Buscar

Plano Oficina_Detalhes 2° 2013

Prévia do material em texto

OFICINA TEMÁTICA DE DETALHES DE ARQUITETURA / [PRJ060] 
Proposta de plano de ensino do professor Roberto Eustaáquio dos Santos e Daniella Coli 
EMENTA 
Desenvolvimento e detalhamento de projetos prediais. 
PREMISSAS 
Parte constitutiva do projeto arquitetônico, o detalhamento é decisivo para o bom desempenho 
das edificações. Sua principal função é veicular a informação técnica, de forma clara e 
enequívoca, de modo a garantir a qualidade da execução das obras. Para isso é necessário 
pormenorizar os formatos dos elementos arquitetônicos, seus materiais e componentes e o 
modo de construí-los. Portanto, o detalhamento está diretamente associado às técnicas e aos 
processos construtivos, às especificações de materiais de construção e de acabamentos. Em 
suma, o detalhamento deve dar conta do que e do como construir, do quanto de materiais e 
serviços são necessários à construção e também de que equipamentos e ferramentas são 
utilizados na construção. 
As opções tecnológicas não são neutras; sua lógica é determinada por interesses diversos, 
muitas vezes conflitantes. Por isso, o detalhamento construtivo deve também levar em conta as 
circunstâncias em que se dará a construção: como vai funcionar o canteiro de obras? Quem 
contrata os serviços de obra? Como será gerenciada a obra? Que tipo de contrato? Qual a 
qualificação de mão-de-obra? Qual a disponibilidade de materiais, serviços e equipamentos? 
Em vista da complexidade envolvida no detalhamento construtivo, infere-se que o domínio de 
tão diversificado rol de conteúdos só é possível de se adquirir com prática e experiência. Em 
vista disso, este curso reveste-se de um caráter introdutório ao tema em que importam os 
seguintes aspectos: 
1) Ensino como pesquisa: a ideia principal do curso é desenvolver junto ao alunado o interesse 
pelo detalhamento e o senso de obervação necessário à compreensão das técnicas e 
processos construtivos. A extensão do conhecimento requerido para o detalhamento indica que 
os ambientes de ensino-aprendizagem devem estar estruturados a partir da investigação e da 
sistematização da informação técnica e de sua aplicação nas soluções de projeto. A premissa 
fundamental é, portanto, a de ensinar e aprender a observar, pesquisar e sistematizar a 
informação técnica aplicada à projetação; 
2) Inventário das técnicas e processos construtivos e dos materiais de construção e 
acabamento, organização do canteiro de obras e mercado imobiliário visando, a longo prazo, 
produzir material para uma História da construção. Tais registro e documentação visam a 
valorização e a recuperação do patrimônio construído; 
2) Tecnologia construtiva compreendida como um processos técnico-social regido pela lógica 
do campo professional e epistemológico e cognitivo da arquitetura. Trata-se de compreender a 
rede de relações entre fatores e agentes desse campo. As tecnologias construtivas não estão 
disponíveis como num cardápio à escolha do projetista mas está permeada de interesses e 
[pre]disposições; 
3) Estudo crítico e proposição de alternativas de representação gráfica do projeto de 
arquitetura, focando especialmente as formas de veiculação da informação técnico-construtiva 
[desenvolvimento de maquetes construtivas]. 
Em vista disso, a proposta da disciplina é trabalhar com edificações representativas de Belo 
Horizonte (mas não necessariamente monumentos), compatível com a escala de tempo de 
duração da disciplina (30 horas-aula). 
OBJETIVOS 
• Pesquisa e sistematização de informações sobre técnicas e processos construtivos, serviços, 
equipamentos, instrumentos e ferramentas de obra; 
• Desenvolvimento do senso de observação de detalhes de edificações; 
• Desenvolvimento do senso crítico sobre a adequação entre a forma das edificações e o seu 
detalhamento e especificações de materiais de construção e acabamento; 
• Experimentação com metodologias de levantamento arquitetônico e de diagnóstico do estado 
de conservação de edificações; 
• Sistematização de documentação técnica de projeto. 
MÉTODOS DIDÁTICOS 
• Aulas expositivas 
• Trabalhos práticos 
• Seminários 
• Pesquisa bibliográfica 
• Visita técnica (Levantamento e diagnóstico de edificação) 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
Etapa Valor 
TP1 – Levantamento, Diagnóstico e Soluções 
(espaciais e técnicas) 
Em grupo 30 pontos 
TP2 – Exercício em sala - Projeto Individual 10 pontos 
TP3 – Exercício em sala - Projeto Individual 10 pontos 
TP4 – Detalhamento Individual 40 pontos 
Pesquisa individual / Participação Individual 10 pontos 
CALENDÁRIO 
aulas Atividade Atividades / Produtos 
01-04 
10/10 
Apresentação do curso 
 Premissas 
 Enunciado do trabalho prático 
Aula 1: Diagnóstico técnico-construtivo de edificações 
Agrupamento (duplas) 
 
