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Jamille Costa [NOME DA EMPRESA] [Endereço da empresa] [TÍTULO DO DOCUMENTO] @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Protozoologia INTRODUÇÃO Protozoa nome em grego Protos = primeiro Zoon = animal Protozoários apresentam cílios, flagelos, ou pseudópodes para ajudar em sua locomoção É uma única célula, que realiza tarefas essenciais para sobreviver como: respiração, alimentação, locomoção, reprodução e excreção. Contem: Cinetoplasto: mitocôndria especializada, rico em DNA; Corpúsculo basal: onde estão inseridos os cílios e flagelos; Reservatório: Local de secreção e excreção, ingestão de moléculas por pinocitose. CARACTERÍSTICAS É unicelular, eucarionte, organela dinâmica com cílios e flagelos Flagelo: Organela que se origina do cinetoplasto e ao se dirigir para a cauda carrega uma membrana, formando a membrana ondulante. A função é criar movimento. Cílios: dão impulso ao parasito,são apêndices com movimento constante em uma única direção. São estruturalmente idênticos aos flagelos e geralmente usa-se o termo quanto eles são numerosos e curtos. Os protozoários com cílios têm função de locomoção. Pseudópodes: são prolongamentos citoplasmáticos encontrado em amebas. Esporozoários: que não possuem orgânulos para locomoção. São parasitas que apresentam reprodução assexuada chamada de esporulação: uma célula divide seu núcleo numerosa vezes; depois, cada núcleo com um pouco de citoplasma é isolado por uma membrana, formando esporos a partir de uma célula. REPRODUÇÃO ASSEXUADA: Divisão binária simples Núcleo se divide igualmente dando origem a duas células idênticas à mãe @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Divisão binária sucessiva: múltiplas divisões no caso da ameba. Brotação: nascimento de novas células, dentro da célula mãe. Ex: babesia Endodiogenia: dentro da célula mãe ocorre a formação das células filhas (núcleo e citoplasma) e só depois que a célula mãe é rompida liberando as células. Ex. Toxoplasma. Esquizogonia: esquizonte (célula que sofrerá esquizogonia) o núcleo se divide e ocorre formação de milhões de merozoítos, com invasão de novas células. Precede uma Gametogonia. SEXUADA: (Gametogonia ou Esporogonia): Ocorre após a esquizogonia, nela há troca de material genético entre os gametócitos. Cópula: Acasalamento dos gametas. Conjugação: fusão entre a célula fêmea e o macho dando origem à célula filha. O macho (microgameta) geralmente é menor que a fêmea (macrogameta). mas as células filhas são todas iguais (isogametas), chamadas de oocistos que são liberados no meio ambiente. Os protozoários podem apresentar 2 tipos de reprodução juntos. infectantes são Esporozoítos no meio ambiente Trofozoítos e Bradizoítos no hospedeiro NUTRIÇÃO Holozóica: Nutrem-se de matéria orgânica já elaborada. Ex.: Amebas, Plasmodium. Saprozóica: Utilizam a matéria orgânica e inorgânica dissolvida em líquidos. São osmotróficos (absorvem substâncias digeridas da célula ou do tecido do hospedeiro)Ex:Trypanosoma. Digestão: Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares são englobadas por pseudópodos. Já no interior da célula ocorre digestão, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia. @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa RESPIRAÇÃO: Aeróbica: Vive em meio rico em oxigênio. Anaeróbica: Vivem em meio onde não há muito oxigênio. Neospora Espécie: Neospora caninum HOSPEDEIROS: Definitivos: cães Intermediário: bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, cervídeos LOCALIZAÇÃO: Hospedeiro definitivo: epitélio do intestino delgado Hospedeiro intermediário = SNC e diversos tecidos e tipos celulares DISTRIBUIÇÃO: Cosmopolita IDENTIFICAÇÃO: oocistos: são eliminados não esporulados nas fezes dos cães infectados. Esporulam no ambiente em 3 dias, passando a apresentar 2 esporocistos cada um com 4 esporozoítos. taquizoítos: forma de lua crescente ou sub-globular, invadem diversos tipos celulares, multiplicam-se por endodiogenia. cistos: formato redondo a oval bradizoítos: presentes dentro dos cistos. CICLO EVOLUTIVO O parasito, sob reprodução sexuada, reproduz se no intestino do cão e, posteriormente, seus oocistos são levados ao ambiente pelas fezes. A esporulação ocorre nas fezes, dentro de três dias, não sendo, portanto, infecciosos em fezes frescas. Os oocistos esporulados contêm dois esporocistos, com quatro esporozoitos cada um. Os oocistos são resistentes no ambiente e permanecem viáveis por longo período até serem consumidos pelo hospedeiro intermediário por meio de alimentos contaminados. Após a ingestão de oocistos esporulados pelo hospedeiro intermediário os esporozoitos desencistam desenvolvendo uma infecção sistêmica (reprodução assexuada esquizogonia) O parasito forma principalmente no cérebro, cistos chamados de bradizoítos Estes, apesar de estarem em estado latente, quando ingeridos pelo cão são