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Parte 2 - Pragas Gerais

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PARTE II 
 
PRAGAS GERAIS 
 
 
Denominadas de pragas gerais são aqueles insetos que ocorrem em 
variados agroecossistemas ocasionando prejuízos, independente da cultura 
plantada. Três grupos são considerados de importância para a 
entomologia agrícola: as formigas cortadeiras, os cupins e os gafanhotos. 
 
FORMIGAS CORTADEIRAS 
 
Aproximadamente 8.000 espécies de formigas são identificadas, 
estando na subfamília Myrmicinae, as formigas de maior importância 
agrícola pelos danos ocasionados as plantas cultivadas. Entre as não 
cultivadoras de fungo - doceiras - destacam-se àquelas do gênero Solenopsis 
e, como cultivadoras de fungos as pertencentes aos gêneros Atta e 
Acromyrmex. As cultivadoras de fungos possuem hábitos de cortar e 
transportar partes de vegetais, flores e sementes. Tais hábitos tornam 
esses insetos pragas das plantas cultivadas, das florestas e das pastagens 
da América do Sul, Central e do Norte. 
 
Diferenciação dos gêneros: 
 
Atta Acromyrmex 
• Operárias com 3 pares de 
espinhos dorsais; 
• Operárias com 4 a 5 pares de 
espinhos dorsais; 
• Comprimento, geralmente, de 12 
a 15 mm; 
• Comprimento, geralmente, de 8 a 
10 mm; 
• Formigueiro (ninho) com sede 
aparente, devido ao monte de 
terra solta. 
• Formigueiro (ninho) não 
apresentando monte de terra 
solta. 
 
 
Espécies Constatadas no Nordeste: 
 
• Atta cephalotes - saúva-da-mata (MA, PE e BA); 
Tufo de pêlos finos na fronte, mas não no vértice da cabeça, ocelo anterior 
visível e os dois posteriores pequenos ou inexistentes; 
 
• Atta laevigata - saúva cabeça-de-vidro (MA, CE, PE, AL, BA) 
Soldado com a cabeça brilhante, desprovida de pêlos, com aparência de 
encerada; 
 31
• Atta opaciceps - saúva-do-sertão-do-nordeste (PI, CE, RN, PB, PE, SE) 
Cabeça desprovida de pêlos e opacas, os dois ocelos posteriores quase 
sempre presentes e inserção do tórax feita quase no meio da cabeça; 
 
• Atta sexdens sexdens - formiga-da-mandioca (MA, PI, CE, RN, PE, AL, 
SE e BA) 
Ocelos posteriores quase sempre ausentes e inserção do tórax acima do 
meio da cabeça. 
 
Acromyrmex coronatus - CE e BA 
Acromyrmex niger - CE 
Acromyrmex landolti landolti - MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL e BA 
Acromyrmex rugosus rugosus - MA, PI, CE, RN, PB, PE, SE e BA 
Acromyrmex subterraneus subterraneus - RN e CE 
Acromyrmex subterraneus molestans - CE 
Acromyrmex subterraneus bruneus - CE e BA 
OcelosPós-pecíoloPecíolo
Espinho
occipitais
 
Atta sp. 
EOCEOC EPL EMA EMP
ARP EPD
PEC
 
Acromyrmex sp. 
 
Fig. 1.5. Corpo em vista lateral e cabeça em frontal de Atta sp e 
Acromyrmex sp. com alguns importantes caracteres (Della Lucia 1993, p.11 
e 17, após Gonçalves 1942 e Mayé-Nunes 1991, respectivamente). EOC = 
espinhos occiptais; EPL = espinhos pronotais laterais; EMA = espinhos 
pronotais anteriores; ARP = arestas propodeais; EPD = espinhos 
propodeais; PEC = pecíolo. 
 
 32
Espécies de Atta mais comuns no Brasil: 
 
A. sexdens rubropilosa (saúva-limão) – muito comum em diversas áreas 
cultivadas e não cultivadas em PE. Indivíduos desta espécie quando 
esmagados liberam cheiro de limão; cortam preferencialmente 
dicotiledôneas e os soldados são coloração pardo a avermelhada; 
A. laevigata (saúva cabeça-de-vidro) - corta preferencialmente 
dicotiledôneas; soldado com cabeça muito brilhante, possui maior 
espessura do monte de terra solta; 
A. bisphaerica (saúva mata-pasto) - corta preferencialmente gramíneas; 
soldado apresentando cabeça em dois lobos característicos e monte de 
terra solta espalhado; 
A. capiguara (saúva-parda) - corta preferencialmente gramíneas, soldado 
quando esmagado cheira ranço e monte de terra solta fora da projeção 
das panelas ativas. 
 
