Buscar

PCP Logística

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 1169 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 1169 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 1169 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANAIS IV FATECLOG 
CONGRESSO DE LOGÍSTICA DAS 
FACULDADES DE TECNOLOGIA DO 
CENTRO PAULA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTIGOS ORAIS 
 
 
 
 
 
 
06 a 08 de Junho de 2013 
Jaú - SP 
Departamento de Logística 
Faculdade de Tecnologia de Jahu 
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
O FATECLOG 
O Congresso de Logística das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Centro 
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza – FATECLOG – é organizado 
pelas Fatecs que oferecem cursos na área de Logística. 
A comissão organizadora é formada pelos Coordenadores de Curso e conta 
com o apoio da CESU (Coordenação do Ensino Superior) e da FAT (Fundação 
de Apoio à Tecnologia). 
Esta quarta edição foi sediada em Jahu; as seguintes, nas outras Fatecs 
participantes da organização. 
A coordenação do evento cabe à Fatec-sede. 
O evento é aberto às comunidades acadêmica e empresarial e tem os 
seguintes objetivos: - estimular a publicação e divulgação de trabalhos 
científicos de docentes e alunos das Fatecs; - aumentar a divulgação do Centro 
Paula Souza e das Fatecs; 
- aproximar a academia e a comunidade empresarial, visando ao 
desenvolvimento de parcerias, patrocínios e colaborações que sustentem a 
contínua evolução do ensino tecnológico e facilitem o planejamento estratégico 
das Faculdades; 
- fomentar a busca de “vocação” tecnológica e o desenvolvimento da pesquisa 
em áreas de conhecimento adequadas às regiões de instalação das 
Faculdades; 
- aumentar a especialização do ensino e, consequentemente, melhorar a 
inserção de egressos no mercado local; 
- desenvolver o aprimoramento contínuo do ensino. 
 
O CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
O Centro Paula Souza administra 203 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e 53 
Faculdades de tecnologia (FATECs) em 157 cidades no Estado de São Paulo, 
atendendo mais de 28 mil alunos distribuídos em 45 cursos Superiores de 
Graduação. São instituições públicas de ensino superior que ministram cursos 
de graduação em tecnologia, concebidos e desenvolvidos para atender 
segmentos atuais e emergentes da atividade industrial, tendo em vista a 
constante evolução tecnológica. 
 
 
3 
 
Com currículos flexíveis, compostos por disciplinas básicas de apoio 
tecnológico e específicas da área de atuação do Tecnólogo, esses cursos têm 
carga horária em torno de 2700 horas. Estruturalmente o ensino se apoia em 
projetos reais, estudo de casos e em laboratórios específicos aparelhados para 
reproduzir as condições do ambiente profissional, permitindo ao futuro 
tecnológico participar de forma inovadora nos vários trabalhos de sua área. 
Esse conceito de ensino exige um corpo docente formado por especialistas, 
bem como por professores que se dedicam integralmente ao desenvolvimento 
do ensino e da pesquisa tecnológica. Os tecnólogos diplomados pelas FATECs 
são profissionais de nível superior que, pela sua formação direcionada, estão 
aptos à atuação imediata e qualificada em sua especialidade. Através do 
domínio e aplicação de conhecimento científicos e tecnológicos necessários 
aos trabalhos de ensino, pesquisa, desenvolvimento e gestão tecnológica, 
transformam esses conhecimentos em processos, projetos, produtos e 
serviços. 
Atuam na atividade industrial, promovendo mudanças e avanços, 
fundamentando suas decisões no saber tecnológico e na visão multidisciplinar 
dos problemas que lhes compete solucionar. 
 
A FATEC JAHU 
Criada pelo Governo do Estado de São Paulo mediante a publicação do 
Decreto nº. 31.255 de 23 de fevereiro de 1990, retificado por publicação do 
D.O.E. de 01/03/1990. Pelo Decreto nº. 39.471, de 07 de novembro de 1994; a 
Faculdade de Tecnologia de Jahu – FATEC JAHU é uma Instituição Pública de 
Ensino Superior que oferece os Cursos de Graduação para formação de 
Tecnólogos, visando atender segmentos atuais e emergentes da atividade 
econômica. Tem como missão: "Ser um centro de referência científica e 
tecnológica, em harmonia com as questões éticas, sociais e ambientais, 
proporcionando ensino de qualidade e uma educação continuada como forma 
de atualização permanente, formando profissionais reconhecidos e valorizados 
pela sociedade, com senso de cidadania, contribuindo assim para o 
desenvolvimento sócio-econômico da região". A FATEC JAHU pertence ao 
Centro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza", uma autarquia 
estadual vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento. 
 
 
4 
 
Localizada no Município de Jaú, à Rua Frei Galvão, s/n.º, no Bairro Jardim 
Pedro Ometto Iniciou suas atividades acadêmicas no 2º semestre de 1990, 
com a implantação dos Cursos Superiores de Tecnologia em Construção e 
Manutenção de Sistemas de Navegação Fluvial e em Operação e 
Administração de Sistemas de Navegação Fluvial, com 40 vagas semestrais 
para o período diurno. No 1º semestre de 1995 foi implantado o Curso Superior 
de Tecnologia em Informática com ênfases em: Gestão Financeira e Gestão da 
Produção Industrial, com oferta de 40 vagas semestrais para o período 
noturno. No 2º semestre de 2002 foi implantado o Curso Superior de 
Tecnologia em Logística e Transportes com 80 vagas semestrais, sendo 40 
para o turno vespertino e 40 para o turno noturno. No segundo semestre de 
2006 foi implantado o Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Produção 
de Calçados com 40 vagas semestrais para o período noturno e no segundo 
semestre de 2008 o Curso Superior de Tecnologia em Meio Ambiente e 
Recursos Hídricos. No 1° semestre de 2010 foi implantado o Curso Superior de 
Sistemas para a Internet com 40 vagas semestrais para o turni vespertino. 
A FATEC JAHU conta atualmente com 90 docentes, 09 auxiliares docentes, 30 
funcionários, 16 estagiários. 
 
 
 
5 
 
Sumário 
A LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS ............. 15 
ESTUDO DO CONSUMO DE INSUMOS NO ALMOXARIFADO DE UMA REDE 
DE SUPERMERCADOS DE GRANDE PORTE, VISANDO A REDUÇÃO DE 
CUSTO. ..................................................................................................................... 23 
O DESENVOLVIMENTO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE CARGAS: UM 
ESTUDO DA MALHA PAULISTA .............................................................................. 37 
RFID APLICADO A CONTENTORES RETORNÁVEIS ............................................ 47 
LOGÍSTICA REVERSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ........ 54 
AS ESTRATÉGIAS DE MARKETING INTEGRADO A LOGÍSTICA NAS 
ORGANIZAÇÕES VAREJISTAS: A BUSCA POR UM ESPAÇO NO MERCADO 
ATUAL ....................................................................................................................... 63 
REDUÇÃO DE AVARIAS EM UM SUPERMERCADO DE AMERICANA, SP. .......... 70 
OS RISCOS ENVOLVIDOS NO DESCARTE DO LIXO HOSPITALAR .................... 79 
A EMBALAGEM DE PAPELÃO ONDULADO E SUA MULTIFUNCIONALIDADE 
EM REDES DE SUPERMERCADOS. ....................................................................... 89 
A APLICAÇÃO DO PCP – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 
NAS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÃO DO VESTUÁRIO UTILIZADO COMO 
VANTAGEM ESTRATÉGICA .................................................................................... 98 
O TRABALHO DOS AGENCIADORES DE CARGA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO ......................................................................................................... 105 
LOGISTICA REVERSA: ALTERNATIVAS PARA O REAPROVEITAMENTO 
DOS PNEUS INSERVÍVEIS .................................................................................... 114 
GERENCIAMENTO DO TRANSPORTE RODOVIARIO DE CARGAS EM 
INDÚSTRIAS DE MÉDIO PORTE COM FROTA TERCEIRIZADA .........................124 
IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA REVERSA ALIADA A SUSTENTABILIDADE ...... 132 
 
 
6 
 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À DISTRIBUIÇÃO ......................... 139 
APLICAÇÃO DO SISTEMA MPS – MASTER PRODUCTION SCHEDULE - NO 
SERVIÇO DE PRONTO –ATENDIMENTO HOSPITALAR ..................................... 143 
ESTUDO DA IMPORTÃNCIA DE UM SISTEMA BRT (BUS RAPID TRANSIT) 
PARA A MOBILIDADE URBANA NA CIDADE DE CAMPINAS/SP ........................ 148 
OS PRINCIPAIS PROBLEMAS EXISTENTES ENVOLVENDO O 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS PERIGOSAS NO ESTADO DE 
SÃO PAULO ............................................................................................................ 156 
CUSTOS LOGÍSTICOS NA IMPORTAÇÃO DE INSUMOS NAVAIS– ANÁLISE 
COMPARATIVA ENTRE MODAL AÉREO E MARÍTIMO ........................................ 165 
AS VANTAGENS DA APLICAÇÃO DO EDI (ELETRONIC DATA 
INTERCHANGE) NA CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................................ 174 
A LOGÍSTICA VERDE: A CADEIA DE COLETA DO REAPROVEITAMENTO 
ÓLEO DE COZINHA NA CIDADE DE AMERICANA ............................................... 182 
AS LIMITAÇÕES DA INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA DA CIDADE DE 
AMERICANA-SP ..................................................................................................... 192 
A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE COMPRAS NA GESTÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS NAS EMPRESAS DE MÉDIO PORTE ......................................... 199 
LOGÍSTICA REVERSA: A SUSTENTABILIDADE NO REAPROVEITAMENTO 
DO ÓLEO DE COZINHA USADO, UTILIZADO COMO FONTE DE ENERGIA 
(BIODIESEL) ........................................................................................................... 206 
TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICA – O OUTSOURCING NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS ...................................................................................................... 215 
ESTRATÉGIAS DE ORGANIZAÇÃO NOS ARMAZÉNS VISANDO 
OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO OPERACIONAL INTERNO E REDUÇÃO DE 
CUSTOS ................................................................................................................. 225 
 