infecciosos. No cão esses bradizoítos penetram nas células intestinais onde, fazem a reprodução sexuada eliminando oocistos não esporulados para o meio ambiente. SINAIS CLÍNICOS: ADULTOS: hiperextensão de membros posteriores, devido às lesões neuromotoras tremores, ataxia, paraparesia, mioclonias Anúria, disúria, disquesia disfagia (devido à paralisia dos músculos mastigadores) atrofia e flacidez muscular GRAVIDAS: Abortamento no hospedeiro intermediário em qualquer época da gestação, fetos podem morrer no útero. FETOS: Reabsorção fetal. Mumificação fetal @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Nascimento vivo e logo seguido morte Nascimento de bezerros com sinais neurológicos, enecefalomielite, ataxia, paralisia entre outros. E a maioria dos bezerros morrem com 4 semanas de vida DIAGNOSTICO RIFI ELISA PCR pesquisa da presença do parasita: microscopia eletrônica (permite a diferenciação do T. Gondii isolamento e cultivo celular (de rim bovino, células Vero, monócitos bovinos) imuno-histoquímica PATOGENIA TAQUIZOÍTOS: invadem neurônios, macrófagos, fibroblastos, células endoteliais, miócitos, células tubulares renais e hepatócitos causando degeneração e necrose; INFECÇÃO TRANSPLACENTÁRIA: dos cães leva à morte fetal precoce, reabsorção, mumificação e nascimento de filhotes fracos; BOVINOS E OVINOS: apresentam abortos, com degeneração dos colitédones placentários, ou o nascimento de bezerros fracos, subdesenvolvidos, com paralisia e hiperextensão dos membros posteriores. CISTOS: encontrados geralmente no SNC (cerebro e medula) e retina, podendo causar lesões neuromotoras severas CONTROLE seleção de animais soronegativos, através de RIFI ou ELISA afastar os cães das criações de bovinos evitar a alimentação de cães com carne crua de herbívoros. Eimeria CARACTERISTICAS Contém oocistos, e esporulados Cada oocisto contém 4 esporozooítos Esporulam no ambiente E estão nas fezes dos animais @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa HOSPEDEIROS: Bovinos Caprinos Ovinos Suínos Equinos Coelhos Aves LOCALIZAÇÃO células do epitélio intestinal rins fígado aves: intestino delgado e ceco IDENTIFICAÇÃO oocistos: encontrados nas fezes dos animais, variam de formato (esférico, oval ou elipsóide) tempo de esporulação no ambiente variável com a espécie estágios ou formas tissulares esquizontes maduros (com merozoítos) microgametócitos maduros com microgametas macrogametócitos maduros com macrogametas. CICLO BIOLÓGICO Fase Assexuada : Esporogonia (meio ambiente) Esquizogonia (animal) Fase Sexuada Gametogonia (animal)O Hospedeiro elimina oocistos imaturos – não esporulados A esporulação dos oocistos ocorre na presença de O2 e temperatura de 25 a 30 graus e umidade de 70 a 80% O tempo de esporulação é de 2 a 3 dias Os oocistos esporulados são infectantes e podem permanecer viáveis por 2 a 3 meses no ambiente O hospedeiro se contamina ao ingerir esse oocisto. Essa contaminação pode ser através e ingestão de alimentos ou água infectada. Em aves: o oocisto é destruído liberando seus esporocistos. Depois pela ação da tripsina e da bílis ocorre a liberação dos esporozoítos no intestino delgado. Esses esporozoítos penetram nas células da mucosa intestinal (cada esporozoíto arredonda-se) e origina os trofozoítos. O trofozoíto se transforma em esquizonte formando a 1° geração, iniciando assim a reprodução assexuada denominada de esquizogonia ou merogonia. @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Cada esquizonte (ou meronte) tem em seu interior um número variável de merozoítas (depende da espécie). Esses merozoítas rompem a célula hospedeira atingem a luz do intestino e invadem novas células epiteliais. Quando os merozítas arredondam eles formam a 2° geração de esquizontes. Alguns merozoítas da segunda geração penetram em novas células e dão início a terceira geração de esquizontes, outros penetram em novas células e dão início a fase sexuada do ciclo, conhecida com o gametogonia A maioria desses merozoítas se transforma em gametócitos que se diferenciam em: femininos ou macrogametócitos que vão formar os macrogametas Outros se transformam em microgametas ou gametócitos masculinos que vão dar origem aos microgametócitos Os microgametas rompem a célula e vão até o macrogameta para a fertilização. Dessa fertilização resulta o zigoto que desenvolve uma parede dupla em torno de si. dando origem ao oocisto que contém 4 esporocistos (com dois esporozoítos em cada esporocisto) Os oocistos rompem a célula e caem na luz do intestino que saem pelas fezes em sua forma não infectante. RECAPITULAÇÃO: Oocistos não esporulado: não infectante, forma assim quando saem do hospedeiro. Oocistos esporulado: infectante, forma depois de alguns dias no ambiente. Esporozoíto: estão contidos dentro dos oocistos Trofozoíto: quando o esporozoíto se arredonda dando nova forma Esquizonte: evolução do trofozoíto Merozoita: células dentro do