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2 Nióbio Bruna Cardoso - Laís de Souza - Pollyana Gonçalves - Samara Mendes - Silvia Nascimento - Vinícius Martins 3 Nióbio Sumário 1. Resumo ................................................. 4 2. Introdução ............................................. 4 3. História .................................................. 5 4. Propriedades Físicas e Químicas ....... 6 5. Mineração .............................................. 8 5.1- Formação Geológica da Mina ......... 9 5.2- Processamento ................................ 9 6. Recursos, Reservas e Exportação ... 17 7. Usos e Consumos .............................. 19 7.1- Nióbio no nosso cotidiano: .......... 20 8. Descarte no Brasil .............................. 24 9. Conclusão ........................................... 25 10 - Bibliografia ....................................... 26 4 Nióbio 1. Resumo Este livro paradidático tem como objetivo sintetizar as características do metal nióbio. O aprofundamento é realizado com auxílio de ilustrações para melhor entendimento. Palavras-chaves: Metal. Nióbio. Mineral. Columbita. Tantalita. 2. Introdução O nióbio (Nb) é um elemento químico, do grupo 5 (metais de transição) que pertencem ao quinto período da tabela periódica. (Imagem 1) Ele é prateado, brilhante, dúctil, resistente à corrosão e temperaturas elevadas. (Imagem 2) É um metal raro pelo mundo, mas abundante no Brasil. Ele se encontra em forma mineral piroclorita e columbita. Suas utilizações, são desde lentes óticas, até em indústrias nucleares. Sendo assim, muito cobiçado mundialmente. Figura 1: Tabela Periódica Fonte: Tabela Periódica Completa, 2016. Figura 2: Nióbio Fonte: CBMM, 2016. 5 Nióbio 3. História Charles Hatchett (Imagem 3) foi um químico inglês, nascido em Londres (1765-1847) que em 1801, ao analisar uma amostra de mineral desconhecida enviado dos Estados Unidos para o Museu Britânico em Londres, descobriu o elemento 41 da tabela periódica. O mineral analisado era preto e pesado, que mais tarde foi denominado de columbita. Charles, percebeu que este mineral continha algo diferente, uma “terra”, que o fez acreditar no descobrimento de um novo elemento. Recebendo assim, o nome de “Columbium” (Cb) em homenagem ao personagem estadunidense Colúmbia. Essa descoberta não teve tanta repercussão, já que o metal não apresentou nenhum uso de imediato. No ano seguinte, 1802, o sueco Anders Gustaf Ekeberg (1767- 1813) ao analisar duas amostras de minerais obteve um resultado particularmente interessante. Uma amostra era de Ytterby, Suécia e a outra de Kimito, Finlândia. Em ambas as amostras ele observou o mesmo elemento, denominando-o de Tântalo, em homenagem ao filho de Júpiter que na mitologia grega foi condenado a eterna frustação de não poder beber água. O isolamento deste novo elemento foi um tanto tentador, daí o nome. Alguns anos depois em 1809, houve uma nova pesquisa do qual o químico britânico William Hyde Wollaston, ao analisar as amostras dos minerais de columbita e tantalita chegou à devida conclusão de que ambas eram o mesmo elemento. Como não houve nenhuma contradição, este “fato” permaneceu por um bom tempo. Até que trinta e cinco anos depois, em 1844, o químico alemão Heinrich Rose, foi além. Ele conseguiu distinguir os dois elementos através da diferença do estado de valência. Renomeando assim, o columbio como nióbio, inspirando-se na mitologia grega que conta a história de Níobe, filha do rei Tântalo, que foi transformada em uma rocha. Em 1950, a União de Química Pura e Aplicada – IUPAC – adotou oficialmente o nome Nióbio para o elemento 41 da tabela periódica. Esta descoberta teve um grande valor para a história, talvez não de imediato, mas atualmente podemos notar a importância do nióbio nas indústrias. Uma vez que ele é raro e muito usado nas indústrias tecnológicas. Figura 3: Charles Hatchett Fonte: TIC - Tantalum Niobium International Study Center,2016. 6 Nióbio 4. Propriedades Físicas e Químicas Na atualidade, o Nióbio é usado por diversos segmentos, desde a área industrial até mesmo no segmento aero - espacial. Por ser um metal de alto ponto de fusão (2.468 C) participante dos metais de transição e pertencente aos que são chamados de metais refratários, se destaca pelas seguintes características: densidade pouco superior a do ferro, elevada resistência ao ataque por certos ácidos e metais líquidos, baixa resistência à oxidação e supercondutividade a temperaturas inferiores a 264 graus negativos Celsius. A liga ferro-nióbio, obtida através da alumino termia, é o produto final mais importante da cadeia do nióbio, sendo destinado à produção de alguns aços, especialmente os micros ligados e os inoxidáveis. Nos aços micros ligados, mesmo com um reduzido consumo específico (cerca de 400g de FeNb por t de aço), o nióbio confere ao produto características de