Constituição de um sauveiro ou formigueiro: 
.Terra solta - monte de terra sobre as panelas ativas, exceto em A. 
capiguara; 
.Olheiro fora da terra solta - entrada de alimentação; 
.Olheiro sobre terra solta - utilizado para limpeza e enxameação; 
.Galerias - comunicação entre panelas; 
.Panelas - câmaras que podem contêr fungo, cria, lixo, terra solta ou vazia; 
.Trilhas - carreiros externos ao formigueiro, usados no deslocamento. 
 
Fig. 1.6. Esquema 
de um formigueiro 
de Atta capiguara e 
suas partes (Della 
Lucia, 1993, p. 33; 
redesenhado de 
Amante 1967). 
 
 
Fig. 1.7. Desenho 
esquemático de 
formigueiros de (a) 
Acromyrmex crassispinus, (b) 
A. laticeps laticeps, (c) A. 
subterraneus subterraneus, (d) 
A. landolti e, (e) A. striatus. 
(Della Lucia 1993, p. 37; 
após Gonçalves 1961). 
 a
b
c d e
 
 33
 Biologia: 
 
.Desenvolvimento - Holometábolo (ovo, larva, pupa e adulto); 
.Alimentação - micélio do fungo Leucoagaricus sp.; 
 
.CASTAS 
• Permanentes ‹Rainha (sexuada) 
 ‹Operárias (estéreis) .......... ‹Jardineiras (cuidam do cultivo do 
fungo) 
 ‹Cortadeiras 
 ‹Soldados 
 
• Temporárias ‹Rainhas (iças ou tanajuras) 
 ‹Machos (bitus) 
 
 Rainha “Rainha “
 
 
 
 
 
 
 
JB Torres
Macho “bitu”
tanajura”
JB Torres
Macho “bitu”
tanajura”
• Fundação do formigueiro 
.Primeira etapa - vôo nupcial ao início do sauveiro (30 a 60 min); 
acasalamentos a ± 1000 metros de altura; após acasalamento caem no 
solo, macho morre e as fêmeas cortam suas asas; 
 
.Segunda etapa - até a escavação da panela (6 a 8 horas); regurgito do 
esporo do fungo; 
 
.Terceira etapa - emergência dos primeiros adultos (80 a 100 dias); 
surgimento das larvas (± 30 dias após o vôo nupcial); surgimento das 
pupas (± 52 dias após o vôo nupcial); manutenção da colônia com ovos de 
alimentação e, posteriormente, com micélio do fungo cultivado e 
surgimento dos adultos (± 62 dias após o vôo nupcial); 
 
.Quarta etapa - revoada (ocorre anualmente no início do período 
chuvoso em formigueiros a partir de 38 meses de idade); sinal da revoada 
(limpeza constante dos olheiros de terra solta e movimentação intensa de 
soldados e operárias nas horas que antecedem a revoada). 
 
 
 
 34
 
www.blueboard.com/
Soldado Cortadeira
Pbase
Jardineiras
Rainha sexuada
JB Torres
www.blueboard.com/
Soldado Cortadeira
Pbase
Jardineiras
Rainha sexuada
JB Torres
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle: 
 
• Cultural 
Arações sucessivas para Acromyrmex e, em torno de formigueiros (± 200 m 
livres de gramíneas) de A. capiguara - panelas superficiais; 
 
• Biológico 
Durante a revoada, pássaros, lagartos e predadores em geral, permitem 
que somente 0,05% das tanajuras iniciem com sucesso um novo 
formigueiro; 
Diptera Phoridae (± 20 espécies) que parasitam operárias e soldados; 
Patógenos - fungos (?); 
Outras formigas predadoras e competidoras. 
 