esquizonte Macrogameta: célula feminina Microgameta: célula masculina @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa PATOGENIA A patogenia depende da espécie de Eimeria número de oocistos ingeridos idade da ave (quanto mais jovem mais susceptível) presença e severidade de outras doenças, eficácia do coccidiostático, estado nutricional das aves e nível de medicação na ração. IMPORTANCIA NA MEDICINA VETERINARIA Essa parasitose destrói as células do intestino Causando diarreia sanguinolenta, O que acarreta: baixa conversão alimentar, diminuição da resistência orgânica, redução do peristaltismo intestinal, perda de peso, infecção bacteriana secundária. Cystoisospora (Isospora) HOSPEDEIROS cães (Cy.canis e Cy.ohioensis) gatos (Cy.felis e Cy.rivolta) suínos (Cy.suis) LOCALIZAÇÃO células do epitélio do intestino delgado e grosso Complicações: Enterite, seguida de desnutrição, desidratação e morte fulminante. Comprometimento do trato biliar. @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa CICLO BIOLÓGICO Contaminação: Alimentos contaminados com oocisto esporulado. VERTEBRADO: No tubo digestivo do animal os esporocistos saem do oocisto e penetram na célula do intestino se diferenciam em trofozoítas. Começa a reprodução assexuada e sucessivas mitoses vão formando vários núcleos para formar os esquizontes (ou merontes) que contém os merozoítas. A célula se rompe, libera os merozoítas que seguem dois caminhos: Penetram novamente nas células intestinais formando a 2ª geração. Ou continuam para a fase sexuada, onde os merozoítas dão origem a macro e microgametócitos. A fecundação ocorre quando os macrogametas formam o gameta ou oocisto imaturo, que sai nas fezes para fazer a esporogonia. Na esporogonia é necessário: temperatura alta oxigenação e umidade Assim o oocisto sofre divisão, formando 2 esporocistos contendo 4 esporozoítas em cada um dos esporocistos, sendo sua forma infectante. COCCIDIOSES AVES COCCIDIOSE CECAL: causada por E.tenella e estágios gametogônicos de E.necatrix e E.brunetti E.tenella acomete aves de 3 a 7 semanas esquizontes desenvolvem-se nas células localizadas mais profundamente na porção glandular do epitélio, ocorrendo invasão da lâmina própria e desprendimento da mucosa e hemorragia PPP = 7 dias; esporulação em 2-3 dias SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: diarréia, apatia, prostração, diminuição da conversão alimentar, hemorragia EPIDEMIOLOGIA: Aves recuperadas desenvolvem imunidade e podem continuar a eliminar oocistos (portadores convalescentes) DIAGNÓSTICO: exame pós-morte: os cecos apresentam-se dilatados, com conteúdo sanguinolento ou caseoso, que depois são eliminados com as fezes. BOVINOS Acometidos por cerca de 13 espécies, sendo 2 as principais Animais com menos de 1 ano são mais suscetíveis E.zuernii - parasita o ceco e o cólon causa grave diarréia hemorrágica com tenesmo; pode levar a distúrbios @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa neurológicos (ataxia, mioclonias, cegueira, convul- sões, óbito) PPP - 17 dias oocistos pequenos, esféricos E.bovis - afeta o ceco e o cólon causa grave enterite e diarréia PPP - 18 dias oocistos grandes, ovais, EPIDEMIOLOGIA: doença ocorre com a ingestão de grande quantidade de oocistos a infecção é favorecida com: superlotação em currais favorece a infecção alimentos sem as devidas condições de higiene pastos e piquetes encharcados e alta pressão de pastejo DIAGNÓSTICO: histórico do manejo + sintomatologia clínica pesquisa de oocistos nas fezes PREVENÇÃO: bom manejo (comedouros e bebedouros limpos, separação por idade, cama limpa e seca). OVINOS ocorre mais em animais jovens de 4 a 7 semanas de idade maior prevalência em criações intensivas oocistos elipsóides, revestimento interno distinto, com micrópila LOCALIZAÇÃO: ceco cólon SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: diarréia grave, às vezes com sangue DIAGNÓSTICO: histórico do manejo idade dos animais sintomatologia clínica pesquisa de oocistos lesões pós-morte PREVENÇÃO: bom manejo doses baixas de amprólio administradas em criações com his- tórico da infecção SUÍNOS ocorre no intestino delgado, levando à destruição das criptas do epitélio PPP - 4 a 6 dias (3 gerações de esquizontes) localizam-se no jejuno e íleo SINAIS CLÍNICOS: enterite catarral ou fibrinosa, anorexia, diminuição do peso, enfraquecimento, desidratação DIAGNÓSTICO: histórico da criação + sintomatologia clínica pesquisa de oocistos repetir o exame em casos de resultados negativos necrópsia PREVENÇÃO: administrar amprólio para as porcas no período perinatal (1 semana antes e 3 semanas após o parto), na dosagem de 10 mg/kg/dia. EQUINOS E ASININOS acometidos por Eimeria (globidium) leuckarti causa diarréia intermitente PPP - 15 dias - oocistos ovais, grandes, de 80X60 m, c/ camada espessa escura, micrópila distinta PATOGENIA: causa processo inflamatório intenso na mucosa ruptura da