Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PARTE II PRAGAS GERAIS Denominadas de pragas gerais são aqueles insetos que ocorrem em variados agroecossistemas ocasionando prejuízos, independente da cultura plantada. Três grupos são considerados de importância para a entomologia agrícola: as formigas cortadeiras, os cupins e os gafanhotos. FORMIGAS CORTADEIRAS Aproximadamente 8.000 espécies de formigas são identificadas, estando na subfamília Myrmicinae, as formigas de maior importância agrícola pelos danos ocasionados as plantas cultivadas. Entre as não cultivadoras de fungo - doceiras - destacam-se àquelas do gênero Solenopsis e, como cultivadoras de fungos as pertencentes aos gêneros Atta e Acromyrmex. As cultivadoras de fungos possuem hábitos de cortar e transportar partes de vegetais, flores e sementes. Tais hábitos tornam esses insetos pragas das plantas cultivadas, das florestas e das pastagens da América do Sul, Central e do Norte. Diferenciação dos gêneros: Atta Acromyrmex • Operárias com 3 pares de espinhos dorsais; • Operárias com 4 a 5 pares de espinhos dorsais; • Comprimento, geralmente, de 12 a 15 mm; • Comprimento, geralmente, de 8 a 10 mm; • Formigueiro (ninho) com sede aparente, devido ao monte de terra solta. • Formigueiro (ninho) não apresentando monte de terra solta. Espécies Constatadas no Nordeste: • Atta cephalotes - saúva-da-mata (MA, PE e BA); Tufo de pêlos finos na fronte, mas não no vértice da cabeça, ocelo anterior visível e os dois posteriores pequenos ou inexistentes; • Atta laevigata - saúva cabeça-de-vidro (MA, CE, PE, AL, BA) Soldado com a cabeça brilhante, desprovida de pêlos, com aparência de encerada; 31 • Atta opaciceps - saúva-do-sertão-do-nordeste (PI, CE, RN, PB, PE, SE) Cabeça desprovida de pêlos e opacas, os dois ocelos posteriores quase sempre presentes e inserção do tórax feita quase no meio da cabeça; • Atta sexdens sexdens - formiga-da-mandioca (MA, PI, CE, RN, PE, AL, SE e BA) Ocelos posteriores quase sempre ausentes e inserção do tórax acima do meio da cabeça. Acromyrmex coronatus - CE e BA Acromyrmex niger - CE Acromyrmex landolti landolti - MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL e BA Acromyrmex rugosus rugosus - MA, PI, CE, RN, PB, PE, SE e BA Acromyrmex subterraneus subterraneus - RN e CE Acromyrmex subterraneus molestans - CE Acromyrmex subterraneus bruneus - CE e BA OcelosPós-pecíoloPecíolo Espinho occipitais Atta sp. EOCEOC EPL EMA EMP ARP EPD PEC Acromyrmex sp. Fig. 1.5. Corpo em vista lateral e cabeça em frontal de Atta sp e Acromyrmex sp. com alguns importantes caracteres (Della Lucia 1993, p.11 e 17, após Gonçalves 1942 e Mayé-Nunes 1991, respectivamente). EOC = espinhos occiptais; EPL = espinhos pronotais laterais; EMA = espinhos pronotais anteriores; ARP = arestas propodeais; EPD = espinhos propodeais; PEC = pecíolo. 32 Espécies de Atta mais comuns no Brasil: A. sexdens rubropilosa (saúva-limão) – muito comum em diversas áreas cultivadas e não cultivadas em PE. Indivíduos desta espécie quando esmagados liberam cheiro de limão; cortam preferencialmente dicotiledôneas e os soldados são coloração pardo a avermelhada; A. laevigata (saúva cabeça-de-vidro) - corta preferencialmente dicotiledôneas; soldado com cabeça muito brilhante, possui maior espessura do monte de terra solta; A. bisphaerica (saúva mata-pasto) - corta preferencialmente gramíneas; soldado apresentando cabeça em dois lobos característicos e monte de terra solta espalhado; A. capiguara (saúva-parda) - corta preferencialmente gramíneas, soldado quando esmagado cheira ranço e monte de terra solta fora da projeção das