05-08 
17/10 
Aula 2: Problemas espaciais, ambientais e técnico-construtivos com 
ênfase em patologias construtivas 
Apresentação das hipóteses de levantamento 
Discussão e seleção 
de edificações a serem 
levantadas (05 pontos) 
09-12 
24/10 
Exercício desenvolvido em sala de aula – detalhamento escada 
Discussão com os grupos sobre o levantamento da edificação. 
Entrega TP2 (10 
pontos) 
13-16 
31/10 
Apresentação do levantamento, diagnóstico e soluções. 
 
 
 
Exercício desenvolvido em sala de aula – detalhamento rampa 
Entrega e 
Apresentação TP1 (25 
pontos) 
Escolha do 
detalhamento final 
Entrega TP3 (10 
pontos) 
17-20 
14/11 
Soluções técnico-construtivas e espaciais 1 Orientação 
21-24 
21/11 
Soluções técnico-construtivas e espaciais 2 Orientação 
25-28 
28/11 
Soluções técnico-construtivas e espaciais 3 Orientação 
29-30 
05/12 
Apresentação do detalhamento Seminário final TP4 (40 
pontos) 
 
 
TP1 
Levantamento, Diagnóstico e Soluções para as edificações 
Produtos: Fichas de Levantamento 
 Representação gráfica da edificação / Maquete construtiva 
 Caderno Diagnóstico 
Representação gráfica da solução espacial e das soluções técnicas da reforma 
Especificação sumária de materiais de construção e acabamentos 
TP2 e TP3 
Exercício em sala – Projeto 
Produtos: Representação gráfica dos detalhes 
 
