Perfuração 11

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7. OPERAÇÕES MINEIRAS 
 
7.1Perfuração 
 
A perfuração das rochas, dentro do campo do desmonte, é a primeira 
operação que se realiza e tem como finalidade abrir furos com uma distribuição 
e geometria adequada dentro dos maciços para alojar as cargas de explosivos 
e acessórios iniciadores. 
Os tipos de trabalho, tanto em obras de superfície como subterrâneas 
podem classificar-se nos seguintes: Perfuração de banco, perfuração de 
produção, perfuração de chaminés (raises), perfuração de poços(shafts), 
perfuração de rochas com capeamentos e reforço das rochas. 
Principais métodos de perfuração 
Existem três principais métodos de perfuração para o desmonte de 
rochas com explosivos aplicados à mineração: 
Perfuração rotativa com brocas tricônicas( Holler bit) 
Martelo de superfície( Top-Hammer, método roto-percussivo) 
Martelo de fundo de furo ou furo abaixo ( Down theHole, método roto-
percussivo) 
 
A perfuração roto-percussiva é o sistema mais clássico de perfuração. 
Estas perfuratrizes possuem dois sistemas de acionamento básicos: rotação e 
percussão. Estas forças são transmitidas através da haste para a coroa de 
perfuração. Os martelos podem ter acionamento pneumático ou hidráulico, e 
são localizados na superfície sobre a lança da perfuratriz. 
A perfuração roto-percussiva se baseia na combinação das seguintes 
ações 
Percussão: Os impactos produzidos pelas batidas do pistão do martelo 
originam ondas de choque que se transmitem à rocha. 
Rotação: Com este movimento se faz girar a broca para que se produzam 
impactos sobre a rocha em diferentes posições. 
Pressão de avanço: para se manter em contato a ferramenta de perfuração 
e a rocha é exercida uma pressão de avanço sobre a broca de 
perfuração. 
Fluido de limpeza: O fluido de limpeza permite extrair os detritos do fundo 
do furo. 
A perfuração das galerias (de acesso, lavra e pesquisa) e rampas ( 
principal e de comunicação) nas Minas de Ipueira são realizadas utilizando 
equipamentos sofisticados e adequados para essas funções. A FERBASA 
possui os seguintes equipamentos de perfuração: 
7.1.1 Jumbos de 2 braços: 
JB 05- Boomer H 252 (Atlas Copco); 
JB 06 - Rocket Boomer M2D (Atlas Copco); 
JB 07- Axera DO7- 240 ( Sandvik), dotado com Sistema TCAD; 
JB 08- Axera DO7- 240 ( Sandvik), dotado com Sistema TCAD; 
JB 09- Axera M2D ( Sandvik), dotado com Sistema TCAD. 
 
7.1.2 Fandrill: 
CAB 01- Cabolt 7-5 (Sandvik); 
CAB 02- Cabolt DS 420-C (Sandvik); 
CAB 03- Cabolt DS 420-C (Sandvik); 
FD 04 – Promec M195 pneumático ( Atlas Copco); 
FD 06- Simba H253 pneumático ( Atlas Copco); 
FD 07- Simba H254 hidráulico ( Atlas Copco); 
FD 08- Aquila C ITH ( Cubex); 
FD 09- Solo 510 RTS ( Sandvik); 
FD 10- Simba ITH M6C (Atlas Copco). 
 
Figura 1 - Jumbo Axera M2D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Simba – CaboltDS 420-C 
 
Figura 3 - Simba – M6C – Atlas Copco 
Os Jumbos 09 e 07 desenvolvido pela SandvikTamrock são equipados 
com o sistema TCAD , este é um software de orientação na perfuração de 
frentes de galerias, sendo uma ferramenta de grande utilidade para localização 
dos furos com suas especificações apropriadas ( direção e inclinação). Através 
do software Visual Tunneling os dados coletados do TCAD ( nos jumbos) 
geram planos de perfuração executadas com seus respectivos relatórios para 
análise. 
 
 
Figura 4 - Janelas operacionais para utilização do Sistema TCAD nos Jumbos. 
 