 
7 
 
AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE EM SISTEMAS 
LOGÍSTICOS: UM ESTUDO DE CASO. ................................................................. 232 
GESTÃO DE ESTOQUES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DAS 
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE MUNICIPAIS – UMA PROPOSTA ................... 242 
O PROCESSO DE RECEBIMENTO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO: DO 
RECEBIMENTO A SEPARAÇÃO: ESTUDO DE CASO DE UM CENTRO DE 
DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS DA REGIÃO CAMPINAS/SP ............................. 251 
O TRANSPORTE DO CLORO (GÁS) COM SEGURANÇA .................................... 259 
LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS VENDA DE PRODUTOS NO E-COMMERCE 
NACIONAL .............................................................................................................. 267 
A IMPORTÂNCIA DA OBTENÇÃO DA LETPP – LICENÇA ESPECIAL DE 
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS E DAS REGULAMENTAÇÕES 
REFERENTES AO TRÂNSITO DE PRODUTOS PERIGOSOS NO MUNICÍPIO 
DE SÃO PAULO ...................................................................................................... 276 
ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE HORAS EXTRAS .......................... 286 
LOGÍSTICA DE MEGAEVENTOS ESPORTIVOS – COPA DO MUNDO DE 
2014 ........................................................................................................................ 293 
O SISTEMA ECR (EFFICIENT CONSUMER RESPONSE) COMO 
FERRAMENTA DE AUXÍLIO NO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE 
ABASTECIMENTO. ................................................................................................. 300 
A LOGÍSTICA REVERSA DO PÓS-CONSUMO DE EMBALAGENS 
PLÁSTICAS ............................................................................................................. 307 
GESTÃO DE RETORNO DE PRODUTOS DOS CLIENTES DA NATURA............. 314 
A LOGÍSTICA REVERSA DE ÓLEOS LUBRIFICANTES ....................................... 323 
PROJETO DE MÉTODOS DE SIMULAÇÕA EM LOGÍSTICA: EMPRESA DE 
VENDAS DE ROUPAS A VAREJO ......................................................................... 330 
 
 
8 
 
OS EFEITOS DA RENOVAÇÃO DA FROTA E DA MODERNIZAÇÃO DO 
SISTEMA DE SINALIZAÇÃO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DA 
COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS (CPTM). .................... 340 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A LOGÍSTICA REVERSA DE 
BATERIAS AUTOMOTIVAS .................................................................................... 348 
USO DE SIMULAÇÃO COMO MÉTODO DE PREVISÃO DE DEMANDA 
IRREGULAR: ESTUDO DE CASO ......................................................................... 360 
O DESAFIO DA CITY LOGISTICS NA CIDADE DE SÃO PAULO .......................... 371 
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À LOGÍSTICA NA GESTÃO 
DE TRANSPORTE COMO AUMENTO DO NÍVEL DE SERVIÇO AO CLIENTE: 
UM ESTUDO DE CASO SOBRE O TMS ................................................................ 381 
SEGURANÇA OPERACIONAL NO TRANSPORTE ESPECIALIZADO DE 
PRODUTOS PERIGOSOS ...................................................................................... 392 
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DOS CUSTOS NO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS PARA A FORMAÇÃO DO FRETE ............................. 402 
O DIMENSIONAMENTO DO FLUXO DE VEÍCULOS PARA ATENDIMENTO 
DE UMA DEMANDA CONHECIDA, POR INTERMÉDIO DE UM SIMULADOR: 
ESTUDO APLICADO NA OPERAÇÃO DE UMA EMPRESA DE VAREJO 
TÊXTIL .................................................................................................................... 413 
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO PARA 
RASTREABILIDADE DE MATERIAIS ESTERILIZADOS EM UMA CENTRAL 
DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO ........................................................................ 425 
TRANSPORTE DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS: A LOGÍSTICA REVERSA DE 
EMBALAGENS VAZIAS CONFORME REGULAMENTAÇÃO DO INPEV .............. 436 
O USO DE INDICADORES DE DESEMPENHO NA LOGÍSTICA COMO 
DIFERENCIAL COMPETITIVO E FORNECEDOR DE INFORMAÇÕES QUE 
CONTRIBUEM PARA O ATINGIMENTO DAS METAS .......................................... 445 
 
 
9 
 
APLICAÇÃO E ANÁLISE DE INDICADORES LOGÍSTICOS EM UMA 
INDÚSTRIA DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS .......................................................... 455 
LOGÍSTICA REVERSA DA CASCA DO COCO PARA A PRODUÇÃO DE 
BRIQUETES ............................................................................................................ 467 
ANÁLISE DOS PROJETOS DE ESTRADA DE FERRO ENTRE SÃO PAULO E 
GUARULHOS .......................................................................................................... 473 
OTIMIZAÇÃO DO TRANSPORTE E MANUSEIO DE HORTALIÇAS NA CEAG: 
GANHOS LOGÍSTICOS .......................................................................................... 485 
O PROBLEMA DE BIN PACKING TRIDIMENSIONAL EM CONTAINERS – 
HEURÍSTICAS DE RESOLUÇÃO ........................................................................... 495 
PROBLEMA MULTI-OBJETIVO DE CARREGAMENTO EM CONTÊINERES ....... 503 
FERRAMENTAS E METODOLOGIAS PARA ATENDER A NECESSIDADE DE 
OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS DE EMBALAGENS, ARMAZENAGEM E 
TRANSPORTE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PARA O PROBLEMA DE 
BIN PACKING. ........................................................................................................ 510 
O TREM DE ALTA VELOCIDADE E A MOBILIDADE SOB O PONTO DE 
VISTA ECONÔMICO E LOGÍSTICO ....................................................................... 517 
LOGÍSTICA REVERSA DE BATERIAS AUTOMOTIVAS ....................................... 528 
MELHORIA CONTÍNUA (KAIZEN) NA PRODUÇÃO .............................................. 536 
A UTILIZAÇÃO DA LOGISTICA REVERSA COMO FERRAMENTAPARA 
MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ..................................................... 544 
IMPLANTAÇÃO DA CURVA ABC EM UM SETOR DE PEÇAS. ESTUDO DE 
CASO: CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS DA CIDADE DE JAU. ........................ 549 
LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO DE COZINHA NA REGIÃO DE JAÚ/SP ........... 556 
CLASSIFICAÇÃO DAS VENDAS E VOLUMES DE BEBIDAS ATRAVÉS DO 
MÉTODO DA CURVA ABC ..................................................................................... 565 
 
 
10 
 
O FUTURO DO TRANSPORTE COLETIVO BUS RAPID TRANSIT (BRT): 
ESTUDO DE CASO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ........................................ 575 
CONTROLE DE ESTOQUE DE PEÇAS E APLICAÇÃO DA CURVA ABC – 
ESTUDO DE CASO NUMA CONCESSIONARIA. .................................................. 586 
O TRANSPORTE DA VINHAÇA: DUTOVIA X RODOVIA ....................................... 594 
A GESTÃO DE ESTOQUES E A APLICAÇÃO DO CONCEITO DE LOGÍSTICA 
ENXUTA – ESTUDO DE CASO FRISOKAR ........................................................... 601 
TRANSPORTE PÚBLICO NA CIDADE DE DOIS CÓRREGOS: UMA 
DISCUSSÃO SOB O PONTO DE VISTA DO USUÁRIO ........................................ 611 
A RELAÇÃO DE CAOS ENTRE A SEGURANÇA VIARIA E O AUMENTO DA 
RENDA NO BRASIL COMO FACILITADORA DO ACESSO A VEICULOS DE 
TRANSPORTE INDIVIDUAL ................................................................................... 621 
GESTÃO DE ESTOQUES – UM ESTUDO DE CASO EM UMA USINA DO 
SETOR SUCROENERGÉTICO DA CIDADE DE BROTAS INTERIOR DO 
ESTADO DE SÃO PAULO ...................................................................................... 634 
OS DESAFIOS LOGÍSTICOS DO E-COMMERCE NO ATENDIMENTO À 
DEMANDA NAS DATAS FESTÍVAS ....................................................................... 644 
DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NOS CENTROS URBANOS 
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CIDADE DE JAÚ-SP .............................................. 654 
O USO DA MOTOCICLETA NO TRANSPORTE DE CARGA. ESTUDO DE 
CASO: DISTRIBUIDORA DE ÁGUA EM ARARAQUARA ....................................... 663 
ANALISE DA MOBILIDADE URBANA NOS CALÇADÕES COMERCIAIS 
LOCALIZADOS EM ÁREA CENTRAL: UM ESTUDO SOBRE SUA 
INFLUÊNCIA EM ARARAQUARA/SP E RIBEIRÃO PRETO/SP. ........................... 673 
O USO DO CERTIFICADO DIGITAL E DA BIOMETRIA COMO MEIO DE 
GARANTIR A LEGITIMIDADE NAS OPERAÇÕES VIRTUAIS E CONTROLE 
PRESENCIAL .......................................................................................................... 681 
 
 
11 
 
COMPARAÇÃO DE CUSTOS DE TRANSPORTE ENTRE RESÍDUOS 
PLÁSTICOS E RESINAS JÁ PROCESSADAS ....................................................... 692 
INTERMODALIDADE FERROVIA VERSUS HIDROVIA – ESTUDO DE CASO 
DO PORTO INTERMODAL DE PEDERNEIRAS/SP .............................................. 702 
A FERROVIA NORTE-SUL: UMA FERROVIA BRASILEIRA .................................. 709 
UMA ANÁLISE COMPARATIVA SOB A ÓTICA DA QUALIDADE DAS 
RODOVIAS BRASILEIRAS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS, BASEADA NAS 
PESQUISAS DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE ................... 718 
ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS COM 
DEFICIÊNCIA E AS NORMAS TÉCNICAS NECESSÁRIAS .................................. 727 
ALTERNATIVA PARA SISTEMAS DE RASTREAMENTO VIA SATÉLITE DE 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO, FOCANDO O CUSTO E VIABILIDADE PARA 
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. ..................................................................... 737 
A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE DE SIMULAÇÃO ARENA NAS OPERAÇÕES 
DE LOGÍSTICA REVERSA ..................................................................................... 747 
MODAL AÉREO: A INFRAESTRUTURA DO TERMINAL SÃO PAULO NO 
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS ....................................................................... 757 
O FUNCIONAMENTO DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS NO CENTRO DE 
TRIAGEM DE CARTAS (CTC) DOS CORREIOS EM SANTO ANDRÉ. ................. 767 
MONOTRILHO: UMA NOVA ALTERNATIVA À MOBILIDADE URBANA NA 
CIDADE DE SÃO PAULO ....................................................................................... 777 
ALGORITMO GENÉTICO APLICADO NA OTIMIZAÇÃO DO ATENDIMENTO 
DE OCORRÊNCIAS MAPEADAS PELOS USUÁRIOS DO APLICATIVO 
CIDADE LEGAL...................................................................................................... 787 
O TRANSPORTE DE DINHEIRO E A LOGÍSTICA DA DISPONIBILIDADE ........... 797 
APLICAÇÃO DO CONCEITO LEAN NA GESTÃO DE ESTOQUES ....................... 808 
 