 
TP4 
Detalhamento 
A etapa de detalhamento destina-se ao desenvolvimento de um detalhe técnico-construtivo e de 
acabamento, escolhido entre aqueles constantes na lista de detalhes da etapa anterior 
Produtos: Representação gráfica dos detalhes 
 Descrição ilustrada do processo construtivo 
 Especificação e quantificação de materiais, serviços e equipamentos 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (a completar) 
Architect's Working Details 3. London: Emap Construct, n.3, 1993. Periodico semestral. 
Associacao Brasileira da Construcao Industrializada. Manual tecnico de fibrocimento. Sao 
Paulo: Pini, 1988. 180p p. Em anexo: NBR-5639, NBR-5640, NBR-5649, NBR-7581, 
NBR-7196, NBR-8055, NBR-9066. 
BERNSTEIN, D. Nuevas tecnicas en la obra de fabrica: el muro dos hojas en la arquitecture de 
hoy. Barcelona: G. Gili, 1985. 223 p. (Construccion). Traducao de: La maconnerie 
sans fard. Methodes recentes de maconnerie apparents. 
BITTERMANN, Elleanor. Art in modern architecture. New York: 1952. 178p. Número de 
Chamada: 729.3 B624a 1952 (ARQ) 
BOYNE, Donald Arhur Colin Ardon. Architects'working details. London: 1953-1961. 6v. Número 
de Chamada: 729.3 A772 1955-61 (ARQ) 
COESF. Orientações para programação de Manutenção Preventiva: manutenção e 
conservação de edifícios. São Paulo, USP, 2003. 
DIAS, Luis Andrade de Mattos. Edificações de aço no Brasil. São Paulo: Zigurate, 1993. 203 p. 
Papel. ISBN 85-85570-01-5. 
DÓREA, Sandra C.; SILVA, Laércio F. Estudo sobre índices da patologia das construções: 
paralelo entre a situação mundial e a Brasileira. In: CONGRESSO 
IBEROAMERICANO DA PATOLOGIA DE LAS CONSTRUCIONES, 5, 1999, 
Montevideo. Anais do V CONPAT. Montevideo: [s.ed.],1999.p. 609-616. 
EICHLER, Friedrich; MARGARIT, Adrian. Patologia de la construccion: detalles constructivos. 
Barcelona: Blume, 1973. 403 p. 
GATZ,Konrad. Detail: contemporary architectural design. London: 1962. 
HORNBOSTEL, Caleb; BENNETT, Elmer. Architectural detailing. New York: 1958. 221p. 
Número de Chamada: 729.3 H814a 958 (ARQ) 
IGOA, Jose Maria. Escaleras, trazado, calculo y construccion. Barcelona: CEAC, 1974. 177 p. 
(Enciclopedia CEAC de construccion). 
JORGE, Luis Antonio. O desenho da janela. São Paulo: ANNABLUME, 1995. 159 p. 
MANNES, Willibald. Escaleras y barandillas: materiales, construcción, formas. Barcelona: G. 
Gili, 1978. 139 p. , il. Tradução de: Treppen und Gelander: werkstoffe, 
konstruktionen, gestaltungen. 
 MANNES, Willibald. Escaleras: diseno y construccion. Barcelona: G.Gili, 1987. 191 p. Traducao 
de: Schone treppen. Handwerkliche beispiele zur konstruktion und gestaltung. 
MANUAL tecnico de caixilhos, janelas: aco, aluminio, madeira, PVC, vidros, acessorios, juntas e 
materiais de vedacao. Sao Paulo: Pini/ABCI, 1991. 213 p. 
MASCARÓ, J. L. O custo das decisões arquitetônicas: como explorar boas idéias com 
orçamento limitado. Porto Alegre, Sagra- D.C. Luzzatto, 1998. 
MCLEOD, Virginia. Detail in contemporary landscape architecture. London: Laurence King, 
2008. 192 p. 
MIRANDA, Lucas Rodrigo. Cálculo e detalhamento prático de pilares para edificações de 
pequeno e médio porte. São Carlos: UFSCar, 2008. 198 p. Mestrado (Construção 
Civil)-UFSCar. CCET-Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia. CCiv. 
MONTENEGRO, Gildo A. Ventilacao e cobertas: estudo teorico, historico e descontraido. Sao 
Paulo: E. Blucher, 1984. 128 p. 
PRACHT, Klaus. Enrejados, cercas y barandillas. Barcelona: Gustavo Gili, 1989. 167 p. 
PRACHT, Klaus. Les systemes constructifs en bois: structure et architecture des constructions a 
ossature ou a murs porteurs en bois. Paris: Moniteur, 1981. 139 p. Tradução de: 
Holzbau-Systeme. 
PUNTOS COMES, Ricardo. Tratado practico de cubiertas. Barcelona: Eta, 1982. 427 p. 
(Coleção Construccion). 
RAYMOND, Antonin. Architectural details. New York: Architectural Book Pub. Co, 1947. 119 p 
Número de Chamada: 747 R268a 1947 (ARQ) 
SABATINI, Alberto A. La escalera. Buenos Aires: Contempora, 1978. 105 p. 
SCHULTE, Hermann. Estruturas metalicas para coberturas: informacoes construtivas para 
projetos escolares. Sao Carlos: Universidade de Sao Paulo, 1978. (Publicacao 
059/84). 
STEINHOFEL, Otto. Escaleras de madera en la arquitectura moderna: manual para la 
construccion de escaleras de madera. Mexico: Campania Editorial Continental, 
1964. 168 p. 
VASCONCELLOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. Belo Horizonte: 
UFMG, 1979. 186p. 
 
www.infohab.org.br 
www.cidades.gov.br 
www.usp.br/fau/depprojeto/labhab/ 
www.cdhu.sp.gov.br 
www.cef.gov.br

Continue navegando