 
 
 
 
 
7.1.3 Perfuração de frentes 
 
Os trabalhos de desenvolvimento compreendem a abertura de rampas 
principais, rampas de acesso e galerias de produção . São também 
executadas galerias com seção reduzida para pesquisa geológica por 
sondagem na sub-superfície. 
 A perfuração para a construção das aberturas é realizada com 
equipamentos de última geração, que garantem alta precisão de localização e 
desvios mínimos dos furos. Os furos carregados e não-carreados são 
executados com diâmetros de 2 e 4 polegadas (5,1 e 10,2 cm) 
respectivamente. 
7.1.3.1 Plano de Fogo 
 
Para avanços com seção plena em galeria ou túnel a face é subdividida 
nos seguintes setores: pilão (cut), alargamento (stoping), contorno (contour) e 
levante (lifters), conforme indicado na Figura 1, adaptada de Holmberg (1982). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na Tabela abaixo encontra-se um sumário dos dados relativos aos 
planos de fogo para rampas, galerias de produção e galerias de pesquisa. 
 
 
Tabela 1 - Características básicas dos planos de fogo atualmente em uso para rampas e 
galerias 
 
Tipo de 
Abertura 
Largura x 
Altura (m) 
Numero Total 
de furos 
 Pilão- Nº de furos 
 
Carregados de Alívio 
Rampa 4,7 x 5,0 63 16 4 
Galeria 4,0 x 4,2 43 12 4 
Galeria de 
Pesquisa 
3,5 x 4,2 41 12 4 
 
Os diâmetros dos furos carregados são de 2 polegadas( 51mm). A face 
livre é gerada através do pilão que possui furos de alívio com 102 mm de 
diâmetro não carregados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Plano de Fogo para Rampas Principais 
Figura 6 - Plano de Fogo para Galerias de Lavra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Frente de desenvolvimento após desmonte 
Figura 7 - Plano de Fogo para Galerias de Pesquisa 
 
7.1.4Perfuração de Seção de Lavra 
 
A perfuração de lavra se divide em: Chaminé, slot raise, seções de lavra 
e seções de cabos. 
Quando uma galeria finaliza a etapa de desenvolvimento, inicia-se à 
lavra. Assim o processo inicia-se com a perfuração dos furos da chaminé e 
doslot raise. Ambos constituem-se na face livre inicial. A altura da face livre é 
definida em função do minério. Antes de se iniciar a perfuração da chaminé é 
dos leques de lavra, o técnico responsável analisa com precisão a planta baixa 
e as seções geológicas a fim de projetar no software topograf em planta a 
marcação da chaminé e dos leques de lavra que posteriormente serão 
perfurados. O afastamento entre seções depende muito da altura do corpo 
mineralizado. 
A chaminé e o slot raise depois de desmontado gera a face livre para as 
demais seções de lavra da galeria 
 
 
Figura 9 - Plano de Perfuração de uma Seção de Lavra 
 
 
 
Figura 10 - Plano de Perfuração de chaminé de comprimento menor que 12 metros. 
 
 
 
Figura 11 - Plano de Perfuração de chaminé de comprimento maior que 15 metros. 
 
. 
Todas as seções de lavras, chaminés e slot raisessão carregadas com 
encartuchados de 1 1/8” x 24”. Na carga de fundo a razão é de 3 
encartuchados por metro (1,76 kg/m), já a carga de coluna a razão é de 3 
encartuchados por metro (1,32 kg/m). 
A seguir são perfurados três seções, denominadas slot raises, a primeira 
SR(slot raise) dista 30 cm da chaminé, e a primeira e ultima seção das slot 
raises distam 2 metros. 
Ainda a frente da chaminé existe uma outra seção perfurada 
denominada de seção auxiliar. 
A chaminé gera a face livre inicial da galeria, e as slot raises são 
responsável pelo alargamento desta face. A seção auxiliar permite recuperar 
seletivamente o resto de minério que está na frente da chaminé. 
 
 
Figura 29 - Imagem de uma chaminé e slot raise desmontado. 
 
	7. Operações Mineiras
	7.1Perfuração
	7.1.1 Jumbos de 2 braços:
	7.1.2 Fandrill:
	7.1.3 Perfuração de frentes
	7.1.3.1 Plano de Fogo
	7.1.4Perfuração de Seção de Lavra