panelas ativas. Constituição de um sauveiro ou formigueiro: .Terra solta - monte de terra sobre as panelas ativas, exceto em A. capiguara; .Olheiro fora da terra solta - entrada de alimentação; .Olheiro sobre terra solta - utilizado para limpeza e enxameação; .Galerias - comunicação entre panelas; .Panelas - câmaras que podem contêr fungo, cria, lixo, terra solta ou vazia; .Trilhas - carreiros externos ao formigueiro, usados no deslocamento. Fig. 1.6. Esquema de um formigueiro de Atta capiguara e suas partes (Della Lucia, 1993, p. 33; redesenhado de Amante 1967). Fig. 1.7. Desenho esquemático de formigueiros de (a) Acromyrmex crassispinus, (b) A. laticeps laticeps, (c) A. subterraneus subterraneus, (d) A. landolti e, (e) A. striatus. (Della Lucia 1993, p. 37; após Gonçalves 1961). a b c d e 33 Biologia: .Desenvolvimento - Holometábolo (ovo, larva, pupa e adulto); .Alimentação - micélio do fungo Leucoagaricus sp.; .CASTAS • Permanentes Rainha (sexuada) Operárias (estéreis) .......... Jardineiras (cuidam do cultivo do fungo) Cortadeiras Soldados • Temporárias Rainhas (iças ou tanajuras) Machos (bitus) Rainha “Rainha “ JB Torres Macho “bitu” tanajura” JB Torres Macho “bitu” tanajura” • Fundação do formigueiro .Primeira etapa - vôo nupcial ao início do sauveiro (30 a 60 min); acasalamentos a ± 1000 metros de altura; após acasalamento caem no solo, macho morre e as fêmeas cortam suas asas; .Segunda etapa - até a escavação da panela (6 a 8 horas); regurgito do esporo do fungo; .Terceira etapa - emergência dos primeiros adultos (80 a 100 dias); surgimento das larvas (± 30 dias após o vôo nupcial); surgimento das pupas (± 52 dias após o vôo nupcial); manutenção da colônia com ovos de alimentação e, posteriormente, com micélio do fungo cultivado e surgimento dos adultos (± 62 dias após o vôo nupcial); .Quarta etapa - revoada (ocorre anualmente no início do período chuvoso em formigueiros a partir de 38 meses de idade); sinal da revoada (limpeza constante dos olheiros de terra solta e movimentação intensa de soldados e operárias nas horas que antecedem a revoada). 34 www.blueboard.com/ Soldado Cortadeira Pbase Jardineiras Rainha sexuada JB Torres www.blueboard.com/ Soldado Cortadeira Pbase Jardineiras Rainha sexuada JB Torres Controle: • Cultural Arações sucessivas para Acromyrmex e, em torno de formigueiros (± 200 m livres de gramíneas) de A. capiguara - panelas superficiais; • Biológico Durante a revoada, pássaros, lagartos e predadores em geral, permitem que somente 0,05% das tanajuras iniciem com sucesso um novo formigueiro; Diptera Phoridae (± 20 espécies) que parasitam operárias e soldados; Patógenos - fungos (?); Outras formigas predadoras e competidoras. • Químico Iscas granuladas Medir área de formigueiro - maior comprimento (C) versus maior largura (L) de terra solta (1 m2 de terra solta = 10 g de isca granulada); Iscas formuladas, com até 5% de princípio ativo, em casca de laranja que funciona como atrativo - problemas para as espécies que cortam gramíneas; Aplicação da isca em época seca; Distribuição nos olheiros e carreiros ativos Mirex - S (Sulfluramida 0,5%), 8 a 10 g/m2 de terra solta, em formigueiro de Atta e, 10 g/formigueiro de quenquém. 