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FLORESTAS PRIMARIAS E SECUNDARIAS

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INTRODUÇÃO
Uma das razões para esse cenário é a ineficiência dos modelos de produção e uso da terra na Amazônia brasileira, incompatíveis com suas características ambientais, por um lado, e dependentes de uma infraestrutura incipiente na região, por outro. Isso torna os custos de produção maiores que o retorno obtido, favorecendo o abandono dessas áreas.
A importância da vegetação secundária vem crescendo não somente pelo aumento de sua extensão, mas também pelo reconhecimento dos serviços ambientais que propiciam ao homem e ao meio ambiente.
 Em escala regional, florestas secundárias compõem matrizes permeáveis conectando remanescentes e fragmentos florestais, amenizando os efeitos de borda sobre esses ambientes e permitindo o deslocamento, a sobrevivência da fauna e a consequente dispersão de sementes na paisagem.
PROJETO DINÂMICA BIOLÓGICA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS (PDBFF)
o sítio de pesquisa do PDBFF representava um mosaico de pastagens ativas,capoeiras,fragmentos florestais e áreas de floresta contínua,caracterizando um grande experimento a céu aberto,contemplando diferentes históricos de uso em condições bastante controladas em relação a outros fatores que pudessem afetar essas áreas, como a caça ilegal, a extração seletiva de produtos florestais ou o impacto e os danos mecânicos causados por maquinário agrícola, fatores
virtualmente ausentes no local.
PROJETO DINÂMICA BIOLÓGICA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS (PDBFF)
Trajetórias sucessionais nas florestas
secundárias da Amazônia central
Florestas secundárias na região de Manaus
Diferenças na estrutura da vegetação
Diversidade de espécies
recrutamento da comunidade de plantas entre capoeiras estabelecidas sobre antigas pastagens e sobre áreas abandonadas imediatamente após o corte raso da floresta nas áreas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF).
Diferenças constatadas
Antigas pastagens 
Dominavam indivíduos do gênero Vismia
Riqueza de espécies (n= 147)
Dossel mais baixo e uma área basal menor
Sub-bosque relativamente mais aberto e menos diverso
Áreas abandonadas logo após a derrubada da floresta
Predominância de árvores do gênero Cecropia 
Riqueza de espécies (n= 300)
Sub-bosque mais adensado e diversificado.
Apenas 77 das espécies encontradas foram comuns a ambas as capoeiras.
Figura 1: Dinâmica da (A) densidade de caules, (B) área basal, (C) riqueza de espécies e (D) biomassa viva acima do solo (árvores ≥ 3 cm de Diâmetro à Altura do Peito – DAP) nas trajetórias sucessionais das capoeiras dominadas pelos gêneros Vismia (linha tracejada) e Cecropia (linha contínua) no decorrer dos primeiros 20 anos de sucessão na região de Manaus, Amazonas, Brasil. Os padrões apresentados ilustram os dados obtidos por Williamson et al. (2012) para A, B e C, e os resultados preliminares para D, cujos dados ainda não se encontram publicados.
DINÂMICA DA BIOMASSA NAS CAPOEIRAS DA AMAZÔNIA CENTRAL
ANTIGAS PASTAGENS:
Predominância do Gênero Vismia como espécie pioneira
139,2 ± 24,2 mg.ha-1
Dominância no solo
Área com pouco uso::
Predominância do Gênero Cecrobia como espécie pioneira;
175 ± 20,8 mg.ha-1
Dominância no solo
BIOMASSA
139,2 ± 24,2 mg.ha-1 => Vismia 
175 ± 20,8 mg.ha-1=> Cecrobia
25% superior
o acúmulo de biomassa nas capoeiras dominadas pelo gênero Cecropia foi constantemente maior durante esse período 
Fatores e processos determinando diferentes trajetórias sucessionais
COLONIZAÇÃO INICIAL:
Presença e diversidade de sementes;
Plântulas;
Rebrotos;
indivíduos adultos que sobreviveram ao distúrbio;
Fatores e processos determinando diferentes trajetórias sucessionais
Luz;
Solo;
nutrientes...
Condições ambientais nas florestas secundárias
MANEJO DAS FLORESTAS SECUNDÁRIAS PARA RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS.
MANEJO DAS FLORESTAS SECUNDÁRIAS PARA RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS.
FLORESTAS SECUNDÁRIAS 
 
São aquelas resultantes de um processo natural de regeneração da vegetação, em áreas onde no passado houve corte raso da floresta primária. 
 
 RESTAURAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS 
Algumas estimativas sugerem que o tempo para recuperação das florestas secundárias varie entre 100 e mais de 500 anos; 
Florestas secundárias, regionalmente conhecidas como ‘capoeiras’ na Amazônia, também são componentes fundamentais nos sistemas agrícolas tradicionais;
DOMINÂNCIA DE CECROPIA X VISMIA.
Vismia
Cecropia
Um experimento desenvolvido pelo Projeto Pioneiras junto a pequenos produtores da região ao norte de Manaus.
Manaus avaliou a viabilidade técnica do enriquecimento de capoeira com nove espécies nativas da Amazônia, conhecidas por seu potencial alimentício, oleífero e madeireiro. 
PROJETO PIONEIRAS
Cecropia 
 
*Sub-bosque mais denso = menor entrada de luz;
 
*histórico de uso de poucas queimas;
 
Vismia
 *Sub-bosque pouco denso;
 *Reprodução vegetativa, alelopatia,histórico de uso mais intenso;
INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE CAPOEIRAS
 A PARTIR DOS DADOS PRELIMINARES SE PODE DIZER QUE:
 O tipo de capoeira influencia no desempenho das mudas;
 O crescimento das mudas é afetado pela idade da capoeira em capoeiras de Cecropia.
 Em capoeiras de Vismia, a abertura do dossel não favoreceu o crescimento das mudas.
 A abertura do dossel foi uma pratica que aumentou a taxa de crescimento das mudas nas capoeiras de Cecropia.
 O monitoramento de longo prazo dará subsídios para a definição de estratégias que aumentem o sucesso dos sistemas de enriquecimento de capoeiras. 
DIREÇÕES FUTURAS PARA OS ESTUDOS SOBRE FLORESTAS SECUNDÁRIAS NA REGIÃO.
Ampliação das áreas de estudo e abordagem de novas variáveis ambientais.
	Os trabalhos realizados na região de Manaus pelo Projeto Pioneiras contribuíram para a compreensão das diferentes trajetórias de sucessão secundária na Amazônia central e dos processos associados ao seu estabelecimento
 Floresta primária Floresta secundária 
Os resultados indicam que a sucessão secundária possui padrões tão distintos dependendo do histórico de uso do solo.
Apuí, uma fronteira de expansão Sul do Amazonas, localizado na região do arco do desmatamento, indicam que há sucessão secundária. 
Ilustrando a composição florística entre cronossequências de florestas secundárias do município de Manaus (triângulos) e Apuí (círculos), Amazonas .
EFEITOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS SOBRE AS FLORESTAS SECUNDÁRIAS.
	Registros de eventos climáticos tem alarmado a sociedade nas últimas décadas tanto pela frequência como pela severidade com que têm atingido diversas regiões do planeta.
Imagem de deserto no leito do Rio Negro em Cacau Pirêra.
Desmatamento e queimada em anaquiri, na Região Metropolitana de Manaus. 
	Alguns modelos climáticos preveem a recorrência cada vez mais frequente desses fenômenos, provocando a savanização ou redução dessas áreas. Nesse contexto, 
florestas secundárias devem ser mais suscetíveis.
Floresta Amazônica 
Análises preliminares mostraram que anos com períodos de seca anormal, como o segundo semestre de 2009, quando a precipitação de alguns meses assinalou deficit de mais de 80% em relação à média histórica registrada no entorno das áreas de estudo.
Capoeiras dominadas inicialmente pelo gênero Cecropia registraram uma taxa de mortalidade de mais de 7% no ano de 2010, especialmente em função da mortalidade desproporcional dos indivíduos adultos do dossel.
Capoeiras dominadas por vismia não apresentaram variações tão marcantes na mortalidade e na biomassa da comunidade de plantas, sugerindo uma maior resiliência a eventos extremos de seca.
deficit mais de 12%
CONCLUSÃO
 PASTAGENS ABANDONADAS:
 AGRICULTURA DE CORTE E QUEIMA:
 TÉCNICAS AGROECOLÓGICAS:
 TÉCNICAS DE MANEJO FLORESTAL:
Tornar essas áreas novamente produtivas pode complementar e incrementar A renda das famílias, contribuindo não só com O desenvolvimento econômico local, como também, ao evitar A derrubada de novas áreas
de floresta E promover A restauração das capoeiras, com os serviços ambientais de valor incalculável fornecidos pelo meio ambiente.
REFERÊNCIAS 
CEDEFES. Capoeira Inicial. Disponível em: http://www.cedefes.org.br/?p=educacao_detalhe&id_afro=1921,Publicado em 01/03/2015. Acesso em 16 de abril de 2016.
MASSOCA, P. E. dos S.; Jakovac, A. C. C.; BENTOSI, T. V.; WILLIAMSON, G. B.; MESQUITA, R. de C. G. Dinâmica e trajetórias da sucessão secundária na Amazônia central. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Nat., Belém, v. 7, n. 3, p. 235-250, set.-dez. 2012. Disponível em: http://www.museu-goeldi.br/editora/bn/artigos/cnv7n3_2012/dinamica(massoca).pdf. Acesso em: 15 de Abril de 2016.
RIJO. M.R., Valorização da Floresta em Pé: Disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/5611511/,Publicado em 2009. Acesso em 17 de abril de 2016.
www.amazoniareal.com.br. Acesso em 17 de abril de 2016.
www.apremavi.org.br. Acesso em 17 de abril de 2016.
www.pensamentoverde.com.br. Acesso em 17 de abril de 2016.

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