 
12 
 
ANÁLISE DA LOGÍSTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS VENCIDOS ............. 818 
AS PRIVATIZAÇÕES DOS AEROPORTOS BRASILEIROS E A EXPERIÊNCIA 
INTERNACIONAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA. ............................................. 826 
LOGÍSTICA DE OPERAÇÕES HUMANITÁRIAS – TRIAGEM E A PERDA DOS 
DONATIVOS ........................................................................................................... 836 
O GERENCIMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTO UTILIZANDO UM ERP 
DE TERCEIRA GERAÇÃO ..................................................................................... 845 
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE COLETIVO 
NO PARQUE TECNOLÓGICO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ............................. 855 
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN NO SISTEMA DE ARMAZENAGEM ...... 864 
PROPOSTA DE MODELO PARA ESTUDO DAS DIFICULDADES NA 
INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA ............................................................. 876 
APLICAÇÃO DA FERRAMENTA LEAN NO CONTROLE E GERENCIAMENTO 
DE ARMAZÉNAGEM DE PRODUTOS PERECÍVEIS TERMICAMENTE 
SENSÍVEIS ............................................................................................................. 888 
APLICAÇÃO DE ROTEIRIZAÇÃO AO MERCADO ALIMENTÍCIO DO VALE DO 
PARAÍBA - FOOD SERVICE ................................................................................... 900 
GESTÃO DO CONHECIMENTO EM PROJETOS DO MÉDICO SEM 
FRONTEIRAS: UM OLHAR SOBRE AS ATIVIDADES LOGÍSTICAS NA ÁREA 
HUMANITÁRIA ........................................................................................................ 910 
A LOGÍSTICA REVERSA DO VIDRO: GLASS IS GOOD ....................................... 920 
FLUXO DE INFORMAÇÃO PARA FATURAMENTO DE PETRÓLEO 
NACIONAL NO MODAL MARÍTIMO ....................................................................... 929 
LOGÍSTICA HOSPITALAR: GESTÃO DE ESTOQUE COM APLICAÇAO DE 
UM ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL X ............................................................. 940 
 
 
13 
 
OPERAÇÕES HUMANITÁRIAS PARA ADEQUAÇÃO DE CENTROS 
MÉDICOS NA RESPOSTA A DESASTRES ........................................................... 948 
ANÁLISE DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS E UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA 
DA INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: ESTUDO DE 
CASO EM UMA TRANSPORTADORA DE CARGAS FRACIONADAS .................. 959 
ANÁLISE DE LACUNAS E OPORTUNIDADES DE PESQUISA NA ÁREA DA 
LOGÍSTICA HUMANITÁRIA .................................................................................... 969 
IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTO REVERSA DAS 
LATINHAS DE ALUMÍNIO....................................................................................... 976 
LOGÍSTICA REVERSA DO ELEMENTO FILTRANTE DO PRODUTO 
ÁGUAPURA DA EMPRESA ABC ........................................................................... 983 
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA ESTRUTURA DE ARMAZENAGEM 
EM UM ESTOQUE DE UM FABRICANTE DE PRODUTOS ELETRÔNICOS ........ 994 
LOGÍSTICA REVERSA DE BATERIAS CELULARES .......................................... 1006 
LOGÍSTICA REVERSA DO LIXO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................... 1017 
O GANHO DE COMPETITIVIDADE NO SETOR DE MODA POR INTERMÉDIO 
DA GESTÃO LOGISTICA – ESTRATÉGIAS PARA ITENS OBSOLETOS. ..........1029 
A QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO PELO METRÔ DE SÃO PAULO – 
UM COMPARATIVO ENTRE A OPINIÃO DE PROFISSIONAIS E 
ESTUDANTES DE LOGISTICA E O USUARIO COMUM. .................................... 1038 
GESTÃO DE ESTOQUES DE UMA PEQUENA EMPRESA DE ARTIGOS PETS 
E MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS: APLICAÇÃO DO 5”S” PARA A 
MELHORIA NO AMBIENTE DE TRABALHO. ....................................................... 1048 
LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS: UM FOCO SOBRE A REUTILIZAÇÃO NO 
ASFALTO .............................................................................................................. 1057 
IMPLANTAÇÃO DE UMA COOPERATIVA DE CATADORES: ALTERNATIVA 
PARA O TRATAMENTO DO LIXO URBANO ....................................................... 1068 
 
 
14 
 
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO VERDES COMO VANTAGEM 
SOCIOAMBIENTAL NA LOGÍSTICA .................................................................... 1077 
AÇÕES DE MARKETING PARA SUSTENTABILIDADE DAS ACADEMIAS DE 
GISNÁSTICA NA CIDADE DE PRAIA GRANDE .................................................. 1085 
O PROCESSO DE LOGÍSTICA REVERSA: UM ESTUDO DE CASO NA 
CENTRAL DE RECEBIMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS DE DEFENSIVOS 
AGRÍCOLAS DO MUNICÍPIO DE DOURADOS – MS .......................................... 1096 
USO DE PORTOS SECOS EM REGIÕES NÃO PORTUÁRIAS COMO 
ALTERNATIVA DE REDUÇÃO DE TEMPO DE CARGA NAS ZONAS 
PRIMÁRIAS: UM ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO EM MATO GROSSO DO SUL .. 1106 
ESTUDO DOS CUSTOS DE ETANOL NOS QUATRO MAIORES 
PRODUTORES ATRAVÉS DO PONTO DE VISTA LOGÍSTICO E DA CARGA 
TRIBUTÁRIA ......................................................................................................... 1117 
ANÁLISE COMPARATIVA DOS MODELOS DE CARROCERIAS UTILIZADAS 
NO TRANSPORTE DE SUÍNOS E SEU IMPACTO NA REDE DE 
SUPRIMENTOS. ................................................................................................... 1127 
UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MODAIS HIDROVIÁRIO E 
RODOVIÁRIO E AS MALHAS DISPONÍVEIS PARA O ESCOAMENTO DA 
PRODUÇÃO DE SOJA DA REGIÃO DA GRANDE DOURADOS – MS ............... 1138 
O CENÁRIO LOGÍSTICO AEROPORTUÁRIO BRASILEIRO E SEU REFLEXO 
PARA O PERÍODO DA COPA DO MUNDO DE FUTEBOL EM 2014 ................... 1149 
RELAÇÃO ENTRE OS IMPACTOS DO DESCARTE DE PRODUTOS 
ELETRÔNICOS NO MEIO AMBIENTE E A LOGÍSTICA REVERSA: 
OPORTUNIDADES DE GERAÇÃO DE RENDA ÀS EMPRESAS ........................ 1159 
  
 
 
15 
 
 
A LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALGENS VAZIAS DE 
AGROTÓXICOS 
 
Alex de Souza Lima (alex_slima@live.com) 
Fatec Americana 
Acácia de Fátima Ventura (acaciaventura@yahoo.com.br) 
Fatec Americana 
Área Temática: Logística Reversa 
 
RESUMO 
A busca por maior produtividade e lucro por parte dos agricultores, fez 
com que, cada vez mais, aumentasse a utilização de agrotóxicos nas lavouras, 
dando origem ao problema em que se diz respeito a devolução das 
embalagens. O que fazer com as embalagens? Diante a esta questão, fez-se 
surgir por parte do Governo Federal, a criação de leis que obrigam o agricultor 
juntamente com todos envolvidos na produção agrícola no Brasil, a fazerem a 
correta devolução das mesmas após o uso. Devido a isso, a indústria 
fabricante criou o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias 
(inpEV), que em conjunto com os agricultores, canais de distribuição e poder 
público, se responsabilizam por dar a destinação correta das embalagens 
vazias, com o intuito de reduzir impactos ao meio ambiente e riscos a saúde 
humana. Para desenvolver o artigo, aplicou-se o estudo bibliográfico e 
documental, por meio de artigos de internet, legislações e livros. Este artigo 
tem como objetivo demonstrar as aplicações da logística reversa no 
recolhimento e processamento das embalagens vazias de agrotóxicos. O tema 
é relevante para usufruir de uma agricultura menos poluída e sustentável. 
Palavras chaves: Logística Reversa, Embalagens Vazias, Agrotóxicos. 
 
ABSTRACT 
The search for greater productivity and profit for farmers has increased the use 
of pesticides on crops, giving rise to the problem that concerns the return of 
packaging. what do we do with the packaging? regarding this issue, it was 
emerging from the federal government, the creation of laws requiring the 
farmer along with everyone involved in agricultural production in Brazil, to make 
a correct return of the packaging after use. Because of this, the manufacturing 
industry created the National Institute for Processing Empty packaging (inpEV), 
which together with farmers, distribution channels, and government, are 
responsible for giving proper disposal of empty packaging, in order to reduce 
impacts on the environment and risks to human health. To develop the article, it 
was applied the bibliographic and documentary study through internet articles, 
books and laws. This article aims to demonstrate the applications of reverse 
logistics in the gathering and processing of empty pesticide packaging. The 
issue is relevant to enjoy a less polluted and sustainable agriculture. 
Keywords: Reverse Logistics, Empty Packing, Pesticides 
1. Introdução 
 
 
16 
 
A partir da década de 80, em que a questão meio ambiente, poluição 
ambiental e agricultura sustentável começaram a serem tratados e publicados 
em mídias sociais, jornais, revistas, livros e congressos, abordando o tema em 
discussão, a Logística Reversa se tornou uma ferramenta de grande 
importância para os fabricantes de defensivos agrícolas, os revendedores e 
também para os agricultores, que antes descartavam embalagens de 
agrotóxicos a céu aberto, sem cuidado algum, contribuindo para a poluição do 
meio ambiente. (MENDES et. al, 2012). 
De acordo com Rogers & Tibben-Lembke (apud LACERDA 2003, p. 477) 
a logística reversa trata-se do: 
[...] processo de planejamento, implementação e controle 
de fluxos de materiais, estoque em processamento e 
produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto 
de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de 
recuperar valor ou realizar um descarte adequado. 
Segundo Chaves e Martins (2005) a logística reversa compreende a 
reintrodução de produtos no ciclo produtivo ou de negócios, porém, apesar de 
seu crescimento obtido através de seu grande potencial econômico, não tem 
sido difundido como deveria. 
 