resistência mecânica, tenacidade e soldabilidade. Já para os inoxidáveis, seu valor está em neutralizar o efeito de carbono e nitrogênio, afastando risco de deterioração do produto por corrosão. O óxido de nióbio (9% de Nb2O5), que representa 13% do mercado mundial de nióbio, é a matéria-prima para a fabricação de produtos especiais como: ferro-nióbio de alta pureza, níquel- nióbio, óxidos especiais de nióbio (grau ótico e grau cristal) e nióbio metálico e suas ligas, os quais se destinam a uma série de usos mais sofisticados como as superligas aeronáuticas, os cerâmicos para optoeletrônica e os supercondutores. Vale ressaltar que o nióbio, como metal puro, apresenta pouca aplicação. Como metal puro tem característica de metal macio e dúctil. O nióbio é o elemento de número atômico 41 e símbolo químico Nb, pertence ao grupo 5 e ao 5º período da tabela periódica. As aplicações são variadas, mas a sua adição a ligas metálicas é um uso comum. Conforme tabela de propriedades do nióbio abaixo: Figura 4: Elemento 41 Fonte: Quimlab,2016. 7 Nióbio * Em condições de pressão e temperatura normais Tabela 1: Principais Propriedades do Nióbio A crescente demanda deriva-se de uma das suas principais propriedades, a alta resistência a temperaturas elevadas, para entender o motivo analisamos os fatores que influencia o Nióbio como elemento, a sua distribuição eletrônica, pois os elétrons extra da camada “d” permite ao elemento a predisposição na fila de ligação entre metal-metal, resultando em diversas ligações diferentes proporcionando elevados pontos de ebulição de fusão e de entalpia. Um elemento que tem capacidade de apresentar diferentes níveis de oxidação do +5 até -1(apresentando-se mais estável em +5) tem flexibilidade de estar presente em diversas classe como: fosfatos, carbonetos, sulfetos, nitritos e óxidos. Algumas destas ligas são usadas devido às suas propriedades supercondutoras de eletricidade. Noutros casos, o nióbio também é adicionado a ligas para promover uma maior resistência a altas temperaturas, sendo exemplo disso, o seu uso em reatores nucleares. O nióbio pode apresentar diversos estados de oxidação, sendo os mais comuns +2, +4 e +5, formando os óxidos NbO (cinzento), NbO2 (preto-azulado) e Nb2O5, respectivamente. Este último óxido apresentaum considerável polimorfismo. Alguns categorizados pela cor ou pela propriedade magnética, exemplo: LiNbO3 é usado em frequência para aparelhos de comunicação, SrxNbO3 (x=0,7-0,95) caracteriza-se pela variação de azul-escuro a vermelho, conforme a quantidade de Sr. Em ligas de nióbio com estanho, titânio ou germânio são materiais supercondutores a temperaturas perto dos 23ºK. Estas ligas têm a propriedade de, ao contrário de outros materiais supercondutores, manterem a supercondutividade, mesmo com altas correntes elétricas. Principais Propriedades Nióbio Características Químicas Físicas* Número atômico: 41 Configuração eletrônica: [Kr] 4d4 5s1 Estado físico: Sólido Classe: metal Raio atômico: 1,429 Å Estrutura cristalina: Cúbica de corpo centrado Série: metal de transição Raio covalente: 1,34 Å Cor e aparência: cinzento metálico Grupo: 5 Íons comuns: Nb5+; Nb3+ Ponto de fusão: 2477 ºC Período: 5 Eletronegatividade de Pauling: 1,6 Ponto de ebulição: 4744 ºC Bloco: d Energias de ionização: o 1º 652,1kJ mol-1 o 2º 1380 kJ mol-1 Condutividade térmica: 54,2 W m-1 K-1 Abundância Capacidade calorífica: 24,62 J mol-1 K-1 8 Nióbio 5. Mineração A columbita-tantalita (Onde normalmente é encontrada o pirocloro) normalmente encontra-se associada aos pegmatitos, ou seja, são termos finais do magma granítico que não entram na rocha cristalizada primeiramente. Além disso, trata-se de rocha plutônica, resfriada lentamente abaixo da superfície terrestre (os magmas vulcânicos, como os basaltos, extravasam e resfriam rapidamente) e dando origem a cristais que podem atingir metros de comprimento. O pirocloro encontra-se em carbonatitos associados às intrusões alcalinas do cretáceo superior, da era mesozóica. Os carbonatitos costumam conter um ou mais dos seguintes minerais: nióbio, níquel, cobre, titânio, vermiculita, apatita (fosfato), terras raras, barita, fluorita, além dos minerais nucleares tório e urânio. Existe certa divergência entre os especialistas no assunto sobre a origem dos carbonatitos, mas a versão mais aceita é de que são relacionados às rochas alcalinas, incluindo kimberlitos (associados à ocorrência de diamantes) e que são originados de material derivado de grande profundidade, possivelmente do manto. O Grupo Ibiá, onde está alojado o Complexo Carbonatítico do Barreiro, é uma sequência metassedimentar pelítica estruturada na forma de ritmitos finos, depositada a partir da erosão de arcos magmáticos neoproterozóicos (Seer, 1995). Constitui-se dominantemente de micaxistos com quartzitos associados. O Complexo Carbonatítico (19°40'S / 