, por si só, para equilibrarem o Balanço de Pagamentos (conta onde há o registro do total de entrada e saída de moeda estrangeira do país). Por fim destacamos que a Escola Clássica formulou teorias mais completas para tentar explicar os fatos econômicos, sociais e políticos da época, e propôs novos caminhos a serem seguidos pelas nações.
· 
Economia Política - Unidade 2 - Seção 2
Economia Política AS IDEIAS PIONEIRAS DE ADAM SMITH
Adam Smith (1723-1790) foi um teórico e é considerado o fundador da Escola Clássica. Em 1776, Smith publicou a obra An inquiry into the nature and causes of wealth of nation, ou simplesmente A Riqueza das Nações, que o consagrou como um dos maiores teóricos clássicos.
· 
· A obra A Riqueza das Nações é considerada o marco inicial do enfoque científico dos fenômenos econômicos, servindo como um paradigma teórico para o desenvolvimento científico da economia.
· Nessa obra, Smith procurou analisar, teoricamente, o funcionamento das sociedades comerciais e os problemas agregados à divisão do trabalho, valor, distribuição da renda e acumulação de capital. Vamos conhecer os principais temas tratados nessa obra que contribuiu para pensamentos da Escola Clássica, ou seja, “A harmonia dos interesses” e o “laissez-faire”. 
 A harmonia dos interesses e a mão invisível
· Para Smith, os participantes da economia tendem a ir atrás de seus próprios interesses, como podemos observar: 
Agente Econômico: 
Os agentes econômicos tendem a ir atrás dos seus interesses pessoais. Ou seja, esses agentes estão interessados em vender seus produtos para as pessoas, e não vendem porque as pessoas desejam simplesmente, mas apenas visam o lucro gerado pela venda dos produtos. 
 Consumidor: O consumidor, por sua vez, procura (seu próprio interesse) por preço mais baixo e qualidadeao adquirir um produto.
 Trabalhador: Quanto ao trabalhador, esse visa (seu próprio interesse) salário mais alto ao procurar um emprego. 
 SAIBA MAIS: Nas palavras de Smith (1776, p. 50) “não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse”. 
Por essa afirmação de Smith, percebemos, de forma explícita, que as trocas que acontecem no mercado são por autointeresse.
 
Produtores : Os produtores estão buscando lucro e, quando o atingem, isso atrai novos empreendedores para esse mercado; com isso, novos produtores entram no mercado, aumentando a concorrência e, consequentemente, isso reduz tanto o preço dos bens como o lucro de cada produtor.
Consumidores: Os consumidores disputam pelo direito de consumir produtos.
Trabalhadores: Os trabalhadores competem pelos melhores empregos e as empresas concorrem pelos trabalhadores mais capacitados para aumentar ainda mais sua produção. Essa competição faz com que os recursos sejam alocados de forma mais hábil, fazendo com que haja eficiência econômica.
Os primeiros teóricos clássicos foram os economistas que deram a base para a formação da economia como ciência. Os precursores da escola clássica (antes ainda de Adam Smith) foram:
Laissez-faire: Como existe a ordem natural (mão invisível) da harmonia dos interesses, a intervenção do governo na economia não é necessária e desejável. Nesse sentido, surge a expressão laissez-faire, de origem francesa, que significa “deixe fazer”. Quanto ao comércio internacional, a crença de harmonia de interesses e o laissez-faire, Smith defende a seguinte tese: O governo não deve intervir nas transações entre países e sim se especializar na produção de bens dos quais detém vantagens e comprar (importar) mercadorias de outros países que têm as respectivas vantagens. Em outras palavras, nunca tentar fazer dentro do território nacional aquilo que custará mais barato se for adquirido de outra nação. Os dois temas aqui expostos e defendidos por Smith são exatamente opostos ao mercantilismo, ou seja, não mais se trata de descobrir os meios para assegurar o fortalecimento do poder do Estado (como defendiam os mercantilistas), mas sim de investigar como aumentar a riqueza real da sociedade. 
· Economia Política - Unidade 2 - Seção 3
Economia Política : A ECONOMIA DE ADAM SMITH
Vamos abordar, agora, outros pontos importantes dessa obra e nosso foco será a economia em si, ou seja, a divisão e a especialização do trabalho e a teoria do valor dos componentes das leis econômicas de uma economia competitiva.