1.1 Embalagens de agrotóxico 
A agricultura é uma prática comum ao homem a mais de dez milênios, porém o 
uso de defensores agrícolas para sua defesa e controle de pragas existe a 
menos de sessenta anos. Ela teve início no período das grandes guerras, 
quando a indústria fabricante de armas químicas constatou na agricultura um 
novo mercado para seus produtos, fazendo com que várias políticas fossem 
implementadas para aumentar e garantir esse empório. 
Atualmente o Brasil é a nação que mais consome agrotóxicos e fertilizantes 
químicos no mundo. O fato é que, na busca por maior produtividade e lucro, o 
consumo de defensivos agrícolas não para de crescer. Mesmo sabendo dos 
riscos que estes produtos podem causar ao meio ambiente e à saúde humana, 
tem-se aplicado cada vez mais na agricultura. Com tanta utilização 
indiscriminada de agrotóxicos, foi necessário criar uma lei que obriga os 
usuários a executar procedimentos adequados de manipulação, e de 
devolução das embalagens vazias de agrotóxicos em locais apropriados. Esta 
devolução das embalagens é necessária para dar uma destinação adequada, 
pois os mesmos geram acúmulo de lixo, e nesses recipientes sempre sobram 
resíduos do produto químico causadores de grandes problemas para o meio 
ambiente e seres vivos. 
A preocupação com a correta destinação das embalagens de agrotóxicos, fez 
com que fosse criada a Lei Federal nº 9.974 de 2000 e do Decreto Federal nº 
4.074 de 2002, que se refere à Logística Reversa das Embalagens de 
Agrotóxicos,estabelecida pelo Governo, partilhando a responsabilidade sobre 
a destinação final adequada das embalagens para todos os envolvidos no 
processo de uso e retorno dos agrotóxicos: fabricantes, canais de 
comercialização, agricultores e poder público (fiscalizador). (BRASIL, 2012) 
Devido à criação desta Lei, os fabricantes de defensivos agrícolas se uniram e 
criaram o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV) 
que é responsável pela consolidação, separação, reciclagem, incineração e 
 
 
17 
 
redistribuição dos produtos reaproveitados. O instituto foi desenvolvido em 14 
de dezembro de 2001, iniciou suas operações em março de 2002 e representa 
a indústria fabricante de agrotóxicos em sua responsabilidade de atribuir à 
correta destinação final às embalagens vazias destes produtos utilizados pelos 
agricultores brasileiros. (BRASIL, 2012). 
Após o consumo dos agrotóxicos, cabe ao agricultor fazer a tríplice lavagem ou 
lavagem sob pressão das embalagens para a entrega nos postos de 
recolhimento e depois perfurá-las para não haver a sua reutilização. As 
embalagens vazias de agrotóxico podem ficar guardadas na própria 
propriedade rural do usuário por um período de um ano à partir da data de 
emissão da nota fiscal, para a subsequente devolução. Vale ressaltar que se 
deve guardar o comprovante de entrega para a finalidade de fiscalização. 
(inpEV, 2013) 
 
Figura 1: Processo da Logística Reversa de Embalagens Vazias de 
Agrotóxicos. 
Fonte: Adaptada do InpEV, 2013. 
 
Segundo o InpEV (2013), desde 2002, foram destinados 240.000 toneladas de 
embalagens vazias de agrotóxicos e investidos cerca de R$ 440 milhões no 
processo de retorno das mesmas, sendo que 80% desse valor é investido pela 
indústria fabricante. No presente momento o Brasil é referência no segmento 
por ser o país que mais recolhe embalagens de defensivos agrícolas no mundo 
e também por ser o maior consumidor mundial de agrotóxicos. 
 
2. Relato Circunstanciado (métodos, resultados e discussões) 
 
2.1 Metodologia 
O estudo teve como problema: Por falta de qualificação profissional e 
orientação técnica, os usuários de agrotóxicos descartam as embalagens 
incorretamente em aterros, lixões e/ou abandonam nas lavouras, acarretando 
na contaminação do solo e lençóis freáticos, ou queimam a céu aberto, 
lançando poluentes na atmosfera. Além disso, alguns usuários costumam 
utilizá-las como utensílios para acondicionar água e mantimentos. Estes são 
fatores que propiciam a contaminação humana e ambiental, devido alta 
toxicidade dos produtos fitossanitários. 
Os usuários têm encontrado dificuldades em entregar as embalagens de 
agrotóxicos, pois os postos de recebimentos são muitas vezes longe de suas 
 
 
18 
 
propriedades. Pelo tamanho do Brasil, percebe-se ainda que, existem poucos 
postos de recebimentos, e os estabelecimentos comerciais que poderiam 
recebê-las não o fazem por falta de estrutura e custo que o transporte e 
armazenagem do mesmo. 
Os órgãos governamentais são responsáveis pela fiscalização do processo da 
logística reversa de embalagem de agrotóxicos para que ela ocorra da melhor 
maneira possível, porém infelizmente não ocorre do jeito que deveria, já que os 
fabricantes, centros de comercialização e usuários não são autuados, quando 
não cumprem suas devidas responsabilidades no processo. Além disso, facilita 
a venda de produtos ilegais. 
Já a pergunta foi: Qual a importância da Logística Reversa de Embalagens 
Vazias de Agrotóxicos? 
Como hipóteses tiveram: a) Para que a falta de orientação seja resolvida o 
governo deve investir em campanhas educativas, para fornecer o 
conhecimento e orientação necessária aos participantes do processo, 
principalmente os agricultores, pois eles são os pioneiros no fluxo reverso. b) 
Deve ser feita a construção de mais postos de recebimentos e estruturação dos 
centros de comercialização para que possam armazenar as embalagens, assim 
facilitando a entrega da mesma pelo agricultor. c) Além de participar de 
campanhas educativas o governo deve acompanhar o processo com intensiva 
fiscalização, a fim de evidenciar e autuar possíveis erros acometidos entre os 
elos. 
O objetivo geral foi: Estudar o processo da logística reversa de embalagens de 
agrotóxicos, objetivando mostrar o sistema de recolhimento e processamento 
dos mesmos. 
Justificativa: O uso dos agrotóxicos, além de causar contaminação humana e 
no ambiente, traz consigo o problema de destinação final de suas embalagens. 
Muitas pessoas ainda não tem a certa noção de perigo que o produto traz. Isto 
porque os resíduos que sobram nas embalagens, quando descartados de 
forma incorretos no ambiente , contaminam o solo e lençóis freáticos, causando 
riscos à saúde humana. 
É evidente a importância da Logística Reversa na coleta e na destinação 
correta das embalagens de agrotóxicos, pois o conhecimento da mesma 
contribui para que não aconteçam tais erros cometidos pelo homem/agricultor, 
que muitas vezes são ocasionados por falta de orientação técnica. Enfim, o 
tema é relevante para usufruir de uma agricultura menos poluída e sustentável. 
A metodologia utilizada, do ponto de vista da natureza foi pesquisa é básica, 
para Ander-Egg (1978, p. 33, apud MARCONI; LAKATOS, 2009, p.6): 
[...] em que procura o progresso científico, a ampliação de 
conhecimentos teóricos, sem a preocupação de utilizá-los na 
prática. É a pesquisa formal, tendo em vista generalizações, 
princípios, leis. Tem por meta o conhecimento pelo 
conhecimento. 
 
Do ponto de vista dos objetivos a pesquisa é descritiva: 
[...] uma pesquisa descritiva visa descobrir e observar 
fenômenos existentes, situações presentes e eventos, 
procurando descrevê-los, compará-los, interpretá-los e avaliá-
los, com o objetivo de aclarar situações, para idealizar futuros 
planos e decisões. Descrever é narrar o que acontece num 
determinado momento histórico. Assim, esse tipo de pesquisa 
 
 
19 
 
visa descrever fatos e características presentes em uma 
determinada população ou área de interesse. Está sempre 
voltada para o presente e consiste em descobrir “o que é”. 
(MARTINS JUNIOR, 2011 p.83) 
 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa é bibliográfica: 
[...] é aquela que se realiza a partir do registro disponível, 
decorrente de pesquisas anteriores, em documentos 
impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados 
ou categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores 
e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos 
temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir 
das contribuições dos autores dos estudos analíticos 
constantes dos textos. (SEVERINO, 2007 p.122). 
 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa documental: 
[...] tem-se como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, 
não só de documentos impressos, mas, sobretudo, de outros 
tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, 
gravações, documentos legais. Nestes casos, os conteúdos 
dos textos ainda não tiveram nenhum tratamento analítico, são 
ainda matéria-prima, a partir da qual o pesquisador vai 
desenvolver sua investigação e análise. (SEVERINO, 2007 
p.132-133). 
 
2.2 Resultados e Discussões: 
A Logística Reversa de Embalagens Vazias de Agrotóxicos no Brasil ocorre 
desde 2002 e o recolhimento das embalagens vem crescendo a cada ano, 
chegando hoje a recolher cerca de 95% das mesmas, a tabela abaixo mostra o 
crescimento da destinação correta de embalagens de 2002 à 2012: 
 
Volume de Embalagens Vazias de Agrotóxicos destinados desde 2002. 
Ano Volume destinado em 
toneladas 
2002 3.768 
2003 7.855 
2004 13.933 
2005 17.881 
2006 19.634 
2007 21.129 
2008 24.415 
2009 28.771 
2010 31.266 
2011 34.202 
2012 37.379 
Total 2002-2012 240.233 
Figura 2: Volume de Embalagens Vaziasde Agrotóxicos destinados desde 
2002. 
Fonte: InpEV, 2013. 
 
Observando a tabela acima nota-se que o volume de embalagens é muito 
grande, por isso é importante que elas obtenham o descarte correta, assim 
 
 
20 
 
diminuindo o impacto ambiental e evitando que as pessoas se contaminem 
utilizando as embalagens de forma incorreta. 
Cada um dos envolvidos na cadeia arca com suas responsabilidades e custos, 
sendo dos agricultores a de retornar as embalagens na unidade de devolução 
designado na nota fiscal de venda, os canais de distribuição (cooperativas e 
revendedores) com construções e administração dos postos de recebimento, 
que são divididas com os fabricantes, que também se responsabilizam com 
custos logísticos e destinação final, além do governo que incentiva a 
conscientização dos agricultores juntamente com fabricantes e comerciantes. O 
inpEV tem como parceiros 9 empresas responsáveis pela reciclagem das 
embalagens situadas estrategicamente nos estados de Minas Gerais, Mato 
Grosso, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo, que produzem 17 diferentes 
produtos derivados da reciclagem das embalagens vazias; porém nem todas as 
embalagens podem ser recicladas (embalagens não-laváveis), devendo ser 
incineradas nas 5 empresas credenciadas pelo inpEV, situados nos estados do 
Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. 
São investidos R$ 50 milhões por ano no processo de logística reversa, em que 
os custos fundamentais são de infraestrutura, logística e destinação 
apropriada. 
 