46°57'O)do Barreiro é aproximadamente circular e apresenta um diâmetro de cerca de 4,5 quilômetros. Sua intrusão, ocorrida há 90 milhões de anos, arqueou rochas do Grupo Ibiá, notadamente micaxistos e gerou fraturas radiais e concêntricas nas rochas encaixantes. Na zona de contato, a fenitização manifestou-se sob forma de veios/vênulas, constituídos principalmente de anfibólio sódico, que preenchem fraturas em quartzitos da zona de contato. Alguns fenitos quartzo-feldpáticos são também encontrados. Segundo Schobbenhaus; Queiroz; Coelho (1997), o complexo Ultramafico-Alcalino Catalão I é uma estrutura domica de idade cretácea, constituído por um conjunto de rochas ultramafias serpentinizadas e flogopitizadas, cortadas por diversos tipos de veios de carbonatitos de espessuras variáveis. Esse complexo e o corpo ígneo denominado Catalão II, são intrusivos em rochas proterozóicas, as quais cobrem um embassamento granito gnáissico e ocupam uma grande área do sudoeste do estado de Goiás, Brasil. O Complexo de Catalão I foi intensamente intemperizado desde o Terciário, proporcionando a formação de uma espessa cobertura laterítica. Esses processos intempéricos foram responsáveis pela formação supergenica de várias zonas mineralizadas no complexo, contendo importantes reservas de fosfato, nióbio, titânio, terras raras e vermiculita. [...] O Complexo Catalão I constitui uma das mais importantes regiões de mineração do Brasil. (SCHOBBENHAUS; QUEIROZ; COELHO; 1997 p.69) 9 Nióbio 5.1- Formação Geológica da Mina Em termos geológicos, esses depósitos estão associados ao Complexo Carbonático-Alcalino. Uma feição geológica marcante é o elevado grau de intemperismo caracterizado por raras aparições em rochas frescas. Rochas coletadas a partir de testemunhos de sondagem em zonas brechadas do minério primário, evidenciam um processo de transformação do pirocloro, a partir das bordas e fraturas, com substituição de Ca e Na por Ba, sugerindo intensa ação de água meteórica. 5.2- Processamento O Processamento do concentrado em liga de ferro nióbio pelas duas mineradoras apresentam diferenciações não apenas na escala de suas plantas industriais, mas também em seus processos produtivos, principalmente devido às diferenciações mineralógicas de suas jazidas. Na Mineração Catalão, o minério de pirocloro é extraído em três minas: a mina de Boa Vista e pelas minas 1 e 2. A primeira mina contém um alto teor de sílica e as duas últimas contêm um alto teor de minério de ferro. Este fato obrigou a beneficiar estes minérios separadamente, pois caso contrário, a quantidade de nióbio extraída seria muito pequena. Na mina, utilizam-se detonadores a base de uma emulsão especial, contendo nitrato, que não causa efeitos colaterais aos mineradores, como enxaqueca, caso utilizassem os explosivos convencionais. Da mina, o minério é levado em caminhões convencionais até a unidade de britagem e moagem. Primeiramente, este minério é britado e moído, até atingir uma granulometria ideal, em seguida são feitas uma separação magnética, o deslame e a flotação, processos físicos de onde são retiradas as impurezas. Após estes processos, ocorre o processo Aluminotérmico, onde todo o concentrado é transformado em ferro-nióbio. A CBMM possui uma planta significativamente maior do que a da Anglo American em tamanho e em escala. A mina de pirocloro da CBMM localiza-se no complexo do barreiro, dentro de uma área mineralizada a nióbio. Esta área mineralizada está circundada por uma cobertura laterítica, composta por elementos como apatita e barita. Figura 5: Formação Geológica da Mina 1 - Intrusão de carbonatito; 2. Infiltração do minério primário (Pirocloro, Apatita, Magnetita e Monazita); 3. Intemperismo. Fonte: CBMM, 2016 10 Nióbio Figura 6: Fluxograma da Produção do Nióbio A mineração é feita a céu aberto por bancos de 10m de altura sem a necessidade de uso de explosivos ou qualquer outro artifício, uma vez que o material, tanto o minério como o estéril são friável e de fácil desmonte. Este minério é transportado por correia transportadora até a unidade de concentração. Na unidade de concentração, o minério passa por um processo de desagregação e decomposição, sem a necessidade de britagem, salvo para pequenos blocos ou torrões. O minério britado a menos de 50 mm e o passante na peneira se juntam uma mesma correia e vão para o silo de minério da concentração. No processo de moagem, o minério é levado para o moinho de bolas, onde são liberados os cristais de pirocloro, extremamente finos. Após a moagem, o minério passa por um processo de separação magnética, da qual é retirada a fração de magnetita (Fe) existente no minério; a fração magnética contendo ferro é bombeada para uma represa especial onde é estocada para umaeventual comercialização, a parte não magnética é levada para o deslame, de onde são retiradas as lamas lateríticas que