• Químico 
 
Iscas granuladas 
 
Medir área de formigueiro - maior comprimento (C) versus maior largura 
(L) de terra solta (1 m2 de terra solta = 10 g de isca granulada); 
Iscas formuladas, com até 5% de princípio ativo, em casca de laranja que 
funciona como atrativo - problemas para as espécies que cortam 
gramíneas; 
Aplicação da isca em época seca; 
Distribuição nos olheiros e carreiros ativos 
Mirex - S (Sulfluramida 0,5%), 8 a 10 g/m2 de terra solta, em formigueiro 
de Atta e, 10 g/formigueiro de quenquém. 
 35
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norivaldo dos Anjos 
 
TecnigranRTecnigranR
Termonebulização 
 
Uso de 
termonebulizadores - 
aquecimento do óleo 
mineral presente na 
formulação do formicida, 
formando fumaça que 
veicula o princípio ativo; 
Sumifog - 
organofosforado; 
 
 
 
Decis Fog Formicida - Piretróide - 2,5 ml do preparado/m2 (80 ml de 
Decis em 920 ml de óleo mineral). Outros princípios ativos e marcas 
comerciais podem ser encontrados no Compêndio de Defensivos Agrícolas. 
Com breve descrição, a aplicação deve ser feitacom solo úmido, 
introduzindo o bico do termonebulizador em um olheiro ativo e a medida 
que iniciar a saída de fumaça em outros olheiros, esses devem ser 
tampados com terra. 
 
Gases liquefeitos 
 
Em forma líquida que se gaseifica em contato com o ar; 
Alto custo; 
Aplicado em época úmida; 
Bromex (brometo de metila) era o principal exemplo de utilização até a sua 
proibição para uso agrícola. 
 
 36
Pós secos 
 
Baixa eficiência; 
Aplicação em época seca; 
Uso de polvilhadora manual. 
 
 
Protetores 
 
Os protetores de plantas contra o ataque de 
formigas podem ser confeccionados de 
diferentes materiais, tendo o princípio 
básico de evitar que a formiga tenha acesso 
à planta ou suba na planta (caso de 
arbóreas). Pode ser utilizado garrfas 
plásticas com extremidades cortadas, 
equipamentos próprios (figuras abaixo), ou 
substâncias repelentes tipo graxa ou 
produtos comerciais para este fim. 
JB Torres
Plantetor
JB Torres
Plantetor
 
 
 
 
 
 
CUPINS 
 
Grupo de pragas generalistas que possui espécies ocasionando 
problemas tanto atacando madeira seca (instalações rurais e urbanas) como 
raízes (subterrâneos) e arborícolas (madeira verde). Para o Nordeste, em 
especial na Zona da Mata de Pernambuco, aqueles que atacam as raízes da 
cana-de-açúcar merecem atenção. 
 
Constituição de um cupinzeiro: 
 
Estrutura 
Câmara nupcial - rei e rainha com fecundações periódicas; 
Galerias - canais de comunicação; 
Bolsas de manutenção de condições de temperatura e umidade do 
cupinzeiro; 
Câmara de celulose 
 
 
 
 37
.Castas 
• Permanentes (ápteros) ‹Sexuadas ..... Rainha 
 Rei 
 
 
‹Estéreis 
 Operários - exercem todas as funções, 
brancas e sem olhos compostos e 
ocelos 
 Soldados ≠ mandíbulas 
 
• Temporários (aleluias) ‹Reis e rainhas para novos cupinzeiros 
 
 
M. Collins
Rainha
Rei
Soldado
Operários
M. Collins
Rainha
Rei
Soldado
Operários
Perpetuação: 
 
Fragmentação do ninho 
primitivo - separação 
natural ou por causa 
mecânica (como aração), 
com surgimento de 
formas sexuadas de 
substituição ou reposição; 
 
 
 
Adoção de casal real de outra enxameagem; 
Enxameagem ou revoada - ocorre no início da estação chuvosa e, 
geralmente, a tardezinha (crepúsculo); a rainha torna-se fisiogástrica 
(dilatação do abdome de 500 a 1000% o tamanho normal, ficando a rainha 
e rei, presos na câmara nupcial). 
 
 
 
 
 
 
 
A hipótese para a origem de formas reprodutivas é devido à 
alimentação de ninfas novas com saliva - alimentação estomodéica - não 
tendo a simbiose com protozoários como nos operários e soldados, o que 
permite o desenvolvimento do aparelho reprodutor. Indivíduos de 
reposição ou substituição são, também, conhecidos como neotênicos, por 
apresentarem condições de jovem, embora sejam caracterizados como 
indivíduos adultos. 
JB Torres
JB Torres
Asas após revoadaCasal em corte
JB Torres
JB Torres
Asas após revoadaCasal em corte
 
 38
Câmara de celulose
“Fungo”
Parte
superior
Parte superior
do canal de
ventilação
Parte inferior do
canal de
ventilação
Parte
subterrânea
 
 
 
Corte transversal do cupim de montículo Africano cultivador de fungo 
Macrotermes natalensis (Isoptera: Termitidae), mostrando suas partes 
(Gullan & Cranston, 1994). 
 