Composição do Orçamento 2010 InpEV 
 
Figura 3: Composição do Orçamento 2010 InpEV. 
Fonte: InpEV, 2013. 
 
O gráfico acima demonstra que 71% dos custos do processo são destinados ao 
básico, sendo operação de construção e manutenção dos postos de 
recebimento, logística e destinação final; 16% designado ao processo de 
suporte, referido a educação e comunicação, jurídico, projetos e 
desenvolvimento tecnológico e os 13% restantes correspondem ao processo 
administrativo, responsável pela contabilidade, recursos humanos e tecnologia 
de informação. 
 
3. Conclusões 
A Logística Reversa de Embalagens Vazias de Agrotóxicos é obrigatória há 
mais de 10 anos, quando foi decretada a Lei Federal nº 9.974 de 2000 e do 
Decreto Federal nº 4.074 de 2002, que responsabiliza o fabricante, canais de 
comercialização, agricultores e poder público a fazer a correta destinação das 
embalagens. 
16%
71%
13% Processo de Suporte
Processo Básico
Processo
Administrativos
 
 
21 
 
Com o intuito de se adequar a lei, os fabricantes de defensivos agrícolas se 
uniram e criaram o InpEV ( Instituto Nacional de Processamento de 
Embalagens Vazias) responsável por consolidar, separar, reciclar, incinerar e 
redistribuir os “novos produtos” gerados à partir da embalagem. Atualmente o 
Brasil recolhe cerca de 90% dessas embalagens, sendo o país que mais 
compila embalagens do mundo. 
É importante que todos os envolvidos no processo cumpram com suas 
responsabilidades, sendo os usuários lavando e devolvendo-as, as 
recebedoras encaminhando para a reciclagem, os fabricantes orientando e o 
governo fiscalizando e fazendo campanhas educativas para incentivar a 
reciclagem das embalagens, pois se descartadas incorretamente causam 
danos à saúde humana, além de degradar o meio ambiente, já que mesmo 
vazias contém substâncias químicas que são nocivas aos seres vivos. 
Apesar dos bons resultados obtidos a partir da criação da Lei, na logística 
reversa das embalagens vazias de agrotóxicos é possível ocorrer muitas 
melhorias, como por exemplo, investir em mais instalações de pontos de 
recebimentos e em sistemas de informações para saber exatamente quantas 
das embalagens vendidas estão sendo devolvidas, visto que não se sabe 
exatamente esse número. 
 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Citação: NBR-
10520/ago - 2002. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
_______. Referências: NBR-6023/ago. 2002. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Resíduos Sólidos. 
Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/port/conama/reuniao/dir1529/PNRS_consultaspublicas
.pdf>. Acesso em: 07 abril 2013. 9h20. 
BOLDRIN, V. P., BOLDRIN, M. da S. T. Logística Reversa: um estudo de 
caso no retorno das embalagens vazias de agrotóxicos. Disponível em: 
<http://engema.org.br/upload/pdf/edicoesanteriores/VIII/EE049.pdf> Acesso 
em: 10 mar. 2013. 
CHAVES, G. de L. D.; MARTINS, R. S. Diagnóstico da Logística Reversa na 
Cadeia de Suprimentos de Alimentos Processados no Oeste Paranaense In: 
VIII Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações 
Internacionais (SIMPOI), ago. 2005. São Paulo: FGV, 2005, p. 3. 
COMETTI, J. L. S. Logística Reversa das Embalagens de Agrotóxicos no 
Brasil: um caminho sustentável? Disponível em: 
<http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/ 
10482/7939/1/2009_JoseLuisSaidCometti.pdf>. Acesso em: 06 abril 2013. 
21h10. 
InpEV. Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. 
Disponível em: <http://www.inpev.org.br> Acesso em: 01 mar. 2013. 23h15. 
LACERDA, L. Logística Reversa: Uma visão sobre os conceitos básicos e as 
práticas operacionais. In: FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. 
Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: planejamento do 
fluxo de produto e do recurso. São Paulo: Atlas, 2003. p.475 – 482. Coleção 
COPPEAD de Administração. 
 
 
22 
 
LONDRES, F. Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida. – 
Rio de Janeiro: AS-PTA – Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura 
Alternativa, 2011. p.17-19. 
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia 
Científica. 6ª ed. 7ª reimp. São Paulo: Atlas, 2009. p.95-97. 
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa: planejamento e 
execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, 
análise e interpretação de dados. 7ª ed. 2ª reimpr. São Paulo: Atlas, 2009. p.6. 
MARTINS JUNIOR, J. Como Escrever Trabalhos de Conclusão de Curso: 
instrução para planejar e montar, desenvolver, concluir, redigir e apresentar 
trabalhos monográficos e artigos. 5ª ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2011. p. 83, 84, 
132. 
MENDES, A. G. et al. Logística reversa de embalagens de produtos 
agrotóxicos. Disponível em: 
<http://www.etecpalmital.com.br/tcc/logistica/2012/LOGISTICA%20 
REVERSA%20DE%20EMBALAGENS%20DE%20PRODUTOS%20AGROTOXI
COS.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2013. 15h35. 
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª ed. rev. atual. São 
Paulo: Cortez, 2007. p. 122, 132, 133. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor 
(es).” 
 
 
 
 
23 
 
ESTUDO DO CONSUMO DE INSUMOS NO ALMOXARIFADO DE UMA 
REDE DE SUPERMERCADOS DE GRANDE PORTE, VISANDO A 
REDUÇÃO DE CUSTO. 
 
Alex Giuliano Ramos 
ag_ rock@hotmail.com 
Fatec Americana 
Fábio Pereira Queiroz 
fqueiroz@hotmail.com 
Fatec Americana 
 
RESUMO 
As empresas cada vez mais necessitam ter preços de seus produtos 
competitivos no mercado, e ter um estoque bem ajustado auxilia muito nesse 
sentido. Estando o autor passando pelo problema de não haver estudos feitos 
no consumo de insumos do almoxarifado de um centro de distribuição de uma 
rede de supermercados de grande porte, sentiu a necessidade em desenvolver 
este artigo de logística. Para responder a pergunta de que com técnicas de 
gestão de estoque, a hipótese de se utilizar o conceito ABC, sistema de revisão 
periódica, sistema de revisão continua e estoque de segurança, atingiriam o 
objetivo de criar um controle sobre este consumo, obteriam indicadores que 
auxiliariam na redução dos custos da empresa. A maior relevância se dá ao 
oferecer aos gestores de almoxarifados, que com os indicadores desenvolvidos 
terá uma gestão mais econômica e eficiente, pois suas decisões serão 
baseadas em informaçõescorretas. A metodologia utilizada foi a pesquisa 
bibliográfica, exatamente no intuito de justificar as hipóteses, assim como o 
estudo de caso traz pesquisa quantitativa, explicativa e descritiva 
demonstrando o assunto exposto. A conclusão alcançada foi de que o sistema 
de revisão periódica se adapta melhor as restrições necessárias para compor o 
pedido de compras. Com o estoque ajustado, ele deixará de ter um papel 
negativo nas finanças e passará a ser um aliado na sustentabilidade da 
empresa. 
Palavras chaves: Almoxarifado, estoque, indicadores. 
 
ABSTRACT 
The businesses each day more are looking to have the prices of their products 
in competition on the market, and have a stock well adjusted helps on this point 
of view. Having the author faced the problem of doesn´t have completed his 
study about input consumption of a warehouse in a distribution center of a high 
grade of supermarkets, noticed the need of develop this logistic article. To 
answer the question about stock management techniques, the hypothesis of 
using the ABC concept, periodic revision system and secure stock, attained the 
objective in create a control over this consumption, seeking through this 
techniques gain indicators that would help attain a significative reduction on the 
costs of the business. The greatest relevance is given to the warehouse 
manager, that the indicators developed will have a more economical and 
efficient management, because their decisions will be based in correct 
informations. The methodology used was the bibliographic search, only with the 
intention of justify the hypotesis, just like the case study brings the quantitative, 
descriptive and explanatory demonstrating the subject exposed. The conclusion 
 
 
24 
 
is that the periodic revision system can adapt better to the necessary 
restrictions. With the stock adjusted, he will not have a negative role in the 
finances and will be an allied to the business sustainability. 
Keywords: Warehouse, stock, indicators. 
 
1. Introdução 
Em vários momentos de nossas vidas fazemos alguns controles. Ao sair de 
casa olhamos na carteira verificando se teremos a quantia suficiente para a 
necessidade daquele dia, momento este em que estamos prevendo as 
necessidades e provendo se ali está o suficiente para garantir o sucesso do 
dia. Mas nenhum exemplo é melhor que o da despensa alimentar de provisões 
que todos têm em sua residência, seja um armário ou até mesmo um cômodo 
da casa somente para isso, local que algum familiar irá analisar se esta 
abastecido com o suficiente para o dia, semana ou mês de acordo com o que 
foi acordado pela família, novamente se faz a previsão da duração dos 
materiais ali contidos, buscando não faltar nada para suas necessidades 
(ARAÚJO, 1985). 
Coordenar a movimentação de suprimentos irá significar aplicar todos os 
conceitos de custo às atividades logísticas, contemplando o maior objetivo da 
administração de estoques que é prover o material certo, no local certo, no 
momento certo, na quantidade certa, ao custo mínimo para a plena satisfação 
do cliente e dos acionistas (POZO, 2007). 
Empresas que desejam ser competitivas devem ter produtos a custos baixos, o 
estoque entra nessa fase sendo utilizado de maneira correta, sem desperdício. 
Equilibrar o estoque ajuda a mantê-lo menor, apenas dentro do necessário, o 
que desempata capital de investimento e requer menos espaço de estocagem, 
isso resulta em economia e redução de custos que é o objetivo de toda 
empresa. (CHIAVENATO, 2005). 
As empresas estão buscando reduzir custos, desta forma é possível 
estabelecer uma forma de elaborar um projeto para sua diminuição através da 
redução de despesas. Em alguns almoxarifados existe a dificuldade para 
controlar a previsão de demanda, assim como a saída de materiais por conta 
dela, principalmente os de escritório, que são de pequeno valor agregado, 
como é o caso de canetas, papel sulfite, dentre outros. 
Indicadores de desempenhos são utilizados para medir os índices da empresa, 
dessa forma adotá-los para mensurar o desempenho dos estoques se faz 
necessário, pois eles mostram a situação do mesmo e auxilia na tomada de 
decisão mais coerente para atingir as metas necessárias a curto, médio e longo 
prazo, proporcionando assim redução dos custos e uma melhor gestão de 
materiais. 
O problema na Rede de Supermercados de Grande Porte (Rede SGP) é não 
haver nenhum tipo de técnica efetivamente comprovada que proporcione dados 
confiáveis para auxiliar a realizar os pedidos de compra de insumos de apoio a 
produção. 
Dessa forma, a pergunta que este artigo pretende responder é a seguinte: a 
aplicação de técnicas acadêmicas de gestão de estoques reduziriam custos no 
consumo dos insumos? 
Na tentativa de responder a essa pergunta é levantada algumas hipóteses: 
 