35 Norivaldo dos Anjos TecnigranRTecnigranR Termonebulização Uso de termonebulizadores - aquecimento do óleo mineral presente na formulação do formicida, formando fumaça que veicula o princípio ativo; Sumifog - organofosforado; Decis Fog Formicida - Piretróide - 2,5 ml do preparado/m2 (80 ml de Decis em 920 ml de óleo mineral). Outros princípios ativos e marcas comerciais podem ser encontrados no Compêndio de Defensivos Agrícolas. Com breve descrição, a aplicação deve ser feitacom solo úmido, introduzindo o bico do termonebulizador em um olheiro ativo e a medida que iniciar a saída de fumaça em outros olheiros, esses devem ser tampados com terra. Gases liquefeitos Em forma líquida que se gaseifica em contato com o ar; Alto custo; Aplicado em época úmida; Bromex (brometo de metila) era o principal exemplo de utilização até a sua proibição para uso agrícola. 36 Pós secos Baixa eficiência; Aplicação em época seca; Uso de polvilhadora manual. Protetores Os protetores de plantas contra o ataque de formigas podem ser confeccionados de diferentes materiais, tendo o princípio básico de evitar que a formiga tenha acesso à planta ou suba na planta (caso de arbóreas). Pode ser utilizado garrfas plásticas com extremidades cortadas, equipamentos próprios (figuras abaixo), ou substâncias repelentes tipo graxa ou produtos comerciais para este fim. JB Torres Plantetor JB Torres Plantetor CUPINS Grupo de pragas generalistas que possui espécies ocasionando problemas tanto atacando madeira seca (instalações rurais e urbanas) como raízes (subterrâneos) e arborícolas (madeira verde). Para o Nordeste, em especial na Zona da Mata de Pernambuco, aqueles que atacam as raízes da cana-de-açúcar merecem atenção. Constituição de um cupinzeiro: Estrutura Câmara nupcial - rei e rainha com fecundações periódicas; Galerias - canais de comunicação; Bolsas de manutenção de condições de temperatura e umidade do cupinzeiro; Câmara de celulose 37 .Castas • Permanentes (ápteros) Sexuadas ..... Rainha Rei Estéreis Operários - exercem todas as funções, brancas e sem olhos compostos e ocelos Soldados ≠ mandíbulas • Temporários (aleluias) Reis e rainhas para novos cupinzeiros M. Collins Rainha Rei Soldado Operários M. Collins Rainha Rei Soldado Operários Perpetuação: Fragmentação do ninho primitivo - separação natural ou por causa mecânica (como aração), com surgimento de formas sexuadas de substituição ou reposição; Adoção de casal real de outra enxameagem; Enxameagem ou revoada - ocorre no início da estação chuvosa e, geralmente, a tardezinha (crepúsculo); a rainha torna-se fisiogástrica (dilatação do abdome de 500 a 1000% o tamanho normal, ficando a rainha e rei, presos na câmara nupcial). A hipótese para a origem de formas reprodutivas é devido à alimentação de ninfas novas com saliva - alimentação estomodéica - não tendo a simbiose com protozoários como nos operários e soldados, o que permite o desenvolvimento do aparelho reprodutor. Indivíduos de reposição ou substituição são, também, conhecidos como neotênicos, por apresentarem condições de jovem, embora sejam caracterizados como indivíduos adultos. JB Torres JB Torres Asas após revoadaCasal em corte JB Torres JB Torres Asas após revoadaCasal em corte 38 Câmara de celulose “Fungo” Parte superior Parte superior do canal de ventilação Parte inferior do canal de ventilação Parte subterrânea Corte transversal do cupim de montículo Africano cultivador de fungo Macrotermes natalensis (Isoptera: Termitidae), mostrando suas partes (Gullan & Cranston, 1994). Alimentação: Alimento bruto - vegetais vivos e mortos, húmus, produtos vegetais e animais, canibalismo. Alimento elaborado - por trofolaxia com troca de alimento entre indivíduos pela boca (alimento estomodéico) ou pelo ânus (alimento proctodéico). A subfamília Macrotermitinae (Termitidae), também, cultiva fungos. História de vida: Logo após a cópula a fêmea inicia a postura, sendo que em, aproximadamente, 30 dias surgem às formas jovens. Estas são mantidas pelo casal real até locomoverem-se. O macho permanece