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Resumo_Aula_01_e_02_-_Prof._Andre_Estefam_-_D._Penal_Geral.pdf

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Geral 
 Professor: André Estefam 
Aulas: 01 e 02 | Data: 01/02/2016 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
1) ART. 1º: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
1.1) Aspectos 
2) ART. 2º: PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENÉFICA DA LEI PENAL 
 
 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL: 
Art. 1 ao 12, CP 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos 
penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período 
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, 
aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou 
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.(Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, 
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no 
território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do 
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de 
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se 
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
 
 Página 2 de 9 
 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a 
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade 
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em 
vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a 
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu 
ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, 
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, 
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo 
Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no 
Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes 
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não 
sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei 
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do 
concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
 
 
 
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b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira 
autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí 
cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro 
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais 
favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por 
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições 
previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no 
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, 
quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira 
produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada 
no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros 
efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte 
interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com 
o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta 
de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se 
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
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Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas 
restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as 
frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos 
incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
1) ART. 1º: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: 
Art. 5ª. XXXIX, CF: cláusula pétrea 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal; 
Origem histórica do princípio: Carta Magna de 1215 (Rei João sem terra) e o primeiro código do mundo foi o 
código penal francês de 1810. No Brasil, a primeira Constituição foi a do Império de 1824 e depois foi o código 
criminal de 1830. 
Função pública (para que foi criado o princípio): é a segurança jurídica (precisa estar descrito em lei) 
1.1) Aspectos: 
a) reserva legal: exigência de lei em sentido formal, logo analogia e costumes não podem crias ou agravar 
punições. 
 . Analogia “in malam partem” não é permitida, mas a in bonam partem é permitida. 
 . Costumes: podem serutilizados como fonte de interpretação e como fonte de normas permissivas (Ex: 
art. 233, CP e os trotes acadêmicos que inclui como exercício regular de direito, e que exclui a ilicitude) 
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou 
exposto ao público: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Art. 22, I, CF: legislar sobre direito penal é de competência privativa da União (lei federal – leis ordinárias 
e leis complementares). 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
 
 
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 Art. 22 paragrafo único: a União por meio de lei complementar pode delegar ao estado membro o poder 
de editar leis estaduais sobre pontos específicos. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a 
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste 
artigo. 
 Medidas provisórias ou tratados ou convenções internacionais (ratificado) podem tipificar condutas? R: 
NÃO. Medida provisória não pode tipificar conforme art. 62, CF. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e 
direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira 
e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular 
ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso 
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de 
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só 
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi 
editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
 
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§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 
perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no 
prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por 
igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto 
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da 
medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso 
do Congresso Nacional.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, 
de 2001) 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional 
sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio 
sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e 
cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de 
urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso 
Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as 
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de 
medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua 
publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do 
Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos 
Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as 
medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem 
apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das 
Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida 
provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia 
por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até 
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida 
provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos 
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
 
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§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original 
da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até 
que seja sancionado ou vetado o projeto.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 Lei 10826/03 (Estatuto do Desarmamento): posse irregular (Art. 12). No art. 32 há a figura da entrega 
espontânea que é uma causa especial de extinção da punibilidade, e esse artigo foi feito por uma medida 
provisória, ou seja, cabe medida provisória de conteúdo benéfico. 
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou 
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, 
ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o 
responsável legal do estabelecimento ou empresa: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão 
entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de 
boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta 
a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma. (Redação 
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 Definição de organização criminosa: lei 12850/13 art. 2º. Antes dessa lei a única definição que existia era 
a contida na Convenção de Palermo, porém o STF deixa claro que a única definição válida é a da lei 12850/13. 
(RHC 121835 outubro/2015)1. A definição da Convenção de Palermo pode ser considerado como um “mandado 
de criminalização” (ordem para criar o tipo) 
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou 
por interposta pessoa, organização criminosa: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das 
penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer 
forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva 
organização criminosa. 
§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da 
organização criminosa houver emprego de arma de fogo. 
§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou 
coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique 
pessoalmente atos de execução. 
 
1 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9832750Página 8 de 9 
 
§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): 
I - se há participação de criança ou adolescente; 
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização 
criminosa dessa condição para a prática de infração penal; 
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo 
ou em parte, ao exterior; 
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras 
organizações criminosas independentes; 
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da 
organização. 
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público 
integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu 
afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou 
instrução processual. 
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao 
funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato 
eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público 
pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. 
§ 7o Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que 
trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e 
comunicará ao Ministério Público, que designará membro para 
acompanhar o feito até a sua conclusão. 
b) Anterioridade: não há crime (infração penal = crime e contravenção) anterior que o defina, nem pena (sanção 
penal = pena e medida de segurança) sem previa cominação legal. A CF não pode ter seu alcance limitado por 
normas infraconstitucionais, ou seja, onde se lê crime, entenda infração penal e onde se lê pena, entende-se 
sanção penal 
 Duração da medida de segurança: o CP não estipula prazo, mas a CF define que não haverá pena perpetua 
e neste caso, inclui também a medida de segurança, e a súmula 527 define o prazo da medida de segurança como 
sendo a pena máxima do crime. 
Súmula 527: “O tempo de duração da medida de segurança não deve 
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao 
delito praticado.” 
c) taxatividade: Exigência de lei penal com conteúdo determinado. 
 Tipos penais vagos é diferente de crime vago que o sujeito passivo é um ente sem personalidade. Tipo 
vago também é diferente de tipo aberto que utiliza expressão de amplo alcance, mas seu conteúdo é 
determinado (Ex: tipos penais dos crimes culposos) e o tipo aberto é valido. O que não é valido é o tipo penal 
vago. 
 
 
 
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 2) ART. 2º: PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE BENÉFICA DA LEI PENAL: 
Art. 5º, XL, CF 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
Conflito de leis penais no tempo: só se configura quando uma lei penal entra em vigor. 
LEX MITIOR LEX GRAVIOR 
Retroativa Irretroativa 
a) abolitio criminis = descriminaliza condutas. 
Lembrar que os fatos novos há a atipicidade e 
aos fatos anteriores, há a extinção da 
punibilidade (art. 107, CP) 
- art. 214 foi revogado em 2014 (atentado 
violento ao pudor), mas passou a configurar 
no crime de estupro (principio da 
continuidade típico-normativa) 
b) novatio legis in mellius = nova lei que 
mantem o caráter criminoso, mas da ao fato 
tratamento mais brando. 
a) novatio legis incriminadora: nova lei que 
criminaliza condutas, o fato se torna tipo (art. 
2º d a lei 12850/13 – organização criminosa) 
b) novatio legis in pejus: nova lei penal que 
mantém o caráter criminoso, mas dá ao fato 
tratamento mais severo. 
 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos 
crimes de ação privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

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