Alimentação: 
 
Alimento bruto - vegetais vivos e mortos, húmus, produtos vegetais e 
animais, canibalismo. 
 
Alimento elaborado - por trofolaxia com troca de alimento entre indivíduos 
pela boca (alimento estomodéico) ou pelo ânus (alimento proctodéico). 
 
A subfamília Macrotermitinae (Termitidae), também, cultiva fungos. 
 
História de vida: 
 
Logo após a cópula a fêmea inicia a postura, sendo que em, 
aproximadamente, 30 dias surgem às formas jovens. Estas são mantidas 
pelo casal real até locomoverem-se. O macho permanece na câmara nupcial 
com a fêmea fecundando-a periodicamente, ambos são alimentados pelos 
operários. Os operários carregam os ovos para locais apropriados. A 
 39
rainha pode depositar de 12 a 30.000 ovos por dia. A população de um 
cupinzeiro de Halotermes é em torno de 1000 indivíduos e de Termitidae 
pode chegar a milhões. 
 
 
Esquema do ciclo de vida comum dos cupins (Autor Celso Aluísio 
Graminha). 
 
 
Principais espécies: 
 
Termitidae - Cornitermes sp., Proconitermes sp., Syntermes sp., Nasutitermes 
sp.; 
Kalotermitidae - Cryptotermes e Neotermes; 
Rhinotermitidae - Heterotermes sp. 
 
 
• Syntermes - cupim de terra solta - 
tórax com laterais pontiagudas, 
alimenta-se de gramíneas, saindo 
durante a noite do ninho para 
cortá-las; 
 
 40
• Heterotermes - cupim subterrâneo 
- ataca sistema radicular das 
plantas e os soldados possuem 
mandíbulas longas e tórax com 
laterais arredondadas; 
 
• Procornitermes - cupim 
subterrâneo - soldados com 
mandíbulas curtas e tíbias 
anteriores com espinhos tão 
longos quanto os esporões 
apicais; 
 
• Cornitermes - cupim de montículo 
- soldados com mandíbulas curtas 
e tíbias anteriores com linha 
regular espinhos mais curtos que 
os esporões apicais, consomem 
matéria orgânica, empobrecendo 
o solo. 
 
 
JB Torres
Ninho aéreo de Nasutitermes sp. 
 
Controle: 
 
Biológico - Beauveria bassiana e 
Metarhizium anisopliae; 
 
Mecânico - destruição dos montículos 
com trator e broca cupinzeira; em 
associação com químico. 
 
Químico - Termonebulização 
montículo. Perfurar com uma alavanca até 
piretróide) por cupinzeiro; 
Fazer um corte no topo do 
atingir a câmara de celulose e introduzir o termonebulizador no orifício. 
Aplicar ± 4ml (Sumifog - organofosforado; Decis Fog Formicida - 
 41
Estes produtos não são registrados para cupins; 
 
Também, podem-se introduzir pastilhas de fosfina (Gastoxin) no orifício 
ito no topo do cupinzeiro e, fechá-lo novamente; 
missor no controle de 
upim. 
efetuando a destruição do cupinzeiro (montículo) e, posterior 
ea não tem metodologia de controle 
dequada, portanto, fazer rotação de culturas; amostragens com pedaços 
em de cupins. E, 
plicação de controle de cupins subterrâneos usando iscas tóxicas em 
fe
 
Inseticida Fipronil (regent) tem-se mostrado pro
c
Uso da broca cupinzeira (broca perfuradeira conectada ao diferencial do 
trator), 
pulverização com inseticida no local. 
 
Para cupins de terra solta e subterrân
a
de madeira, papelão, toletes de cana, após aração e antes do plantio; fazer 
tratamento preventivo (tratamento de sementes, sulco de plantio) nas 
áreas com constatação de infestação pela amostragem. 
 
Seqüência para disposição de iscas para amostrag
a
gramados. 
 