na câmara nupcial com a fêmea fecundando-a periodicamente, ambos são alimentados pelos operários. Os operários carregam os ovos para locais apropriados. A 39 rainha pode depositar de 12 a 30.000 ovos por dia. A população de um cupinzeiro de Halotermes é em torno de 1000 indivíduos e de Termitidae pode chegar a milhões. Esquema do ciclo de vida comum dos cupins (Autor Celso Aluísio Graminha). Principais espécies: Termitidae - Cornitermes sp., Proconitermes sp., Syntermes sp., Nasutitermes sp.; Kalotermitidae - Cryptotermes e Neotermes; Rhinotermitidae - Heterotermes sp. • Syntermes - cupim de terra solta - tórax com laterais pontiagudas, alimenta-se de gramíneas, saindo durante a noite do ninho para cortá-las; 40 • Heterotermes - cupim subterrâneo - ataca sistema radicular das plantas e os soldados possuem mandíbulas longas e tórax com laterais arredondadas; • Procornitermes - cupim subterrâneo - soldados com mandíbulas curtas e tíbias anteriores com espinhos tão longos quanto os esporões apicais; • Cornitermes - cupim de montículo - soldados com mandíbulas curtas e tíbias anteriores com linha regular espinhos mais curtos que os esporões apicais, consomem matéria orgânica, empobrecendo o solo. JB Torres Ninho aéreo de Nasutitermes sp. Controle: Biológico - Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae; Mecânico - destruição dos montículos com trator e broca cupinzeira; em associação com químico. Químico - Termonebulização montículo. Perfurar com uma alavanca até piretróide) por cupinzeiro; Fazer um corte no topo do atingir a câmara de celulose e introduzir o termonebulizador no orifício. Aplicar ± 4ml (Sumifog - organofosforado; Decis Fog Formicida - 41 Estes produtos não são registrados para cupins; Também, podem-se introduzir pastilhas de fosfina (Gastoxin) no orifício ito no topo do cupinzeiro e, fechá-lo novamente; missor no controle de upim. efetuando a destruição do cupinzeiro (montículo) e, posterior ea não tem metodologia de controle dequada, portanto, fazer rotação de culturas; amostragens com pedaços em de cupins. E, plicação de controle de cupins subterrâneos usando iscas tóxicas em fe Inseticida Fipronil (regent) tem-se mostrado pro c Uso da broca cupinzeira (broca perfuradeira conectada ao diferencial do trator), pulverização com inseticida no local. Para cupins de terra solta e subterrân a de madeira, papelão, toletes de cana, após aração e antes do plantio; fazer tratamento preventivo (tratamento de sementes, sulco de plantio) nas áreas com constatação de infestação pela amostragem. Seqüência para disposição de iscas para amostrag a gramados. SS Ferramentas utilizadas Preparo das iscas Tratamento das iscas com inseticidas Isca instalada Fotos JB Torres Ferramentas utilizadas Preparo das iscas Tratamento das iscas com inseticidas Isca instalada Fotos JB Torres inal do ataque em gramadoinal do ataque em gramado 42 GAFANHOTOS teros da família Acrididae. Embora, outros ortópteros onstituem em pragas importantes (grilos, paquinhas, etc), os gafanhotos são o etos polífagos, que preferem gramíneas nativas, além de cana-de- çúcar, milho, arroz e leguminosas. em diariamente 50% do seu peso orporal. tura (Rhammatocerus spp.) São Ortóp c s mais importantes e conhecidos causando perdas para a humanidade desde civilizações antes de Cristo. Estes insetos ocorrem em surtos esporádicos com altas populações, até mesmo em “nuvens” destruindo tudo o que encontra, sendo de difícil controle, mesmo com emprego de inseticidas. Portanto, torna-se preponderante que se conheça a biologia e comportamento das principais espéciesde ocorrência no Nordeste e no