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AULA 02 planejamento e valiação educacional

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Pós-Graduação 
EAD Uninter
Núcleo de Materiais Didáticos 1
Planejamento e Avaliação 
Educacional
Aula 2
Profa Margarete T. A. Costa
margaretecosta@grupouninter.com.br
Gestão do Trabalho Pedagógico
Ementa
 A avaliação à serviço do 
planejamento educacional: 
sentido, complexidade e 
paradigmas, objetividade, 
funcionalidade; a escola ou a 
escola como organização que 
aprende a planejar e se 
autoavaliar; planejamento e 
autonomia da escola
Sistemas Institucionais de
Planejamento e Avaliação
Educacional
Capítulo 7
A Educação Escolar
Intencionalidade
Racionalidade Política e Ação Governamental
Função Escolar
Aprendizagem, Individual e Social
Aculturar-se, Qualificar-se, Instrumentalizar-se, 
Cidadania
Organização Escolar
 Processo sociocultural 
submetido a limites territoriais 
e espaços jurídicos pelos quais 
se projeta o poder do Estado e 
se estruturam as sociedades
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História Educacional 
Brasileira
 Confundiu-se descentralização 
política com descentralização 
administrativa
 Na verdade, o que parece estar 
na berlinda, ainda, é a questão 
da autonomia da escola
 A escola brasileira possui uma 
autonomia relativa dentro do 
quadro de descentralização 
administrativa, que, se é mal 
percebida ou mal resolvida, 
no entanto, merece ser 
redescoberta
A Formulação e a 
Implementação do:
 planejamento e da avaliação 
educacional na escola brasileira 
estão subordinadas a um 
contexto institucional formado 
por normas hierarquizadas e 
orientado por um robusto 
modelo de avaliação em escala 
nacional 
O Contexto 
Institucionalizado
 Regras próprias 
 Os paradigmas pedagógicos 
(teorias da aprendizagem, 
estratégias e métodos 
pedagógicos, tecnologia 
educacional, modelos, técnicas 
e recursos avaliativos) 
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 As racionalidades docentes 
(saber docente, experiência 
pedagógica, competência 
docente, valores, 
compartilhamento na prática) 
 As representações que 
emergem da comunidade 
escolar (expectativas 
institucionais das famílias dos 
alunos, da comunidade, visão 
de mundo etc.) 
Lei no 9.394/96:
 reforçou a ideia de autonomia 
pedagógica da escola ao tornar 
explícita a exigência da 
‘proposta pedagógica’ a ser 
elaborada sob os auspícios de 
uma gestão escolar 
participativa.(...) 
(...) Desse modo, o processo 
de normatização escolar é 
fundamentado pelo regimento 
interno e outros regulamentos 
complementares elaborados 
e deliberados na instância de 
cada escola.
 As funções de planejamento e 
avaliação educacional devem 
garantir a configuração singular 
de cada escola
(Fonte: Jean/Folha Imagem)
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 É frente à responsabilidade 
indiscutivelmente complexa, 
portanto, e à questionável 
condição de autonomia da 
organização escolar que se 
materializam as ações 
educativas na dinâmica da 
escola
Art. 3o
O ensino será ministrado com 
base nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o 
acesso e permanência na 
escola
II. liberdade de aprender, ensinar, 
pesquisar e divulgar a cultura, 
o pensamento, a arte 
e o saber
III.pluralismo de ideias e de 
concepções pedagógicas
IV. respeito à liberdade e apreço 
à tolerância
V. coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino
VI. gratuidade do ensino público 
em estabelecimentos oficiais
VII. valorização do profissional da 
educação escolar
VIII.gestão democrática do ensino 
público, na forma desta Lei e 
da legislação dos sistemas de 
ensino
IX. garantia de padrão de 
qualidade
X. valorização da experiência 
extraescolar
XI. vinculação entre a educação 
escolar, o trabalho e as 
práticas sociais
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Dentro de suas competências 
normativas, essas esferas, 
principalmente a estadual, mais 
do que regulado, têm produzido 
uma burocracia que tiraniza as 
bases escolares e chega a 
comprometer a dinâmica do 
trabalho pedagógico. 
A política Nacional de 
Avaliação Educacional
 Os sistemas de ensino estão 
intimados, por todos os lados, 
a assumir responsabilidades 
frente à pretensão maior de 
conferir qualidade a um ensino 
de amplitude universal 
 Sob tal arroubo de intenções, a 
política educacional tem 
demarcado as novas regras que 
deverão elevar a condição 
brasileira em um prazo próximo. 
Integram essa demarcação o 
Plano Nacional de Educação (Lei 
no 10.172, de 09/01/2001), (...)
(...) o Plano de Desenvolvimento 
da Educação, do Plano de Metas 
Compromisso Todos pela 
Educação (Decreto no 6.094, de 
24/4/2007) e de todos os 
programas daí decorrentes.
Plano Nacional de Educação 
(PNE)
 Na Lei no 10.172/2001, com 
validade para dez anos, há 30 
(trinta) objetivos e metas para 
o ensino fundamental.
