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Direito Empresarial

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DIREITO EMPRESARIAL
Docente
Flávio Marcelo Bruno
Mestre em Economia (PPGE/Unisinos)
Mestrando em Direito (PPGD/Puc-PR)
Especialista em Direito e Economia (PPGD-PPGE/Ufrgs)
Especialista em Filosofia, Sociologia e Teologia (PPGCS/UGM)        
Graduado em Direito (PGD/Unisinos)
Professor da Universidade Tiradentes - Unit
Pesquisador da ABDE – Associação Brasileira de Direito e Economia, do IDERS – Instituto de Direito e Economia do Rio Grande do Sul 
e da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Membro Associado do CONPEDI – Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito, da SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia, e da FAPERGS – Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul.
flavio.bruno@msn.com facebook.com/flaviomrbruno lattes.cnpq.br/6305479195546985 
‹nº›
1
Terminologia
 
COMÉRCIO
Comercium
(cum + merx) -----> mercari -----> ato de mercância
Sentido contemporâneo – possui três elementos
ato de comprar, produzir ou servir para vender
ato de habitualidade
ato com intuito de lucratividade
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Terminologia
 
Não visava o 
LUCRO
o ATO DE COMÉRCIO era, em verdade, o ATO DE TROCA
O lucro era algo imoral e condenável, sendo monopólio de uma 
pequena parcela da sociedade denominada de comerciantes 
ou então era atividade funcional da Igreja
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Desenvolvimento Histórico
 
Egito Antigo (3000 a.C) – ato de comércio era monopólio do Estado na figura divina do Faraó. O mesmo ocorria com os cartagianos, assírios e fenícios.
Índia (1850 a.C) – Primeiras manifestações de uma legislação sobre o atos de comercializar com o Código de Manu.
Mesopotâmia (1750 a.C) – Com o Código de Hammurábi, contratos, seguros, 
empréstimos consignados e demais transações comerciais passam a ser reguladas pela figura do Estado Divino.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Desenvolvimento Histórico
 
Fenício (1500 a.C) – intensificaram o comércio entre Estados, o que fez surgir diversas normas costumeiras sobre o comércio marítimo.
Roma Antiga (1850 a.C) – os romanos contribuíram com alguns insitutos e mecanismos do atual Direito Empresarial: o registro dos atos empresariais, os livros comerciais, as regras contratuais, a falência e a concordata.
Idade Média – surgem as grandes feiras e criam-se profissões ligadas a atividade comercial, como a dos artesãos, ferreiros, mercadores, etc.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Desenvolvimento Histórico
 
Institui-se o Direito Comercial como algo mais subjetivo:
dinâmico e informal ….. mais interligado com a produção e o consumo na sociedade muito mercatorial … um vasto ambiente de trocas
Com o Colonialismo vieram os descobrimentos e a exploração das navegações fazendo com que o liberalismo torne-se um norte para o comércio e para o trabalho, levando o Estado a intervir de forma mais objetiva
Surgem os CÓDIGOS COMERCIAIS
França (1807) Espanha (1829) Portugal (1833) Brasil (1850) Itália (1865)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Atualidade
 
O Direito Empresarial pode ser definido como o ramo do direito privado que regula as relações provenientes da atividade particular de produção e circulação de bens e serviços, exercida com habitualidade e com intuito de lucro, bem como as relações que lhe sejam conexas e derivadas.
Qual a visão então, do atual Direito Empresarial ou Comercial?
OBJETIVA SUBJETIVA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Mordernidade
 
Veja-se que modernamente, a tendência é que as regras do Direito Comercial tenham por base o exercício profissional e organizado de uma atividade econômica – exceto a intelectual, científico, artístico e as rurais – 
o que ocorre sempre em uma empresa, por isso o período se denomina SUBJETIVO dos atos de empresa.
 Na fase da Antiguidade -----> teoria do comércio
 Na fase do Colonialismo -----> teoria dos atos do comércio
 Na fase Moderna -----> teoria da empresa
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Breve evolução no Direito Comercial Brasileiro
 
No período colonial brasileiro, apesar do intenso comércio desenvolvido por aqui, o Direito aplicado era o português, pois a colônia sujeitava-se aos ditames da Coroa.
Alguns anos após a declaração de independência, já em 1834, foi apresentado à Câmara o Projeto do Código Comercial. Dezesseis anos de discussões legislativas, se passaram, até surgir a Lei Federal n° 556, de 25 de junho de 1850,mais conhecida como o Código Comercial Brasileiro. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Breve evolução no Direito Comercial Brasileiro
 
Com forte influência francesa, o Código Comercial Brasileiro adotou a Teoria dos Atos de Comércio, reputando comerciante todo aquele que praticasse compra e venda de mercadorias de forma profissional, além de algumas poucas espécies de serviço. 
Curiosamente, contudo, não enumerou os chamados “atos de comércio”, como fizera o Código Francês. Esses só foram detalhados quando da edição do Regulamento n° 737, contemporâneo ao código, que relacionou todas as operações que se constituíram em “atos de comércio”. Dentre elas, operações de câmbio, banco e corretagem, seguros, transporte de mercadorias, além claro da compra com o objetivo de posterior revenda de bem móvel ou semovente, ou até alugar para uso. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Breve evolução no Direito Comercial Brasileiro
 
Ao longo dos anos, muitos dispositivos do código foram revogados por legislações contemporâneas, no entanto, o “golpe de misericórdia” 
foi dado com a edição da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, 
mais conhecido como o Código Civil Brasileiro. 
O nosso Código Civil de 2002 implantou um novo sistema jurídico para o Direito Comercial, fundamentado no perfil subjetivo do empresário. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
‹nº›
Principais características do Direito Comercial
 
Dinamismo e Agilidade: para acompanhar o movimento das relações econômicas, já que seus atos são praticados com rapidez e em massa;
Internacionalização (cosmopolitismo) e inovação: por influência do mercado pode adotar institutos e convenções estrangeiras para agir em confluência com outras economias, buscando sempre uniformizar seus padrões mecânicos e tecnológicos.
Onerosidade: uma vez que o objeto é sempre a busca pelo lucro.
Massificação: seus atos se realizam, potencialmente, em larga e ampla escala em nível de mercado.
Instrumentalidade: se presta a dar forma jurídica à realização de negócios e relações comerciais, que se concretiza sem excesso de formalismo.
Simplicidade ou informalismo: propõe a adoção de fórmulas simples para a solução de conflitos, diferentemente do Direito Civil, que é mais formal e complexo;
Elasticidade: permanece em constante processo de mudanças, adaptando-se à evolução das relações de comércio; 
CARACTERÍSTICAS
‹nº›
Principais características do Direito Comercial
Massificação: seus atos se realizam, potencialmente, em larga e ampla escala em nível de mercado.
Instrumentalidade: se presta a dar forma jurídica à realização de negócios e relações comerciais, que se concretiza sem excesso de formalismo.
Simplicidade ou informalismo: propõe a adoção de fórmulas simples para a solução de conflitos, diferentemente do Direito Civil, que é mais formal e complexo;
Elasticidade: permanece em constante processo de mudanças, adaptando-se à evolução das relações de comércio; 
CARACTERÍSTICAS
‹nº›
Conceito
 
O Código Civil não conceitua a empresa, que continua definida apenas pela Lei de nº 4.137/62, no campo do direito penal, para reprimir o abuso do poder econômico, e assim considera toda “organização de natureza civil ou mercantil destinada à exploração, por pessoa física ou jurídica, de qualquer atividade com fins lucrativos".
Assim, podemos definir empresa sob dois aspectos:
 
Noção econômica: São organismos econômicos, que se concretizam da organização dos fatores de produção e que se propõem à satisfaçãodas necessidades alheias, e, mais precisamente, das exigências do mercado geral.
Noção Jurídica: O conceito jurídico de empresa assenta nesse conceito econômico. Trabalha o jurista, portanto, sobre o conceito econômico para formular a noção jurídica de empresa.
 