podem impedir a sequência do processo. Feito o deslame, a polpa deslamada passa por um processo de flotação e filtragem. Na unidade de sinterização são retirados os teores de enxofre (S) e água (H2O) e na unidade de desfosforação são retirados o fósforo (P) e o Chumbo (Pb). O processo de produção da liga FeNb é feito a partir de uma reação aluminotérmica onde são misturados o concentrado de pirocloro, a sucata de ferro ou o óxido de ferro e o carvão de origem vegetal. Os reatores consistem em um cilindro de chapa de carbono, revestido com tijolos de Magnesita e posicionados num leito de areia e sílica sobre uma concavidade cônica preparada previamente e destinada a receber todo o metal a ser produzido durante a reação. A areia do fundo do reator é revestida por uma camada de bentonita e cal. A parte externa é vedada com areia para evitar vazamento de escória ou metal. Em frente cada reator é feito outra concavidade na areia destinada a receber a escória. A maioria das impurezas é escorificada, inclusive o tório e o urânio. Todo o fósforo, enxofre e cerca de 20% de chumbo contido no concentrado passam ao ferro-liga e por um processo de lixiviação, reduzindo estes elementos aos níveis desejados. Após o término da reação a escória é vazada e o ferro-nióbio é deixado num leito de areia para esfriar, solidificar. A escória é removida e soterrada em local confinado, conforme as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), devido ao pequeno conteúdo radioativo. Após a solidificação o FeNb é britado, amostrado, analisado e estocado em tambores de 1000 kg. O FeNb pode ser embalado em tambores de 250 kg, podendo ser embalados em tambores de 25lb ou sacos (big bags), conforme as solicitações dos clientes e levados até o porto do Rio de Janeiro, em carretas para serem exportados. 11 Nióbio De maneira geral, as operações coordenadas no desenvolvimento do processo produtivo são: recepção do minério proveniente da mina por meio de correia transportadora, beneficiamento mineral, sinterização, desfosforação. O concentrado refinado segue para a elaboração dos produtos finais na Unidade de Metalurgia, Planta Química (óxidos), Unidade de Ligas Especiais Grau Vácuo e Unidade de Nióbio Metálico. Figura 7: Operações Industriais Fonte: IEF – Instituto Estadual de Florestas,2016. Figura 8: Unidade de Concentração Fonte: IEF – Instituto Estadual de Florestas,2016. 12 Nióbio Figura 9: Unidade de Óxidos Fonte: IEF – Instituto Estadual de Florestas,2016. Figura 10: Unidade de Ligas Especiais Fonte: IEF – Instituto Estadual de Florestas,2016. 13 Nióbio Figura 10: Mina de Nióbio em Araxá - MG Fonte: Revista Decifra-me,2016. Figura 11: Correia Transportadora em Araxá - MG Fonte: CBMM,2016. Figura 13: Jazida de Nióbio em Araxá - MG Fonte: Folha,2016. Figura 12: Correia Transportadora em Araxá - MG Fonte: Floapress,2016. 14 Nióbio Figura 14: Jazida de Nióbio em Araxá - MG Fonte: Folha,2016. Figura 15: Extração de Nióbio em Catalão-GO Fonte: Minerios,2016. Figura 16: Jazida de Nióbio em Araxá – MG Fonte: Folha,2016. Figura 17: Nióbio sendo extraído a céu aberto na mina da Anglo American – GO Fonte: G1,2016. 15 Nióbio Figura 18: Processo Industrial Fonte: CBMM,2016. 16 Nióbio Operações de produção ferronióbio Standard Segundo IEF (Instituto Estadual de Florestas) de maneira específica, em cada unidade industrial, as atividades ocorrem da seguinte maneira: Unidade de Concentração: o minério proveniente da mina, já britado, chega por meio de correia transportadora, passa por classificação, moagem, separação magnética, deslamagem, flotação e espessamento. O produto segue para a unidade de sinterização através de bags ou tubulações. Esta unidade destina- se a concentrar o mineral que contém o nióbio, denominado pirocloro. Os minerais segregados são dispostos em barragem de rejeitos. Unidades de Sinterização: o concentrado de pirocloro chega as unidades desinterização por meio de tubulações ou bags sendo associado com insumos parapelotização, sinterização, britagem e classificação. Além de propiciar a aglomeração do material, estas unidades destinam-se à retirada do enxofre e água contidos no concentrado. O produto é um concentrado sinterizado. Unidade de Desfosforação: o concentrado sintetizado é refinado em fornos elétricos de onde o ferrofósforo é segregado. O concentrado refinado é granulado, secado e enviado para a unidade metalúrgica ou unidade de óxidos através de bags. Unidade de Metalurgia: o material proveniente da desfosforação, o concentrado refinado, acondicionados em bags, segue por meio de caminhões prancha até a Unidade de Metalurgia, onde é misturado com matéria-prima e insumos como alumínio em pó e ferro, homogeneizado e processado em fornos elétricos. O ferronióbio standard, produto final desta unidade, é vazado, resfriado, britado, classificado, embalado e expedido para clientes em cerca de 