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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 3 - VERBO Olá, amigos Hoje nossa aula vai tratar do “coração” da unidade oracional – o VERBO. Não é à toa que esse assunto vem logo após vermos os processos de formação das palavras e antes de qualquer outro. O verbo também fará parte das próximas aulas – concordância (nominal e verbal), regência (nominal e verbal) e até mesmo crase. Nesta aula, veremos a classificação dos verbos, sua forma de conjugação (que é um calo para muita gente), as flexões que o verbo pode sofrer (número, pessoa, tempo, modo e voz), a relação que os verbos têm em uma estrutura oracional e como manter essa relação harmônica, dentre tantas outras coisas. Bem, essa palavrinha é muito especial. O verbo não tem sintaticamente uma função que lhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o adjetivo também podem ser núcleos do predicado (veremos no módulo sobre Termos da Oração). Sua única função na estrutura oracional é a de participar do predicado. CONSTRUÇÃO DOS VERBOS Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invariável que lhes dá a base comum de significação. São aceitas as seguintes flexões: de número (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª), modo, tempo ou vozes. Celso Cunha identifica uma outra flexão: aspecto, que, em suas palavras, “manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressa pelo verbo”, por exemplo: pontual (“acabo de chegar”) ou durativa (“fico a esperar”), contínua (“vou andando pelas ruas”) ou descontínua (“voltei a fumar”) etc. Em relação ao processo de formação, como vimos, ao radical junta-se a terminação: vogal temática (define as três conjugações), desinências modo-temporal e número- pessoal. Alguns conceitos são importantes: Formas rizotônicas – o elemento de composição grego riz(o)- significa “raiz”. Assim, nas formas RIZOTÔNICAS, a sílaba tônica (a que fomos apresentados em nosso primeiro encontro) recai no radical. verbo RECLAMAR Î radical RECLAM Î eu reclamo Como a sílaba tônica recai no radical, essa forma chama-se rizotônica. Formas arrizotônicas - quando a sílaba tônica recai fora do radical. Verbo CONSERVAR Î radical CONSERV Î nós conservaremos Como a sílaba tônica recai fora do radical, essa forma chama-se arrizotônica. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 2 www.pontodosconcursos.com.br Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes. 1. REGULARES - conservam o mesmo radical. eu canto, tu cantas, nós cantávamos, eles cantariam, ele cantasse 2. IRREGULARES - apresentam variação no radical ou nas desinências. SABER (eu sei, ele soube) PERDER (perco) FAZER (fiz, faço) Alguns autores consideram que alteração exclusivamente gráfica (PROTEGER – PROTEJO), em função da ortografia, não poderia levar à indicação de irregularidade verbal. Assim, segundo eles, são considerados irregulares somente os verbos que apresentam alteração GRÁFICA E FONÉTICA. Se não houver alteração fonética (como no exemplo: g/j), não se classifica como verbo irregular, sendo chamado por alguns autores de “aparentemente irregular”. 3. ANÔMALO – são verbos irregulares que, por apresentarem profundas variações, recebem classificação autônoma. São só dois: SER e IR. Curiosidade: Esses dois verbos são idênticos na conjugação dos seguintes tempos: pretérito perfeito do indicativo (fui, foste, ...), pretérito mais-que-perfeito do indicativo (fora, foras...), pretérito imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro do subjuntivo (for, fores...). Só dá para identificar se está sendo usado um ou outro a partir do contexto. 4. ABUNDANTE - apresentam duas ou três formas em certos tempos, modos, pessoas ou particípio. Por exemplo, no imperativo afirmativo, os verbos terminados em –zer, como o verbo fazer, na 2ª pessoa do singular, aceitam duas formas – faze e faz. 5. DEFECTIVOS - apresentam defeito, ou seja, não se conjugam em todas as formas (tempo, pessoas, modos). Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe no passado nem no futuro. Por isso, mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretérito do Perfeito do Indicativo, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc. Há dois tipos de defeitos: 1º) o verbo não possui a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, delinquir); 2º) o verbo só apresenta as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar, reaver). Alguns autores definem como defectivos também os verbos que, de acordo com o seu emprego, só podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência), DOER (no sentido de “sentir dor” - alguma coisa dói) e os unipessoais, que representam vozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados no sentido original (sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto é o sentido conotativo, também chamado de figurado, quando a palavra é usada em um significado diferente do original). CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 3 www.pontodosconcursos.com.br FLEXÕES DOS VERBOS NÚMERO Como as outras palavras variáveis, o verbo admite dois números: o singular e o plural. Dizemos que um verbo está no singular quando ele se refere a uma só pessoa ou coisa e, no plural, quando tem por sujeito mais de uma pessoa ou coisa. PESSOA É a variação de forma que indica a pessoa do discurso a que se refere a ação verbal. 1ª pessoa - aquela que fala. Corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós (plural). 2ª pessoa - aquela a quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) e vós (plural). 3ª pessoa - aquela de quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais ele/ela (singular) e eles/elas (plural). MODO, TEMPO e VOZES Essas modalidades de flexão merecem uma análise mais aprofundada. MODOS E TEMPOS VERBAIS A classificação dos verbos nos MODOS VERBAIS depende da relação que o falante tem com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido ou dá uma ordem (imperativo). Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ação verbal (percebeu? “modo” verbal). São três modos verbais: INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou possível. IMPERATIVO - expressa ideias de ordem, pedido, desejo, convite. Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções (embora, caso, que etc.) Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. O sujeito vai à farmácia e diz ao balconista: Eu quero um remédio que acaba com a minha dor de cabeça. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 4 www.pontodosconcursos.com.br Eu quero um remédio que acabe com a minha dor de cabeça. Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que vai pedir e produzir resultado. Já teve dor de cabeça outrasvezes e sabe qual o remédio que surte efeito. O fato situa- se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO. Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. Certamente está pedindo uma indicação ao balconista. O resultado que o remédio trará (acabar com a dor de cabeça) ainda está no plano da hipótese. Por isso, está no modo SUBJUNTIVO. IMPERATIVO Sobre a conjugação no imperativo, em vez de memorizar várias regras, vamos guardar apenas a exceção. A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas (2ª do singular e do plural, 3ª do singular e do plural e 1ª do plural) no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas (singular e plural) e 1ª pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a regra. 1 - Venha para a Caixa você também Î 3ª pessoa do singular (O comercial estava errado e você não vai nem acreditar: uma banca examinadora explorou exatamente esse fato em prova!!! Veremos nos exercícios de fixação.). 2 - Não nos deixeis cair em tentação Î 2ª pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se vós.) Agora veremos a exceção, que deve ser memorizada por ser em menor número. A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s” final. RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o restante tem origem no presente do subjuntivo. Exemplo: 1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] = dize). Esse verbo, aliás, é abundante. Aceita as formas “dize” e “diz”, no imperativo afirmativo. 