EMPRESA
‹nº›
Definição
 
Modernamente conceitua-se EMPRESA como uma "atividade econômica organizada, para a produção ou circulação de bens ou serviços, exercida profissionalmente pelo empresário, por meio de um estabelecimento empresarial".
O referido conceito tem origem nas lições do autor italiano Alberto Asquini, 
formulador de quatro critérios para a conceituação de empresa.
EMPRESA
‹nº›
Critérios da Empresa:
 
Objetivo: 
De acordo com o perfil objetivo, empresa é um estabelecimento, um 
conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário, 
para o desenvolvimento de uma atividade econômica.
Subjetivo: 
Adotado o critério subjetivo para conceituarmos empresa, temos que esta
 é o próprio sujeito de direitos, o empresário, que organiza o estabelecimento 
para o desenvolvimento de uma atividade econômica.
EMPRESA
‹nº›
Critérios da Empresa:
 
Corporativo: 
De acordo com o perfil corporativo, empresa é o conjunto formado pelo 
fundo de comércio (estabelecimento comercial), o qual compreende bens 
corpóreos e incorpóreos; e os trabalhadores, recursos humanos utilizados na execução da atividade econômica a que a empresa se propõe.
Funcional: 
Caracteriza-se por uma atividade econômica organizada, para a produção e
circulação de bens ou serviços, que se faz por meio de um estabelecimento e por vontade do empresário. É o critério adotado pela doutrina brasileira para a conceituação de empresa e, destarte, serve de parâmetro para todos os atos normativos que regem a atividade empresarial, notadamente o novo Código Civil.
EMPRESA
‹nº›
 De acordo com o novo Código Civil, empresário é todo aquele que 
exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção 
ou circulação de bens ou serviços (artigo 966). 
O novo Código Civil exclui ainda o profissional liberal, o artista e outros que
 exerçam atividade predominantemente intelectual, do conceito de empresário, 
ainda que tenham o concurso de auxiliares ou colaboradores. 
Porém, excepcionalmente os admite como empresários caso seja adotada uma estrutura empresarial, organizando força de trabalho alheia que constitua elemento da empresa. Assim, a título de exemplo, um médico que contrata outros médicos, enfermeiras, secretária, formando assim uma clínica com estrutura empresarial, e não um singelo consultório, será caracterizado como empresário.
EMPRESA e EMPRESÁRIO
‹nº›
Definição Legal:
 
Código Civil, art. 966: 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. 
Parágrafo único: 
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, 
de natureza científica,literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares 
ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa. 
EMPRESÁRIO
‹nº›
Conceito e excepcionalidades:
"Aquele que exerce atividade empresarial, ou seja, que exerce atividade mediante profissionalismo (habitualidade e pessoalidade), economicidade (finalidade lucrativa), organização (fatores de produção: capital, insumos, mão de obra e tecnologia) para a produção ou circulação de bens ou serviços". Exceto aqueles que exercem atividade:
 Intelectual – uso do intelecto e da inteligência. Como trabalho é ação, trabalho intelectual é aquele que provêm da inteligência criadora do ser humano. Trabalho intelectual é o que representa criação e recriação de seu autor. Estes profissionais aqueles que produzem bens ou serviços sem que haja organização dos fatores de produção; ou seja, nos casos em que estes fatores são meramente acidentais. 
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
Conceito
 Científico – é o trabalho intelectual diretamente dirigido à pesquisa, à investigação metódica e coordenada a partir de evidências e experiências. É o que faz ciência. E a ciência, sob a especulação filosófica, inclui pelo menos três tipos de questões: a) relativas ao método de cada ciência; b) relativas ao tipo de conhecimento alcançado; c) relativas à filosofia da natureza possível. Logo, não tem natureza científica o trabalho que não envolve essas qualidades e, conseqüentemente, não estará albergado pela norma de exceção ao vínculo de emprego. 
 Artístico – trabalho de natureza artística é o que consiste em produção de arte em todas as suas formas de manifestação, literária, musical, corporal, pintura, escultura, desenho, gráfica, artesanato etc., criando, interpretando ou reproduzindo. 
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
O empresário é a pessoa física ou jurídica que faz funcionar a empresa, desempenhando atividade econômica, organizada para produzir ou fazer
 circular bens ou serviços e satisfazer as necessidades alheias.
Os empresários, individuais ou coletivos (sociedades empresárias) não podem 
cumprir seu papel na vida econômica e jurídica senão por intermédio de uma empresa. A idéia de empresa, como categoria fundamental do direito comercial, 
já se impôs nos estudos da disciplina jurídica e nos pronunciamentos 
jurisprudenciais de nossos tribunais.
 
EMPRESÁRIO e EMPRESA
‹nº›
A figuração que o leigo faz de empresa é no sentido objetivo de sua materialização. Daí a confusão entre empresa e estabelecimento comercial, e, no mesmo sentido, entre empresa e sociedade. É preciso compreender que a empresa, como entidade jurídica, é um conceito abstrato.
A doutrina orienta-se sob a conceituação de empresa ao situá-la como
exercício de uma atividade. No direito brasileiro, não se pode falar em 
personificação daempresa, sendo ela encarada como simples objeto de direito.
Distinção entre empresa e sociedade: verifica-se na sociedade o sujeito de
direito, e na empresa, mesmo como exercício de atividade, o objeto de direito.
 
EMPRESÁRIO e EMPRESA
‹nº›
Outra distinção fácil é a de que empresa pode ser o exercício da atividade
individual, de pessoa natural, ou pela pessoa jurídica, a empresa coletiva, exercida por
sociedade. A empresa, assim, não pressupõe, necessariamente, uma sociedade.
Além disso, pode haver sociedade empresária sem empresa. Duas pessoas,
por exemplo, assinam o contrato social e o registram na Junta Comercial. Eis aí a
sociedade, e, enquanto estiver inativa, a empresa não surge.
O registro empresarial, então, não é constitutivo da condição de
empresário, mas simplesmente declaratório. Assim, considera-se empresário de
fato aquele que exerce as atividades descritas no art. 966 do Código Civil, mesmo que
não esteja devidamente inscritos na Junta Comercial.
 
EMPRESÁRIO e EMPRESA
‹nº›
O empresário pode exercitar a atividade empresarial individualmente: será
então um empresário individual(pessoa natural). Mas o sujeito de direito pode também revestir-se de forma societária: a sociedade empresária exercita a atividade
empresária, posto que o “empresário” seria a sociedade.
O Código Civil também adotou o princípio anterior de pluralidade nas
sociedades, pois seu art. 981 dispõe: “Celebram contrato de sociedade as pessoas 
que reciprocamente...”, portanto, uma pessoa não é sociedade, 
mesmo sendo titular de uma empresa.
 