 
25 
 
1- Após a realização de um estudo sobre técnicas de gestão de estoques, seria 
possível estabelecer indicadores que iriam auxiliar o coordenador do setor a 
realizar o pedido de compras. 
2 - Aplicando-se o conceito de curva ABC, tornaria visível os insumos que 
merecem maior atenção no momento de formalizar o pedido de compras, a fim 
de reduzir sua quantidade e assim alcançar redução de custo. 
3 - Possivelmente com o uso dos novos indicadores para se estabelecer o 
pedido de compras, o ajuste de estoque irá aumentar a confiabilidade em não 
faltar insumos e dessa forma não ter perdas e prejuízos. 
 O objetivo geral do artigo é criar um controle sobre o consumo de 
insumos, buscando através de técnicas obter indicadores que auxiliem a atingir 
a redução nos custos da empresa. 
 Os objetivos específicos do artigo a serem seguidos são: 
1 - Realizar um levantamento bibliográfico, buscando conceituar os principais 
setores envolvidos nesse artigo. 
2 - Realizar um levantamento bibliográfico, buscando estudar os conceitos 
sobre as técnicas de: conceito ABC, sistema de reposição continua e sistema 
de revisão periódica. 
3 - Analisar os dados colhidos no almoxarifado da Rede SGP e aplicar as 
técnicas estudadas, visando desenvolver indicadores para tomada de decisão. 
4 - Desenvolver o estudo de caso baseado na revisão bibliográfica e utilizando 
os indicadores, visando comprovar a aplicabilidade dos conceitos. 
 O artigo se justifica pelo fato de que o autor, vivenciando dificuldades 
quando então era o coordenador do almoxarifado, sentiu a necessidade de 
estudar os assuntos relacionados ao consumo do estoque. Inicialmente deve-
se buscar o entendimento do fluxo de materiais, elaborar indicadores através 
das ferramentas de gestão de estoque para formalizar argumentos de 
melhorias na maneira com a qual é realizado o controle dos insumos. O 
Resultado do artigo passa a ser, por o plano de ação de redução de custos em 
pratica. Futuramente alunos de outras áreas podem interessar-se pelo projeto, 
a exemplo alunos de TI, pois aplicar à logística, softwares de controle 
automático do estoque seria de grande auxilio. 
 
2. Relato Circunstanciado. 
 
2.1 Metodologia 
Para realização deste estudo utilizou-se como metodologia a pesquisa 
bibliográfica sobre administração de materiais, especificamente insumos de 
apoio à produção, presente em almoxarifados, conceituando o setor e seu 
principal destaque que é o estoque. Trata-se de pesquisa quantitativa, 
descritiva e explicativa, visando apoiar as técnicas acadêmicas adquiridas para 
desenvolver a pratica com coerência. 
A pesquisa bibliográfica traz a segurança de suas informações, pois é apoiada 
em autores de livros e artigos científicos, trazendo assim maior confiabilidade 
no resultado final do estudo. Buscando amparar o problema, utilizamos as 
técnicas de pesquisa explicativa, descritiva e quantitativa empregando–as na 
demonstração do assunto a ser exposto no estudo. 
Para Richardson (1999, p.70) a pesquisa quantitativa: 
[...] Caracteriza-sepelo emprego de quantificação tanto 
nas modalidades de coleta de informações, quanto no 
 
 
26 
 
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde 
as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, 
às mais complexas, como coeficiente de correlação, 
análise de regressão etc. 
 
Vergara (2000, p.47) argumenta que a pesquisa descritiva "não tem o 
compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base 
para tal explicação”. 
Dessa forma, a pesquisa quantitativa e a descritiva se fundem tornando–se 
uma extensão uma da outra, enquanto uma descreve os fatos a outra os 
quantifica, enumerando as variáveis e avaliando seus resultados através de 
técnicas estatísticas. 
Já a pesquisa explicativa é vista por Gil (1991, p.46) como “a que mais 
aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão das coisas”. 
Ela irá esclarecer as possíveis duvidas, deixando claras as respostas e os 
porquês de cada questão. 
 
2.2 Resultados: 
 
2.2.1 Compras. 
Para Chiavenato (2005, p. 100), o conceito de compras: 
[...] envolve todo o processo de localização de 
fornecedores e fontes de suprimento, aquisição de 
materiais por meio de negociações de preços e condições 
de pagamento, bem como o acompanhamento do 
processo junto aos fornecedores escolhidos e o 
recebimento do material comprado para controlar e 
garantir o fornecimento dentro das especificações 
solicitadas. 
 
Acrescenta o autor que a área de compras tem por finalidade a aquisição de 
materiais, componentes e serviços para suprir às necessidades da empresa e 
do seu sistema de produção nas quantidades certas, nas especificações exatas 
e nas datas aprazadas. Assim, o órgão de compras interage internamente com 
vários outros órgãos da empresa, como produção, PCP, engenharia de 
produto, controle de qualidade, controle de estoques, área financeira etc. O 
órgão de compras é hoje considerado um centro de lucro e não simplesmente 
um centro de custo, uma vez que, quando bem administrado, pode trazer 
consideráveis economias, vantagens e lucros para a empresa. 
 
2.2.2 Pedido de Compras. 
Para Dias (2008, p.248), a solicitação de compras: 
[...] é um documento que dá a autorização para o 
comprador executar uma compra. Seja para materiais 
produtivos ou improdutivos, ela é solicitada para um 
programa de produção, para um projeto que se está 
desenvolvendo ou ainda para abastecimento geral da 
empresa. É o documento que deve informar o que se 
deve comprar, a quantidade, o prazo de entrega, local de 
 
 
27 
 
entrega e, em alguns casos especiais, os prováveis 
fornecedores. 
 
2.2.3 Almoxarifado. 
Chiavenato (2005, p. 115) define o almoxarifado ao dizer que: 
[...] as necessidades de materiais nem sempre são 
imediatas e quase nunca são constantes. A variação é 
tremenda. Enquanto os materiais não são necessários ao 
processo produtivo, eles precisam ser armazenados. No 
momento oportuno em que são necessários, os materiais 
devem estar imediatamente disponíveis para utilização no 
processo produtivo. O armazenamento de materiais 
funciona como um bolsão capaz de suprir as 
necessidades da produção. 
 
Existem alguns tipos de almoxarifados, o que definirá seu tipo serão suas 
características, tais como: tipos de materiais armazenados e sua serventia, 
localização, tamanho, etc. Podemos citar os principais tipos: almoxarifado de 
fábrica, almoxarifado central, almoxarifado de distribuição, almoxarifado 
varejista e almoxarifado de insumos de apoio (EDWARDS, 1998). 
Sendo assim, o almoxarifado guarda e estoca os materiais recebidos dos 
fornecedores externos, de acordo com a solicitação de compras a eles enviada 
pelo órgão de compras. O material é conferido em suas quantidades, dado 
entrada na nota fiscal no sistema e em seguida armazenado no almoxarifado 
compondo seu estoque, passando a ficarem disponíveis para serem solicitados 
pelos diversos setores da empresa através das requisições de materiais 
(CHIAVENATO, 2005). 
 
2.2.4 Estoque. 
Segundo Chiavenato (2005, p. 67): 
[...] para que o sistema de produção não sofra 
interrupções ou paralisações desnecessárias, torna-se 
imprescindível haver alguma garantia na quantidade de 
materiais que fluem ao longo do processo. Quase sempre 
essa garantia significa uma certa folga na quantidade de 
materiais. A essa folga de materiais damos o nome de 
estoque de materiais. 
 
A palavra estoque de origem inglesa – STOCKS - significa: Aquilo que é 
reservado para ser utilizado em momento oportuno. Os estoques custam 
dinheiro, valem dinheiro e terão que ser zelados como se dinheiro fosse, pois 
se mal calculados poderão causar prejuízos, haverá possibilidades dos 
mesmos serem superados pela maior procura ou utilização, ou então pela 
menor procura ou aplicação (ARAÚJO, 1985). 
 
2.2.5 Estudo de Indicadores. 
 
2.2.5.1 Conceito ABC. 
Para Arnold (1999, p. 284) o princípio ABC baseia-se na observação de que 
um pequeno número de itens frequentemente domina os resultados atingidos 
 