2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), sem o “s”. Os quadros abaixo resumem as conjugações dos verbos no modo imperativo. PRESENTE DO SUBJUNTIVO IMPERATIVO NEGATIVO eu fale - tu fales Î não fales (tu) ele fale Î não fale (você) (*) nós falemos Î não falemos (nós) CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 5 www.pontodosconcursos.com.br vós faleis Î não faleis (vós) eles falem Î não falem (vocês) (*) PRESENTE DO INCATIVO IMPERATIVO AFIRMATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO eu falo - eu fale tu falas Î fala (tu) tu fales ele fala fale (você) (*) Í ele fale nós falamos falemos (nós) Í nós falemos vós falais Î falai (vós) vós faleis eles falam falem (vocês) (*) Í eles falem (*) Como o imperativo é o modo em que se determina ou pede algo à pessoa a quem se dirige (2ª pessoa), as terceiras pessoas se referem a “você / vocês”, e não a eles (3ª pessoa). Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são enunciados os fatos. No modo INDICATIVO, os tempos são: PRESENTE – fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos na cozinha.); - fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias em Belém.); - apresenta um princípio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas crianças morrem de desnutrição no Brasil.) PRETÉRITO PERFEITO – fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do momento em que se fala (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO – denota repetição de um ato ou sua continuidade, com início no passado, chegando ao momento presente, em que falamos (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados. / Eu tenho lutado contra vários preconceitos.); PRETÉRITO IMPERFEITO – fato realizado e não concluído ou que apresenta certa duração (Ele buscava a perfeição antes de morrer./ O tempo corria sem que ninguém notasse.); – indica, entre ações simultâneas, a que ocorria no momento em que sobreveio a outra (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.); – denota ação passada habitual ou repetida (imperfeito frequentativo) (Sempre que eu chegava, ela saía do recinto.) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 6 www.pontodosconcursos.com.br – fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdão aos filhos.) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.) FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo após a minha aprovação.); – afirmação de valor categórico (De todas as mulheres do mundo, você será a mais bela – o que se afirma é que “certamente você é a mais bela”). FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura ocorrência de um fato que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei acumulado quase um milhão de reais em dívidas.) - indica uma ação futura que estará consumada antes de outra também no futuro (Amanhã, quando você chegar, eu já terei assinado o contrato.) - denota incerteza sobre fatos passados (Terá João sabido da traição?) FUTURO DO PRETÉRITO – fato posterior a um fato passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO PASSADO].); – fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua casa, mas tive um problema.); – pode denotar incerteza (“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”) – hipótese relacionada a uma condição (“Se você tivesse comprado o carro [CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].”) – polidez (“Você poderia me passar o sal?”). FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o Futuro do Pretérito com relação aos três primeiros aspectos. INDICATIVO PRESENTE (só apresenta a forma SIMPLES) Eu falo PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES Eu falei COMPOSTO Eu tenho falado (o auxiliar é conjugado no presente do indicativo) PRET.IMPERFEITO (só apresenta a forma SIMPLES) Eu falava PRET.MAIS-QUE- PERFEITO SIMPLES Eu falara COMPOSTO Eu tinha falado (o auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito do indicativo) CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 7 www.pontodosconcursos.com.br FUTURO DO PRESENTE SIMPLES Eu falarei COMPOSTO Eu terei falado (o auxiliar é conjugado no mesmo tempo verbal) FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES Eu falaria COMPOSTO Eu teria falado (o auxiliar é conjugado no mesmo tempo verbal) SUBJUNTIVO PRESENTE Eu fale PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO Eu tenha falado (o auxiliar é conjugado no presente do subjuntivo) PRETÉRITO IMPERFEITO Eu falasse PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO Eu tivesse falado (o auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo) FUTURO SIMPLES Eu falar FUTURO COMPOSTO Eu tiver falado (auxiliar no mesmo tempo verbal) Observe que: 1) tanto no indicativo quanto no subjuntivo, o PRESENTE e o PRETÉRITO IMPERFEITO só apresentam as formas simples – NÃO HÁ FORMAS COMPOSTAS; 2) tanto no indicativo quanto no subjuntivo, o PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO e o PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO empregam o verbo auxiliar no tempo imediatamente anterior (pretérito perfeito Î auxiliar no presente / pretérito mais-que- perfeito Î auxiliar no pretérito imperfeito); 3) no FUTURO (tanto do indicativo – os dois: futuro do presente e futuro do pretérito – quanto no subjuntivo), o auxiliar fica no mesmo tempo verbal. CUIDADO! Algumas bancas, comoa Fundação Carlos Chagas, costumam apresentar uma oração e exigir que o candidato assinale a opção cujo verbo se encontre no mesmo tempo e modo. Havendo locução verbal de tempo composto no PRETÉRITO (pretérito perfeito composto, pretérito mais-que-perfeito composto, quer do indicativo, quer do subjuntivo), não vacile: OS VERBOS AUXILIARES NÃO FICAM NO MESMO TEMPO VERBAL - buscam os tempos imediatamente anteriores (veja observação acima). Como devemos classificar o tempo verbal do CONJUNTO, ou seja, da LOCUÇÃO VERBAL, TODO CUIDADO É POUCO NA IDENTIFICAÇÃO DESSE TEMPO. Veja só. No PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO, o verbo auxiliar fica no PRESENTE: - NO INDICATIVO: TENHO FEITO Î pret. perfeito composto do indicativo; - NO SUBJUNTIVO: TENHA FEITOÎ pret. perfeito composto do subjuntivo. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 8 www.pontodosconcursos.com.br Já a locução verbal no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO apresenta o verbo auxiliar no PRETÉRITO IMPERFEITO: - NO INDICATIVO: TINHA FEITO Î pret.mais-que-perfeito comp. indicativo - NO SUBJUNTIVO: TIVESSE FEITO Î pret.mais-que-perfeito comp. subj. Cuidado para não classificar a locução verbal considerando apenas a conjugação do verbo auxiliar!!! Veja como isso já caiu em prova: (ESAF / SUSEP – Agente Executivo / 2006) Julgue o item a seguir: e) O tempo em que está flexionado “escolhera” (l.15) indica que a ação de escolher acontece antes de outra também mencionada no período; corresponde, por isso, a tivera escolhido. Item INCORRETO. A descrição de emprego do pretérito mais-que-perfeito do indicativo está PERFEITA – ação ocorre antes de outra ação também passada. O problema é que o tempo composto correspondente seria TINHA ESCOLHIDO, com o verbo auxiliar no pretérito imperfeito do indicativo, e não “tivera escolhido”. LOCUÇÕES VERBAIS Sempre que se fala “locução”, temos a ideia de “mais de uma palavra” formando uma unidade. Assim, em locuções verbais, mais de um verbo (ligados ou não por uma preposição) formam um conjunto. Formam-se locuções verbais em: tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER (acabamos de falar sobre isso); construções de voz passiva, principalmente com os verbos auxiliares SER e ESTAR; construções com auxiliares modais, que determinam com mais rigor o modo como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação verbal. Expressam circunstâncias de: início ou fim (comecei a estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), obrigação (tive de entregar), possibilidade (posso escrever), dúvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras tantas. Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal, quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens. Mais sobre o assunto, falaremos na aula sobre CONCORÂNCIA. TEMPO COMPOSTO CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 9 www.pontodosconcursos.com.br É o tempo constituído por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo principal no particípio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para simplificar, usamos nos exemplos somente o verbo auxiliar TER. 1) Modo Indicativo TEMPO VERBAL EXEMPLO presente falo bebo parto pretérito perfeito simples falei bebi parti composto tenho falado tenho bebido tenho partido imperfeito simples falava bebia partia mais-que-perfeito simples falara bebera partira composto tinha falado tinha bebido tinha partido futuro do presente simples falarei beberei partirei composto terei falado terei bebido terei partido do pretérito simples falaria beberia partiria composto teria falado teria bebido teria partido FORMAS NOMINAIS Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que também podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios. São elas: INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO. INFINITIVO: Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo) O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo) Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo) Precisamos colocar óleo na porta que está a ranger.(verbo) O infinitivo divide-se em impessoal e pessoal. O infinitivo impessoal não tem sujeito (pessoa) e, por isso, não se flexiona. É usado em sentido genérico (“o ato de”). Amar se aprende amando. Já o infinitivo pessoal tem sujeito e pode flexionar-se ou não. Os casos em que o infinitivo pode, deve ou não pode se flexionar será objeto de estudo na aula sobre CONCORDÂNCIA. GERÚNDIO: CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 10 www.pontodosconcursos.com.br O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia. (verbo) Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado (advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”) PARTICÍPIO: Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo) O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo) O particípio tem grande importância na construção de LOCUÇÕES VERBAIS. Emprega-se com os auxiliares TER e HAVER para a formação de tempos compostos (“Temos feito grande progresso.”, “Nunca havia visitado este lugar antes.”), com o verbo SER para formar os tempos da voz passiva de ação (“O trabalho foi feito por todos nós.”) e com o verbo ESTAR nos tempos de voz passiva de estado (“Estou chocada com essa notícia.”). No particípio, a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular (terminadas por “ado” / “ido”). Contudo, existem algumas exceções: alguns verbos apresentam mais de uma forma: a regular (“ado” / “ido”), usada com os verbos ter e haver (tempo composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz passiva). Dentre os irregulares, estão: ¾ ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito ¾ ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito ¾ ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue ¾ IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso ¾ SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo ¾ SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso Outras curiosidades: • Apresentam somente a forma irregular do particípio os verbos abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer (dito), escrever (escrito), fazer (feito), pôr (posto), ver (visto), vir (vindo) e seus derivados. Observe que, neste último (vir), a forma participial é igual ao gerúndio, o mesmo ocorrendo com os verbos dele derivados (intervir – intervindo). Essa peculiaridade costuma ser objeto de questões de prova. Alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para qualquer dois verbos auxiliares – ou seja, não tem como errar - com qualquer verbo auxiliar pode-se usar qualquer forma participial. Segundo a maioria dos gramáticos, são quatro os verbos: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memorizá-las, imagine a seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o salário e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o dinheiro – gostou do método mnemônico?). CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 11 www.pontodosconcursos.com.br O particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A forma “chego” é a conjugação de 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (“Eu chego”). Não existe a forma de particípio irregular para esse verbo. Então: “Eu tinha chegado ao escritório bem cedo.”. C ON J U G A Ç Ã O V E R B A L Para ajudar a resolver questões de conjugação verbal, uma boa dica é a técnica do PARADIGMA. Como funciona isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação). Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, “er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinências, que são idênticas nos demais verbos regulares de mesma conjugação: Por exemplo: CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos “paradigmas”. Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo Falar Eu falo (que) eu fale Consumar Eu consumo (que) eu consume Partir Eu parto (que) eu parta Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical em determinadas conjugações, procure outro verbo, também irregular, de mesma construção. Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???) Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. Normalmente não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção) fora de uma locução verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idêntica estrutura. Já sabe qual é??? REPETIR. Então, como fica a conjugação desse paradigma? Eu repito Î Eu compito CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 12 www.pontodosconcursos.com.br E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito sugestões.... Lembrou de algum? Eu conheço um – FERIR. Como fica a conjugação do paradigma? Eu firo Î Eu adiro A título de exemplo, observe o seguinte item de uma questão de prova da ESAF (TCU/2002): O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de familiaridade. Essa opção está errada. Você percebeu qual é o erro? O que significa “abule”? O contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR. Se não tivermos certeza da conjugação desse verbo, vamos fazer o quê??? Buscamos o paradigma. Um verbo que apresenta a mesma forma de conjugação é o verbo ENGOLIR. Na passagem, o verbo “abolir” está na terceira pessoa do singular, no presente do indicativo (“O fato ... não abule...”). O verbo “engolir” ficaria “Ele engole”. Logo, a conjugação correta é abole (“O fato ... não abole...”). IMPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande valia em uma questão de prova. O quadro a seguir visa facilitar a compreensão e memorização das conjugações dos verbos regulares. Trata-se de um quadro resumo com todas as desinências regulares dos tempos simples. MODOS Tempos INDICATIVO SUBJUNTIVO 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª Presente o as a amos ais am o es e emos eis em o es e imos is em e es e emos eis em a as a amos ais am a as a amos ais am CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 13 www.pontodosconcursos.com.br Pret. Imperfeito ava avas ava ávamos áveis avam ia ias ia íamos íeis iam ia ias ia íamos íeis iam asse asses asse ássemos ásseis assem esse esses esse êssemos êsseis essem isse isses isse íssemos ísseis issem Pret. Perfeito ei aste ou amos astes aram i este eu emos estes eram i iste iu imos istes iram ***** ***** ***** Pret.mais- que- perfeito ara aras ara áramos áreis aram era eras era êramos êreis eram ira iras ira íramos íreis iram ***** ***** ***** Futuro do presente arei arás ará aremos areis arão erei erás erá eremos éreis erão irei irás irá iremos ireis irã ar ares ar armos ardes arem er eres er ermos erdes erem ir ires ir irmos irdes irem Futuro do pretérito aria arias aria aríamos aríeis ariam eria erias eria eríamos eríeis eriam iria irias iria iríamos iríeis iriam ***** ***** ***** IMPERATIVO AFIRMATIVO NEGATIVO - a e emos ai em - e a amos ei am - e a amos i am - es e emos eis em - as a amos ais am - as a amos ais am DERIVAÇÃO VERBAL Você já deve ter se deparado com dúvidas como: em “quando eu ..... o professor, passarei o seu recado”, devemos usar “ver” ou “vir”? Para compreendermos a conjugação de alguns verbos, principalmente dos irregulares, é necessário conhecer a formação de alguns tempos derivados. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 14 www.pontodosconcursos.com.br Abaixo, segue um quadro com a indicação das formas primitivas e das derivadas. Salvo algumas poucas exceções (como o verbo SER, SABER e outros), basta que se mantenha o radical das formas primitivas e a ele se acrescentem as desinências correspondentes. FORMA PRIMITIVA FORMAS DERIVADAS VERBO VER presente do indicativo 1ª pessoa do singular eu vejo Î presente do subjuntivo eu veja tu vejas ele veja nós vejamos vós vejais eles vejam presente do subjuntivo eu veja tu vejas ele veja nós vejamos vós vejais eles vejam Î imperativo negativo - não vejas (tu) não veja (você) não vejamos (nós) não vejais (vós) não vejam (vocês) pret. perfeito do indicativo 3ª pessoa do plural eles viram Î pretérito mais-que- perfeito do indicativo eu vira tu viras ele vira nós víramos vós víreis eles viram Î pretérito imperfeito do subjuntivo eu visse tu visses ele visse nós víssemos vós vísseis eles vissem pret. perfeito do indicativo 3ª pessoa do plural Î futuro do subjuntivo eu vir tu vires ele vir nós virmos vós virdes eles virem VERBO CABER Infinitivo caber Î Futuro do caberei CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 15 www.pontodosconcursos.com.br impessoal presente do indicativo caberás caberá caberemos cabereis caberão Futuro do pretérito do indicativo caberia caberias caberia caberíamos caberíeis caberiam Infinito pessoal Caber Caberes Caber Cabermos Caberdes caberem Gerúndio cabendo Partícipio Cabido (nos verbos de 2ª.conjugação, a vogal temática passou de “e” para “i”, por influência da vogal temática da 3ª.conjugação - IR) Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos trazer, vir, fazer, pedir, caber e outros. TRAZER – TRAGO Î TRAGA TROUXERAM Î TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER VIR - VENHO Î VENHA VIERAM Î VIERA /VIESSE / VIER FAZER - FAÇO Î FAÇA FIZERAM Î FIZERA / FIZESSE / FIZER PEDIR - PEÇO ÎPEÇA PEDIRAM Î PEDIRA / PEDISSE / PEDIR CABER - CAIBO Î CAIBA COUBERAM Î COUBERA / COUBESSE / COUBER CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 16 www.pontodosconcursos.com.br CUIDADO COM A CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS!!! VERBOS PERIGOSOS - REQUERER - não é derivado do QUERER. No presente do indicativo: requeiro, requeres, requer... e no presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira... Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. - PRECAVER-SE - não é derivado do VER. É defectivo. No presente do indicativo, só se conjuga nas 1ª e 2ª pessoas do plural: precavemos, precaveis. Consequentemente, por não haver a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não há presente do subjuntivo. Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. - REAVER - É derivado do HAVER, mas só se conjuga quando houver a letra V na conjugação do “haver”. Assim, no presente do indicativo, só existem as formas da 1ª e 2ª pessoas do plural: reavemos, reaveis. Como não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não apresenta presente do subjuntivo. No pretérito perfeito, conjuga-se: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram - PROVER - Não é derivado do VER, apesar de coincidir na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e do subjuntivo. Pres.indicativo: provejo, provês, provê,... Pres.subjuntivo: proveja, provejas, proveja,... Pret. perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram - VIGER – É defectivo. Não possui, no pres.indicativo, a 1ª pessoa do singular. Logo, não há Pres.Subjuntivo nem Imperativo. Nas demais, conjuga-se como BEBER. Vamos analisar outras conjugações especiais. 1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO: –UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que não possuem todas as formas de conjugação, como ruir), os verbos terminados em –UIR apresentam duas formas de conjugação: 1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De acordo com esta regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminação. Nas 2ª e 3ª do singular trocam a letra ‘e’ da conjugação regular (como em ‘partir’) pela letra ‘i’. Mantêm as demais conjugações inalteradas em relação à conjugação do verbo paradigma ‘partir’: possuo, possuis, possui, possuímos, possuís, possuem. Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR 2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical é destru)– São verbos abundantes. Além da forma regular de conjugação (igual à do verbo POSSUIR: construo, construis, construi, construímos, construís, construem), mais comum em Portugal, apresenta também a conjugação irregular, bastante usada no Brasil, em que as 2ª e 3ª CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 17 www.pontodosconcursos.com.br pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto “ói": construo, constróis, constrói, construimos, construís, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em -OER. –OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais seguem o paradigma ‘beber’, respeitadas as devidas acentuações tônicas. Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (sentir dor) e SOER (costumar, ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas terceiras pessoas. Exemplos: MOER (o radical é MO-): môo, móis, mói, moemos, moeis, moem –EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Nas demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical PENTE-). A sílaba tônica foi sublinhada. Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam Pres.subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam –IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a conjugação do paradigma ‘falar’. Exemplos: ADIAR (radical ADI-) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, variais, variam Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos são REGULARES. Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma “contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, apresentado acima. No entanto, há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ nas formas rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), como no presente do indicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O: Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum deles. 2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA (DESAGUAR, ENXAGUAR) E OUTROS TERMINADOS EM –UAR ( APAZIGUAR, AVERIGUAR) E –UIR (DELINQUIR) CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 18 www.pontodosconcursos.com.br Com o Acordo Ortográfico, passaram a ser aceitas duas formas de conjugação dos verbos terminados em –UAR / -UIR: a) com a pronúncia do “u”, sem acento: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e / de-lin-QU-em (com força no “u”, como se fosse escrita com “c”, no último caso); b) com acento (e pronúncia tônica) nas vogais “a” e “i” dos radicais: a-ve-rí-gue / en-xá-gue / de-lín-quem Além disso, lembre-se de que o trema foi abolido, mas a pronúncia do “u” átono, quando for o caso, permanece: “averígue" (güe). Outra mudança foi a supressão do acento agudo em “averigúe” e “argúi”, que agora passam a ser registrados como “averigue" e “argui” (com o “u” tônico). VOZES DO VERBO Voz ativa Sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo). O presidente decretou a reforma econômica. Voz passiva O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Sujeito recebe (sofre) a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser: a) Analítica: (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) É construída com verbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal. Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que pode ser formada com dois ou até mesmo três verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente pratica a ação verbal. Você notou como essa construção é grande?! Basta comparar com a seguinte – a voz passiva sintética. A reforma econômica foi decretada pelo presidente. b) Sintética: (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com verbo principal + SE (pronome apassivador ou partícula apassivadora). Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o agente da passiva. Decretou-se a reforma econômica. Como veremos na aula de concordância, são muitas as questões de prova que exploram a concordância verbal em voz passiva sintética. Voz reflexiva Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo. A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 19 www.pontodosconcursos.com.br Voz recíproca (destaque feito por Evanildo Bechara) Construída com verbo e um pronome recíproco.Os sujeitos são agentes e pacientes, ao mesmo tempo. Mãe e filho fitavam-se carinhosamente. TRANSPOSIÇÃO DE VOZES VERBAIS São muitas as questões de provas que abordam a transposição da voz ativa para a passiva, ou vice-versa. Por isso, vamos verificar o procedimento necessário para essa transformação. O termo que exercia a função sintática de objeto direto na voz ativa será o sujeito da voz passiva. No lugar de um verbo (ou uma locução verbal), teremos uma locução verbal com ideia de passividade (inclusão do verbo SER/ESTAR). O elemento que exercia a função de sujeito da voz ativa será, na voz passiva analítica, o agente da passiva. Não há alteração nos demais complementos, como objeto indireto, predicativo do objeto ou complementos adverbiais, que continuarão a exercer as mesmas funções. Veja o esquema abaixo: VOZ ATIVA O professor deu o livro ao aluno. SUJEITO (AGENTE) VERBO OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO VOZ PASSIVA ANALÍTICA O livro foi dado pelo professor ao aluno. SUJEITO (PACIENTE) LOCUÇÃO VERBAL AGENTE DA PASSIVA OBJETO INDIRETO VOZ PASSIVA SINTÉTICA O livro deu-se - ao aluno. Na passiva sintética, normalmente o verbo antecede o sujeito, formando: Deu-se o livro ao aluno. Cuidados que devem ser tomados na transposição: - identificar corretamente o objeto direto da voz ativa, elemento que exercerá a função de sujeito da voz passiva e com o qual o verbo irá concordar; - realizar a concordância verbal corretamente; CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 20 www.pontodosconcursos.com.br - manter a conjugação do verbo auxiliar da locução passiva no mesmo tempo e modo do verbo apresentado na voz ativa. Veja, agora, uma questão de prova em que a ESAF explorou brilhantemente esse assunto: (ESAF / ACE / 2002) Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) c) A estrutura “Observa-se”(l.2) corresponde, semanticamente, a Foi observado. Este item estava INCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz passiva pronominal, apresentava-se no presente do indicativo (“Observa-se”), e na voz passiva analítica foi empregado no pretérito perfeito do indicativo (“Foi observado”). Erro na transposição da voz passiva sintética para a analítica, em virtude da alteração do tempo verbal. DIFERENÇA ENTRE VERBOS REFLEXIVOS E VERBOS PRONOMINAIS Os verbos reflexivos indicam que o sujeito ao mesmo tempo pratica e sofre a ação verbal. O pronome exerce a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto). Eu me cortei com a faca. Ele se veste muito bem. Esses verbos podem ser usados sem o valor reflexivo, com outro objeto que não o pronome: Eu cortei o braço com a faca. Ele veste o seu filho muito bem. Já os verbos pronominais apresentam o pronome como parte integrante do verbo. Esses verbos não admitem conjugação com outro objeto que não o pronome. Eu me queixei do tratamento que recebi. Ele sempre se arrepende do que faz. Os pronomes que acompanham esses verbos não exercem nenhuma função sintática na oração. C O R R E L A Ç Ã O V E R B A L CORRELAÇÃO VERBAL consiste na articulação entre as formas verbais no período. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondência entre si. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 21 www.pontodosconcursos.com.br Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando o “ouvido”. Observe que alguma coisa parece estar errada na construção: “Se você se acomodasse com a situação, ela se tornará efetiva.”. Isso acontece porque não houve correlação entre a forma verbal da primeira oração (acomodasse) – que indica hipótese, possibilidade - com a da segunda (tornará) – que indica certeza. A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar decorando listas), seguem alguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação verbal: a) “Exijo que me diga a verdade.” - presente do indicativo + presente do subjuntivo b) “Exigi que me dissesse a verdade.” – pret.perf.indicativo + pret.imperf.subjuntivo. c) “Espero que ele tenha feito uma boa prova.” - presente indic.+ pret.perf.comp.subjuntivo. d) “Gostaria que ele tivesse vindo.” – fut.pretérito.ind.+ pret.mais-que- perf.comp.subjuntivo e) “Se você quiser o material, eu o trarei.” – futuro do subjuntivo + fut.presente indicativo f) “Se você quisesse o livro, eu o traria.” - pret.imperf.subj.+ fut.pretérito do indicativo Mais um exemplo de correlação entre os verbos. Veremos na aula sobre concordância os casos em que o verbo haver é impessoal. Um deles: indicação do tempo decorrido. Isso significa que o verbo ficará na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o seu complemento (plural ou singular). Esse verbo deve estar em harmonia temporal com os demais do período, isto é, se a estrutura oracional aponta para um fato passado, o verbo haver também deverá ser conjugado no passado. Na edição da revista Veja sobre a morte de Cássia Eller, a manchete foi: “A polícia suspeita que um coquetel de droga, álcool e remédios matou a cantora, que havia dois anos lutava para se livrar da dependência de cocaína” Na época, houve uma enxurrada de perguntas (inclusive para a redação da revista) sobre a correção dessa forma do verbo haver. Está CORRETÍSSIMA! Note que a afirmação se refere a um fato passado (afinal, infelizmente ela já não estava mais viva naquele momento). Assim, o tempo decorrido se encontrava concluído no passado, o que justifica o emprego de “havia”, da mesma forma que a forma “lutava”. Se a afirmação se referisse a um fato ainda atual: “Fulano há dois anos luta para se livrar das drogas.”, todos os verbos se conjugariam no mesmo tempo verbal – presente do indicativo. Lembre-se: se o fato ainda é atual, o verbo que indica o tempo decorrido permanece no presente; se o fato já é passado, o verbo que indica o tempo decorrido também vai para o passado. Simples assim... Vamos às questões de fixação. Mais uma vez, lembramos que são questões aplicadas nos mais diversos concursos públicos do país. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 22 www.pontodosconcursos.com.br Bons estudos a todos. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 23 www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES DE FIXAÇÃO (NCE UFRJ/ADMINISTRADOR PIAUÍ/2006) TEXTO - A SAÚDE E O FUTURO Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, por exemplo, que o vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela,os travestis da cadeia, as garotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe de família e se espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverá milhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistência permanente. Seus sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos bacilos da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós. Sífilis, hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmente transmissíveis atacarão os incautos e darão origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos. No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernas e outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muito mais imprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doença de Chagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, água limpa e farta. Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que será pôr filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que se organize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a vigilância das comunidades locais, poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programas de prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, diminuirão o número de pessoas doentes. Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros. 1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construção dessas previsões se apóia fundamentalmente: (A) no emprego do futuro do presente; (B) na abordagem de temas ainda desconhecidos; (C) na antevisão de um futuro sombrio; (D) na condenação do atraso social e cultural; (E) na utilização de expressões de dúvida. 2 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 24 www.pontodosconcursos.com.br “... desses mesmos sentimentos que têm levado o Brasil à beira do abismo,...”; a forma verbal têm levado indica uma ação: (A) que já terminou; (B) anterior a outra ação passada; (C) habitual no passado; (D) iniciada no passado que continua no presente; (E) iniciada no presente que continua no futuro. 