EMPRESÁRIO e EMPRESA
‹nº›
Condições e Capacidades para ser Empresário
 CAPACIDADE
 DESIMPEDIMENTO
 EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EMPRESARIAL
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
CAPACIDADE
Legalmente, o empresário deve ter capacidade civil, isto é, ser maior de dezoito 
anos de idade, ou sendo menor, estar emancipado, como permite o Código Civil, 
ao menor de dezoito e maior de dezesseis anos de idade por iniciativa dos pais 
ou do juiz, ou pelo casamento, ouexercício de emprego público efetivo, ou colação 
de grau em curso de ensino superior, ou estabelecimento civil ou comercial 
ou relação de emprego, se o menor tem dezesseis anos completos
 e economia própria.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
CAPACIDADE
No entanto, observada a conveniência de cada caso específico, o menor absolutamente incapaz ou relativamente incapaz poderá exercer a atividade se houver recebido a empresa como herança (art. 974 C.C.),
 mediante autorização judicial.
O interditado não pode ser empresário, pela incapacidade absoluta, segundo nosso direito civil, e o interditado por prodigalidade depende da limitação imposta pelo juiz na sentença de interdição, mas sendo permitido, deverão ser assistidos pelo curador nomeado por juiz, por não poderem praticar atos de alienação de bens.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
LEGALMENTE IMPEDIDOS
Mesmo tendo capacidade civil, algumas pessoas estão impedidas de 
desempenhar atividade empresarial, ou de constituir empresa, por 
disposição da lei, que atualmente atinge os funcionários públicos em geral, 
o Presidente da República, os governadores, os prefeitos, os falidos, 
enquanto outras têm restringida a prática de certos ramos de comércio, 
como os médicos, para a venda de produtos farmacêuticos. O descumprimento 
da proibição ou restrição para o exercício do comércio está sujeito à penalidade imposta apenas nas leis administrativas e penal, prevendo as primeiras 
até a exoneração do serviço público.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
LEGALMENTE IMPEDIDOS
Agentes Políticos
· Membros do MP – Artigo 128 P. 5º, C – CF/88 e Artigo 44, III, Lei 8625/93.
· Magistrados – Lei Orgânica da Magistratura – L.C 35/79 Artigo 36, I.
· Deputados e Senadores: Artigo 54, II, A – CF/88.
· Deputados Estaduais e Vereadores – Artigo 29, IX, CF/88 – C. E G/89 Artigo 13, II, A.
· Membros do Executivo: Artigo 37, CF/88.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
LEGALMENTE IMPEDIDOS
b) SERVIDORES PÚBLICOS
· Lei 8112/90 – Artigo 117.
· Lei Antitruste – 8884/94, Artigo 6º, III.
c) FALIDOS (Lei 11.101/05)
d) PENALMENTE PROIBIDOS 
Código Penal – artigos 47 e 56 Logicamente, assim que a reabilitação penal é concedida, a proibição deixa de existir.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
LEGALMENTE IMPEDIDOS
e) ESTRANGEIROS: A Constituição Federal dispõe os casos em que é proibida a prática de determinadas atividades empresariais ao estrangeiro ou às sociedades com sede em outro país, ou constituídas sob a égide de leis estrangeiras. Essa limitação decorre dos Artigos 176 – e 222 CF/88 para o Turista da Lei nº 6815/80 em seus Artigos 98 e 99
· A proibição legal atinge somente o exercício individual do comércio, tendo caráter
pessoal; podem participar de empresas, na qualidade de acionistas, cotistas ou sócios comanditários; da mesma forma, o cônjuge daquele proibido de comerciar poderá exercer o comércio, exceto se a finalidade for a burla à lei.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
LEGALMENTE IMPEDIDOS
O ato praticado pelo proibido de comerciar é VÁLIDO, já que o mesmo não é
 incapaz, conforme preceitua o art. 973. Mas a pessoa que pratica o ato, estando proibido de fazê-lo, será passível de punição administrativa (como por 
exemplo a exoneração do cargo de servidos público), Responsabilidade 
pelas obrigações sociais e contravenção Penal, (art. 47) podendo ser aplicada 
pena por exercicio ilegal de profisão.
 
EMPRESÁRIO
‹nº›
…
...
 
REGIME JURÍDICO DE LIVRE INICIATIVA
‹nº›
Obrigações dos Empresarios
Para que a atividade empresarial se mantenha regular por todo o tempo 
em que existir, algumas obrigações são impostas aos comerciantes.
ARQUIVAR: atos constitucionais na Junta Comercial
ESCRITURAR regularmente os livros comerciais, além dos facultativos que 
porventura façam a opção de utilizar.
LEVANTAR o balanço patrimonial periodicamente, entendendo-se
Como obrigatório o levantamento, no mínimo, anual.
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Órgãos de Registro de Empresa
As normas de registro de empresas mercantis estão disciplinadas na Lei 8.934/94,
Lei do Registro Público das Empresas Mercantis e Atividades Afins (LRE).
A lei dispõe sobre os órgãos que compõem o sistema de registros, suas atribuições,
As regras para registros de empresas, etc
SINREM – Sistema Nacional de Registros das Empresas Mercantis;
DNRC – Departamento Nacional de Registros do Comércio
JUNTAS COMERCIAIS -
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Atos de Registro de Empresa
A lei 8.934/94 compreende de forma muito simples três atos:
MATRÍCULA
ARQUIVAMENTO
AUTENTICAÇÃO
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Atos de Registro de Empresa
MATRÍCULA
Se refere aos agentes auxiliares do comércio.
São matriculados nas Juntas Comerciais, sob a supervisão e segundo as normas do DNRC, os leiloeiros, tradutores públicos, administradores de armazén-gerais, trapicheiros, (responsáveis por armazéns gerais de menor porte destinados à imporação e exportação), entre outros.
A matrícula é uma condição para que eles possam exercer 
tais atividades paracomerciais.
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Atos de Registro de Empresa
ARQUIVAMENTO
É o ato pelo qual os comerciantes, pessoas físicas ou jurídicas, fazem o 
seu registro nas Juntas Comerciais. Diz respeito ao comerciante individual 
e a sociedade comerciail.
Compreende atos de constituição, alteração e dissolução 
da empresa e das sociedades.
O contrato e o Estatuto Social são aquivados perante a Junta Comercial.
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Atos de Registro de Empresa
AUTENTICAÇÃO
Refere-se aos instrumentos de escrituração, ou seja, aos livros comerciais.
A autenticação é condição de regularidade dos referidos documentos.
Assim, um livro comercial, deve ser levado à Junta Comercial para
 autenticação, e neste ato terá todos os requisitos que devem 
ser observados na escrituração fiscalizados..
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Inatividade da Empresa Mercantil
É considerada inativa a firma individual ou a sociedade comercial que, durante 10 anos consecutivos, não arquivar nenhuma alteração contratual ou não comunicar à Junta Comercial que se encontra em atividade, tendo seu registro cancelado.
É importante, pois é com o registro que o nome empresarial passa a gozar de 
proteção jurídica. Em não cumprindo o arquivamento dos atos constitutivos 
passa a ser considerado irregular ou de fato.
O arquivamento não é pressuposto para exercer a atividade comercial, mas esta 
será irregular se não for realizado e sofrerá restrições de benefícios e sanções
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Sanções impostas ao comerciante irregular ou de fato
Lei de Falências, art. 97: o credor empresário que não comprova sua regularidade não tem legitimidade ativa para requerer a falência de outro comerciante, embora possa habilitar o seu crédito. Pode, contudo, ter sua falência decretada a pedido dos seus credores, assim como pedir autofalência.
Lei de Falências, art. 48: o devedor irregular ou de fato não pode requerer os benefícios da recuperação de empresas
Lei de Falências, art. 178: considera-se crime falimentar a inexistência dos livros obrigatórios ou sua escrituração atrasada, lacunosa, defeituosa ou confusa.
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Sanções impostas ao comerciante irregular ou de fato
Código de Processo Civil, art. 379: os livros comerciais, que preencham os 
requisitos exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no
 litígio entre comerciantes.
Portanto, a irregularidade poderá ser utilizada no processo para provar 
o descaso do comerciante para com sua atividade fim.
Assim, a escrituração regular de livros comerciais é obrigatória.
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
Obrigação de levantar balanço patrimonial
O Balanço Patrimonial objetiva demonstrar o ativo, o passivo e o circulante das empresas e firmas individuais, dentre outros dados contábeis da atividade.
Em regra a periodicidade para a elaboração é anual. E existem 
consequênciasdecorrentes do descumprimento como:
Sanção penal decorrente do arti. 168, parágrafo primeiro da Lei de Falências;
Dificuldade de acesso a crédito bancário;
Impossibilidade de participar de licitações;
Não poderá impetrar recuperação judiciail.
 
REGISTRO DE EMPRESAS
‹nº›
CONCEITO
É conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo 
empresário para o desenvolvimento de sua atividade econômica. 
Assim, torna-se forçoso concluir que o estabelecimento comercial 
não se refere apenas ao local em si considerado, mas também ao acervo de bens. 
Segundo a doutrina, o fundo de comércio apresenta 
natureza jurídica de universalidade de fato. Essa universalidade de 
bens (reunidos, organizados) pode apresentar valor econômico 
superior à de seus bens separados.
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
CONCEITO
O fundo de comércio compõe o patrimônio do comerciante, 
mas não necessariamente corresponde à totalidade desse patrimônio, 
pois o comerciante pode possuir bens não utilizados em sua atividade 
econômica, como, por exemplo, uma casa de praia, uma fazenda, um iate. 
Conclui-se, por conseguinte, que o fundo de comércio e o
 patrimônio do comerciante são institutos jurídicos distintos.
A Lei n.º 10.406/2002 define-o como:
 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, 
para o exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
CONCEITO
De acordo com Fábio Ulhoa Coelho, fundo de comércio é o 
“complexo de bens, materiais e imateriais, que constituem o 
instrumento utilizado pelo comerciante para a exploração de 
determinada atividade mercantil”.
 