50 países. Unidade de Óxidos: esta unidade tem como objetivo produzir óxidos de alta pureza, como Óxido de Nióbio standard e Óxido de Nióbio Grau Óptico. O concentrado-refinado acondicionado em bags, proveniente também da desfosforação, chega a esta unidade por meio de caminhões prancha e passa por reações em etapas alcalina e ácida, sendo após calcinado. Parte da produção é direcionada para as unidades de produção de ligas especiais e unidade de nióbio metálico. Parte é vendida e parte é purificada para atingir especificações especiais. Unidade de Ligas Especiais: nesta unidade o material alimentado passa por homogeneização, reação alumino térmica, desenformamento e limpeza superficial da liga. Desta última etapa, o composto segue para a unidade de Nióbio Metálico, resultando nos produtos finais NiNb VG e FeNb VG que são britados, embalados e armazenados para posterior expedição. Unidade de Nióbio Metálico: nesta unidade o ATR é alimentado em forno de feixe de elétrons, gerando lingotes puros de 600 ou 1500 quilos. Antes da venda o produto é usinado em sua superfície para eliminação de impurezas presentes em partes por milhão. Testes físicos e embalagem precedem a expedição. É importante ressaltar, que ao longo das etapas do processo produtivo há momentos em que se têm entradas, ou seja, alimentação com as matérias-primas e adição de insumos, e saídas com o descarte de efluentes líquidos e emissões atmosféricas. Outro aspecto que não pode deixar de ser mencionado é a utilização de diversas barragens (B0, B1, B4, B5, B6 e B7), principalmentena deposição de rejeitos do processo 17 Nióbio Gráfico 1: Produção Mundial e Nacional de Nióbio Fonte: Busca da Compreensão, 2016. produtivo, sendo que em virtude da composição dos mesmos, há necessidade que as mesmas sejam impermeabilizadas. Também foi necessária a implantação de poços infiltradores associados à barragem B4 para a contenção de contaminação de Bário nas águas subterrâneas. 6. Recursos, Reservas e Exportação Os recursos e reservas globais do Nióbio se concentram em maior parte no Brasil equivalente a (86,7%), na Austrália (10,7%) e no Canadá (3,1%). Há pequenas reservas em França, África do Sul e Nigéria. Especificamente no Brasil, os recursos e reservas de nióbio estão concentrados nos seguintes estados: Minas Gerais (75%), no município de Araxá; Amazonas (23%), no município de São Gabriel da Cachoeira; Goiás (2%), nos municípios de Catalão e Ouvidor. As maiores jazidas estão no Morro dos Seis Lagos (AM) e em Raposa Serra do Sol (RR). O primeiro é localizado na cidade São Gabriel da Cachoeira (AM), na região denominada Cabeça de Cachorro, fronteiriça à Venezuela e à Colômbia. Noventa por cento da população da cidade é indígena. Cada um dos seis lagos apresenta coloração diferente devido à presença de imensas reservas de minerais, sendo a predominância de nióbio. É Reserva Indígena e área de segurança nacional e de proteção ambiental, por isso, não é possível explorá-las, mas há denúncias de que há extrações clandestinas. No Brasil duas empresas completam ciclo da produção do minério e das ligas de nióbio, que são a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) em Araxá, Minas Gerais e a Mineração Catalão em Goiás. O Brasil se constitui o maior produtor mundial de minério de nióbio, com produção em 2008 da ordem de cerca de 86.000 toneladas de concentrado, respondendo por 96% da produção mundial. Até 2008, a produção nacional manteve-se com tendência sempre crescente, passando de 35.458 toneladas em 2000 para 86.000 toneladas em 2008. Esse crescimento é explicado pela demanda da liga ferro-nióbio, refletindo o crescimento extraordinário da produção de aço em resposta ao crescimento econômico dos países industrializados, principalmente a China. 18 Nióbio Gráfico 2: Quantidade de Nióbio Exportado pelo Brasil Fonte: Busca da Compreensão, 2016. O nióbio é um mineral raro e estratégico. Calcula-se o valor das reservas brasileiras em dezenas de trilhões de reais. O uso do nióbio disseminou-se após a descoberta da imensa reserva em Araxá-MG, tornou-se abundante e ganhou importância no desenvolvimento de materiais de engenharia, por ser o mais leve dos metais refratários. O problema maior é que o preço do nióbio, muito baixo, é fixado pela Inglaterra, país que não tem sequer um único grama do mineral. Porém, a comercialização é efetuada em transações entre empresas que muitas vezes nem seguem o valor cotado na London Metal Exchange e os valores não são divulgados. O nióbio é tão importante quanto o petróleo para as economias desenvolvidas. Isso coloca o Brasil em posição mais vantajosa no comércio internacional do que os países da Opep. Porém o Brasil por vender o nióbio que é muito raro e é um mineral praticamente encontrado somente no nosso país, os produtores vendem a preços baixos e acabam perdendo bilhões de dólares por