estrutura das vilosidades @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa DIAGNÓSTICO: pesquisa de oocistos nas fezes Usando a técnica de sedimentação ou flutuação em solução saturada de açúcar devidoao alto peso específico dos oocistos) CÃES E GATOS acometidos por: Cy.canis Cy.ohioensis PPP - menos de 10 dias parasitas de ciclos monoxênicos e ocasionalmente heteroxênicos (os cães podem infectar- se a partir de tecidos de roedores infectados com estágios assexuados) Gatos acometidos por: Cy.felis oocistos de 40X30 m Cy.rivolta - oocistos de 25X20 m PPP - 7-8 dias SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: enterite catarral (com grande quantidade de muco na luz do intestino) fezes pastosas ou diarreicas (inicialmente amareladas ou acinzentadas) enterite hemorrágica diminuição do peso Apatia desidratação normalmente associada com outros processos e infecções secundárias. DIAGNÓSTICO: pesquisa de oocistos nas fezes exame pós-morte: atentar para a área afetada) esfregaço da mucosa intestinal p/ exame a fresco ou corado (Giemsa), ou exame histopatológico. Cryptosporidium HOSPEDEIROS: animais domésticos selvagens (jovens) e o homem (zoonose) LOCALIZAÇÃO microvilosidades das células do epitélio intestinal CARACTERISTICAS Ocorre esporulação dentro do hospedeiro; oocisto com 4 esporozoítas e sem apresentar esporocistos; a esquizogonia e a gametogonia ocorrem em microvilosidades intestinais, e não no interior das células intestinais. Reservatório: O homem, bovino e animais domésticos. SINAIS CLÍNICOS anorexia, diarréia (às vezes intermitente) diminuição da conversão alimentar e do ganho de peso em mamíferos incluindo o homem: o principal sinal é a diarréia líquida, associada com anorexia desidratação desconforto abdominal Aves apresentam quadro agudo com olhos lacrimejantes tosse, espirros coriza (quadro respiratório) diarréia os sinais mais comuns da infecção em répteis são a dilatação gástrica, regurgitação e anorexia. DIAGNÓSTICO Identificação do oocisto do parasito através de exame de fezes. Biopsia intestinal, quando necessária. detecção do antígeno nas fezes (esfregaço fecal) ensaio imunoenzimático (ELISA) @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa EPIDEMIOLOGIA os oocistos são facilmente veiculados pela água e alimentos são eliminados do hospedeiro já na sua forma infectante, o que agiliza seu ciclo e favorece a persistência na população hospedeira. PROFILAXIA Água limpa em bebedouros adequados, com altura que impeça dos animais nele defecarem; comedouros que não sejam infectados pela cama; higiene dos estábulos, remoção e incineração das camas; tratamento dos animais parasitados; educação sanitária; eliminação dos animais positivos. sarcocystis HOSPEDEIROS Hospedeiros Definitivos - cães, gatos, carnívoros silvestres, homem Hospedeiros intermediários - ruminantes, suínos, equinos LOCALIZAÇÃO Hospedeiros Definitivos intestino delgado Hospedeiros Intermediário esquizontes nas células endoteliais dos vasos sanguíneos cistos na musculatura CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS EM CORTE HISTOLÓGICO Musculatura cardíaca ou estriada: Formas císticas na musculatura, que são estruturas alongadas e grandes ao microscópio; No interior do cisto observa-se estruturas em forma de foice que são bradizoítas CICLO BIOLÓGICO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO O hospedeiro intermediário se infecta ao ingerir os oocistos em alimentos contaminados. Os esporozoítas são liberados e entram na corrente sanguinea até as células endoteliais de diferentes órgãos como fígado e pulmão. Então ocorre um rápido processo de esquizogonia e os merozoítas se distribuem para atingir a musculatura cardíaca ou estriada. @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Formam-se então metrócitos, que se multiplica por endodiogenia dando origem aos bradizoítas, que estão em um cisto septado. HOSPEDEIRO DEFINITIVO O hospedeiro definitivo se infecta ingerindo músculos mal cozidos de hospedeiros intermediários e os bradizoítas penetram na mucosa do intestino delgado, onde ocorre a gametogonia e assim a formação de oocistos. A esporogonia ocorre na luz do tubo digestivo e o oocisto já chega ao meio ambiente esporulado. SARCOCYSTIS NEURONA Causadora da doença mieloencefalite protozoária equina. Equinos: hospedeiro intermediários Gambas: Hospedeiro definitivos ETIOLOGIA O agente causador da EPM (mieloencefalite protozoária equina) é o Sarcocystis neurona, coccídeo do filo Apicomplexa, família Sarcocystidae Os hospedeiros definitivos do Sarcocystis neurona são os marsupiais, Didelphis virginiana e Didelphis albiventris, comuns no meio rural, os quais eliminam em suas fezes, oocistos contendo esporocistos do agente causador desta patologia. EPIDEMIOLOGIA O Sarcocystis neurona pode infectar outros eqüídeos, porém a apenas dois relatos de casos da doença clínica foram descritos, um pônei e uma