 SS
Ferramentas utilizadas
Preparo das iscas
Tratamento das
iscas com inseticidas
Isca instalada
Fotos JB Torres
Ferramentas utilizadas
Preparo das iscas
Tratamento das
iscas com inseticidas
Isca instalada
Fotos JB Torres
inal do ataque em gramadoinal do ataque em gramado
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42
GAFANHOTOS 
teros da família Acrididae. Embora, outros ortópteros 
onstituem em pragas importantes (grilos, paquinhas, etc), os gafanhotos 
são o
etos polífagos, que preferem gramíneas nativas, além de cana-de-
çúcar, milho, arroz e leguminosas. 
em diariamente 50% do seu peso 
orporal. 
tura (Rhammatocerus spp.) 
 
São Ortóp
c
s mais importantes e conhecidos causando perdas para a humanidade 
desde civilizações antes de Cristo. Estes insetos ocorrem em surtos 
esporádicos com altas populações, até mesmo em “nuvens” destruindo tudo 
o que encontra, sendo de difícil controle, mesmo com emprego de 
inseticidas. Portanto, torna-se preponderante que se conheça a biologia e 
comportamento das principais espéciesde ocorrência no Nordeste e no 
Brasil. 
 
São ins
a
 
A partir do quinto ínstar, consom
c
Podem atingir nuvens de 30 Km de comprimento por 2 Km de largura e 
30 m de al
 
Principais espécies: 
 África do Sul - Schistocerca gregaria 
Schistocerca cancelata 
erus schistocercoides 
 e Stiphra robusta 
•
• América do Sul - 
• Centro-Oeste do Brasil - Rhammatoc
• Nordeste do Brasil - Schistocerca pallens
 
Paurometabolia - ovo (solo), mosquito (1 e 2O ínstares), saltões (3, 4 e 5O 
stares) e adulto. 
tório Sul-Americano - Schistocerca spp. 
ín
 
• Gafanhoto migra
 
Efeito do tamanho da população 
 
Gregária - baixa população de saltões - adultos de coloração escura, fêmur 
osterior menor e asas desenvolvidas - dispersão em nuvens. p
 
Solitária - alta população de saltões - adulto de coloração palea semelhante 
 ninfas, fêmur posterior bastante desenvolvido e pronoto apresentando 
ência citada em MS, SP, SC, PR e RS - arroz, cana e milho. 
 
a
uma crista. 
 
Possui ocorr
 43
Postura - terreno firme e livre de vegetação - a fêmea abre o solo com 
closão - 15 a 75 dias, dependendo das condições, sendo conhecidas como 
Gafanhoto crioulo - Rhammatocerus schistocercoides 
Em 1984 a 1988, causou severos danos, 
e
d
P
 
 
Postura - Out-Nov, em áreas propícias. 
 
eunem-se em bandos após a eclosão, alimentando-se de gramíneas 
evereiro), mantêm-se em bandos chegando a até 500 
star, os bandos aumentam o movimento, ocupando áreas de 
 adultos e, 
 em nuvens entre cultivos e 
com as fêmeas tendo o 
gonapófises da extremidade do abdome. A profundidade ± 7 cm, é 
depositada de 50 a 120 ovos, aderidos por substância espumosa liberada 
simultaneamente a retirada do abdome, deixando os ovos numa disposição 
semelhante a uma espigueta (cartucho); 
 
E
mosquitos no primeiro e segundo ínstares e, saltões (terceiro, quarto e 
quinto ínstares), alimentando-se de milho, feijão, algodão, etc. 
 
• 
 es
Mosquitos e saltões - Nov-Dez 
Michel Lecoq
Rhammatocerus schistocercoid
nvolvendo MT, Vilhena em RO até à divisa 
e GO, partindo da reserva indígena de 
arecis. 
Adultos - Abr-Mai 
Migração - Ago-Set
 
R
nativas do cerrado; 
No terceiro ínstar (F
insetos/m2; 
No quarto ín
até 0,5 ha, causando severos danos às culturas de arroz e milho; 
No quinto ínstar, os saltões apresentam tamanho semelhante aos
de coloração alaranjada na cabeça e tórax. 
Adultos (Abril e Maio), movimentam-se
cerrado, podendo concentrar em 250 adultos/m2. 
Durante a seca, passam por diapausa imaginal, 
ovário reduzido (considerados imaturos), independente das chuvas, em 
agosto desenvolvem o ovário e iniciam a postura em set-out, por um 
período de 15 dias, efetuando 3 posturas/fêmea. 
 44
 
J F M A M J J A S O N
Ninfas (N1-N8)
Adulto (seca)
diapausa imaginal
Desenvolvimento
do ovário (30 d)
Postura (15 d)
Ninfas
Ciclo biológico do Rhammatocerus schistocercoides
MESES
D
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sítio de oviposição de 
gafanhotos, caracterizando 
sua postura em forma de 
artucho”. 
• este - Schistocerca pallens 
“c
 
 
 
 
Gafanhoto do nord
 
 
Esta espécie geralmente é encontrada na fase solitária (saltões verde), com 
tendência à fase gregária (saltões amarelos), já efetuando vôos 
congregados em bandos ocasionalmente. 
 