ano, sendo que se o Brasil exportasse a um preço relativo ao seu valor real, nosso país não passaria pela situação de crise que passa atualmente. O Brasil tem a maior porcentagem das reservas mundiais desse estratégico mineral. É uma imensa fortuna, maior que do petróleo, do ouro e outros minerais. O Canadá, com cerca de 3,1% das reservas mundiais, propicia, com o produto da exploração do nióbio, saúde e educação inteiramente gratuitas, além de muitos outros benefícios. No Brasil, se os recursos de nióbio ficassem no país e fossem direcionados e explorados, honestamente, para desenvolvimento econômico e social, em benefício do povo e não de alguns ricos daqui e do exterior, não precisaríamos pagar plano de saúde nem escola para nós e nossos filhos e outros serviços. 19 Nióbio Gráfico 3: Principais Compradores de Nióbio Produzido pelo Brasil Fonte: Busca da Compreensão, 2016. O Brasil exporta a matéria prima e importa manufaturados de vários países. Os principais países compradores são: China, União Europeia, Japão, Rússia, EUA, Índia, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Suécia, México, Taiwan e Venezuela, que aplicam em aços micro ligados para construção civil, indústria mecânica, aeroespacial, naval, automobilística, de petróleo, gás, etc. 7. Usos e Consumos Até meados da década de 50, que foi quando depósitos do minério pirocloro foram descobertos no Canadá e no Brasil (Araxá), a utilização de Nióbio era muito limitada devido ao alto custo. Após a descoberta desses grandes depósitos o interesse pelo nióbio aumentou muito, principalmente entre os países que iniciavam naquela década a corrida espacial, Estados Unidos e a extinta União Soviética. Sendo o metal refratário de menor densidade (8,6g/cm3) e com ponto de fusão aproximado de 2500°C, as ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr e Nb-Ta-Zr foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e nuclear, além de magnetos supercondutores em tomógrafos de ressonância magnética para diagnóstico por imagem. Outro desenvolvimento importante da década de 1950 foi o aço microligado, que apresenta valores de resistência mecânica e tenacidade que até então somente podiam ser obtidos com aços ligados muito mais caros. A descoberta de que a adição de uma pequena quantidade de nióbio ao aço carbono comum melhorava consideravelmente as propriedades mecânicas ofereceu grandes vantagens econômicas para a engenharia estrutural, exploração de óleo e gás, e também indústria automotiva. 20 Nióbio 7.1- Nióbio no nosso cotidiano: JÓIAS E MEDICAMENTOS O nióbio e suas ligas são fisiologicamente inertes e com características hipoalergênicas. Por estes motivos, o nióbio é encontrado em muitos dispositivos médicos como o marca- passo. Ele é tratado com hidróxido de sódio formando uma camada porosa utilizadas nos tratamentos de osseointegração. Junto com o titânio, o tântalo e o alumínio, o nióbio pode também ser aquecido eletricamente e anodizado, resultando na produção de diversas colorações utilizando um processo conhecido como anodização de um metal reativo onde é aplicado na produção de joias. É um material com propriedades hipoalergênicas (que não causa alergias), por isso é utilizado na produção de joias. ELETROCERÂMICAS O niobato de lítio é um material com propriedades ferromagnéticas, que são aproveitados na produção de telefones celulares, nos moduladores ópticos e na fabricação de aparelhos de superfície de ondas acústicas. Originado da estrutura ferroelétrica da perovskita, como do tantalato de lítio e do tantalato de bário. São considerados uma alternativa mais econômica para o desenvolvimento de capacitores, apesar da predominância dos capacitores de tântalo. O nióbio é adicionado com o vidro para aumentar o índice de refração, uma propriedade utilizada na indústria óptica na fabricação de óculos de grau. O pentóxido de nióbio (Nb2O5) também é uma cerâmica conveniente para a obtenção de sensores de pH, de lentes óticas e nos filtros especiais para receptores de TV, entre outros. PRODUÇÃO DE AÇO O nióbio é um elemento microliganteeficiente para o aço. A adição deste elemento químico ocasiona a formação de carboneto de nióbio e do nitreto de nióbio dentro da estrutura do aço. Estes compostos melhoram o refinamento do grão, retardam a recristalização e o endurecimento por precipitação do aço. Estes efeitos por sua vez aumentam a resistência, força, conformabilidade e soldabilidade das microligas de aço. As microligações de aços inoxidáveis têm um teor de nióbio inferior a 0,1%. Esta é uma liga importante no aço de alta resistência e baixa liga que é muito utilizada na indústria automobilística devido a sua grande resistência. Estas ligas de nióbio têm elevada resistência, e quando conveniente, são empregadas para a fabricação de oleodutos. Figura 20: Metal Nióbio: Mais leve e Mais resistente Fonte: Spectareveritas,2016. 