Buscar

Arresto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Prof. Thyago Barreto Braga
ARRESTO
1. Classificação 
a) Medida cautelar típica, posto que expressamente prevista no CPC, precisamente nos art. 813 a 821 do código processual.
b) Quanto ao momento de requerimento, o arresto pode ser: preparatório ou incidental. 
Observação: O arresto incidental pode ser requerido através de simples petição nos autos do processo principal já existente ou através de ação cautelar própria. 
2. Finalidade
a) Apreensão judicial (constrição judicial) de bens indeterminados, porém penhoráveis. 
b) Resguardar a efetividade de um processo de execução por quantia certa.
c) Garantir o pagamento de dívida em dinheiro ou que possa se converter em dinheiro.
3. Definição
Considerando a classificação e finalidade do arresto cautelar, acima apresentados, pode-se construir a sua definição:
“O arresto é uma medida cautelar típica, cuja finalidade é a constrição judicial de bens indeterminados e penhoráveis do devedor para fins de garantir a efetividade de um processo de execução por quantia certa.”
4. Efeitos do arresto
a) Indisponibilidade dos bens constritos, os quais ser tornam inalienáveis.
b) Direito de preferência do arresto quando registrado, no cartório imobiliário, antes de outras penhoras ou restrições.
Ambos os efeitos são noticiados pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: 
“PROCESSO CIVIL. DIREITO DE PREFERÊNCIA. CONCURSO DE CREDORES. ARRESTO. REGISTRO ANTERIOR À PENHORA SOBRE IMÓVEL. PREVALÊNCIA DA DATA DO ARRESTO. RECURSO NÃO PROVIDO.
1- Independente da natureza assumida, seja o arresto cautelar ou incidental (CPC, art. 813 e ss.), seja o arresto executivo, igualmente denominado "pré-penhora" (CPC, art. 653), aplicam-se, sem distinção, as disposições relativas à penhora, a teor do que prevê o art. 821 do CPC.
2- Tal qual a penhora, o arresto tem por efeito tornar inalienável o bem constrito, não suscitando dúvida sobre o interesse do credor diligente que, pelo fruto da alienação judicial do imóvel, pretende ver seu crédito assegurado.
3- Inexistindo título legal à preferência, a anterioridade do arresto há de conferir ao credor previdente, que primeiramente levou a efeito o ato de constrição do bem, primazia sobre a penhora posteriormente efetuada. Precedentes do STJ.
4- No caso, além de a medida cautelar de arresto anteceder a penhora do imóvel, a recorrida promoveu-lhe o respectivo registro em data igualmente anterior à penhora, o que mantêm hígido o efeito erga omnes da medida.
5- Agravo regimental a que se nega provimento.” (grifo nosso) 
(AgRg no REsp 902.536/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 11/04/2012) 
“PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO - CONCURSO DE CREDORES - DIREITO DE PREFERÊNCIA - ARRESTO (ART. 653 DO CPC) - REGISTRO - POSTERIOR PENHORA SOBRE O IMÓVEL - PREVALÊNCIA DA DATA DO ARRESTO - RECURSO PROVIDO.
1. O arresto, tendo a mesma natureza executiva da penhora, assegura ao credor que o efetiva, providenciando o devido registro, direito de preferência em relação a credor que posteriormente penhora o mesmo imóvel. O arresto, como a penhora, implica inalienabilidade do bem, presumindo-se, ademais, através do respectivo registro, seu absoluto conhecimento por terceiros, de molde a tornar indiscutível o interesse do credor, que prontamente dilingenciou quanto ao arresto, na conseqüente excussão do bem para garantia de seu crédito.
2. Interpretando-se sistematicamente a legislação processual civil, irretorquível a equiparação do arresto incidental ou executivo (art. 653 do CPC) à penhora, para fins de preferência na percepção creditícia em concurso de credores, haja vista a natureza constritiva do ato, inclusive designado de "pré-penhora", vez que meramente antecipatório da penhora em hipóteses nas quais não localizado o devedor; ou seja, trata-se de atos processuais de idêntico fim, decorrendo mesmo automaticamente a conversão do arresto em penhora em não se verificando o pagamento pelo executado, nos termos do art. 654 do CPC. Precedente.
