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Desenvolvimento do Sistema Endócrino Profª Vanessa Abrantes HIPÓFISE • Tem origem ectodérmica e se origina de duas fontes: – Evaginação do teto ectodérmico do estomodeu (divertículo hipofisário): vai originar a adeno-hipófise; – Invaginação do neuroectoderma do diencéfalo (divertículo neuroipofisário): vai originar a neuro-hipófise. • Origem embriológica dupla: – Adeno-hipófise (parte glandular) – Neuro-hipófise (parte nervosa) • Por volta da 4ª semana – Divertículo hipofisário projeta-se do teto do estomodeu, tornando-se adjacente ao assoalho do diencéfalo; • Na 5ª semana – A bolsa se alonga e sofre uma constrição em sua ligação com o epitélio oral, entrando em contato com o infundíbulo (derivado do divertículo neuroipofisário); – O pedículo do divertículo hipofisário regride – Desenvolvimento das partes anterior, intermédia e tuberal (adeno- hipófise) – ectoderma do estomodeu – Células da parede anterior do divertículo hipofisário proliferam e dão origem à parte anterior da hipófise; – Mais tarde, a parte tuberal cresce em torno da haste infundibular; – As células da parede posterior não proliferam; elas dão origem à delgada e maldefinida parte intermediária • O infundíbulo dá origem à eminência média, à haste infundibular e à parte nervosa ADRENAIS • Origem embrionária dupla: – O córtex se desenvolve do mesênquima que reveste a parede abdominal posterior; – A medula se desenvolve dos gânglios simpáticos adjacentes derivados das células da crista neural (diferenciam-se em células secretoras da medula). • 6ª semana: • Primeira indicação do córtex: agregação de células mesenquimais entre mesentério e gônada em desenvolvimento • A diferenciação das zonas corticais começam no período fetal tardio (a partir da 8ª semana): – As zonas fasciculada e glomerulosa estão presente ao nascimento, mas a zona reticular não é reconhecida até o final do 3º ano. • As glândulas supra-renais são 10 a 20 vezes maiores no feto, devido à presença do córtex fetal, que regride durante o primeiro ano de vida. Formação dos gânglios simpáticos. Uma parte dos neuroblastos simpáticos migra até o mesotélio em proliferação e forma a medula da glândula supra-renal. REGIÃO MEDULAR Hiperplasia congênita da Adrenal e Síndrome Adrenogenital • Distúrbios autossômicos recessivos; • Crescimento anormal nas células do córtex da supra renal; • Excessiva produção de androgênio no período fetal; • Masculinização da genitália e aumento do clítoris no sexo feminino; • Genitália externa normal no sexo masculino; • Crescimento rápido e maturação esquelética acelerada em ambos os sexos; Genitália externa de uma menina recém-nascida com hiperplasia adrenal congênita. Clítoris aumentado e grandes lábios fundidos. TIREÓIDE • Primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião; • Começa a formar-se cerca de 24 dias após a fecundação, de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva; • Esse espessamento forma uma pequena saliência, a tireóide primitiva. • Com o crescimento do embrião e da língua, a tireóide em desenvolvimento desce pelo pescoço; • Por um curto período, fica conectada à língua pelo ducto tireoglosso. • Como resultado da rápida proliferação celular, a luz do divertículo da tireóide se oblitera e se divide em dois lóbulos, unidos pelo istmo; • Na 7ª semana, a tireóide já assume sua forma definitiva e geralmente já atingiu a localização final no pescoço; • A abertura do ducto tireoglosso persiste como uma pequena fosseta, o forame cego; • Durante a 11ª semana, começa a aparecer colóide nos folículos tireoidianos. Deste momento em diante, já podem ser demonstradas a concentração de iodo e a síntese de hormônios tireoidianos. • São remanescentes do ducto tireoglosso, podem estar em qualquer ponto ao longo da via de migração da glândula tireóide. • São comumente encontrados à frente do osso hióide. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS Cisto tireoglosso Tireóide localizada ao longo do seu trajeto normal de descida da língua. Tipo mais comum: tecido tireoidiano lingual.; Deve-se ter cuidado com a remoção cirúrgica inadvertida!! MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS Tireóide Ectópica PARATIREÓIDES • As paratireóides inferiores se originam a partir do 3º par de bolsas faríngeas, que originam também o timo; • Mais tarde, as paratireóides se separam do timo e vão situar-se na superfície dorsal da tireóide, enquanto o timo desce para o mediastino superior. • A parte dorsal de cada 4ª bolsa faríngea se desenvolve em uma paratireóide superior; • A porção ventral alongada de cada 4ª bolsa forma um corpo ultimofaríngeo, que se funde com a tireóide, dando origem às células parafoliculares ou células C da tireóide; • As células C se diferenciam de células da crista neural que migram dos arcos faríngeos para o 4º par de bolsas faríngeas. • Ausência do timo e da glândula paratireoide; • Hipoparatireoidismo congênito (hipocalcemia – diminuição do paratormônio); • Aumento da suscetibilidade a infecções (defeito funcional dos linfócitos T); • Microdeleção (região 22q11.2), mutação dos genes HIRA e UFDIL e defeitos das células da crista neural MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS Síndrome de Digeorge • Podem ser encontradas em qualquer lugar próximo ou dentro da tireóide ou do timo. • A posição das glândulas superiores é mais constante que a das inferiores. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS. Paratireóides Ectópicas • Pode-se encontrar mais de 4 paratireóides, em raras ocasiões, que resultam da divisão dos primórdios das glândulas originais. • A ausência resulta da não diferenciação de um dos primórdios ou da atrofia precoce de uma glândula durante o início do seu desenvolvimento. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS. Número anormal de paratireóides EPÍFISE • Desenvolve-se como um divertículo mediano da parte caudal do teto do diencéfalo; • As células proliferam e formam e formam uma glândula sólida em forma de cone. ILHOTAS DE LANGERHANS Desenvolvimento do Pâncreas • Desenvolve-se a partir dos brotos pancreáticos dorsal e ventral, que surgem da porção caudal do intestino anterior; • O broto dorsal forma a maior parte do pâncreas; Desenvolvimento do Pâncreas • Quando o duodeno sofre rotação, carrega dorsalmente a parte ventral, que acaba se fundindo à parte dorsal; • Posição final: parede abdominal dorsal; Desenvolvimento do Pâncreas PÂNCREAS ENDÓCRINO (3º Mês) • 3º Mês do desenvolvimento : Células do parênquima do Pâncreas se diferenciam nas Ilhotas Pancreáticas, que se distribuem difusamente por todo o parênquima; • Período fetal (10 semanas) - Se inicia a secreção de Insulina por Células beta das Ilhotas; • As células que contêm glucagon e somatostatina se desenvolvem antes das células secretoras de insulina; • Quando há diabetes melito materno, as células secretoras de insulina no pâncreas fetal estão cronicamente expostas a altos níveis de glicose; • Como resultado, essas células sofrem hipertrofia, a fim de aumentar a taxa de secreção de insulina. DIABETES MELITO
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