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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE Curso Engenharia Civil DISC.: PROJETO DE ARQUITETURA (7 período) Profa. Josélia Alves Aula : Arquitetura e clima Data : 6/ julho/2016 Bibliografia : MASCARÓ, Lúcia R. Energia na Edificação ARQUITETURA E CLIMA Desde a antiguidade o CLIMA tem-se mostrado um dos elementos–chave no projeto e construção da habitação do homem Hoje, após um longo período de uso intensivo da energia operante e com a situação da crise de energia a nível mundial, cujo modelo vigente consumista-esgotador, tem se mostrado falho, construir com o clima não é mais uma posição ecológica, idealista ou contestatória. É uma necessidade quando se analisa o panorama mundial e local da evolução do consumo em relação a disponibilidade de energia. CLIMA Tempo – é o estado atmosférico em certo momento considerado em relação a todos os fenômenos metereológicos: temperatura, vento , umidade etc. Este estado é variável. Clima – a feição característica e permanente do tempo, num lugar, em meio a suas infinitas variações. Este é constante e previsível FATORES ESTÁTICOS Posição geográfica e relevo FATORES DINÂMICOS Temperatura, Umidade, Movimento do ar Radiação O usuário Os fatores dinâmicos do clima afetam a perda de calor no homem. Esses fatores climáticos atuam conjuntamente e o efeito de sua ação conjunta sobre o indivíduo denomina-se PRESSÃO TÉRMICA. O corpo humano produz calor no seu interior que, em parte, se dissipa para o meio ambiente. Existe um nível ótimo para perda de calor, no qual a temperatura da pele se mantém perto de 35 C e a pessoa se sente em neutralidade, ou seja em conforto térmico. O edifício Os quatro fatores dinâmicos do clima também afetam o desempenho térmico do edifício, que projetado para o clima no qual está inserido torna-se confortável, além de poupar energia. A metodologia de projeto deve basear-se na exclusão da radiação solar direta dos ambientes internos e na minimização da radiação solar direta e difusa das fachadas e cobertura do edifício. Ventilação natural e o consumo de energia Nos climas quente-úmidos a tensão de vapor tenderá a ser maior dentro do edifício do que fora. Nestas condições é desejável substituir o ar de dentro pelo de fora. Essa substituição de ar se chama VENTILAÇÃO e pode se dar através de aberturas estrategicamente localizadas no edifício e convenientemente orientadas na direção dos ventos locais. Ventilação natural e o consumo de energia O ar quente tende a subir e o ar frio, a baixar. A ventilação deve ser constante e tem 3 funções: 1. A de dar conforto ao usuário do edifício- ventilação de conforto, sua função é a de retirar a umidade do corpo. 2. A de manter a qualidade do ar - ventilação higiênica e sua função é renovar o ar local. 3.Resfriamento das superfícies interiores do local (especialmente do forro) por convecção. A ventilação natural depende de 2 tipos de fatores FATORES FIXOS Forma e características construtivas do edifício; Forma e disposição dos edifícios e espaços abertos vizinhos; Localização e orientação do edifício; Posição,tamanho e tipo de aberturas; FATORES VARIÁVEIS a. Direção, velocidade e frequência do vento b. Diferença de temperaturas interiores e exteriores ESTRATÉGIAS DE PROJETO PARA CONSEGUIR UM BOM NÍVEL DE CONFORTO EM CLIMA TROPICAL ÚMIDO Controlar os ganhos de calor Dissipar a energia térmica do interior do edifício Remover a umidade em excesso e promover o movimento do ar Promover o uso da iluminação natural Controlar o ruído Para dissipar a energia térmica do interior do edifício Promover níveis maiores de ventilação quando a temperatura externa for menor que a interna Combinar a possível ventilação noturna com inércia térmica(saber como promover o movimento do ar, e como escolher e dispor os elementos e materiais de construção) Transferir o calor para zonas com temperatura menor que a do ambiente habitado (depósitos,garagens,subsolos,etc) Para controlar os ganhos de calor Minimizar a energia solar que entra pelas aberturas – uso de brise-soleils, cobogós, vegetação,toldos, marquises, etc. Minimizar a energia solar absorvida pelas paredes externas – pintam-se as paredes de cores claras ou colocam-se obstáculos no caminho da radiação direta. Colocar isolantes térmicos nas superfícies mais castigadas pelo sol(paredes ou teto) Para controlar os ganhos de calor Posicionar o edifício de maneira a obter a mínima carga térmica devida à energia solar Proteger as aberturas contra a entrada do sol Dificultar a chegada do sol às superfícies do envelope do edifício Minimizar a absorção do sol pelas superfícies externas Determinar a orientação e o tamanho das aberturas para atender às necessidades de luz natural Para remover a umidade em excesso e promover o movimento do ar Deve-se promover o movimento do ar e sua renovação, no período no qual as pessoas estejam ocupando o ambiente – o objetivo é aumentar o conforto térmico das pessoas Para promover o uso da iluminação natural Devem ser estudadas as aberturas que deixarão entrar a luz natural, sem permitir a entrada da radiação solar direta. Isto se conjuga com a necessidade de controlar a carga térmica provinda da energia solar Para controlar o ruído Dispor elementos que dificultem sua transmissão, tanto para os ruídos provindos de fontes localizadas no próprio edifício, quanto para os gerados fora dele. Estratégias - remoção umidade, promoção de iluminação natural e controle de ruído Ventilação interna do edifício A abertura de entrada de ar deverá estar alocada na zona de alta pressão (fachada que sofre a incidência do vento) e as de saída se situarão na zona de baixa pressão (fachada protegida do vento) A ventilação mais adequada é aquela na qual o fluxo de ar penetra na habitação pelo espaço de estar e dormitórios, saindo pela área de serviço. Como o ar quente tende a subir , é interessante que a abertura de entrada de ar esteja embaixo e a de saída em cima. E que as aberturas de entrada de ar sejam menores que as de saída. Em ventilação, o que determina a sensação de refrescamento é a velocidade do ar e não o volume de ar renovado dentro do ambiente
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