	Para Rubens Requião o “fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial é o instrumento da atividade do empresário. Com ele 
o empresário comercial aparelha-se para exercer sua atividade". 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
CONCEITO
Forma o fundo de comércio a base física da empresa, 
constituindo um instrumento da atividade empresarial. 
O Código italiano o define como o complexo dos bens organizados 
pelo empresário, para o exercício da empresa. 
Pode-se perceber que o estabelecimento empresarial é um
 instrumento indissociável da empresa, sem o qual não é possível
 a prática da exploração empresarial.
 Razão pela qual apresentar valor superior a de seus bens separados.
É por isso que o fundo de comércio e o 
patrimônio do comerciante são institutos jurídicos distintos
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
ALIENAÇÃO DO FUNDO DE COMÉRCIO
O Estabelecimento Empresarial, por integrar o patrimônio do empresário, 
é também a garantia dos seus credores.
É por isto que a alienação do estabelecimento está sujeita à observância de cautelas específicas, que a lei criou por tutela dos interesses dos credores de seus titular.
Deverá ser arquiva na Junta Comercial e publicado pela imprensa oficial.
Se opera por meio do trespasse – contrato de alienação que permite a transferência do fundo de comércio de um comerciante para o outro.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
ALIENAÇÃO DO FUNDO DE COMÉRCIO
O objeto da venda é o complexo de bens corpóres e incorpóreos, envolvidos com a exploração de uma atividade empresarial.
É preciso a anuência dos credores, de forma expressa ou tácita, em 30 dias.
O adquirente será sucessor do alienante, podendo os credores deste demandar aquele para cobrança de seus créditos.
O contrato de trespase pode dispor especificamente acerca da transferÊncia, total ou parcial, do passivo, por ato volitivo das partes contratantes.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
ALIENAÇÃO DO FUNDO DE COMÉRCIO
Créditos Trabalhistas: CLT, art. 448: consagra a imunidade dos contratos de trabalho em face da mudança na propriedade ou estrutura jurídica da empresa, o empregado pode demandar o adquirente ou o alienante, indiferentemente.
Créditos Fiscais: CTN, art. 133: em que a responsabilidade do adquirente será subsidiária, se o alienante continuar a exercer atividade econômica; ou integral, se o alienante não mais explorar o comércio.
O adquirente do estabelecimento terá direito de regresso em razão dos encargos assumidos junto ao credor trabalhista ou fiscal antecessor.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
BENS CORPÓREOS
São as mercadorias, equipamentos, instalações, veículos, etc.
Não interessam ao Direito Comercial porque a sua proteção jurídica cabe ao 
Direito Civil (proteção possessória, responsabilidade civil) e ao 
Direito Penal (crime de dano, roubo, etc).
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
BENS INCORPÓREOS
Os elementos incorpóreos que compõem o fundo de comércio são:
PONTO COMERCIAL
NOME EMPRESARIAL
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
PONTO COMERCIAL
Dentre os elementos do estabelecimento empresarial, figura o chamado 
PONTO
que compreende o local específico em que ele se encontra – 
ao localização do estabelecimento empresarial.
Se encontra estabelecido em imóvel de sua propriedade, a proteção jurídica deste valor se faz pelas normas ordinárias de tutela da propriedade imobiliária do direito civil. Já, se está estabelecido em imóvel alheio, que locou, a proteção do valor agregado pelo estabelecimento seguirá a disciplina da locação não-residencial caracterizada pela legislação de locação.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO
é elemento de identificação do estabelecimento empresaria 
não se confunde com o 
nome empresarial, 
que identifica o sujeito de direito empresário, 
nem com a marca, 
identidade do produto.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
TÍTULO DO ESTABELECIMENTO
O titulo do estabelecimento não precisa, necessariamente, 
compor-se dos mesmos elementos lingüísticos presentes 
no nome empresarial e na marca. 
Uma sociedade empresária pode chamar-se “Comércio e Indústria Antonio Silva & Cia Ltda.”ser titular da marca “Alvorada” e seu estabelecimento denominar-se “Loja da Esquina”. 
Terá ela direito de uso exclusivo das três expressões, observadas as peculiaridades da proteção jurídica deferida a cada uma delas.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
COMÉRCIO ELETRÔNICO
A utilização da internet para negociações é a realidade 
da nossa sociedade. Em razão disto, criou-se um novo tipo 
de estabelecimento comercial: o virtual. 
Distinto do estabelecimento físico, 
em razão dos meios de acessibilidade.
A natureza do bem ou serviço do objeto de negociação 
é irrelevante para a definição da virtualidade do estabelecimento.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
COMÉRCIO ELETRÔNICO
Comércio eletrônico, assim, significa os atos de circulação de bens, prestação ou intermediação 
de serviços em que as tratativas pré-contratuais e a celebração do contrato se fazem por 
transmissão e recebimento de dados por via eletrônica, normalmente no ambiente da internet.
São três os tipos de estabelecimentos virtuais:
B2B – Business to Business: em que os compradores são também empresários, 
e se destinam a negociar produtos;
B2C – Business to Consumer: em que os quem acessa o estabelecimento é o consumidor;
C2C – Consumer to Consumer: em que os negócios são feitos entre consumidores, em 
que o estabelecimento é apenas um meio para as negociações.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›
COMÉRCIO ELETRÔNICO
Os contratos celebrados via B2B regem-se pelas normas do regime contratual cível. 
Os celebrados via B2C, pelo direito do consumidor. 
No caso de contratos via C2C, as relações entre o empresário titular 
do estabelecimento virtual e os internautas regem-se também pelo direito 
do consumidor, mas o contrato celebrado entre os consumidores 
está sujeito ao regime contratual cível.
 
 
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
‹nº›NATUREZA E ESPÉCIE
O empresário, pessoa física ou jurídica, tem um nome empresarial, que é aquele com 
que se apresenta nas relações de fundo econômico. Quando se trata de empresário individual, 
o nome empresarial pode não coincidir com o civil; e, mesmo quando coincidentes, 
têm o nome civil e o empresarial naturezas diversas.
O nome empresarial não se confunde com outros elementos identificadores que habitam 
o comércio e a empresa, os quais têm, também, proteção jurídica, assim a marca, o nome
 de domínio e o título de estabelecimento. Enquanto o nome empresarial identifica o sujeito que exerce a empresa, o empresário, a marca idêntica, direta ou indiretamente, produtos 
ou serviços, o nome de domínio identifica a página na rede mundial de computadores 
e o título do estabelecimento, o ponto.
 
 
NOME EMPRESARIAL
‹nº›
NATUREZA E ESPÉCIE
Opta-se pela adoção de expressões idênticas ou assemelhadas, o que, a rigor, 
não tem nenhuma relevância jurídica, posto que nome empresarial, marca, 
nome de domínio e título de estabelecimento continuam a ser considerados 
institutos distintos, ainda quando possuírem um mesmo conteúdo e forma.
O direito contempla duas espécies de nome empresarial: 
a firma e a denominação, que se distinguem em dois planos a saber: 
quanto à estrutura e quanto à função.
 
 
NOME EMPRESARIAL
‹nº›
NATUREZA E ESPÉCIE
No tocante à estrutura, a firma só pode ter por base nome civil, do empresário individual 
ou dos sócios da sociedade empresarial. Já a denominação deve designar o objeto da empresa 
e pode adotar por base nome civil ou qualquer outra expressão lingüística – elemento fantasia.
“A Silva & Pereira Cométicos Ltda”- é um exemplo com base no nome civil.
“Alvorada Cométicos Ltda” – é um exemplo com base no elemento fantasia.
No tocante à função, os nomes empresariais se diferenciam na medida em que a firma,
 além de identidade do empresário, é também a sua assinatura, ao passo que a denominação 
é exclusivamente elemento de identificação de quem exerce a atividade empresarial, 
não prestando a outra função.
 