3. Recurso Especial conhecido e provido.” (grifo nosso) 
(REsp 759.700/SP, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, Rel. p/ Acórdão Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 18/08/2005, DJ 24/04/2006, p. 407)
5. Dos bens que podem ser objeto de arresto
a) móveis, semoventes e imóveis;
b) bens penhoráveis (estes bens não podem estar contemplados no rol do art. 649 do CPC, tampouco podem se qualificar bem de família ex vi da Lei nº 8.009/90). O arresto sempre se converterá em penhora (pois, no momento adequado, os bens serão levados a hasta pública para fins de alienação judicial), razão por que apenas bens penhoráveis podem ser objeto de arresto;
c) bens até o limite do valor atualizado da dívida, podendo haver o acréscimo a título de custas processuais adiantadas pelo exequente e honorários advocatícios já fixados na execução.
6. Do arresto dos bens móveis
Ao arrestar bens móveis, o oficial de justiça deve lavrar o Auto de Arresto, ocasião em que especificará os bens constritos, bem como individualizará o estado de conservação destes bens. Ato contínuo, o oficial deverá lavrar o Auto de Depósito, momento em que o depositário nomeado pelo juiz e que aceitou o encargo de zelar pelos bens apreendidos, receberá os bens arrestados. 
Observação: Ao encampar a tese de supralegalidade, o STF decidiu que a legislação infraconstitucional que amparava a prisão do depositário infiel perdeu sua eficácia, isto em decorrência da recepção da Convenção Americana de Direitos Humanos pelo ordenamento jurídico pátrio. Nesse norte, não é mais adequado, atualmente, permitir que o próprio devedor seja o depositário dos bens apreendidos, pois não se pode decretar sua prisão para fins de obrigá-lo a entregar os bens que estavam sob sua guarda.
Nesse sentido, corrobora Rinaldo Mouzalas de Souza e Silva, afirmando que os bens podem, inclusive, ficar sob depósito do próprio credor:
“Um ponto que merece reflexão diz respeito ao depósito dos bens arrestados, considerando-se a impossibilidade de prisão civil do depositário infiel, face ao reconhecimento do caráter supralegal dos tratados e convenções internacionais. Isto fará com que o depósito de bens móveis, em maior frequência fique a cargo do credor para não frustrar futura execução, fazendo com que o processamento da demanda de conteúdo monetário acabe sendo mais onerosa ao devedor.” (grifo nosso)
(Processo Civil – Volume Único, Salvador: Editora JusPodium, 4ª edição, revista, ampliada e atualizada, 2011, p. 986)
7. Do arresto dos bens imóveis
Ao deferir o arresto de bem imóvel, o juiz oficiará ao Cartório Extrajudicial de Imóveis para determinar que o tabelião responsável registre a existência do arresto na matrícula do bem. Por conseguinte, não poderá haver translação de domínio do imóvel para terceiros, pois, com a averbação do arresto, o bem se torna indisponível.
8. Perguntas pertinentes ao arresto de bens imóveis (este tópico, itens “a”, “b”, “c”, é apenas para fins de informação complementar, não sendo exigível para fins de avaliação). 
a) E se o bem for alienado pelo devedor antes da propositura da ação judicial principal ou da ação cautelar de arresto?
Nesse caso, restará caracterizada a fraude contra credores, tornando-se possível a propositura de ação pauliana no prazo decadencial de 04 (quatro) anos ex vi do art. 178, inciso II, do Código Civil. Esta demanda pode ser proposta com fulcro no art. 158 do CC� (para anular negócios gratuitos) ou com fulcro no art. 159 do CC� (para anular negócios onerosos). 
A ação pauliana, que visa à desconstituição do negócio jurídico havido com fraude contra credores, acarreta a anulação do ato fraudulento, fazendo com que o bem retorne ao patrimônio do devedor.