zebra (SILVA et al., 2003). Endêmica das Américas, mas já foram descritos casos na Europa, Ásia e África do Sul em eqüinos importados do continente americano. FATORES DE RISCO: Idade dos animais susceptíveis pode variar de dois meses a vinte e quatro anos ocorrendo com maior freqüência nos mais velhos e não possui predileção aparente por raça ou sexo (SILVA et al., 2003). O estresse e a sua relação com a imunossupressão podem ser um dos fatores envolvidos na predisposição ao risco de Mieloencefalite Protozoária Equina. transporte, excesso de treinamento, cirurgias, lesões, exposições, corridas, etc. (MACKAY, 2000). Alguns cavalos portadores do S. neurona são capazes de eliminar o parasita sem necessitar de tratamento (RICKARD et al., 2001). Não ocorre transmissão entre cavalos S. neurona não completa a esquizogonia, permanecendo na forma de merozoitas não infectantes no tecido nervoso. SINAIS CLÍNICOS fraqueza, tropeçar no solo ou em objetos, arrastar as pinças no solo apresentar espasticidade em um ou mais membros e incoordenação motora ANORMALIDADES RELACIONADAS AOS NERVOS CRANIANOS: paralisia do nervo facial ataxia vestibular Desvio de cabeça Atrofia de masseter Atrofia e ou paralisia de língua Perda de sensibilidade na córnea e nas narinas Disfagia Balançar compulsivo da cabeça @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Andar em círculos Decúbito agudo Pressionar a cabeça contra obstáculos Convulsões Lesões do neurônio motor inferior Lesões na medula sacral DIAGNÓSTICO A realização do exame neurológico fornece subsídios para o diagnóstico da doença Coleta do liquidocefaloraquidiano para pesquisa de anticorpos contra S. neurona é essencial para confirmar o diagnóstico A coleta é pela técnica de Western Blot não realizar este teste antes dos seis meses de idade devido à presença de anticorpos maternais, se após essa idade o resultado for positivo o exame deverá ser realizado novamente aos nove meses de idade. PROFILAXIA Evitar do acesso dos gambás às cocheiras e estábulos medidas de higiene em depósitos de rações cochos e bebedouros uma vez que a ingestão de fezes do gambá são a principal forma de transmissão da doença Babesia São hemoprotozoários, ou seja, estão na corrente sanguínea, intracelular obrigatório Transmitida por carrapatos e outras espécies de animais domésticos e silvestres. Animais com babesia tem um quadro clinico de anemia progressiva, depressão, anorexia, palidez de mucosas, febre e esplenomegalia. Esses patógenos são responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade nos animais. Apesar dos pequenos ruminantes serem acometidos por três tipos de Babesia (B. ovis, B. crassa e B. motasi) CARACTERÍSTICAS Não tem flagelos nem cílios e pseudopódes. Reprodução assexuada - ficção binária ou esquizogônica:eritrócitos(hemácias) e outras células família: BABESIIDAE HOSPEDEIROS HOSPEDEIRO VERTEBRADO: bovinos equinos Caninos E o ser humano HOSPEDERIO INVERTEBRADO: são os carrapatos IXODÍDEOS (causa infestação). Ocorre a reprodução sexuada gametas e óvulos) e ASSEXUADA (hemácias dentro da célula). TRANSMISSÃO B. BOVIS (transmissão por larvas do carrapato) Vetor Rhipicephalus microplus, Transmissão é transplacentária B. BIGEMINA Transmissão por ninfas e adultos do carrapato, alta parasitemia Vetor: R. (Boophilus) microplus; Período pré-patente: 12 a 18 dias MORFOLOGIA @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Piriformes (formato de pêra), redondos, alongados ou formato de charuto; Tamanho Pequenas (1,0-2,5 µm) Grandes (2,5-5,0 µm). B. BOVIS Pequena Babesia. Parasitemia muito baixa. Aparece de 1 a 2 trofozoítas dentro de cada hemácia. Pode aparecer nos capilares do cérebro, provocando entupimento dos vasos. B. EQUI pequena babesia. Parasitemia muito alta. Aparecem 1, 2, 3 ou 4 trofozoítas, sendo que quando aparecem 4 são em forma de cruz de malta. B. CABALLI acomete equinos IDENTIFICAÇÃO observadas no interior dos eritrócitos em esfregaços sanguíneos corados, Podem estarem isoladas ou em pares CICLO BIOLÓGICO HOSPEDEIRO VERTEBRADO O carrapato (H. intermediário), ao se alimentar, inocula os esporozoítos, que irão penetrar nas hemácias do hospedeiro susceptível (H. definitivo) O esporozoíto transforma-se em um trofozoíto intraeritrocítico O trofozoíto inicia o processo de divisão assexuada por fissão binária (merogonia) Dentro da hemácia são formados os merozoítos A hemácia é destruída, com liberação dos merozoítos @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Cada merozoíto irá penetrar uma nova hemácia. HOSPEDEIRO INVERTEBRADO O carrapato, ao se alimentar, ingere os merozoítos e gametócitos Os merozoítos serão destruídos no trato digestivo do carrapato e os gametócitos irão originar os gametas masculinos e femininos Fusão dos gametas (gametogonia) Zigoto (Oocineto) O oocineto penetra no trato digestivo do carrapato e inicia o processo de divisão assexuada (Esporogonia) Formando os esporocinetos Os esporocinetos atingem a glândula salivar do carrapato iniciando a esporogonia Formação do estágio infectante para o hospedeiro vertebrado: os esporozoítos. RECAPITULANDO... Merogonia (Fissão Binária): Ocorre nas hemácias do hospedeiro vertebrado por reprodução assexuada merozoítos; Gametogonia: Ocorre no trato digestivo dos carrapatos gametas (formação e fusão); Esporogonia: Ocorre nas glândulas salivares dos carrapatos por reprodução assexuada esporozoítos. PATOGENIA hemólise aguda, devido à rápida reprodução dentro dos eritrócitos; parasitemia envolve entre 0,2 e 45% das hemácias (dependendo da sp.de Babesia); hepato/esplenomegalia; infecções por B.bovis e B.canis podem produzir acúmulo de eritrócitos nos capilares cerebrais levando à hiperexcitabilidade e incoordenação; babesiose doença clínica babesíase doença subclínica, portador são ou convalescente. B.bigemina se multiplica mais na circulação periférica e a B.bovis no sangue de órgãos cavitários SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: Doença aguda: surge 1 a 2 semanas após o início da alimentação do carrapato (fêmea), caracterizando-se por: Febre, hemoglobinúria e anemia Mucosas apresentam inicialmente congestas, mas depois tornam-se ictéricas taquipnéia, taquicardia EM BOVINOS: Diminuição dos movimentos ruminais Aborto - sem o tratamento, geralmente ocorre o óbito Devido à hemoglobinúria a urina apresenta-se vermelho-escuro PROBLEMAS CEREBRAIS COMO: Incoordenação motora; Opistótono; Tremores musculares; Cegueira; Convulsão, Coma; Morte. recuperação e cronicidade da infecção: ocorre de forma mais prolongada EPIDEMIOLOGIA: Baseia-se no conhecimento dos fatores determinantes das infecções: Virulência da espécie de Babesia considerada Idade do hospedeiro: verifica-se que os animais jovens são mais resistentes à babesiose @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa raça: Bos indicus é mais resistente do que o Bos taurus recém-nascido adquire imunidade passiva através do colostro áreas endêmicas estresse: diversas situações estressantes podem levar ao aparecimento ocasional de babesiose, como o parto, ou outras doenças. DIAGNÓSTICO histórico + anamnese - sintomatologia clínica exame clínico exame de esfregaços sanguíneo (coloração = Giemsa) válido na fase aguda; devem ser feitos de preferência da ponta da orelha ou da cauda Sorologia Imunofluorescência indireta (IFI); Teste de ELISA; Alta sensibilidade e especificidade. Técnicas moleculares Reação em cadeia de polimerase (PCR); Alta sensibilidade e especificidade. TRANSMISSÃO TRANSOVARIANA ocorre nas babesioses transmitidas por carrapatos monóxenos como Rhipicephalus microplus e Anocentor nitens. Por só terem 1 hospedeiro na vida, a transmissão é da fêmea para seus ovos. Esses irão contaminar outros animais. TRANSESTADIAL ocorre nas babesioses transmitidas por carrapatos heteroxenos, como Rhipicephalus sanguineus. Por a muda ocorrer no solo, a larva infectada passa para ninfa com as formas infectantes e essa então transmite a outro animal. TRATAMENTO Principais fármacos: Diproprionato de imidocarb ( Ehrlichia spp. e Anaplasma) spp. Derivados das diamidinas Ganaseg® PROFILAXIA E CONTROLE Evitar áreas que já sofreram infestações de carrapatos Fazer o controle dos carrapatos: com anticarrapaticida, maçarico de fogo é muito eficiente Babesia canis Mede de 3 a 5 µm (grande); Piriformes, redondas, ovais, alongadas ou ameboides; Tem dois trofozoítos HOSPEDEIROS Hospedeiro intermediário: Rhipicephalus sanguineus CICLO BIOLOGICO É o mesmo mas recapitulando.. Carrapato inocula a babesia que entra dentro das Hemácias faz a Reprodução assexuada Destruição das hemácias Liberação dos parasitos Reinicia o ciclo Anaplasma O Anaplasma marginale é um patógeno intracelular obrigatório de eritrócitos, cujo período de incubação é de 28 a 42 dias. @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa A anaplasmose é primariamente uma anemia, cujo grau varia pela proporção de eritrócitos infectados, que na fase aguda da infecção pode alcançar níveis de até 109 eritrócitos/ml de sangue. Em esfregaços sanguíneos é possível visualizar os eritrócitos infectados e eritrócitos imaturos. Anticorpos são detectados 14 dias após a infecção experimental. ERITÓCITOS Os eritrócitos infectados sofrem alteração de superfície, são opsonizados pelos anticorpos e assim são fagocitados pelos macrófagos, principalmente os do baço. Desta forma, ocorre uma queda no hematócrito e elevação de temperatura corporal. Isto ocorre porque junto com a ricketsemia ocorre a produção de imunoglobulinas (Ig) inicialmente IgM e mais tarde IgG, que irão opsonizar hemácias com e sem A. marginale, o que torna a imunidade humoral mais associada a patogênese da doença do que com a proteção contra as infecções por A. marginale. POSIÇÃO SISTEMÁTICA: Ordem: Rickettsiales Espécies: Anaplasma marginale Anaplasma centrale