3 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) TEXTO - DROGAS: A MÍDIA ESTÁ DENTRO Eugênio Bucci Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa que não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça. Ouvi-o de um professor – um professor brilhante, é bom que se diga. Ele se saía muito bem, tecendo considerações críticas sobre o provão. Aliás, o debate era sobre o provão, mas isso não vem ao caso. O que me interessou foi um comentário marginal que ele fez – e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário. Primeiro, ele disse que a publicidade não pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes humanas são ditadas pela propaganda. Sim, a tese é óbvia, ninguém discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatação, o professor lembrou que muita gente cheira cocaína e, no entanto, não há propaganda de cocaína na TV. Qual a conclusão lógica? Isso mesmo: nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade. A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e não consegue mudar os hábitos do público. Inúmeros esforços publicitários não resultam em nada. Continuemos no campo das substâncias ilícitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios de comunicação, algumas um tanto soporíferas, outras mais terroristas, e todas fracassam. Moral da história? Nem que seja para consumir produtos químicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mídia. Temos alguma autonomia para formar nossas decisões. Tudo certo? Creio que não. Concordo que a mídia não pode tudo, concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independência em sua relação com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fácil demais e, para demonstrá-la, escolheu um exemplo ingênuo demais. Embora não vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocaína, ou de maconha, ou de heroína, ou de crack, a verdade é que os meios de comunicação nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda não de drogas, mas do efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, não refreia, mas reforça o desejo pelo efeito das drogas. Por favor, não se pode culpar os publicitários por isso – eles, assim como todo mundo, não sabem o que fazem. “A favor da mesma tese, PODERÍAMOS dizer que...”; o uso do futuro do pretérito, nesse segmento, indica: CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 25 www.pontodosconcursos.com.br a) uma hipótese; b) uma forma polida de presente; c) uma possibilidade não realizada; d) ação posterior ao tempo em que se fala; e) incerteza sobre fatos passados. 4 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) TEXTO - RACISMO O Globo, 13/7/01 A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares. Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio. Aqui fica uma sugestão a este jovem negro, atleta brasileiro de 22 anos, com um brilhante futuro profissional: recuse o convite e não troque o Brasil pela Itália, pois moedas não resgatam a dignidade. Diga não aos xenófobos e racistas. Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando do campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar no: a) mais-que-perfeito do indicativo; b) imperfeito do indicativo; c) futuro do pretérito; d) imperfeito do subjuntivo; e) presente do subjuntivo. 5 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm ./2006) TEXTO - Racismo, discriminação, preconceito... Colocando os pingos nos “is” Maria Aparecida da Silva Recentemente assisti ao programa esportivo Cartão Verde, da TV Cultura, no qual se discutia, de maneira tímida, a discriminação racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincón (Corinthians) e Wagner (São Paulo), em momentos distintos. Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou oportunismo das denúncias. Mas o que de fato despertou minha atenção foi a relativização do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo tempo a expressão preconceito, quando as situações em foco constituíam, na verdade, práticas de discriminação racial. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 26 www.pontodosconcursos.com.br A autora não afirma com segurança, no primeiro parágrafo, que o jogador Paulo Nunes cometeu um ato discriminatório; o meio lingüístico empregado para relativizar essa afirmação é: (A) a adjetivação de “tímida”, dada à discussão; (B) o emprego do futuro do pretérito composto “teria praticado”; (C) o discurso indireto; (D) a inversão dos termos da frase; (E) a utilização dos parênteses.6 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) ESBOÇO DE UMA CASA Casa fria, de apartamento. Paredes muito brancas, de uma aspereza em que não dá gosto passar a mão. Aí moram quatro pessoas, com a criada, sendo que uma das pessoas passa o dia fora, é menina de colégio. Plantas, só as que podem caber num interior tão longe da terra (estamos em um décimo andar), e apenas corrigem a aridez das janelas. Lá embaixo, a fita interminável de asfalto, onde deslizam automóveis e bicicletas. E ao longo da fita, uma coisa enorme e estranha, a que se convencionou dar o apelido de mar, naturalmente à falta de expressão sintética para tudo o que há nele de salgado, de revoltoso, de boi triste, de cadáveres, de reflexos e de palpitação submarina. Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela, se nos debruçássemos. Mas adquire-se o costume de olhar só para a frente ou mais para cima ainda. Então aparecem montanhas, uma estátua de pedra que é às vezes cortada pelo nevoeiro, casas absurdas dançando - ou imóveis, após a dança - sobre precipícios. Há também um coqueiro irreal, sem nenhum coco, despojado e batido de vento (que se diria um vento bêbedo), no alto do morro, quase ao nível da casa. (ANDRADE, C. Drummond de. Confissões de Minas. In Poesia e Prosa. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 959.) Na correlação entre os dois verbos sublinhados no trecho “Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela...” (linhas 15-16), o enunciador manifesta uma atitude de: A) certeza, pois sabe que o fato não pode acontecer; B) subjetividade, pois não sabe se o fato tem possibilidade de acontecer; C) dúvida quanto à possibilidade de um fato acontecer, pois não há hipótese de o outro também acontecer; D) certeza quanto à possibilidade de um fato acontecer, na condição de também o outro acontecer; E) descrença sobre a realização do fato, pois está condicionado à realização de outro fato. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 27 www.pontodosconcursos.com.br 7 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) A forma “envoltas”, em “envoltas num cambiante véu de nuvens”, corresponde ao particípio irregular do verbo “envolver”, que também possui a forma “envolvido”. O verbo abaixo que NÃO admite duplo particípio é: (A) morrer; (B) escrever; (C) matar; (D) pegar; (E) eleger. 8 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) Noticiando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal destacada pode NÃO estar no gerúndio é: a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente; b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras; c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar; d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros; e) O atleta viajou, completando sua missão. 9 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) O emprego do particípio verbal está errado em A. O menino tinha matado a fome. B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares. C. O ônibus tinha chego atrasado. D. As pessoas estavam salvas. 10 - (CETRO / TCM SP / 2006) Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que não pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o título de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas as drogas. Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, se há algo que deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recém-divulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 28 www.pontodosconcursos.com.br economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte- americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga. Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação disponível a respeito dos perigos do consumo. (...) Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração as recomendações da gramática normativa tradicional, JULGUE a afirmação que segue. (A) no primeiro período, o termo “venerando” é forma verbal de gerúndio do verbo “venerar” e faz parte, no texto, de uma oração subordinada reduzida de gerúndio. 11 - (ESAF/AFC SFC/2002) Assinale a opção gramaticalmente correta. a) Sob a ótica de um Estado em particular – a despeito de a “Guerra Fiscal” do ICMS ser prejudicial à nação –, há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural de receita para o Estado. b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se um Estado se abstesse de tal política e os demais continuassem a praticá-la, esse perderia. c) Tendo em vista a análise histórica da “Guerra Fiscal”, alguns autores propuseram uma divisão de períodos que começam com a criação do ICM e chegam até a atualidade. d) No primeiro período, o Governo Central tirou dos Estados a competência de instituir e aumentar alíquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiam tais atribuições somente ao Senado. e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no incipiente mecanismo de concessão de incentivos, e, por meio de lei complementar, criou o CONFAZ. (Com base em artigo de André Eduardo da S. Fernandes & Nélio L. Wanderlei) 12 - (NCE UFRJ / ELETROBRÁS - Assistente Técnico Administrativo /2005) “E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do verbo VIR é: (A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa; (B) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga; (C) Quando virem outros, a casa não será a mesma; (D) Antigamente vinha muito a esta casa; CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 29 www.pontodosconcursos.com.br (E) Eles não têm vindo a esta casa. 13 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) “Se ele trabalhar, eu também trabalharei!”; a alternativa que tem uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: (A) Se ele for, eu também irei; (B) Se ele ver, eu também verei; (C) Se ele quiser, eu também quererei; (D) Se ele requerer, eu também requererei; (E) Se ele couber, eu também caberei. 14 – (NCE UFRJ / CVM / 2005) “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: (A) Se ele trouxesse, eu também traria; (B) Se ele aprovasse, eu também aprovaria; (C) Se ele pusesse, eu também poria; (D) Se ele viesse, eu também viria; (E) Se ele mantesse, eu também manteria. 15 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) Do segmento “onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”, se quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveríamos escrever: (A) estava; (B) estaria; (C) esteve; (D) estivera; (E) tinha estado.16 - (FCC / TRE AP - Técnico Judiciário/ 2006) Está corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase: (A) Se alguém propor medidas para economia de energia, que seja ouvido com atenção. (B) Caso uma represa contenhe pouco volume de água, as turbinas da usina desligam- se. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 30 www.pontodosconcursos.com.br (C) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos gastando. (D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram. (E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por eles. 17 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) “E agora passemos a outro programa”; se nesta frase empregássemos o verbo PASSEAR em lugar do verbo PASSAR, a forma equivalente seria: a) passeiemos; b) passeamos; c) passeiamos; d) passeemos; e) passeiam. 18 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) O verbo "despedir-se" apresenta erro gráfico em: A. Despedir-se-ão após o jantar. B. Pedem que se despessam logo. C. Não nos despediriam nessas circunstâncias. D. Despeço-me de todos amanhã. 19 - (Fundação José Pelúcio Ferreira / ICMS RO / 2006) Há erro de conjugação verbal em: a) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu depoimento. b) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje revela-se anacrônica. c) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há dois meses. d) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais. e) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso. 20 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004) Marque a opção em que a lacuna pode ser adequadamente preenchida com uma forma simples flexionada do verbo entre parênteses. (A) É provável que muitas empresas _____ com as novas medidas econômicas. (falir) (B) Atualmente, todos se _____ contra as oscilações decorrentes de planos mal sucedidos. (precaver) (C) Nós _____ todos os documentos e contrato perdidos durante a mudança, na semana passada. (reaver) CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 31 www.pontodosconcursos.com.br (D) É uma pena que o vice-presidente da empresa _____ por causa de pequenos problemas. (explodir) (E) Os funcionários ficarão mais bem dispostos caso a firma _____ as salas de cores claras. (colorir) 21 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) Tendo em conta a flexão verbal, é CORRETO afirmar que as formas PROVÉM, PROVEM, PROVÊEM E PROVÊM referem-se, respectivamente, aos seguintes verbos: a) prover, provir, provar e provir b) provir, provar, prover e provir c) provar, prover, provir e prover d) provir, provar, provir e prover 22 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das sentenças abaixo. Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleições. (impugnar) O condenado foi __________________ diante de uma multidão. (decapitar) O governo quer que se _______________ as causas do acidente. (averiguar) a) impúgno – decaptado – averigüe b) impugno – decapitado – averigúem c) impuguino – decapitado – averígüem d) impugno – decaptado – averigüem. 23 – (NCE UFRJ / INCRA / 2005) Na frase – Vem pra CAIXA você também – há um erro gramatical que já foi bastante comentado; o desvio da norma culta, neste caso, está: (A) no uso de “pra” em lugar de “para”; (B) na grafia em maiúsculas do vocábulo CAIXA; (C) no tratamento íntimo “você” em lugar de “o senhor”; (D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem; (E) a mistura de tratamentos. 24 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003) CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 32 www.pontodosconcursos.com.br Considere a flexão do verbo sublinhado no trecho "Os trabalhadores se submetem a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho..." (linhas 12-14) e, em seguida, analise o mesmo verbo flexionado nas frases abaixo. Pode-se afirmar que o referido verbo está flexionado de forma INCORRETA na opção: A) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. B) Trabalhadores, não se submetam a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. C) Não somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. D) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. E) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. 25 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vós, obtém-se: (A) Adivinhais. (B) Adivinhai. (C) Adivinheis. (D) Adivinhei. (E) Adivinde. 26 - (NCE UFRJ / PCRJ / 2002) Se a forma verbal Tenha estivesse na forma negativa da mesma pessoa do imperativo, sua forma correta seria: a) não tem; b) não tenhas; c) não tende; d) não tenha; e) não tens. 27 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006) Aqui há plantas que dão duas, três safras por ano. Substituindo-se a forma verbal do trecho acima por outra, só não se respeitou a norma culta em: (A) Aqui existem plantas que dão duas, três safras por ano. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 33 www.pontodosconcursos.com.br (B) Aqui deve haver plantas que dão duas, três safras por ano. (C) Aqui podem existir plantas que dão duas, três safras por ano. (D) Aqui há de existir plantas que dão duas, três safras por ano. (E) Aqui pode haver plantas que dão duas, três safras por ano. 28 - (ESAF / ACE / 1998) – Mantida grafia original da prova A diplomacia econômica dos Estados Unidos consagrou a idéia de grandes mercados emergentes (Big Emerging Markets). Países como a China, o Brasil, a Índia, a Coréia do Sul ou a Indonésia, os maiores entre os grandes, reuniram oportunidades e vantagens excepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma diplomacia econômica ofensiva e insistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura comercial e o aumento do investimento estrangeiro. Entre os grandes, a Índia é dos maiores. Há previsões de crescimento populacional que colocam(C) os indianos à frente(D) dos chineses em um horizonte(E) de 25 anos. (Baseado em Gilson Schwartz, Folha de São Paulo, 8/03/1998) a) A b) B c) C d) D e) E 29 - (FCC / TRE AP - Técnico Judiciário/ 2006) Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem água, a forma verbal resultante será (A) será gasta. (B) foi gasta. (C) está sendo gasto. (D) será gasto. (E) é gasto. 