21 Nióbio Figura 21: Indústria Automotiva Fonte: Cefetes,2016. ÍMÃS SUPERCONDUTORES Os compostos de nióbio-germânio (Nb3Ge), nióbio-escândio e as ligas de nióbio-titânio são utilizados como tipos de semicondutores II como fios de ímãs supercondutores. Estes ímãs supercondutores são utilizados nos instrumentos das máquinas de imagens por ressonância magnética e nas máquinas de ressonância magnética nuclear, como também nos aceleradores de partículas. Por exemplo, o Grande Colisor de Hádrons utiliza 600 toneladas de cordões supercondutores de Nb3Sn e cerca de 250 toneladas de cordões supercondutores de NbTi. Também os semicondutores com nióbio em estado nativo são utilizados nas cavidades dos aparelhos de radiofrequência nos lasers de elétrons livres nas pesquisas do FLASH (Free Electron Laser in Hamburg) e da European XFEL. Pela alta sensibilidade do semicondutor na escala de frequência THz, o nitrito de nióbio é utilizado na produção de microbolomêtros, sendo um detector ideal de radiação eletromagnética. Eles foram testados no Telescópio Submilimétrico Heinrich Hertz, no telescópio do Pólo Sul, no Receiver Lab Telescope, na APEX (Atacama Pathfinder Experiment) e atualmente está sendo testado nos instrumentos de HIFI nas placas do Observatório Espacial Herschel. Figura 19: Exames de Imagem Fonte: Denzellima,2016. 22 Nióbio LIGAS METÁLICAS COM BASE DE NIÓBIO A liga C-103 foi desenvolvida no início dos anos de 1960 pela Wah Chang Corporation e a Boeing. A DuPont, Union Carbide, General Electric e outras companhias deste setor industrial. A sensibilidade do nióbio em contato com o oxigênio requisitava dos fabricantes a construção de um sistema a vácuo ou de atmosfera inerte, o que aumentava significativamente os custos e tornavam a produção mais complicada. Os processos de fabricação solda por difusão a vácuo e a fusão por feixe de elétrons, que eram as inovações na época, permitiram a aplicação de metais reativos como o nióbio. O projeto que produziu o C-103 começou em 1959 com 256 ligas metálicas de Nb experimentais da "Série-C" (possivelmente c de colúmbio) que podiam ser fundidas em formato de gemas e dentro de bobinas de chapas metálicas. Wah Chang tinha o inventário do Hf, refinado em grau nuclear das ligas de zircônio, que foi disponibilizado para o comércio. A composição do centésimo e terceiro das ligas da Série-C, o Nb-10Hf-1Ti, tinha a melhor formabilidade e resistência sob altas temperaturas. Wah Chang fabricou o primeiro 500-lb quente da série C-103 em 1961, em lingotes para chapas, utilizando os processos de fabricação EBM e VAR. As aplicações destinam-se incluem na produção de componentes das turbinas a gás e nos metais líquidos dos permutadores de calor. Figura 23: Ressonância Magnética Fonte: Raizdavida,2016. Figura 20: Indústria Aeronáutica Fonte: Umasno, 2016. 23 Nióbio NUMISMÁTICA O nióbio é utilizado como um metal precioso nas moedas comemorativas, apenas com prata ou ouro. Por exemplo, a Áustria produziu uma série de moedas de euro de prata e nióbio a partir de 2003, a sua coloração é dada pelo fenômeno de difração da luz, graças a uma fina camada de óxido produzido via anodização. Em 2012, dez moedas estão disponíveis apresentando uma variedade de cores no centro da moeda, sendo elas: azul, verde, marrom, violeta, roxo ou amarelo. Além destes, dois exemplos são das moedas austríacas: a de €25 de ouro e prata em comemoração aos 150 anos de inauguração da Via Férrea de Semmering, e em 2006 as moedas de €25 em comemoração à inauguração do Galileo. A casa da moeda da Áustria produziu para a Letônia uma série de moedas similares a partir de 2004, ] seguindo até 2007. Em 2011, a casa da moeda canadense régia começou a produção de $5 das moedas de prata e nióbio batizado de Hunter's Moon. SUPERLIGAS Quantidades consideráveis do nióbio, seja ela em forma alotrópica ou na produção de ferro-nióbio e níquel-nióbio, são utilizadas em superligas de ferro, níquel e cobalto para a produção de componentes de motores a reação, nas turbinas a gás, subligações de foguetes, turbocompressores, resistências a calor e equipamentos de combustão. O nióbio precipita uma fase de γ'' na granulação da superliga. As ligas contêm cerca de 6,5% de nióbio. Um exemplo de liga que contém nióbio é a liga niquelada do Inconel 718, que consiste de cerca de 50% de níquel, 18,6% de cromo, 18,5% ferro, 5% de nióbio, 3,1% molibdênio, 0,9% de titânio, e 0,4% de alumínio. Estas superligas são utilizadas, por exemplo nos sistemas de purificação de ar utilizados no programa Gemini. Uma liga utilizada para os bocais de propulsão dos foguetes de combustível líquido, em especial nos motores do Módulo Lunar Apollo, é a liga de nióbio C-103 que é composta de 89% de nióbio, 10% de háfnio e 1% de titânio. Outra liga de nióbio foi utilizada nos bocais do Módulo de Comando e Serviço Apollo. Como o nióbio é oxidado sob temperaturas de 400 °C, um revestimento de proteção é necessário para evitar a possibilidade de tornar a liga quebradiça. Figura 21: Ligas de Alta resistência Fonte: Oficinadanet, 2016. 