HOSPEDEIROS Hospedeiro Definitivo: bovinos (cervídeos e talvez ovinos podem ser reservatórios) Hospedeiro Intermediário: carrapatos Localização: interior dos eritrócitos IDENTIFICAÇÃO: A.MARGINALE Observada em esfregaços sanguíneos na forma de corpúsculos de inclusão pequenos, redondos, geralmente únicos e na margem da célula, de cor vermelha com a coloração por Giemsa; A.CENTRALE Morfologicamentesemelhante, mas encontrados normalmente no centro do eritrócito. TRANSMISSÃO Os carrapatos podem transmitir agentes patogênicos pelas vias transovariana, transestadial ou intraestadial. PATOGENIA período de incubação = 4 semanas surge a parasitemia aguda e febre destruição de até 70% dos eritrócitos icterícia, estase biliar linfoadenomegalia, esplenomegalia + congestão petéquias no miocárdio recuperação demorada deficiência o sistema imune onde ao invés de destruir o anaplasma, o anticorpo se adere em hemácias parasitadas o que leva o fator de anemia @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Aqueles animais que sobreviver a fase crônica podem serem portadores de ricktesias SINAIS CLÍNICOS Mais importante em bovinos com mais de 1 ano de idade e sem contato prévio; surge a febre anemia (hemolítica) icterícia, anorexia dispnéia Perda de peso e da produção de leite aborto óbito pode surgir rapidamente de forma aguda EPIDEMIOLOGIA bovinos portadores, cervídeos e ovinos são reservatórios bovinos adultos introduzidos em regiões endêmicas são os mais suscetíveis estresse pode causar uma uma baixa de imunidade se tornando mais susceptível CICLO BIOLOGICO transmitidos por carrapatos, moscas picadoras ou instrumentos contaminados na corrente circulatória do HD, o parasito penetra nas hemácias, formando uma invaginação da membrana citoplasmática e um vacúolo divide-se formando um corpúsculo de inclusão que se torna visível em esfregaços sanguíneos, que podem persistir até por anos (em pequeno número). DIAGNÓSTICO sintomatologia clínica + avaliação do hematócrito Através de esfregaços sanguíneos fixação do complemento e aglutinação em tubo capilar detecção de portadores. TRATAMENTO tetraciclina (TERRAMICINA) imidocarb (IMIZOL) De suporte: Fluidoterapia protetor gástrico, transfusão de sangue, antitérmico. CONTROLE vacinação dos animais suscetíveis animais desafiados tornam-se controle da quantidade de carrapatos e moscas picadoras. Erliquia AGENTE ETIOLÓGICO Parasito intracitoplasmático dos leucócitos (monócitos, linfócitos, macrófagos e neutrófilos) Transmitida pelo carrapato Ixodes ricinus Período de incubação de 7 dias Causa uma leucopenia com quadro de febre e apatia e outros sinais clínicos A principal espécie que acomete os cães é a Ehrlichia canis Éspecie Ehrlichia canis, que são bactérias Gram negativas, intracelulares obrigatórias dos leucócitos (monócitos), com forma de cocobacilos e multiplicam-se por divisão binária. MORFOLOGIA são parasitas intracelulares obrigatórios de células hematopoiéticas maduras ou imaturas. HOSPEDEIROS Espécies mais importantes: @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa E. phagocytophila HD - ovinos e bovinos HI - Ixodes ricinus E. Canis H.I - Rhipicephalus sanguineus TRANSMISSÃO A transmissão se dá pela picada do carrapato canino marrom comum (Rhipicephalus sanguineus) Funciona tanto como vetor como reservatório. transfusão sanguínea de um animal parasitado para um sádio MODO DE TRANSMISSÃO No carrapato, a E. canis se multiplica nos hemócitos e nas células da glândula salivar, propiciando, portanto, a transmissão transestadial. Em contra partida, a transmissão transovariana provavelmente não ocorre A transmissão entre animais é através da inoculação de sangue proveniente de um cão contaminado para um cão sadio, pelo intermédio do carrapato. O cão é infectante apenas na fase aguda da doença, quando existe uma quantidade importante de hemoparasitas no sangue. Já o carrapato poderá permanecer infectante por um período de mais ou menos um ano E a infecção pode ocorrer em qualquer estado do ciclo.B SINAIS CLÍNICOS Em cães: febre, perda de apetite, dispnéia, manchas avermelhadas na pele (petéquias e equimoses), sinais oftálmicos (uveíte) sinais neurológicos (convulsões, incoordenação) e poliartrite. PATOGENIA Na fase aguda a riquetsia se replica pelas células de defesa do organismo (células mononucleares) localizadas em linfonodos, baço e medula óssea, resultando em aumento de volume desses órgãos. Pode ocorrer também destruição de hemácias e plaquetas, o que causa anemia e trombocitopenia. Devido à rápida multiplicação do agente no sangue e a vasculite generalizada que a acompanha, há grande multiplicidade de sintomas durante o curso da enfermidade A fase sub-clínica geralmente é assintomática, mas podem ser encontradas algumas complicações como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas a fase crônica da erliquiose assume as características de uma doença auto