 
NOME EMPRESARIAL
‹nº›
ALTERAÇÃO
Pode ser alterado pela simples vontade do empresário ou dos sócios da empresa.
Causas para alteração do nome empresarial:
	OBRIGATÓRIAS
Saída, retirada, exclusão ou morte de um dos sócios;
Alteração da categoria do sócio;
Alienação do estabelecimento empresarial;
	
	COMPULSÓRIAS
Transformação do tipo societário;
Lesão à direito de outro empresário ou sociedade empresária
 
 
NOME EMPRESARIAL
‹nº›
PROTEÇÃO
Deve-se atentar para o fato de que o direito protégé o nome empreserial 
com vistas à tutela de dois diferentes interesses do empresário: 
de um lado, o interesse na preservação da clientela; de outro, o da preservação do crédito.
O titular de um nome empresarial tem o direito à exclusividade de uso, podendo impedir 
que outro empresário se identifique com nome idêntico ou semelhante, que possa 
provocar confusão em consumidores ou no meio empresarial. 
Assim, em caso de identidade ou semelhança de nomes, o empresário que anteriormente haja feito uso dele terá direito de obrigar o outro a acrescer ao seu nome distintivos suficientes, alterando-o totalmente, inclusive, se não houver outra forma de distingui-los com segurança.
 
 
NOME EMPRESARIAL
‹nº›
…
…
 
 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
‹nº›
CONCEITO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA
“pessoa jurídica de direito privado não-estatal, que explora empresarialmente seu objeto social ou a forma de sociedade por ações independentemente de sua forma de exploração do objeto”
Pessoa Jurídica e Atividade Empresarial
Pessoa jurídica empresária é aquela que exerce atividade econômica sob a forma de empresa.
Pessoas Jurídicas de Direito Público
União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios e autarquias
Pessoas Jurídicas de Direito Privado
Todas as demais
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO – II UND
‹nº›
Pessoas Jurídicas de Direito Público
Atendem a Supremacia dos Interesses Públicos
Pessoas Jurídicas de Direito Privado
Atendem à Isonomia e Igualdade dos Interesses
 Estatais Não-Estatais
 (capital formado por recursos públicos) (capital formado por recursos privados)
 
 Empresa Pública e a fundações, associações e 
 Sociedade de Economia Mista sociedades
 (simples e empresárias)
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
SOCIEDADE SIMPLES E SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Distinguem-se pelo modo de exploração do seu objeto
SIMPLES
(quando o objeto social é explorado sem profissionalismo, 
não estando organizado seus fatores de produção)
EMPRESÁRIA
(quando o modo de exploração for profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços)
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
PERSONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
“A pessoa jurídica da sociedade não se confunde com a pessoa física de seus sócios”
A sociedade empresária, como pessoa jurídica, é sujeito de direito personalizado, e poderá, por isso, praticar todo e qualquer ato ou negócio jurídico em relação ao qual inexistia proibição expressa.
A personalização da Sociedade Empresária gera três consequências.
Titularidade Negocial Titularidade Processual 
Responsabilidade Patrimonial
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
TITULARIDADE NEGOCIAL
A sociedade empresarial realiza negócios, mesmo que seja por representação 
de um dos seus sócios, é ela quem assume o pólo das relações negociais;
TITULARIDADE PROCESSUAL
A sociedade empresarial tem capacidade para ser parte em processo judicial, 
sendo ela e não seus sócios em direito autônomo e de resposta as demandas.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL
A sociedade empresarial possui patrimônio próprio, inconfundível e incomunicável com o patrimônio individual dos sócios. Em regra os sócios não respondem 
com seu patrimônio, mas existem exceções ao fato da sociedade 
Responder com seu patrimônio próprio.
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
MODIFICAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Transformação
Opera-se quando a sociedade passa de um tipo para outro.
Incorporação
Quando uma sociedade é absorvida por outra
Fusão
Duas ou mais sociedades se unem para formar uma terceira
Cisão
Quando uma sociedade transfere o seu patrimônio para outra sociedade
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
EXTINÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
(sempre por processo judicial ou extrajudicial)
Dissolução
Ato de desfazimento da constituição da sociedade
Liquidação
Visa à realização do ativo e o pagamento do passivo da sociedade
Partilha
Quando os sócios participam do acervo da sociedade
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
TIPOS SOCIETÁRIOS
Sociedade em Nome Coletivo – (N/C)
Sociedade em Comandita Simples – (C/S)
Sociedade em Comandita por Ações – (C/A)
Sociedade em Conta de Participação – (C/P)
Sociedade Limitada - (Ltda.)
Sociedade Anônima ou Companhia – (S/A)
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
CLASSIFICAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Em função do princípio da autonomia patrimonial da sociedade empresária, 
os sócios não respondem, em regra, pelas obrigações da sociedade.
Porém, isso é apenas no caso de a sociedade for solvente, ou seja, possuir bens em seu patrimônio suficientes para o integral cumprimentode todas as suas obrigações, sendo portanto, inatingível o patrimônio particular de cada sócio.
Sendo assim, a responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade é sempre subsidiária (CC, art. 1024 e CPC, art. 596), sempre posterior ao exaurimento do patrimônio social.
Assim, os sócios respondem pelas obrigações sociais, 
sempre de modo Subsidiário, mas limitada ou ilimitada. 
A ideia de limitação está relacionada a participação de cada sócio com o capital social
 
 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Classificação quanto à responsabilidade dos sócios pelas obrigações:
Sociedade ilimitada: todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. 
Há um único tipo de sociedade ilimitada: a sociedade em nome coletivo (N/C).
Sociedade mista: em que uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra limitada. Existem dois tipos societários: a sociedade em comandita simples (C/S), onde o sócio comanditado responde ilimitadamente pelas obrigações sociais e o comanditário responde de forma limitada; e a sociedade em comandita por ações (C/A), em que os sócios diretores respondem ilimitadamente e os demais de forma limitada.
Sociedade limitada: em que todos os sócios respondem de forma limitada. São desta categoria os tipos societários de: sociedade limitada (Ltda.) e sociedade anônima (S/A).
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Classificação quanto ao regime de constituição e dissolução:
Sociedades contratuais: cujo o ato constitutivo e regulamentar é o contrato social. Existindo regras de dissolução específicas quando ao direito de vontade dos majoritários e dos minoritários do quadro social, com dissolução por morte ou expulsão dos sócios. São sociedades contratuais: a sociedade em nome coletivo (N/C); a sociedade em comandita simples (C/S) e a sociedade limitada (Ltda.).
Rege-se pelo Código Civil.
Sociedades institucionais: cujo ato regulamentar é o estatuto social. Podendo ser dissolvidas por vontade da maioria societária e com causas exclusivas de dissolução como a intervenção e a liquidação extrajudicial. São sociedade institucionais: a sociedade anônima (S/A) e a sociedade em comandita por ações (C/A)
Rege-se pela Lei 6.404/76
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Classificação quanto às condições 
de alienação da participação societária:
Estão relacionadas a anuência ou não dos sócios em alienar participação na sociedade.
A participação societária contratual é denominada ‘cota’ ou ‘quota’; a de uma sociedade institucional é denominada ‘ação’. Se um adquirente for não-sócio é necessária anuência dos demais, se for parte do quadro associativo, é livre e incondicionada à concordância dos demais.
Sociedades de pessoas: em que os sócios têm direito de vetar o ingresso de estranho no quadro associativo. São desta classificação: a sociedade em nome coletivo (N/C); a sociedade em comandita simples (C/S) e a sociedade limitada (Ltda.) – sendo que para a Ltda. o contrato social poderá lhe conferir a natureza capitalística.
Sociedades de capital: em relação às quais vige o princípio da livre circulabilidade da participação societária. São desta classificação: a sociedade anônima (S/A) e a sociedade em comandita por ações (C/A)
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Sociedade Irregular ou "de fato"
A sociedade deve ser registrada assim com ocorre com o empresário
 individual, na Junta Comercial. 
O seu ato constitutivo (contrato social ou estatuto social) é o objeto do registro.
 