Divisão do trabalho e a especialização do trabalho Segundo Smith (1988, p.19), “o maior aprimoramento das forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza e bom senso com os quais o trabalho é em toda parte dirigido ou executado, parecem ter sido resultado da divisão do trabalho”.
 A divisão de trabalho propõe organizar em etapas a produção de mercadorias que antes eram feitas por um só trabalhador. Na divisão de trabalho a produção é decomposta e realizada por diversos trabalhadores, os quais se especializam em tarefas específicas e complementares. 
SAIBA MAIS: Smith observa que a divisão do trabalho opera em linhas de produção específicas e seu impacto é mais fácil de ser visualizado em empresas menores, já que essas empresas empregam poucos trabalhadores, os quais podem se reunir em espaços menores, diferentemente das empresas com um grande número de funcionários em um espaço maior, o que dificulta a observação.
Smith observa que a divisão do trabalho aumenta a quantidade de produção por três razões:  O desenvolvimento de habilidades
Cada trabalhador desenvolve uma habilidade maior na realização de uma simples tarefa que é repetida diversas vezes. O aprimoramento da destreza do operário necessariamente aumenta a quantidade de serviço que ele pode realizar. Portanto, a divisão do trabalho reduz a atividade de cada pessoa a uma operação simples, aumentando muito o treinamento do operário.
 O fator tempo
Economiza-se tempo, pois se cada trabalhador não puder ir ao trabalho, outro fará sua função, já que ele é responsável por uma pequena parte da produção e não por toda a produção, do começo ao fim. A divisão do trabalho reduz o tempo entre as atividades que estão sendo desempenhadas, pois cada trabalhador desempenha apenas uma função.
 Adequação das máquinas 
O maquinário pode ser desenvolvido para aumentar a produtividade, pois as tarefas foram simplificadas por meio da divisão do trabalho. O trabalho é facilitado pela utilização de máquinas adequadas. A invenção das máquinas facilita o trabalho e parece ter sua origem na própria divisão do trabalho. 
A teoria do valor
Essa teoria, também pode ser chamada de teoria do valor-trabalho de Smith e pode ser resumida da seguinte forma: como o processo de produção pode ser dividido em diversos esforços humanos somados, o valor das mercadorias pode ser comparado pelo trabalho que foi empregado em cada um deles.
Segundo Brue (2013), a doutrina clássica é chamada por alguns de liberalismo econômico, tendo como base:
Valor de uso: Expressa a utilidade de um objeto específico, ou seja, para que ele serve, como o valor de uma caneta que serve para assinar um documento, por exemplo.
Valor de troca: Expressa o poder de compra de outros bens que a posse de um objeto confere.
SAIBA MAIS: Para Smith, as coisas que têm o mais alto valor de uso geralmente têm pouco ou nenhum valor de troca, e vice-versa. Assim, a água é o bem mais útil para as pessoas, mas dificilmente se comprará alguma coisa com ela, diferentemente do diamante, que possui pouco valor de uso, mas pode ser trocado por uma grande quantidade de outros bens. 
Segundo Smith, o critério ou medida real do valor de troca de uma determinada mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho, ou seja, o trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias. Portanto, o preço real de cada mercadoria é o trabalho que custa a sua aquisição, e esse pagamento é feito em dinheiro oriundo do trabalho. 
O custo do trabalho é o salário e esse não é igual para todos os trabalhadores. Isso ocorre porque, entre outros fatores, os custos da aquisição do conhecimento e das técnicas necessárias para a realização de uma tarefa, ou seja, os diferentes graus de dificuldade e de engenho empregados nos respectivos trabalhos influenciam o valor do salário. 
Por fim, cabe reforçar que Adam Smith defendia o livre mercado (liberalismo econômico), com mínima intervenção governamental, onde o preço das mercadorias, chamado de preço de mercado, dependeria da oferta e da demanda pelo bem. Assim, por exemplo, se a demanda por uma determinada mercadoria aumentasse, em função de um período de grande procura, o preço dela aumentaria. Por outro lado, se as empresas ofertassem mais desse determinado produto, o preço tenderia a ser reduzido. 
Segundo Smith (1988, p.19), “o maior aprimoramento das forças produtivas do trabalho, e a maior parte da habilidade, destreza e bom senso com os quais o trabalho é em toda parte dirigido ou executado, parecem ter sido resultado da divisão do trabalho”.

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