 
em q
aque
adm
conf
Utiliz
que 
mon
Cerc
em v
Cerc
em v
Cerc
em v
 
2.2.5
Cons
ating
aten
O te
trans
e o m
Evita
o po
mate
esto
pedi
Para
PP =
PP=
C = 
Figu
http:
da-p
 
2.2.5
Cons
fixos
sem
(MA
qualquer s
eles itens 
ministração.
forme a su
zando o c
a porcen
netários seg
ca de 20%
valores mo
ca de 30%
valores mo
ca de 50%
valores mo
5.2 Sistem
siste em e
gir o ponto
ndimento (M
empo que 
sporte, def
material ef
ar toda a v
onto de pe
eriais ocor
que zero. 
do (DIAS, 
a calculo d
= C x TR +
 ponto de 
consumo m
ura 
//barretom
prova.html 
5.3 Sistem
siste em e
s, utilizand
 estoque 
RTINS, AL
situação. C
que justif
. Obtém-s
a importân
conceito A
ntagem de
gue um pa
 dos itens 
onetários; 
 dos itens 
onetários; 
% dos itens
onetários; 
ma de repo
emitir um 
o de pedid
MARTINS,
é gasto 
fine o temp
fetivamente
variação en
edido, que 
rra no pont
A linha ide
2008). 
o ponto de
+ ES em q
pedido; 
médio men
1; 
martins.blog
acesso em
ma de Revi
emitir os p
do a dema
passa a
LT, 2001). 
Completa D
ficam aten
se a curv
ncia relativa
BC na ad
e itens e 
adrão aprox
correspon
correspon
 correspon
osição con
pedido de
o (PP). O 
 ALT, 200
entre emi
po de repo
e chegar n
ntre pedir e
determina
to de estoq
entificada 
e pedido, u
que: 
 TR
nsal; ES
gspot.com.
m 22.04.13
isão Perió
pedidos de
anda e tem
 ocorrer 
28 
Dias (2008
nção e trat
va ABC a
a. 
dministraçã
a porcen
ximado em
ndem a apr
ndem a apr
ndem a ap
ntinua ou 
e compras
risco é a 
1). 
itir o pedi
osição, ou 
no almoxar
e receber é
a a compra
que de se
como PP 
usa-se a fó
R = tempo 
S = estoqu
fonte: 
.br/2011/12
3 as 19h44
ódica. 
e compras
mpo de ate
após a e
8, p. 83) q
tamento a
através da
ão de mat
ntagem de
m que (ARN
roximadam
roximadam
proximadam
ponto de 
s sempre 
demanda 
ido, a pre
seja, ver a
rifado da em
é muito im
a de forma
gurança e
na figura 
órmula: 
de reposiç
e de segu
a
2/questao-
. 
 em lotes 
endimento
emissão d
ue ele per
dequados 
a ordenaç
eriais, pod
e utilizaçã
NOLD, 199
mente a 80%
mente a 15%
mente a 5%
pedido. 
que o nív
em função
eparação d
a necessida
mpresa (D
portante, p
a que a no
 principalm
1, demons
ção; 
rança; 
adaptado 
-resolvida-e
em interv
 médio. O
do pedido
rmite ident
 quanto a
ção dos 
de-se obse
ão em va
99): 
% da utiliz
% da utiliz
% da utiliz
vel de est
o do temp
do pedido 
ade de co
DIAS, 2008
para isso e
ova entreg
mente ante
stra o pont
 
e-comenta
valos de te
O risco de 
o de com
 
tificara sua 
itens 
ervar 
alores 
zação 
zação 
zação 
oque 
po de 
e o 
mpra 
). 
existe 
ga de 
es do 
to de 
de 
ada-
empo 
ficar 
mpras 
 
 
29 
 
São dados importantes para esse sistema considerar o estoque físico, atrasos 
na entrega de material, estoque de segurança, as datas de reposição de 
material, pois deve-se fazer o dimensionamento do estoque de forma a não 
haver falta de material até o próximo ressuprimento (DIAS, 2008). 
A expressão para calcular o estoque máximo (Emáx) é (MARTINS, ALT, 2001): 
 
Emáx = Dm x IP + ES em que: 
Emáx= estoque máximo; Dm = demanda média do período; 
IP = intervalo entre pedidos; ES = estoque de segurança. 
 
2.2.5.4 Estoque de Segurança. 
O estoque de segurança é a quantidade mínima que deve existir em estoque, 
que se destina em cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, objetivando a 
garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente no processo produtivo, sem o 
risco de faltas (DIAS, 2008). 
A expressão para calcular o estoque de segurança é (MARTINS, ALT, 2001): 
ES= D x z x Sta em que: 
ES= estoque de segurança; D= demanda média; 
Sta= desvio padrão do tempo de atendimento; 
Z= coeficiente de distribuição (percentual de casos em que se admite o não 
atendimento ao pedido) 
 
2.3 Discussões: 
 
2.3.1 Estudo de Caso. 
O estudo de caso a se desenvolver neste momento se refere ao consumo de 
insumos de apoio a produção, ou seja, materiais que não passarão por 
transformação dentro do Centro de Distribuição (CD) a fim de serem 
comercializados. Os insumos ficam armazenados no almoxarifado de uma rede 
de Supermercados de Grande Porte, a rede SGP. 
O fluxo de informação a ser seguido vem do coordenador do almoxarifado ao 
estipular o quanto acredita ser necessário para suprir a demanda, passar por e-
mail ao setor financeiro do CD, após isso este analisa se está dentro do 
orçamento estipulado pela departamento de compras da matriz, e a partir daí 
repassa para matriz ou retorna para o almoxarifado quando passa do 
orçamento para ser revisado e diminuído algumas quantidades. 
Existem 3 restrições básicas impostas pelo departamento de compras da 
empresa: 
Pedido deve ser passado todo dia 20, sendo que o ressuprimento ocorrerá 
entre os dias 25 e 05 do próximo mês. 
Não ultrapassar o orçamento, que é variável e não divulgado ao coordenador 
do almoxarifado. 
Alguns itens exigem lote mínimo de compra. 
Para composição do pedido de compras de reposição dos materiais, não é 
utilizado nenhuma técnica de gestão com fundo teórico comprovado, 
basicamente se repete a ultima demanda individual de cada material, 
aplicando-se um coeficiente de aumento no consumo estimado em 5%, pois há 
a recomendação de que a empresa deve crescer esse percentual todo mês. 
Como estoque de segurança, considera-se o dobro da ultima demanda. 
 
 
30 
 
Aplicando-se o conceito ABC nos dados aferidos no almoxarifado do CD, foi 
possível avaliar quais itens tem um maior peso no pedido de compras, 
formalizando uma atenção maior para esses materiais, conforme os dados 
fornecidos no anexo 1 “Planilha ABC”. 
Através desse peso o autor pegou amostras de cada nível ABC para compor a 
analise dos indicadores, pois seria inviável tratar todos os materiais no estudo. 
A relevância nesse momento se faz na aplicação das técnicas de gestão de 
estoques que irão alicerçar as hipóteses levantadas. 
A tabela 2 contém os dados totais de consumo de um trimestre. Já a tabela 3 
contém os dados trabalhados da tabela descrita anteriormente, já calculados 
fatores necessários para definição do estoque de segurança, sistema de 
reposição continua e sistema de revisão periódica, assim como indicação nas 
colunas, ES, PP e Emáx respectivamente. 
 
 
Tabela 2. 
 
A seguir exemplo de como foi calculado os dados para compor a tabela 3: 
O material estudado é a fita adesiva. 
Obs: considerar arredondamentos do Excel. 
 
Estoque de Segurança. 
ES= D x z x Sta => ES = 70 * 2,33 * 1,7 => 278 und. 
ES= valor a ser descoberto; D= 70 und em média diária no trimestre; 
Sta = 1,7 desvio padrão do tempo de atendimento; 
Z = 2,33 representa que em 99% das vezes haverá material disponível; 
 
Sistema de reposição continua ou ponto de pedido. 
PP = C x TR + ES => PP = 70 * 5 + 278 => 629 unid. 
PP = valor a ser descoberto; TR = 5 dias; 
C = 70 und em média diária no trimestre; ES = 278 und. 
 
Sistema de Revisão Periódica. 
Emáx = Dm x IP + ES => Emáx = 70 * 30 + 278 => 2386 und. 
 
 
31 
 
Emáx= valor a ser descoberto; Dm = 70 und em média diária no 
trimestre; 
IP = 30 dias; ES = 278 und. 
 
 
Tabela 3 
 
3 Conclusões. 
Com base no estudo, o autor chegou a conclusão de que a utilização dos 
indicadores é a melhor ferramenta de tomada de decisão para auxiliar o 
coordenador do almoxarifado da Rede SGP, no ajuste de seu estoque e assim 
atingir a redução de custos para a empresa. 
Como foi dito, é procedimento exigido pelo setor de compras, realizar um novo 
pedido de compras dia 20 de todo mês, o sistema de revisão periódica se 
adaptou melhor a esta realidade, visto que o sistema de reposição continua 
exigiria pedidos fora dessa data. 
O estudo do estoque de segurança contribuiu em muito para redução de 
custos, pois como mostra a tabela 3, o estoque de segurança deve ser de 278 
fitas adesivas, por exemplo, sendo que antes seria mantido um saldo de 4214 
unidades, conforme comentado no estudo de caso, utilizando-se o dobro da 
ultima demanda. Em valores monetários a economia é de R$ 7.635,38. 
O conceito ABC trouxe um alerta importante sobre os itens que mais pesam no 
pedido de compras, até mesmo pela existência do orçamento estipulado pela 
matriz, pois como citado nas restrições, alguns artigos exigem lote mínimo de 
compra, porém com o uso dos indicadores, poderá haver redução na 
quantidade pedida tirando a necessidade de se comprar todo mês, atingindo a 
redução de custos. 
Quando se trabalha analiticamente tomando como base números reais, torna-
se mais fácil a compreensão, tanto por parte do alto escalão empresarial como 
também os operadores, na apresentação dos resultados do artigo. 
O autor conclui que no campo acadêmico, especificamente na Fatec 
Americana, este trabalho poderá instigar um estudo mais especifico tanto para 
os alunos do curso de logística, bem como aos alunos dos cursos de 
segurança da informação, analise e desenvolvimento de sistema e gestão 
empresarial, considerando a necessidade de profissionais dessas modalidades 
 
 
32 
 
para o desenvolvimento de controles eficazes de estoque e incentivo para que 
seja seguido o modelo de redução de custos. 
 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, J. S. de. Administração de Materiais. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1985. 
p. 99-107. 
ARNOLD, J. R. T. Administração de Materiais: Uma Introdução. São Paulo: 
Atlas, 1999. 521p. 
BARROS, A. J. da S.; LEHFELD, N. A. de S. Fundamentos de Metodologia 
Científica. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2007. p-84. 
CHIAVENATO, I. Administração de Materiais: Uma abordagem 
Introdutória. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2005. 192p. 
DIAS, M. A. Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Gestão. 5. 
ed. São Paulo: Atlas, 2008. 336p. 
EDWARDS, J. D. Gerenciamento de almoxarifado. 338 p. Disponível em: 
<http://itct.dominiotemporario.com/doc/Gerenciamento_de_Almoxarifado.pdf.> 
Acesso em 25 mar 2013.16h37. 
FRANCISCHINI, P. G.; GURGEL, F. DO A. Administração de materiais e do 
patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 
1991. 
MARTINS, G. P; ALT, P. R. C. Administração de Materiais e Recursos 
Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2001 353p. 
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. São Paulo: 
Saraiva, 2000. 
POZO, H. Administração de RecursosMateriais e Patrimoniais. 4ª ed. São 
Paulo: Atlas, 2007. p. 90 -96. 
RICHARDSON, R.J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: 
Atlas, 1999. 
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª ed. São Paulo: 
Cortez, 2000. 
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. 
ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
 “O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor 
(es).” 
 