Brasil. São ins a A partir do quinto ínstar, consom c Podem atingir nuvens de 30 Km de comprimento por 2 Km de largura e 30 m de al Principais espécies: África do Sul - Schistocerca gregaria Schistocerca cancelata erus schistocercoides e Stiphra robusta • • América do Sul - • Centro-Oeste do Brasil - Rhammatoc • Nordeste do Brasil - Schistocerca pallens Paurometabolia - ovo (solo), mosquito (1 e 2O ínstares), saltões (3, 4 e 5O stares) e adulto. tório Sul-Americano - Schistocerca spp. ín • Gafanhoto migra Efeito do tamanho da população Gregária - baixa população de saltões - adultos de coloração escura, fêmur osterior menor e asas desenvolvidas - dispersão em nuvens. p Solitária - alta população de saltões - adulto de coloração palea semelhante ninfas, fêmur posterior bastante desenvolvido e pronoto apresentando ência citada em MS, SP, SC, PR e RS - arroz, cana e milho. a uma crista. Possui ocorr 43 Postura - terreno firme e livre de vegetação - a fêmea abre o solo com closão - 15 a 75 dias, dependendo das condições, sendo conhecidas como Gafanhoto crioulo - Rhammatocerus schistocercoides Em 1984 a 1988, causou severos danos, e d P Postura - Out-Nov, em áreas propícias. eunem-se em bandos após a eclosão, alimentando-se de gramíneas evereiro), mantêm-se em bandos chegando a até 500 star, os bandos aumentam o movimento, ocupando áreas de adultos e, em nuvens entre cultivos e com as fêmeas tendo o gonapófises da extremidade do abdome. A profundidade ± 7 cm, é depositada de 50 a 120 ovos, aderidos por substância espumosa liberada simultaneamente a retirada do abdome, deixando os ovos numa disposição semelhante a uma espigueta (cartucho); E mosquitos no primeiro e segundo ínstares e, saltões (terceiro, quarto e quinto ínstares), alimentando-se de milho, feijão, algodão, etc. • es Mosquitos e saltões - Nov-Dez Michel Lecoq Rhammatocerus schistocercoid nvolvendo MT, Vilhena em RO até à divisa e GO, partindo da reserva indígena de arecis. Adultos - Abr-Mai Migração - Ago-Set R nativas do cerrado; No terceiro ínstar (F insetos/m2; No quarto ín até 0,5 ha, causando severos danos às culturas de arroz e milho; No quinto ínstar, os saltões apresentam tamanho semelhante aos de coloração alaranjada na cabeça e tórax. Adultos (Abril e Maio), movimentam-se cerrado, podendo concentrar em 250 adultos/m2. Durante a seca, passam por diapausa imaginal, ovário reduzido (considerados imaturos), independente das chuvas, em agosto desenvolvem o ovário e iniciam a postura em set-out, por um período de 15 dias, efetuando 3 posturas/fêmea. 44 J F M A M J J A S O N Ninfas (N1-N8) Adulto (seca) diapausa imaginal Desenvolvimento do ovário (30 d) Postura (15 d) Ninfas Ciclo biológico do Rhammatocerus schistocercoides MESES D Sítio de oviposição de gafanhotos, caracterizando sua postura em forma de artucho”. • este - Schistocerca pallens “c Gafanhoto do nord Esta espécie geralmente é encontrada na fase solitária (saltões verde), com tendência à fase gregária (saltões amarelos), já efetuando vôos congregados em bandos ocasionalmente. Inicialmente alimentam-se de gramíneas e apartir do terceiro ínstar, passam a danificar milho, feijão e algodão, provocando severos danos quando no quarto e quinto ínstares e adulto. Eclosão - Janeiro e Fevereiro, nas primeiras chuvas. Adultos - Abril Em 1985 e 1986 - após um longo período de seca, com retorno das chuvas, houve uma explosão populacional de S. pallens em PE, PI e PB com 40.000 ha infestadas. 