Entre eles: 
- elevação global do nível de 
escolaridade da população
- melhoria da qualidade do 
ensino em todos os níveis
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- redução das desigualdades 
sociais e regionais no que se 
refere ao acesso e à 
permanência desse processo 
com sucesso na escola
- democratização da gestão do 
ensino público nos 
estabelecimentos oficiais
As metas do Plano Nacional de 
Educação introduzem a exigência 
da implantação de “um programa 
de monitoramento que utilize os 
indicadores do Sistema Nacional 
de Avaliação da Educação Básica e 
dos sistemas de avaliação dos 
Estados e Municípios que venham 
a ser desenvolvidos”. 
Plano de Desenvolvimento 
Educacional (PDE – 2007)
 Impulsiona a 
instrumentalização dos 
processos avaliativos nacionais
 Com pretexto de compartilhar 
competências políticas, técnicas
e financeiras, cria mecanismos 
mais comprometidos com a 
manutenção e o 
desenvolvimento das redes 
escolares em todos os graus 
 No que concerne à realidade 
brasileira, o Governo Federal, 
pelo seu Ministério da Educação, 
assumiu a liderança da avaliação 
educacional, monopolizando 
critérios e procedimentos 
Aspectos positivos:
 necessidade de subsidiar os 
processos de tomada de 
decisão 
 satisfazer a demanda social por 
informação
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 espaço para o debate público
 Plano de Ações Articuladas 
(PAR), transferências 
voluntárias e a assistência 
técnica do Ministério da 
Educação aos Municípios, 
Estados e Distrito Federal 
 corrigir ocorrências de 
repetência e evasão, 
proporcionando acessibilidade 
material à escola e 
permanência no sistema 
Prova Brasil
 Art. 3o – A qualidade da 
educação básica será aferida, 
objetivamente, com base no 
Ideb, calculado e divulgado 
periodicamente pelo Inep, a 
partir dos dados sobre 
rendimento escolar, (...)
(...) combinados com o 
desempenho dos alunos, 
constantes do censo escola 
e do Sistema de Avaliação 
da Educação Básica (Saeb), 
composto pela Avaliação 
Nacional da Educação Básica 
(Aneb) e a Avaliação Nacional 
do Rendimento Escolar
O Ideb
 É um indicador de qualidade 
educacional que combina 
informações de desempenho 
discente – adquiridas por meio de 
exames padronizados (Prova Brasil 
e/ou Saeb) aplicados ao final das 
etapas de ensino (4a e 8a séries do 
ensino fundamental e 3a série do 
ensino médio) – e de rendimento 
escolar 
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 Permite o monitoramento do 
sistema de ensino do país ao:
- detectar escolas e/ou redes de 
ensinocujos alunos apresentem 
baixa performance em termos 
de rendimento e proficiência
- seguir a evolução temporal do 
desempenho dos alunos dessas 
escolas e/ou redes de ensino 
Os Processos Avaliativos
 complementam-se, contrastam 
amostragens com estudos 
censitários (universais), 
fornecem médias nacionais e 
séries estatísticas históricas e, 
de ‘quebra’, se inserem na 
agenda internacional 
 afetam a autonomia da escola 
e contaminam sua proposta 
pedagógica, materializando o 
que se entende por ingerência
Parcerias Internacionais
 Constituem incumbência 
delegada ao Instituto Nacional 
de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira 
(Inep), órgão integrante do 
Sistema Federal de Educação
 Além da condução do Sistema 
Nacional de Avaliação, o Inep
tem parcerias com projetos 
desenvolvidos sob a égide de 
organizações internacionais, 
cujas ações são:
 Qualidade de educação 
(Lecce) 
 Programa Internacional de 
Avaliação de Alunos (PISA) 
 Educacionais (WEI) 
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 Projeto Sistema de Indicadores 
Educacionais do Mercosul 
(Mercosul) 
 Fórum Hemisférico de 
Avaliação Educacional
Internacionalização 
da Política
 O mundo se tornou um 
laboratório educativo 
 Os resultados são publicados e 
promove-se uma grande 
competição entre as instituições 
escolares em cada país, 
estendendo-se até ao âmbito 
internacional 
 A classificação mundial dos 
sistemas nacionais de educação 
passa a ser referência para as 
políticas nacionais, 
especialmente daquelas que 
estabelecem os patamares 
superiores alheios como metas 
próprias de superação
 O confronto do sistema 
nacional de avaliação com a 
expectativa de autonomia da 
escola interpõe importantes 
questionamentos. Isso porque 
a produção do ‘sentido’ da 
avaliação não acontece dentro 
da escola 
 Competência de cada escola
 A avaliação é imposta de fora 
para dentro, pervertendo a 
prática escolar, 
desconsiderando, até certo 
ponto, a autoridade docente e 
comprometendo a possibilidade 
da autogestão dos processos 
avaliativos nos limites da 
competência de cada escola
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 Ainda que se admita a 
consolidação de um lastro de 
competência avaliativa, o 
sistema brasileiro de avaliação 
educacional sofre de 
questionamentos interpostos 
pela comunidade acadêmica:
- imposição de modelo de 
avaliação
- sentido de finalização
- comprometimento da autonomia 
da escola
- caráter totalitário 
- etc.

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