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Família Sarcocystidae Toxoplasma Uma única espécie: T. gondii – coccídio intestinal de gatos. Ciclo: fase sistêmica facultativa aborto de ovinos e zoonose Zoonose infecções humanas – gravidez aborto distúrbios congênitos (SNC) Hospedeiros: Intermediário: qualquer mamífero homem, aves, gato (estágio extra intestinal) Local: taquizoítos e bradizoítos mm, fígado, pulmões e cérebro. Final: todos os felídeos – gato dosmético!!! Local: esquizontes e gamontes intestino delgado. Identificação: oocistos encontrados nas fezes dos gatos Não esporulados medem 12 x 10 nanometros Esporulados – leva 5 dias e possui 2 esporocistos com 4 esporozoítos cada Estágio intestinais: Esquizontes jejuno e íleo, 4 a 17 nanometros e contém 32 merozoítos; Gamontes íleo, 10 nanometros de diâmetro; Estágios extra-intestinais: Taquizoítos vacúolos – fibroblastos, hepatócitos, células reticulares e miocárdicas; Bradizoítos Cistos – mm, fígado, pulmões e cérebro; Ciclo evolutivo: Hospedeiro final gatos infectam-se ingerindo animais infectados por toxoplasma – roedores – ou diretamente por oocistos de outros gatos; Ingestão parede do cisto se rompe bradizítos na parede intestinal ciclo esquizogônico e gametogônimo produção 3 a 10 dias Eliminação: 1 a 2 semanas; Hospedeiro intermediário extra-intestinal: formação de taquizoítos e bradizoítos. Infecção pode ocorrer de duas maneiras: I – Oocistos esporulados são ingeridos esporozoítos liberados parede intestinal disseminação pela via hematógena multiplicação em vacúolos, na célula, por meio de brotamento/endodiogenia 8-16 taquiozítos fazem a célula se romper e outras são infectadas. FASE AGUDA DA TOXOPLASMOSE. II – Ingestão de bradizoítos e traquizoítos na carne de hospedeiros intermediários. Carne crua ou mal cozida!! Patologia geral: Infecções normalmente pelo trato digestivo distribuição pelos vasos linfáticos e sistema porta órgãos e tecidos; Infestações maciças necrose em órgãos vitais (miocárdio, pulmão, fígado e cérebro); Animais e mulheres grávidas no primeiro contato: doença congênita. Lesões no SNC Diagnóstico: Testes sorológicos Sabin-Feldman e AIF. Sarcocystis Espécies: Sarcocystis boviscanis, S. ovicanis, S. capricanis, S. bovifelis, S. ovifelis, S. porcihominis, S. bovihominis; Hospedeiros: Finais: Cão, gato, homem, carnívoros silvestres; Intermediários: Aves, répteis, pequenos roedores, herbívoros – ruminantes, suínos e equinos. Identificação: Oocistos são esporulados quando eliminados nas fezes e possui 2 esporocistos (cada um com 2 esporozoítos); Em estágios teciduais (hospedeiros intermediários) os esquizontes encontrados nas células endoteliais são pequenos, enquanto os cistos de bradizoítos podem ser grandes e visíveis a olho nu em forma de estrias esbranquiçadas acompanhando as fibras musculares. Ciclo evolutivo Final (gametogonia): Infecção a partir da ingestão de cistos de bradizoítos (na musculatura de intermediários). Os bradizoítos são liberados no intestino e os zoítos liberados seguem para a lâmina subepitelial. Diferenciam-se em micro e macrogametócitos e após a conjugação dos gametas, formam oocistos de paredes finais que se esporularão no corpo. Intermediário (esquizogonia): Infecção a partir da ingestão de esporocistos. Os esporozoítos invadem a parede do intestino e nas células endoteliais dos capilares sofrem dois ciclos esquizogônicos. O terceiro ciclo ocorre em linfócitos e os merozoítos penetram células musculares, encistam-se e por brotamento dão origem a brandizoítos em forma de banana. Esse é o sarcocisto maduro e inicia o estágio infectante. Patogenia No hospedeiro final a infecção não é patogênica e em algumas vezes é descrita como diarreia moderada; No hospedeiro intermediário a principal infecção, resulta na patogenia de endotélios vasculares; Em bovinos: Doença de Dalmeny: crônica, causa emagrecimento, edema submandibular, decúbito e exoftalmia. Exames de pós morte indicam sarcocistos em áreas de miosite degenerativa e numerosos esquizontes nas células endoteliais; Em ovinos: S. ovicanis: causa aborto em ovelhas e em cordeiros, grave miosite e encefalomielite. Em equinos: S. neurona mioencefalite protozoária equina, caracterizada por ataxia e fraqueza muscular; Diagnóstico Sarcocistos nos músculos após o abate; Ainda vivo, quando em infestações maciças, sintomatologia clínica indica o problema; Quadro comparativo: Toxoplasma Sarcocystis Ciclo evolutivo Indireto e direto Indireto Estágio infectante p/ hosp.. final Cistos de bradizoítos, taquizoítos, oocistos pequenos (2 esporocistos, 4 esporozoítos cd) Cistos de bradizoítos Estágio infectante p/ hosp. Intermediário Esporocisto (4 esporozoítos) Fase assexuada Muitos hospedeiros Muitos hospedeiros Fase sexuada Gato Cão e gato Família Babesidae Babesia Parasitas intra-eritrocitários de animais domésticos e causam anemia e hemoglobinúria. Transmitidos por carrapatos protoário via transvoriana (ovo). Hospedeiros: Finais: todos os domésticos; Intermediários: Carrapatos da família Ixodidae Identificação e morfologia Em lâminas, mostram-se corados em eritrócitos, isolados ou em pares; São piriformes, mas