45 Com a substituição da cultura do algodão por gramíneas e o abandono dessas áreas, houve infestação do capim timbete Cenchrus echinatus, excelente alimento para este gafanhoto. No agreste - ocorre uma segunda geração apartir de posturas de Maio e Junho, emergindo os adultos em setembro que farão posturas no início das chuvas do próximo ano. No sertão - os insetos iniciam diapausa imaginal em Maio e faz postura só no ano seguinte, em Janeiro e Fevereiro, no início das chuvas. • Mané-magro - Stiphra robusta Passou a status de praga no Nordeste, desfolhando cajú e algaroba totalmente, em áreas do RN em 1992. Possui forma alongada semelhante a um graveto. Medem ± 8 cm de comprimento. No dorso do tórax, possui uma mancha marrom-escura do mesotórax ao metatórax, terminando esta última parte em amarelo-claro. Pernas anteriores e medianas de tamanho quase semelhante e, posterior quase duas fileiras de espinhos fortes, sendo menores em tamanho e número nas pernas anteriores e medianas. duas vezes maior. Tíbia posterior com JB Torres Adulto do mané-magro - Stiphra robusta closão - ocorre nas primeiras chuvas, sobem nas árvores e arbustos. Os dultos - acasalam em maio e as fêmeas ovipositam em agosto. Os ovos ontrole E adultos são ápteros semelhantes aos saltões. A passam à época seca em diapausa. C : arcar os locais de posturas e datas; e aglomeração ao entardecer e ao amanhecer (facilita o .M .Acompanhar a eclosão dos mosquitos; .Iniciar o controle; .Verificar os locais d controle). 46 Controle biológico ão considerados os principais inimigos naturais dos • predadora Prionyx thomae (Hym.: Sphecidae), foi considerada e • a, são considerados no ontrole químico xicas (100 Kg), melaço ou açúcar mascavo (8 litros ou 4 ulverizações lusivamente dependente do monitoramento da população. o . pallens - em 1992 no RN, usou Malation 500 g de i.a./ha para saltões e . schistocercoides - Malation e Sumition. iteratura Recomendada: ndrews, K.L. & J.R. Quezada. Manejo integrado de plagas en la • Os pássaros s gafanhotos, além de lagartixas, sariemas, etc., talvez pelo fato de serem visíveis; A vespa estudada como um inimigo natural de potencial; Fungos Metharizium anisopliae e Beauveria bassian momento como os agentes de controle biológico de maiores perspectivas, bem como estudos com nematóides. C • Uso de iscas tó Farelo de trigo ou arroz Kg), água (60-70 litros), triclorfon 80% (5 Kg). P .Químico - exc Fenitrotion a 300 g de i.a./ha - em UBV para todas as espécies, seguid por Malation. S Fenitrotion + óleo vegetal a 200 g de i.a./ha - em pulverizações aérea para adultos. R L A agricultura. Tegucigalpa: Escuela Agrícola Panamericana, 1989. 614p. kins, M.D.At Insects in perspective. New York: MaCmillan, 1978. 513p. Crocomo, W.B. (Ed.). Manejo integrado de pragas. São Paulo: CETESB, Della Lucia, T.M.C. (Coord.) Formigas cortadeiras 1990. 358p. . Viçosa: Folha de Dent, D. Insect pest management Viçosa, 1993. 262p. . Wallingford: CAB International, 1991. Dent, D. Insect pest management 604p. . London: Chapman & Hall, 1995. 356p. Gallo, D. et al. Manual de entomologia agrícola. 3a ed., Piracicaba: Fealq, Gullan, P.J. & P.S. Cranston. The insects: an outline of entomology 2002. 920p. . M . Duranton & M. Batistella. O London: Chapman & Hall, 1994. 491p. iranda, E.E.; M. Lecoq; Pierozzi Jr.; J.F gafanhoto do Mato Grosso: Balanço e perspectivas de 4 anos de 47 pesquisas 1992-1996. Campinas, EMBRAPA-NMA/CIRAD- GERDAT-PRIFAS, 1996. 146p. kano, O., S. Silveira NeNa to & R.A. Zuchi. Entomologia econômica. São Paulo: Livroceres, 1981. 314p. Pedigo, L.P. Entomology and pest management. New York: MaCmillan, 1989. 646p. Zucchi, R.A., S. Silveira Neto & O. Nakano. Guia de identificação de pragas agrícolas. Piracicaba: FEALQ, 1993. 139p.48
Compartilhar