Anexo 1 “Planilha ABC”. 
Descrição do Produto Val. Unit
total 
cons/tri total $ % 
acum. 
% 
FITA ADESIVA CD 
 R$ 
1,94 6.322 
 R$ 
12.264,68 17,24% 17,24% 
A 
FORMULÁRIO CONTÍNUO 
 R$ 
115,00 55 
 R$ 
6.325,00 8,89% 26,14% 
ETIQUETA RF 100X122 
 R$ 
29,90 184 
 R$ 
5.501,60 7,74% 33,87% 
STRETCH AZUL 
 R$ 
30,00 177 
 R$ 
5.310,00 7,47% 41,34% 
ETIQUETA RF 100X60 
 R$ 
29,90 176 
 R$ 
5.262,40 7,40% 48,74% 
 
 
33 
 
LACRE DE METAL 
 R$ 
0,72 6.400 
 R$ 
4.608,00 6,48% 55,22% 
CAIXA DIA Nº3 
MASTER 
 R$ 
0,75 5.299 
 R$ 
3.974,25 5,59% 60,81% 
PAPEL SULFITE comum 
 R$ 
9,50 410 
 R$ 
3.895,00 5,48% 66,28% 
B 
CAIXA Nº4 (AVARIA) 
 R$ 
2,20 1.460 
 R$ 
3.212,00 4,52% 70,80% 
LACRE DE GELADEIRA 
 R$ 
0,13 20.300 
 R$ 
2.639,00 3,71% 74,51% 
SACO 30 KG (AVARIA) 
 R$ 
0,37 4.485 
 R$ 
1.659,45 2,33% 76,84% 
CAIXA Nº6 (AVARIA) 
 R$ 
0,94 1.675 
 R$ 
1.574,50 2,21% 79,06% 
CAIXA Nº1 (AVARIA) 
 R$ 
1,36 975 
 R$ 
1.326,00 1,86% 80,92% 
ORDEM DE DESCARGA 
 R$ 
7,20 180 
 R$ 
1.296,00 1,82% 82,74% 
ETIQUETA AVARIA 
 R$ 
0,32 3.697 
 R$ 
1.183,04 1,66% 84,41% 
PAPEL SULFITE p/ NF 
DANFE 
 R$ 
10,70 108 
 R$ 
1.155,60 1,62% 86,03% 
LACRE 
DESMASTERIZAÇÃO 
 R$ 
0,13 7.300 
 R$ 
949,00 1,33% 87,37% 
CAIXA Nº5 (AVARIA) 
 R$ 
0,81 950 
 R$ 
769,50 1,08% 88,45% 
LÂMINA DE CUTTER CD 
 R$ 
2,31 281 
 R$ 
649,11 0,91% 89,36% 
CAIXA Nº2 (AVARIA) 
 R$ 
1,28 500 
 R$ 
640,00 0,90% 90,26% 
CAIXA DIA Nº1 
MASTER 
 R$ 
0,30 2.102 
 R$ 
630,60 0,89% 91,15% 
CAIXA DIA Nº7 
MASTER 
 R$ 
0,94 650 
 R$ 
611,00 0,86% 92,01% 
CAIXA DIA Nº6 
MASTER 
 R$ 
0,85 618 
 R$ 
525,30 0,74% 92,74% 
CAIXA Nº3 (AVARIA) 
 R$ 
0,64 775 
 R$ 
496,00 0,70% 93,44% 
CLIPS Nº8 
 R$ 
8,80 49 
 R$ 
431,20 0,61% 94,05% 
CARTELA BRANCA 
ADESIVA 
 R$ 
0,28 1.443 
 R$ 
404,04 0,57% 94,62% 
CALCULADORA BOLSO 
(PEQ) 
 R$ 
6,80 47 
 R$ 
319,60 0,45% 95,07% 
C 
ENVELOPE VAI VEM 
 R$ 
0,39 790 
 R$ 
308,10 0,43% 95,50% 
CUTTER (estilete) 
 R$ 
6,95 43 
 R$ 
298,85 0,42% 95,92% 
CANETA PRETA 
 R$ 
0,55 509 
 R$ 
279,95 0,39% 96,31% 
CANETA AZUL 
 R$ 
0,55 467 
 R$ 
256,85 0,36% 96,67% 
 
 
34 
 
PLÁSTICO A4 
 R$ 
0,12 1.556 
 R$ 
186,72 0,26% 96,94% 
GRAMPEADOR PEQUENO 
 R$ 
8,90 17 
 R$ 
151,30 0,21% 97,15% 
CLIPS Nº6 
 R$ 
8,34 13 
 R$ 
108,42 0,15% 97,30% 
QUADRO BRANCO 
GRANDE 
 R$ 
106,74 1 
 R$ 
106,74 0,15% 97,45% 
CAIXA DIA Nº5 MASTER 
 R$ 
0,98 100 
 R$ 
98,00 0,14% 97,59% 
APARELHO FITA 
 R$ 
24,00 4 
 R$ 
96,00 0,13% 97,72% 
ALMOF CAR AZUL 
GRANDE nº 4 
 R$ 
5,20 18 
 R$ 
93,60 0,13% 97,86% 
CAIXA DIA Nº2 
MASTER 
 R$ 
0,46 201 
 R$ 
92,46 0,13% 97,99% 
MARCADOR PARA CD 
 R$ 
1,70 49 
 R$ 
83,30 0,12% 98,10% 
PINCEL ATÔMICO AZUL 
 R$ 
1,30 63 
 R$ 
81,90 0,12% 98,22% 
CAIXA 
CORRESPONDÊNCIA 
 R$ 
25,29 3 
 R$ 
75,87 0,11% 98,32% 
PINCEL ATÔMICO PRETO 
 R$ 
1,30 51 
 R$ 
66,30 0,09% 98,42% 
TESOURA 
 R$ 
8,15 7 
 R$ 
57,05 0,08% 98,50% 
CAIXA BOX 
 R$ 
0,88 64 
 R$ 
56,32 0,08% 98,58% 
PINCEL ATÔMICO 
VERMELHO 
 R$ 
1,30 40 
 R$ 
52,00 0,07% 98,65% 
TINTA PARA CARIMBO 
AZUL CD 
 R$ 
1,36 38 
 R$ 
51,68 0,07% 98,72% 
BLOCO DE REQUISIÇÃO 
 R$ 
1,20 42 
 R$ 
50,40 0,07% 98,79% 
CLIPS Nº3 
 R$ 
8,23 6 
 R$ 
49,38 0,07% 98,86% 
PRANCHETA CD 
 R$ 
2,50 19 
 R$ 
47,50 0,07% 98,93% 
QUADRO DE CORTIÇA 
 R$ 
45,50 1 
 R$ 
45,50 0,06% 98,99% 
GRAMPOS 26/6 
 R$ 
3,39 13 
 R$ 
44,07 0,06% 99,06% 
PASTA FICHÁRIO CD 
 R$ 
10,74 4 
 R$ 
42,96 0,06% 99,12% 
TELEFONE 
 R$ 
42,10 1 
 R$ 
42,10 0,06% 99,18% 
BORRACHA BRANCA 
 R$ 
1,30 31 
 R$ 
40,30 0,06% 99,23% 
PASTA CATÁLOGO 
 R$ 
7,90 5 
 R$ 
39,50 0,06% 99,29% 
MOLHA DEDO 
 R$ 
4,79 8 
 R$ 
38,32 0,05% 99,34% 
MARCA TEXTO AMARELO R$ 30 R$ 0,05% 99,39% 
 
 
35 
 
1,25 37,50 
COLA BASTÃO CD 
 R$ 
1,85 20 
 R$ 
37,00 0,05% 99,45% 
CADERNO 
UNIVERSITÁRIO 
 R$ 
2,21 15 
 R$ 
33,15 0,05% 99,49% 
MARCA TEXTO ROSA 
 R$ 
1,25 25 
 R$ 
31,25 0,04% 99,54% 
PINCEL AZUL QUADRO 
BRANCO 
 R$ 
2,85 10 
 R$ 
28,50 0,04% 99,58% 
ENVELOPE A4 
 R$ 
0,12 234 
 R$ 
28,08 0,04% 99,62% 
RÉGUA 
 R$ 
1,20 22 
 R$ 
26,40 0,04% 99,65% 
APONTADOR DE 
PLÁSTICO 
 R$ 
1,10 21 
 R$ 
23,10 0,03% 99,69% 
REABASTECEDOR AZUL 
 R$ 
2,10 11 
 R$ 
23,10 0,03% 99,72% 
PINCEL VERM QUADRO 
BRANCO 
 R$ 
2,85 8 
 R$ 
22,80 0,03% 99,75% 
LÁPIS CD 
 R$ 
0,33 69 
 R$ 
22,77 0,03% 99,78% 
MARCA TEXTO VERDE 
 R$ 
1,25 18 
 R$ 
22,50 0,03% 99,81% 
ELÁSTICO 
 R$ 
1,65 13 
 R$ 
21,45 0,03% 99,84% 
MARCA TEXTO AZUL 
 R$ 
1,25 16 
 R$ 
20,00 0,03% 99,87% 
MARCA TEXTO LARANJA 
 R$ 
1,25 13 
 R$ 
16,25 0,02% 99,90% 
APAGADOR QUADRO 
BRANCO 
 R$ 
3,77 4 
 R$ 
15,08 0,02% 99,92% 
REABASTECEDOR PRETO 
 R$ 
2,10 7 
 R$ 
14,70 0,02% 99,94% 
PASTA EM L 
 R$ 
0,39 25 
 R$ 
9,75 0,01% 99,95% 
CANETA VERMELHA 
 R$ 
0,55 16 
 R$ 
8,80 0,01% 99,96% 
CORRETIVO 
 R$ 
1,31 6 
 R$ 
7,86 0,01% 99,97% 
PASTA POLIONDA 
 R$ 
1,42 3 
 R$ 
4,26 0,01% 99,98% 
ALMOFADA CARIMBO 
AZUL 
 R$ 
1,90 2 
 R$ 
3,80 0,01% 99,99% 
COLA LIQUIDA 
 R$ 
0,98 3 
 R$ 
2,94 0,00% 99,99% 
DUREX 
 R$ 
0,56 4 
 R$ 
2,24 0,00% 99,99% 
PERCEVEJOS 
 R$ 
1,00 2 
 R$ 
2,00 0,00% 100,00% 
PASTA ELÁSTICA A4 
 R$ 
1,42 1 
 R$ 
1,42 0,00% 100,00% 
EXTRATOR DE GRAMPOS 
CD 
 R$ 
0,46 3 
 R$ 
1,38 0,00% 100,00% 
 
 
36 
 
CALCULADORA MESA 
(GRD) 
 R$ 
26,54 0 
 R$ 
- 0,00%

Outros materiais