30 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003) Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a oração “Com verba do Estado, 18 composições já estão sendo reformadas” (linhas 5-6) deve ter a forma expressa na opção: A) Já estão reformando 18 composições com recursos do tesouro estadual. B) O Estado, com recursos próprios, já está reformando 18 composições. C) Já estão sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 composições. D) 18 composições já estão sendo reformadas com recursos próprios do Estado. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 34 www.pontodosconcursos.com.br E) Através da verba do Estado estão reformando 18 composições. 31 - (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/PGM RJ/2004) “O martelo de percussãoé confundido com um instrumento ameaçador.” Em voz ativa, essa frase do texto seria escrita da seguinte maneira: A) Confunde-se o martelo de percussão com um instrumento ameaçador. B) Um instrumento ameaçador confundiu-se com o martelo de percussão. C) Confundem o martelo de percussão com um instrumento ameaçador. D) Um instrumento ameaçador é confundido com o martelo de percussão. 32 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) “nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade.”; colocando-se esse segmento do texto na voz ativa, temos como forma adequada: a) a publicidade não dita todo hábito de consumo; b) a publicidade dita todo hábito de consumo; c) o hábito de consumo dita a publicidade; d) o hábito de consumo não dita a publicidade; e) nem toda publicidade dita todo hábito de consumo. 33 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) Na voz passiva, a forma correta da frase “o lenhador quebrou o silêncio” é: a) quebraram o silêncio; b) quebrou-se o silêncio; c) quebrou-se o silêncio pelo lenhador; d) o silêncio foi quebrado pelo lenhador; e) o silêncio era quebrado pelo lenhador. 34 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) “Se você é assalariado... tem crédito”; a alternativa abaixo que mostra uma concordância INADEQUADA entre os tempos verbais é: (A) Se você fosse assalariado... teria crédito; (B) Se você for assalariado... terá credito; (C) Se você foi assalariado... teve crédito; (D) Se você tivesse sido assalariado... teria tido crédito; CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 35 www.pontodosconcursos.com.br (E) Se você seja assalariado... tem crédito. 35 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) NÃO há a devida correlação temporal das formas verbais em: (A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário; (B) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário; (C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário; (D) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário; (E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário. 36 - (ESAF / AFC SFC / 2000) Assinale a opção em que a correlação entre tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe. a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a profissão, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefícios do livre comércio e pregando a liberdade econômica. b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo de obstáculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idéias. c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mão invisível que a fazia viver sempre em equilíbrio. d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria desperdício de energia e empobreceria os cidadãos. e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economista escocês. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses. 37 - (ESAF/AFT/2006) No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não basta abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja capaz de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos. Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de prioridades deve colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de casar democracia, fim da apartação e eficiência econômica em geral é o fato de que o potencial econômico do país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito longo. (Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29) Julgue o item a seguir. - Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por caso, resultando em: caso se. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 36 www.pontodosconcursos.com.br 38 - (CESPE UNB / AGU / 2002) A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a idéia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal — calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho — será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social. Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p. 148-51 (com adaptações). Julgue a assertiva abaixo. - As estruturas condicionais “se não fizermos” (l.1) e “se não tivermos” (l.2) podem ser substituídas, respectivamente, por caso não façamos e caso não tenhamos, sem prejuízo para a correção gramatical do texto. 39 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) Na frase “O autor do texto pensa que a Terra se tornará inviável”, criada a partir do tema do texto, a correspondência de tempos verbais INADEQUADA correspondente, respectivamente, a pensa e se tornará é: (A) pensou / se tornaria; (B) tinha pensado / se tornaria; (C) pensava / tornará; (D) pensará / se tornará; (E) teria pensado / se tornaria. 40 - (NCE UFRJ / MPE RJ AUXILIAR / 2001) “Se houvesse uma lei que proibisse...”; se, em lugar de SE, escrevêssemos QUANDO, as formas verbais sublinhadas deveriam ser, respectivamente: a) houver / proíba; b) haver / proibisse; c) haja / proibindo; d) haver / proíba; e) houver / proíbisse. CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 37 www.pontodosconcursos.com.br GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1 – A ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “apoia” não recebe mais acento agudo. A expressão “um tom de profecia”, no enunciado, já dá a “deixa” para a resposta certa. A partir do título da matéria (“Reflexões sobre o futuro”) se verifica que o autor apresentará fatos que poderão ocorrer no futuro. Por isso, o texto se constrói basicamente com verbos no futuro do presente do indicativo, apresentando um certo ar de previsão. 2 – D O pretérito perfeito composto (tem levado) retrata fatos iniciados no passado que apresentam duração até o momento presente (o que justifica a conjugação do verbo auxiliar nesse tempo verbal). Essa questão vem afirmar o conceito desse tempo verbal composto. 3 – B Precisamos ler o texto para perceber o intuito no emprego do tempo verbal em questão. Em vez do futuro do pretérito, o verbo poderia se apresentar no presente do indicativo: “A favor da mesma tese, PODEMOS dizer que...”. Contudo, o autor optou por uma forma mais educada, polida de se dirigir ao leitor: “PODERÍAMOS”. Perceba que a banca explorou também algumas outras possibilidades de emprego do futuro do pretérito (hipótese, incerteza sobre fatos passados), motivo pelo qual tornou- se necessária a transcrição do texto. 4 – A O tempo que indica um fato passado ocorrido antes de outro fato também no passado é o pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Uma possibilidade de construção do período é: “A torcida do Lazio já agredira (ou a forma composta tinha agredido) o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, quando o time perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio”. 5 – B ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “linguístico” perdeu o trema. Quando não se tem convicção acerca do que será pronunciado, pode-se usar o futuro do pretérito simples ou composto. Essa foi a forma utilizada pela autora
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