imune. Geralmente nesta fase o animal tem os mesmos sinais da fase aguda, porém, atenuados encontrando-se apático, caquético e com susceptibilidade aumentada a infecções secundárias. DIAGNÓSTICO é feito tanto através dos sinais clínicos, alterações laboratoriais provocadas pela doença hemograma: anemia e a trombocitopenia as mais evidentes, permite a visualização o agente (as mórulas) no interior dos neutrófilos. O PCR (reação em cadeia da polimerase) é um método de diagnóstico extremamente eficaz, já que detecta o material genético da riquetsia no sangue do hospedeiro. @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Hepatozoon ETIOLOGIA Cães- H. Canis e H. Americanum Protozoário transmitidos através do carrapato Parasitam leucócitos e o parênquima de tecidos MORFOLOGIA Parecidos com a pastilha halls Ovalado sua cor é clara na lâmina HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: Cães, gatos Reptéis, anfíbios, pássaros e mamíferos INTERMEDIÁRIOS: Riphicephalus sanguineus Amblyomma cajanense R. Microplus A. ovale CICLO EVOLUTIVO são protozoários heteroxenos apresentam ciclo evolutivo típico dos coccídios. Micro e macrogamontes são ingeridos pelo vetor hematófago, juntamente com o sangue do hospedeiro vertebrado, e migram para a sua parede intestinal, onde ocorre a gametogênese. Um microgamonte dará origem a quatro microgametas uniflagelados que, por singamia, fecundarão os macrogametas, originados de macrogamontes, formando um zigoto Este atravessa a parede intestinal, indo localizar-se na hemocele do vetor hematófago onde ocorre a formação do oocisto contendo muitos esporocistos com esporozoítas. O hospedeiro vertebrado adquire a infecção por Hepatozoon spp. pela ingestão direta do vetor portador do oocisto ou indiretamente, através da ingestão de outros hospedeiros vertebrados parasitados como: peixes, anfíbios e répteis, que tenham ingerido vetores hematófagos infectados. Os esporozoítas contidos nos esporocistos são liberados no intestino desse hospedeiro intermediário, podendo seguir para os hepatócitos, formando um cistozoíto ou iniciar o primeiro ciclo merogônico que ocorre na parede intestinal do hospedeiro vertebrado Dois tipos de merontes são formados: um contendo macromerozoítos que, transportados via sangue ou linfa, invadem novos tecidos, dando origem a novas formas merogônicas, e outro, contendo micromerozoítos, que irão penetrar nos eritrócitos, sofrer gamontogonia e dar origem aos @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa gamontes circulantes, infectivos para os vetores hematófagos EPIDEMIOLOGIA Semelhantemente a todas as doenças que têm artrópodes como vetores, a distribuição da hepatozoonose está estreitamente vinculada aos seus hospedeiros definitivos. O principal vetor do H. canis é o carrapato marrom do cão. Rhipicephalus sanguineus, encontrado em regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo todo, tornando potencial a distribuição mundial deste protozoárioNo Brasil já foi descrito: PB, RS, GO, SP, PA, ES, MG, RJ TRANSMISSÃO São transmitidos por carrapatos via glândulas salivares a transmissão do H. canis para o cão ocorre após a ingestão de um carrapato contendo oocistos esporulados o carrapato torna-se infectado ao ingerir sangue de um cão parasitado NO CARRAPATO: é transmitido de forma transestadial, da ninfa para o estágio adulto. Transmissão trans-ovariana não ocorre nesse caso. NO CÃO: H. canis podem ser transmitido via transplacentária. Cadelas prenhes naturalmente infectadas, transmitem H. canis aos filhotes de forma vertical. Ou seja, um animal infectado e logo após prenhe transmite através do cordão umbilical. PATOGENIA Afeta baço, linfonodos, e medula óssea causando anemia e letargia A forma esporozoíta atravessam o epitélio do tubo digestivo do hospedeiro vertebrado, alcançam o sistema porta, chegando ao fígado, pulmões, baço, medula óssea, rins e linfonodos, onde se multiplicam por esquizogonia ou merogonia. Se invadir o fígado, pulmões ou rins causa hepatite, glomerulonefrite e pneumonia DIAGNÓSTICO Na histopatologia pode observar atrofia muscular e degeneração teste de imunofluorescência indireta (IFAT) esfregaço sanguíneo SINAIS CLÍNICOS Em muitos cães podem dar assintomáticos, porém estão parasitados só que sem manifestações clínicas. Em cães sintomáticos: febre, anorexia, perda de peso, anemia, mucosas pálidas, descarga ocular e fraqueza dos membros posteriores, dor muscular, linfadenomegalia. Imunossupressão por outra doença pode se tornar susceptível a Hepatozoon, por exemplo uma animal com erliquiose pode ter hepatozoon concomitantemente. Infecções concomitantes com outros patógenos caninos como: Parvovírus Erlichia canis Toxoplasma gondii Leishmania infantum CONTROLE Imunizar o animal contra carrapatos @veterinaryresume/ Jamiliana Q. Costa Evitar que o ambiente infeste de carrapatos
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