Que deve se dar anteriormente ao inícios das suas atividades.
A sociedade sem registro é uma sociedade de fato, e é caracterizada como COMUM.
Os sócios de uma sociedade comum responderão sempre de forma ilimitada 
pelas obrigaões da sociedade, mesmo que cláusula exista no ato constitutivo
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Desconsideração da Pessoa Jurídica
Pressupõe o mau uso da sociedade.
Como um todo (tipo societário) ou por um dos sócios.
É um instrumento de coibição das fraudes da pessoa jurídica.
Diferente de outros institutos como a anulação ou a dissolução, a 
desconsideração preserva a empresa, pois pode ocorrer de apenas um 
dos sócios se utilizar de fraude e isso não precisa atingir os demais sócios,
 os empregados, os fornecedores e a comunidade.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Sociedade de Garantia Solidária
É a possibilidade voltada aos microempresários e empresários de pequeno porte 
de oferecer garantias de acesso aos créditos financeiros empresariais. 
Podendo ter participação de pessoas físicas na condição de 
investidores ou participantes acionistas.
Constitui-se em Sociedade Anônima (S/A)
com fim específico
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Constituição das Sociedades Contratuais
A sociedade empresária nasce do encontro de vontades de seus sócios.
Este encontro, dependendo do tipo societário, será concretizado por um 
CONTRATO SOCIAL ou ESTATUTO SOCIAL
em que se definirão as normas disciplinadoras da vida societária.
Trata-se de um contrato de natureza jurídica plurilateral, em que converge para um mesmo objetivo comum a vontade dos contratantes, surgindo um novo sujeito de direito: a sociedade
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Requisitos de Validade do Contrato Social ou Estatuto Social
REQUISITOS GERAIS
São aqueles requisitos exigidos para todas as espécies de contratos:
1) Agente capaz: os sócios têm que ser capazes, aqui relembramos a capacidade civil;
2) Objeto possível e lícito: exemplo de impossibilidade do objeto é a construção de casas no céu; e de ilicitude do objeto é a sociedade ter como finalidade a exploração da prostituição.
3) Forma prescrita e não defesa (proibida) em lei: o contrato deverá ser escrito e poderá ser celebrado por instrumento público ou particular (excepcionalmente verbal).
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Requisitos de Validade do Contrato Social ou Estatuto Social
REQUISITOS ESPECÍFICOS
Além dos requisitos gerais, os contratos devem conter os requisitos específicos:
1) Capital social: previsão de capital social, devendo todos os sócios contribuir para a sua formação; (valor da empresa, especificado em contrato)
2) Participação nos resultados: os contratos deverão prever a participação dos sócios nos resultados da sociedade, positivos ou negativos, sem exclusão de nenhum.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Cláusulas Essenciais do Contrato Social ou Estatuto Social
A lei exige que o contrato social observe algumas condições para a efetivação 
de seu registro na Junta Comercial (art.56 da Lei nº 8884/94).
A) Espécie de sociedade: o contrato deve prever o tipo societário, que deve ser uma das cinco espécies determinadas pelo Código Civil.
B) Qualificação dos sócios e administradores: deve estar especificado no contrato o nome e a qualificação dos sócios e administradores, ou seja, a nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio, número de inscrição no CPF e Registro geral de identidade.
C) Objeto social: o contrato deve esclarecer qual será a atividade a ser desenvolvida pela sociedade.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Cláusulas Essenciais do Contrato Social ou Estatuto Social
D) Capital social e cotas dos sócios: o contrato deverá designar o capital social, as cotas pertencentes aos sócios e a forma de integralização.
E) Nome empresarial: o nome adotado deverá estar previsto no contrato social.
F) Sede: o contrato deverá conter o endereço da sede da sociedade.
G) Prazo de duração: as sociedades podem ser contratadas por prazo determinado ou indeterminado, prazo este que deve estar previsto em contrato.
H) Responsabilidade dos sócios: deverá estar prevista a forma de responsabilidade dos sócios, limitada ou ilimitada.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Deveres dos Sócios
Os sócios das sociedades contratuais submetem-se a um regimejurídico próprio, 
às regras específicas. A disciplina dos sócios deriva da lei e do contrato social.
a) Integralizar o capital social subscrito: se o sócio não cumpre com a obrigação de integralização do capital social, é denominado sócio remisso. 
Nesse caso, deverá indenizar a sociedade pelos prejuízos sofridos com o atraso no pagamento e, permanecendo inadimplente, poderá se ver excluído da sociedade, com redução do capital social, ou ainda, poderão os demais sócios tomar para si ou atribuir a terceiros as cotas pertencentes ao sócio remisso.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Deveres dos Sócios
b) Participar dos resultados negativos da sociedade: deverá o sócio suportar as perdas sociais, responsabilizando-se, limitada ou ilimitadamente, de conformidade com a previsão legal ou contratual.
c) Ser leal e ético: o sócio deverá comprometer-se com a sociedade, auxiliando no seu desenvolvimento.
d) Cumprir as determinações do contrato social.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Direitos dos Sócios
a) Participar dos lucros da sociedade: todos os sócios têm o direito de participação nos lucros da sociedade, sendo vedada a sua exclusão dessa participação.
b) Administração da sociedade: o sócio terá o direito de fiscalizar e interferir na administração da sociedade.
c) Prestação de contas: poderá exigir o sócio a prestação de contas dos administradores da sociedade.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Direitos dos Sócios
c) Direito de retirada: o sócio terá o direito de retirar-se da sociedade, obedecendo às condições estabelecidas no contrato social e recebendo sua cota parte. 
Se a sociedade foi contratada por prazo indeterminado, deverá o sócio notificar os demais sócios com antecedência mínima de 60 dias, mas, se a sociedade tiver prazo determinado, só poderá o sócio retirar-se, caso haja justa causa para tal. 
Na sociedade limitada, o sócio dissidente (sócio que não concorda com a alteração do contrato social, fusão ou incorporação da sociedade) poderá retirar-se no prazo de 30 dias da deliberação.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Direitos dos Sócios
c) Direito de retirada: o sócio terá o direito de retirar-se da sociedade, obedecendo às condições estabelecidas no contrato social e recebendo sua cota parte. 
Se a sociedade foi contratada por prazo indeterminado, deverá o sócio notificar os demais sócios com antecedência mínima de 60 dias, mas, se a sociedade tiver prazo determinado, só poderá o sócio retirar-se, caso haja justa causa para tal. 
Na sociedade limitada, o sócio dissidente (sócio que não concorda com a alteração do contrato social, fusão ou incorporação da sociedade) poderá retirar-se no prazo de 30 dias da deliberação.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
Exclusão dos Sócios
O sócio só poderá ser excluído da sociedade pelos demais sócios, 
se houver uma justificativa legal. 
São hipóteses de exclusão:
a) Mora na integralização: dá-se a mora na integralização, quando o sócio não efetua o pagamento do valor correspondente às cotas subscritas.
b) Justa causa: quando o sócio descumpre as obrigações constantes no contrato social e na lei, agindo de má-fé e contra os interesses da sociedade.
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
‹nº›
SOCIEDADE em NOME COLETIVO
São sociedades de pessoas, constituídas por contrato social, 
Somente podendo integrar seu quadro associativo pessoas físicas 
(art.1.039 do Código Civil).
A responsabilidade dos sócios será sempre subsidiária e ilimitada 
Perante terceiros, podendo o contrato social prever a limitação 
da responsabilidade dos sócios entre si.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em NOME COLETIVO
A composição de seu nome empresarial deverá ser feita mediante 
firma, podendo constar o nome civil de um ou mais sócios, 
acompanhado da expressão “e companhia”.
Somente o sócio poderá administrar a sociedade, sendo vedada 
tal função a terceiros estranhos ao quadro associativo.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em NOME COLETIVO
Dissolve-se a sociedade, quando ocorrer:
I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
II - o consenso unânime dos sócios;
III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em NOME COLETIVO
A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, 
a requerimento de qualquer dos sócios, quando:
I - anulada a sua constituição;
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.
O contrato pode prever outras causas de dissolução, 
a serem verificadas judicialmente, quando contestadas.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em COMANDITA SIMPLES
São sociedades constituídas por contrato social, de pessoas ou 
mista e com capital dividido em cotas.
Possui dois tipos de sócios: 
os comanditados, que respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais, e 
os comanditários, que respondem limitadamente, 
embora ambas as responsabilidades sejam sempre subsidiárias.
Os sócios comanditados só poderão ser pessoas físicas, em razão de sua responsabilidade. 
Já os sócios comanditários poderão ser pessoas físicas ou jurídicas.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em COMANDITA SIMPLES
Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar 
as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome 
na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado. 
Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, 
para negócio determinado e com poderes especiais.
No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com os seus sucessores, que designarão quem os represente. 
Se a morte for do sócio comanditado, a sociedade se dissolverá parcialmente, 
se o contrato social não estipular de maneira diversa.
A sociedade dissolve-se pelas mesmas razões expostas acima, 
para a sociedade em nome coletivo.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADES por AÇÕES
 Temos, no sistema jurídico brasileiro, duas sociedades por ações: 
as sociedades anônimas e 
as sociedades em comandita por ações.
Sendo que as sociedades anônimas, possuem suas regras também aplicadas
 às sociedades em comandita por ações, com algumas pequenas singularidades.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADES ANÔNIMA
 As sociedades anônimas são também chamadas de sociedades institucionais, tendo seu capital dividido em ações e 
os titulares destas ações são denominados acionistas.
É uma sociedade de capital, pois as ações são negociadas livremente, 
não podendo os acionistas vetar o ingresso de estranho ao quadro social.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADES ANÔNIMA
 A sociedade anônima, independentemente de qual seja seu objeto social, 
será sempre uma sociedade empresária. 
Assim, ainda que o objeto da sociedade anônima seja civil, 
esta será sempre empresária.
Segundo o art. 2º da Lei das Sociedades por ações (LSA), pode ser objeto
 da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, 
à ordem pública e aos bons costumes.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADES ANÔNIMA
 
A sociedade pode ter por objetivo participar de outras sociedades.
 
Ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio 
de realizar o objetivo social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.
Será constituída por meio de estatutosocial, que definirá o objetivo 
de modo preciso e completo.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
 
Uma das características deste tipo societário é a responsabilidade dos sócios ou acionistas que será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. 
Não existe, aqui, a responsabilidade solidária entre os sócios, 
como ocorre nas sociedades limitadas. 
Assim, se as ações estiverem totalmente integralizadas, 
o acionista não terá mais responsabilidade nenhuma.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
 
A sociedade será designada por denominação, acompanhada das expressões 
“companhia” ou “sociedade anônima”, expressas por extenso ou abreviadamente, 
mas vedada a utilização da primeira ao final. 
O nome do fundador, acionista, ou pessoa, que por qualquer outro modo, 
tenha concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
 
As SOCIEDADES ANÔNIMAS ABERTAS são aquelas que admitem à negociação 
seus valores mobiliários no mercado de capitais (Bolsa ou mercado de balcão). 
Essas companhias emitem títulos que podem ser ofertados ao público, e somente os valores mobiliários de emissão de companhia registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados no mercado de valores mobiliários.
As SOCIEDADES ANÔNIMAS FECHADAS são aquelas que não admitem 
a negociação de seus valores mobiliários no mercado de capitais. 
Assim, não oferecem seus títulos ou ações ao público. E sim por representação de instituições financeiras ou por corretora de ações.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal, que, 
ao lado do Banco Central, realiza o controle e a supervisão do mercado 
de capitais, obedecendo às regras do Conselho Monetário Nacional.
O mercado de capitais é composto da Bolsa de Valores e do Mercado de Balcão.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
 