24 Nióbio 8. Descarte no Brasil A CBMM que processa e produz a liga ferro-nióbio teve melhorias tecnológicas objetivando benefícios a respeito da proteção ao meio ambiente. Com um projeto auxiliar está sendo possível processar mais toneladas por mês pelo processo alumoinotérmico convencional e com proteção ao meio ambiente. Na unidade de concentração da empresa, ocorre a separação do pirocloro dos outros minerais que estão contidos no minério, através de processos de moagem, separação magnética, deslamagem e flotação, resultando no concentrado de pirocloro. O restante, como minerais de ferro e argilas, é depositado em barragens de rejeitos, após decantação natural, sendo bombeada para um tanque, localizada em área elevada e retornando, por gravidade, as unidades industriais. Figura 22: Extração do Nióbio em Araxá – MG Fonte: Folha,2016. Tabela 2: Barragens Fonte: FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente. Empreendimento Nome Classe Tipologia Município Bacia Situação de Estabilidade CBMM ÁGUA FRESCA Classe II Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor CBMM BARRAGEM D Classe III Indústria Araxá Rio Paranaíba EstabilidadeGarantida pelo Auditor CBMM MINA II - CONTENÇÃO DE SÓLIDOS Classe II Mineração Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor CBMM BARRAGEM 4 Classe III Indústria Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor CBMM BARRAGEM 5 Classe III Indústria Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor CBMM BARRAGEM 6 Classe III Indústria Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor CBMM BARRAGEM 7 Classe III Indústria Araxá Rio Paranaíba Estabilidade Garantida pelo Auditor 25 Nióbio A CBMM possui pessoal para a realização de monitorizações das emissões de chaminés, da qualidade do ar, de águas de recirculação, de efluentes e de resíduos de processo. Após a utilização nos processos industriais de fabricação de produtos de nióbio, a maior parte da água é tratada e reaproveitada através de recirculação. A empresa dispõe de filtros de manga para reduzir e minimizar as emissões atmosféricas, principalmente poeira de chaminés, além de monitorar as fontes estacionárias para garantir que essas emissões estejam permanentemente dentro dos parâmetros legais. Os materiais coletados nos filtros são reutilizados na CBMM como matéria prima, outro exemplo de prevenção da poluição e utilização racional de recursos. A empresa recicla 85% da água utilizada nos processos industriais, sendo que 15% retornam a natureza após passarem pela Estação de Tratamento de Efluentes – ETE. Entre as iniciativas na área ambiental, mencione-se a contribuição ao desenvolvimento sustentável oferecido pelo Projeto Tailings. O projeto desenvolvido pela Anglo American trata os rejeitos gerados pela Copebrás, proveniente do tratamento do fosfato, reduz a emissão dos rejeitos derivados da produção industrial de fertilizantes fosfatados. O processo de pirometalurgia não permite a geração de efluente sólido ou líquido, mas reduz a praticamente zero o risco de poluição, pois o concentrado de pirocloro é fundido em forno termoelétrico, utilizando o carvão vegetal como combustível. Segundo dados referentes à 2007 da Anglo American Brasil, a operação da mineração e metalurgia efetuada pela empresa Mineração Catalão, consome 1000 GJ e 5.694 mil m3 de água para suas atividades primárias. 9. Conclusão O Brasil é o país que possui a maior concentração de minério de nióbio do mundo, focado a maior parte em Minas Gerais. Dessa forma acaba que o valor desse metal tão importante é baixo, mas ainda assim toma uma parte do mercado mundial. O metal nióbio puro não é muito procurado, mas junto com o oxigênio formando óxido de nióbio se torna matéria prima necessária para vários tipos de ligas especiais. Ele é muito importante pelas suas características, uma delas é de ser muito resistente ao calor. Um ponto muito importante é o descarte do resto desse material no meio ambiente, onde é causado um grande impacto na fauna e flora do local, a população que mora perto de barragens deve sempre ficar alertas com rompimentos ou de uma contaminação extrema da água. Em Araxá os projetos são muito bons de reaproveitamento e de descarte. As mineradoras devem sempre estar renovando para um melhor aproveitamento desses materiais retirados dos minérios de nióbio. 26 Nióbio 10 - Bibliografia CBMM, História do Nióbio. Disponível em: http://www.cbmm.com.br/br/p/66/historia-do-niobio.aspx. Acesso em 23 de junho de 2016. TIC, Early History. Disponível em: <http://www.tanb.org/about- niobium/niobium-history>. Acesso em 23 de junho de 2016. 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