Inicialmente alimentam-se de gramíneas e apartir do terceiro ínstar, 
passam a danificar milho, feijão e algodão, provocando severos danos 
quando no quarto e quinto ínstares e adulto. 
 
Eclosão - Janeiro e Fevereiro, nas primeiras chuvas. 
Adultos - Abril 
 
Em 1985 e 1986 - após um longo período de seca, com retorno das chuvas, 
houve uma explosão populacional de S. pallens em PE, PI e PB com 40.000 
ha infestadas. 
 
 45
Com a substituição da cultura do algodão por gramíneas e o abandono 
dessas áreas, houve infestação do capim timbete Cenchrus echinatus, 
excelente alimento para este gafanhoto. 
 
No agreste - ocorre uma segunda geração apartir de posturas de Maio e 
Junho, emergindo os adultos em setembro que farão posturas no início das 
chuvas do próximo ano. 
 
No sertão - os insetos iniciam diapausa imaginal em Maio e faz postura só 
no ano seguinte, em Janeiro e Fevereiro, no início das chuvas. 
 
• Mané-magro - Stiphra robusta 
 
Passou a status de praga no Nordeste, desfolhando cajú e algaroba 
totalmente, em áreas do RN em 1992. 
 Possui forma alongada 
semelhante a um graveto. Medem 
± 8 cm de comprimento. No 
dorso do tórax, possui uma 
mancha marrom-escura do 
mesotórax ao metatórax, 
terminando esta última parte em 
amarelo-claro. Pernas anteriores 
e medianas de tamanho quase 
semelhante e, posterior quase 
duas fileiras de espinhos fortes, 
sendo menores em tamanho e número nas pernas anteriores e medianas. 
 
duas vezes maior. Tíbia posterior com
JB Torres
Adulto do mané-magro - Stiphra robusta
 
closão - ocorre nas primeiras chuvas, sobem nas árvores e arbustos. Os 
dultos - acasalam em maio e as fêmeas ovipositam em agosto. Os ovos 
ontrole
E
adultos são ápteros semelhantes aos saltões. 
 
A
passam à época seca em diapausa. 
 
C : 
arcar os locais de posturas e datas; 
 
e aglomeração ao entardecer e ao amanhecer (facilita o 
 
 
.M
.Acompanhar a eclosão dos mosquitos;
.Iniciar o controle; 
.Verificar os locais d
controle). 
 
 
 46
Controle biológico 
ão considerados os principais inimigos naturais dos 
• predadora Prionyx thomae (Hym.: Sphecidae), foi considerada e 
• a, são considerados no 
 
ontrole químico 
xicas 
 (100 Kg), melaço ou açúcar mascavo (8 litros ou 4 
ulverizações 
lusivamente dependente do monitoramento da população. 
o 
. pallens - em 1992 no RN, usou Malation 500 g de i.a./ha para saltões e 
. schistocercoides - Malation e Sumition. 
iteratura Recomendada: 
ndrews, K.L. & J.R. Quezada. Manejo integrado de plagas en la 
• Os pássaros s
gafanhotos, além de lagartixas, sariemas, etc., talvez pelo fato de serem 
visíveis; 
A vespa 
estudada como um inimigo natural de potencial; 
Fungos Metharizium anisopliae e Beauveria bassian
momento como os agentes de controle biológico de maiores 
perspectivas, bem como estudos com nematóides. 
C
• Uso de iscas tó
Farelo de trigo ou arroz
Kg), água (60-70 litros), triclorfon 80% (5 Kg). 
 
P
.Químico - exc
Fenitrotion a 300 g de i.a./ha - em UBV para todas as espécies, seguid
por Malation. 
 
S
Fenitrotion + óleo vegetal a 200 g de i.a./ha - em pulverizações aérea para 
adultos. 
 
R
 
L
 
A
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