A Bolsa de Valores é uma entidade privada, constituída pela associação 
de sociedades corretoras, que exercem a negociação de valores mobiliários, 
com monopólio territorial. 
Dependem da autorização do Banco Central para serem criadas e
 são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
O Mercado de balcão constitui-se em toda operação de valores 
mobiliários realizada fora da Bolsa de Valores, por meio de instituição 
financeira ou sociedade corretora.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
A Bolsa de Valores opera somente no mercado secundário, 
pois realiza a venda e a compra de ações; 
já o Mercado de Balcão opera no mercado primário e secundário, pois, além de comprar e vender ações, também subscreve os valores mobiliários, ou seja, 
a emissão de novas ações só poderá ser feita por meio do mercado de balcão.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Valores Mobiliários; 
As sociedades anônimas podem emitir títulos de investimentos ou valores mobiliários, para a captação de recursos para a realização da atividade empresarial.
Os principais títulos emitidos por uma sociedade anônima são:
Ações, debentures, partes beneficiárias, bônus de subscrição
 e commercial paper (nota promissória)
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
AÇÕES
As ações são valores mobiliários que representam frações do capital social, que concedem ao seu títular a qualidade de acionista da companhia, além de um conjunto de direitos e deveres.
Qual o valor de uma ação?
Segundo Fábio Ulhoa Coelho as ações possuem valores:
Nominal, patrimonial, de negociação e econômico.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Ações de Valor nominal:
É o valor obtido pela simples divisão do capital social pelo número de ações. O estatuto fixará o número de ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações terão ou não, valor nominal. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal.
Ações de Valor patrimonial:
Resulta da divisão do patrimônio líquido da companhia pelo número de ações. É o valor a que tem direito o acionista na liquidação da sociedade ou amortização da ação.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Ações de Valor de negociação:
É o valor obtido na sua venda, que pode variar em razão de uma série de fatores, tais como comportamento do mercado, desempenho da companhia e outros.
Ações de Valor econômico:
É obtido por meio de avaliação técnica específica e diz respeito ao valor que poderá ser pago por uma ação em razão da rentabilidade da companhia.
Ações de Valor preço de emissão:
É fixado pelos fundadores da companhia sendo o preço pago por quem subscreve a ação. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
AÇÕES
As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
Ações ordinárias:
São as ações comuns, que conferem aos seus titulares direitos comuns de acionistas: voto, participação nos lucros e perda da sociedade, sem privilégios ou limitações. São consideradas ações de emissão obrigatória.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Ações preferenciais:
São aquelas ações que concedem aos seus titulares certas vantagens. As preferências ou vantagens da ações preferenciais podem consistir em prioridade na distribuição dos dividendo, prioridade em reembolso ou prêmios, cumulações
Ações de fruição:
Também chamadas de ações de gozo, são aquelas atribuídas ao acionista que amortizou suas ações ordinárias ou preferênciais. São mantidos todos os direitos da ação amortizada.
Amortização significa a distribuição ao acionista, sem redução do capital social e a título de antecipação, o valor a que teria direito em caso de liquidação da sociedade.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
PARTES BENEFICIÁRIAS
São títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital social.
Conferem aos seus títulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais.
Porém, cabe apenas as companhias de capital fechado, às companhia de capital social aberto é vedado emitir partes beneficiárias.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
DEBÊNTURES
Conferem aos seus titulares direito de crédito contral ela, nas condições constantes da escritura de emissão, e se houver, do certificado, ou seja, assemelha-se a um empréstimo feito pela companhia, sendo o credor o debenturista.
A debênture terá valor nominal expresseo em moeda nacional, salvo em casos específicos o valor será em moeda estrangeira.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
Confere aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de subscrever ações do capital social, que será exercido mediante apresentação do título à companhia e pagamento do preço de emissão das ações.
Os bônus podem ser alienados pela companhia ou por ela atribuídos, como vantagem adicional, aos subscritores de emissões de suas ações ou debêntures.
Os acionistas da companhia gozarão de preferência para subscrever a emissão do bônus.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
COMMERCIAL PAPER
É uma espécie de nota promissória destinada à captação de recursos 
com o público em geral, devendo ser restituído no prazo de 30 a 180 dias.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
ÓRGÃOSDA SOCIEDADE ANÔNIMA
Em regra, a companhia possui quartro órgão principais, que são:
Assembléia Geral;
Conselho de Administração;
Diretoria
Conselho Fiscal
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Assembléia Geral
É o órgão máximo da companhia, sendo convocada e instalada de acordo 
com a lei e o estatuto; tem poderes para decidir todos os negócios relativos 
ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes 
à sua defesa e desenvolvimento.
As deliberações da assembléia geral, ressalvadas as exceções previstas em lei, serão tomadas por maioria absoluta de votos, 
não se computando os votos em branco.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Assembléia Geral
Anualmente deverá haver uma assembléia geral para:
I) Tomas as contas dos administradores, examinar, discutir e votas as demonstrações financeira’;
II) Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;
III) Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso;
IV) Aprovar a correção da expressão monetária do capital social.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Conselho de Administração
A administração da companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administração e à diretoria, ou somente à diretoria.
O conselho de administração é o órgão de deliberação colegiada, sendo a representação da companhia privativa dos diretores. As companhia abertas terão obrigatóriamente, conselho de administração; nas fechadas este órgão é facultativo.
O conselho de administração é composto por, no mínimo, 3 (três) membros, 
eleitos pela assembléia geral e por ela destituíveis a qualquer tempo.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Conselho de Administração
Compete ao conselho:
I) Fixar a orientação geral dos negócios da companhia;
II) Eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispuser o estatuto;
III) Fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
V) manifestar-se, previamente, sobre atos ou contratos, quando o estatuto assim o exigir;
VI) Manifestar-se, previamente, sobre atos ou contratos, quando o estatuto assim o exigir;
VII) deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscrição;
VIII) autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros;
IX) Escolher e destituir os auditores independentes, se houver.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Diretoria
Representará a companhia e executará as deliberações do Conselho de Administração e da Assembléia Geral, sendo composta por 2 (dois) ou mais 
diretores, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo conselho de 
administração, ou, se inexistentes, pela assembléia-geral.
Poderão ser eleitos para membros dos órgão de administração pessoas naturais, devendo os membros do conselho de administração ser acionistas 
e os diretores residentes no país, acionistas ou não.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Conselho Fiscal
A companhia terá, obrigatoriamente, um conselho fiscal, e o estatuto disporá 
sobre seu funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais 
em que for instalado a pedido de acionistas.
O conselho fiscal será composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, 
eleitos pela assembléia-geral.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Conselho Fiscal
Compete ao conselho:
fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários;
Opinar sobre o relatorio annual da administração, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembléia-geral;
Opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem submetidas à assembléia-geral, relativas à modificação do capital social e outras questões.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
IV ) denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de administração e, se estes não tomarem as providências necessárias para a proteção dos interesses da companhia, à assembléia-geral, os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis à companhia;
V) convocar a assembléia-geral ordinária, se os órgãos da administração retardarem por mais de 1 (um) mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das assembléias as matérias que considerarem necessárias;
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
VI) analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia ;
VII) examinar as demonstrações financeiras do exercício social e sobre elas opinar;
VIII) exercer essas atribuições, durante a liquidação, tendo em vista as disposições especiais que as regulam.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Direitos e Deveres dos Acionistas
O acionista é o titular de ações da sociedade por ações, sendo a sua 
principal obrigação a de integralizar (efetuar o pagamento) 
das ações subscritas ou adquiridas.
Verificada a mora do acionista (não realização do pagamento),
 a companhia pode, à sua escolha:
I) promover contra o acionista, e os que com ele forem solidariamente responsáveis, processo de execução para cobrar as importâncias devidas; ou
II) mandar vender as ações em bolsa de valores, por conta e risco do acionista.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Além do dever anterior, o acionista possui um 
conjunto de direitos assegurados por lei. 
Nem o estatuto social nem a assembléia-geral podem privar o acionista dos direitos:
I) participar dos lucros sociais;
II) participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
III) fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais;
IV) ter preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias
conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de
subscrição;
V) retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Demonstrações Financeiras
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir, com clareza, a situação do patrimônio
da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
I - balanço patrimonial: as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados: a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: 
o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial ; 
 as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
 as transferências parareser vas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
III - demonstração do resultado do exercício: a demonstração do resultado do exercício discriminará: 
a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; 
b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
d) o lucro ou prejuízo peracional, as receitas e despesas não operacionais; 
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
d) o lucro ou prejuízo peracional, as receitas e despesas não operacionais; 
e) o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
f) as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; 
g) o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos: a demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as modificações na posição financeira da companhia, discriminando: a) as origens dos recursos; b) as aplicações de recursos; c) o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido ; d) os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Dissolução da Companhia
Dissolve-se a companhia :
I - de pleno direito:
a) pelo término do prazo de duração;
b) nos casos previstos no estatuto ;
c) por deliberação da assembléia-geral;
d) pela existência de 1 (um) único acionista, verificada em assembléia-
geral ordinária, se o mínimo de 2 (dois) não for reconstituído até à do ano seguinte;
e) pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
II - por decisão judicial:
a) quando anulada a sua constituição, em ação proposta por qualquer
acionista;
b) quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta
por acionistas que representem 5% (cinco por cento) ou mais do capital
social ;
c) em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei;
III - por decisão de autoridade administrativa competente, nos casos e na
forma previstos em lei especial.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE ANÔNIMA
Após a dissolução, inicia-se a liquidação, na forma prevista no estatuto ou
determinada em Assembléia.
Assim, extingue-se a companhia: pelo encerramento da liquidação; ou
pela incorporação ou fusão, e pela cisão com versão de todo o patrimônio
em outras sociedades.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em COMANDITA POR AÇÕES
A sociedade em comandita por ações terá o capital dividido em ações 
E reger-se-á pelas normas relativas às companhias ou sociedades 
Anônimas, com algumas especificidades.
A principal característica que diferencia a Sociedade em Comandita 
Por Ações da Sociedade Anônima é o fato de aquela possuir duas espécies 
De sócios, aqueles que exercem cargo de administração (diretores) 
e os que não exercem.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE em COMANDITA POR AÇÕES
Apenas o sócio ou acionista tem qualidade para administrar ou gerir a
sociedade, e, como diretor ou gerente, responde, subsidiária mas ilimitada
e solidariamente, pelas obrigações da sociedade; os demais sócios
respondem subsidiária e limitadamente.
A assembléia-geral não pode, sem o consentimento dos diretores ou
gerentes, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de
duração, aumentar ou diminuir o capital social, emitir debêntures ou criar
partes beneficiárias nem aprovar a participação em grupo de sociedade.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE LIMITADA
É uma sociedade constituída por meio de contrato social, 
que é a base disciplinadora das relações entre os sócios 
e do desenvolvimento da atividade empresarial.
Essa sociedade é regulada pelo Código Civil 
em seus artigos 1.052 a 1.087.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE LIMITADA
No entanto, se essas normas apresentarem lacunas na solução de conflitos
oriundos das relações da sociedade, podem ser aplicadas supletivamente
outras normas, da seguinte forma:
a) o contrato social prevê, expressamente, a aplicação supletiva da Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6404/76);
b) o contrato é omisso, assim se aplicam, supletivamente, as normas destinadas às sociedades simples;
c) o contrato prevê, expressamente, a aplicação supletiva das normas regulamentadoras das sociedades simples (arts. 997 a 1.032 do Código
Civil).
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE LIMITADA
Fabio Ulhoa (2006, p.166) ensina que, dessa forma, surgem dois 
subtipos de sociedades limitadas:
Um, o das sociedades limitadas sujeitas ao regime de regência supletiva 
Das sociedades simples (subtipo I); outro, o das sujeitas ao regime de 
Regência supletiva das sociedades anônimas (subtipo II). 
Às sociedades do primeiro subtipo proponho chamar limitadas de vínculo instável, às do segundo, limitadas de vínculo estável.
Para o autor, essa diferença entre os dois subtipos repousa no fato 
 de o direito de retirada imotivada nas sociedades sem prazo estar 
presente no subtipo I e ser incabível na de subtipo II.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE LIMITADA
Responsabilidade Limitada dos Sócios
Um dos fatos que faz das sociedades limitadas as preferidas 
dentre as sociedades empresárias é a responsabilidade subsidiária 
e limitada de seus sócios.
De conformidade com o artigo 1.052 do Código Civil, na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem, solidariamente, pela integralização do capital social, ou seja, se o patrimônio da sociedade não for suficiente para o cumprimento das obrigações sociais (dívidas), os credores da sociedade
poderão responsabilizar o patrimônio pessoal dos sócios, 
no limite do valor do capital não integralizado.
TIPOS SOCIETÁRIOS ou ESPÉCIES DE SOCIEDADE
‹nº›
SOCIEDADE LIMITADA
Responsabilidade Limitada dos Sócios
Por exemplo:
5.000 cotas subscritas
Sócio A = 1.000 cotas - 1.000 integralizadas (valor pago);
Sócio B = 2.000 cotas - 1.000 integralizadas (deve o valor de 1.000 cotas);
Sócio C = 2.000 cotas - 2.000 integralizadas (valor pago).
Sendo insuficiente o patrimônio social para saldar as dívidas, poderão os credores executar qualquer dos sócios (A,B ou C), pelo valor não integralizado, ou seja, 1.000 cotas.
Os sócios A, B e C responderão, solidariamente, pelo valor das 1.000 não integralizadas. Se o sócio C efetuar esse pagamento (embora já tenha quitado sua par te), poderá regressar contra o sócio B para efetuar a cobrança
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