podem ser encontrados arredondados, alongados ou em charuto; Ciclo evolutivo: divide-se assexuadamente por fissão binária e forma mais indivíduos no eritrócito. Quando esse se rompe, são liberados penetrando as hemácias mais próximas Patogenia: Aqueles que se dividem em eritrócitos destroem os mesmos rapidamente, causando hemoglobinemia, hemoglobinúria e febre Causa morte em poucos dias, onde o volume globular cai para menos de 20%; Na necropsia, a carcaça apresenta-se pálida e ictérica, a bile está espessa e granular; Em B. bovis e B. canis, podem ocorrer coágulos nos capilares do cérebro, causando hiperexcitabilidade e incoordenação; Sintomatologia clínica: Os sinais começam a aparecem após duas semanas do início da alimentação do carrapato, sendo o primeiro, hemoglobinúria; As mucosas tornam-se ictéricas e FR, além do pulso, aumentam. Os batimentos cardíacos e os movimentos ruminais (nos bovinos) tornam- se inaudíveis, pode ocorrer aborto. Se não tratada, leva a morta, caso contrário ocorre perda de peso e queda na produção de leite, além de diarreia, seguida por constipação Babesiose em equinos: B. equi e B. caballi transmitidas por carrapatos (Dermacentor Hyalomma e Rhipicephalus) A primeira é detectada em esfregaços sanguíneos e causa febre,, anemia, icterícia e hemoglobinúria; A segunda causa apenas febre e anemia; Babesiose em caninos: B. canis Rhipicephalus sanguineus Febre, anemia, icterícia, hemoglobinúria Babesiose em bovinos B. bovis e B. bigemina Boophilus microplus; Sintomatologia: perda de peso, aborto, queda na produção de leite; Controle de carrapatos prevenção Família Trypanosomatidae Trypanosoma Hospedeiros: Finais: todos os animais domésticos, em especial, bovinos; Intermediários: maior parte das Glossina Localização: Circulação sanguínea, T. brucei é encontrado no extravascular – miocárdio, SNC e trato reprodutor. Principais espécies: T. brucei, T. congolense, T. vivax; Identificação: São protozoários alongados, que possuem um flagelo na extremidade posterior do tripanossomo, esse flagelo segue para a extremidade anterior e se une à película, formando uma membrana ondulante. Ciclo evolutivo: No hospedeiro invertebrado: ingestão de tripomastigotas do sangue, que se transformam em epimastigotas no intestino, por meio de divisão binária se multiplicam e migram para o reto, onde novamente tornam- se tripomastigotas. Por fim, esses são liberados nas fezes; No hospedeiro vertebrado: tripomastigotas penetram a pele, quando fagocitados por macrófagos tornam-se amastigotas e multiplicam-se. Rompem a célula e migram como tripomastigotas por meio da circulação e podem ser ingeridos por invertebrados na alimentação. Patogenia: Dilatação linfoide e esplenomegalia estão associadas a hiperplasia plasmocitária e hiperglobulinemia ligada ao aumento de IgM; Anemia, especialmente em bovinos; Degeneração celular e infiltrados inflamatórios acometem órgãos como músculos esqueléticos e os SNC; Sintomatologia clínica: Ruminantes: anemia, dilatação generalizada de glândulas linfáticas superficiais, letargia e perda progressiva de condições físicas. Em picos sistêmicos nota-se perda de apetite e febre. Equinos: T. brucei infecções agudas ou crônicas, acompanhada de edema de membros e genitálias; Diagnóstico: esfregaço sanguíneo. Trypanosoma evansi Espécie causadora do mal das cadeiras; Parasito em forma evolutiva de tripomastigota, a cepa brasileira não apresenta cinetoplasto; Hospedeiros: equinos, camelos, cães, bovinos, búfalos, ovinos, caprinos, etc; Transmissão é mecânica (por meio de vetores – invertebrados e vertebrados) e oral (no caso de carnívoros); É endêmica na região do pantanal mato-grossense; A sintomatologia clínica se resume a febre, emagrecimento progressivo, aumento de linfonodos, anemia e edemas; O diagnóstico é realizado por meio de esfregaço sanguíneo, análise de sangue fresco, dentre outros métodos; Trypanossoma vivax Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, equinos, camelos; Localização no hospedeiro: sangue e SNC (ovinos); Morfologia: tripomastigota – sua extremidade posterior é arredondada, o cinetoplasto é grande e sua membrana pouco evidente; Transmissão é ciclíca (na África, por meio de Glossina) e mecânica (na américa – por meio de vetores como Simuliidae, tabanidae e Stomoxys spp.) Sintomatologia clínica: anemia, síndrome hemorrágica aguda, transtornos reprodutivos, cancro. Em ovinos há sinais neurológicos; Diagnóstico: igual para T. evansi; Importância econômica: queda na produção leiteira e perdas reprodutivas; Trypanossoma equiperdum Doença venérea em equinos – mal do coito; Morfologia: tripomastigota com flagelo longe e membrana ondulante desenvolvida; Hospedeiros: equinos; Transmissão: venérea, contaminação de mucosas de potros no parto; Sintomatologia clínica: 1º estágio: edema da genitália, processo inflamatório, micção constante, despigmentação da mucosa; 2º estágio: parasita acomete a corrente circulatória, tumefando linfonodos; 3º estágio: paralisia muscular, paraplegia, convulsões e morte; Diagnóstico: secreção de órgãos genitais, punções de linfonodos;
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