Caso a ação paulina seja proposta com fulcro o art. 158 do CC, deve-se respeitar os requisitos: 
eventus damni– comprovação de prejuízo ao credor;
transmissão gratuita de bens que tenha conduzido o devedor à insolvência. Nesse caso, tratando-se de ato a título gratuito, este poderá ser impugnado sem necessidade do requisito de má-fé do devedor, bastando que se prove a sua insolvabilidade do devedor, sendo indiferente que se prove que o devedor ou o terceiro beneficiário da gratuidade tenham ou devessem ter conhecimento do desfalque causado ao patrimônio assecuratório do pagamento da dívida;
existência de crédito – ainda que ainda não vencido – ao tempo da realização do ato de alienação do bem
Caso a ação pauliana seja proposta com fulcro o art. 159 do CC, além dos requisitos acima, ainda se faz necessário provar o consilium fraudis. Com efeito, nos contratos onerosos, a ação pauliana deverá demonstrar que a parte adversa possuía ciência da fraude. Destarte, somente se configura a fraude se a insolvência do devedor for notória ou se houve motivo para que tal insolvência fosse conhecida pelo adquirente do bem. 
Observação: Tratando-se de ação pauliana, haverá litisconsórcio passivo necessário e unitário, pois o devedor vendedor e o comprador deverão integrar o polo passivo da demanda, sob pena de nulidade da sentença. 
Com a procedência da demanda, a sentença anula a transmissão de domínio e o bem volta ao patrimônio do antigo devedor, podendo, assim, garantir o pagamento da dívida existente.
b) E se o bem for alienado pelo devedor no decorrer de uma ação judicial proposta com a finalidade de satisfazer o crédito existente?
Nesse caso, restará caracterizada a fraude à execução. Para a sua configuração, há necessidade de existência, à época da alienação, de lide pendente (processo judicial) fundada em ação real ou capaz de conduzir o devedor à insolvência, sendo que essa ação pode ser de conhecimento ou de execução, bastando que o devedor tenha a ciência inequívoca da ação proposta através de sua citação.
No julgamento da fraude à execução, o negócio jurídico não será anulado, mas apenas declarado ineficaz perante o credor, isto sem necessidade de propositura de ação autônoma. Com efeito, basta ao credor noticiar, no procedimento de execução, através de simples petição, que houve fraude, comprovando-a, para que o juiz declare a ineficácia do ato fraudulento. O bem que já se encontra no patrimônio do terceiro comprador será levado a hasta pública e, após satisfazer a dívida, o restante voltará ao seu patrimônio.
Diferentemente da ação pauliana, cujo ônus de prova é do autor da demanda, na fraude à execução, o alienante e/ou o terceiro comprador (através de embargos de terceiro) é que devem provar que a alienação do bem não foi o que causou a insolvência do devedor. 
c) Quais institutos podem substituir o arresto?
Existem dois institutos que, previstos no CPC, podem gerar os mesmos efeitos de constrição (indisponibilidade) dos bens do devedor. São eles:
Averbação Premonitória, prevista no art. 615-A:
“O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.”
Hipoteca Judiciária, prevista no art. 466:
“A sentença que condenar o réu no pagamento de uma prestação, consistente em dinheiro ou em coisa, valerá como título constitutivo de hipoteca judiciária, cuja inscrição será ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de Registros Públicos.”
Considerando referidos institutos, expõe Rinaldo Mouzalas: 
“Todo e qualquer bem penhorável pode ser objeto de arresto.
Entretanto não tem muito sentido, hoje, falar-se em arresto de bens imóveis, porque podem ser alvo de averbação premonitória ou hipoteca judicial. Com relação aos veículos automotores, tem algum sentidos, porque o arresto pode significar a transferência da posse direta (face à necessidade de depósito), o que não se alcança através da averbação premonitória ou hipoteca judicial” (grifo nosso)
(Processo Civil – Volume Único, Salvador: Editora JusPodium, 4ª edição, revista, ampliada e atualizada, 2011, p. 985/986)
Em que pese à observação do citado autor, fato é que o arresto de bens imóveis é comumente utilizado pelos credores, que pouco têm se valido dos institutos acima mencionados. 
9. Dos requisitos legais da medida cautelar de arresto
a) fumaça do bom direito (prova literal da dívida líquida e certa). Art. 814 do CPC.
Prova escrita hábil a demonstrar a existência de débito certo e em valor líquido.
Exemplos:
Cheques ou outros títulos de crédito que delimitem um débito em valor exato;
Carteira assinada de trabalhador assalariado acompanhado de prova documental dos dias trabalhados;
Sentença, líquida ou ilíquida, ainda que sujeita a recurso (art. 814, parágrafo único, do CPC).
Observação: Tratando-se de demandas indenizatórias, o STJ já firmou não ser possível o arresto, pois, nesse caso, inexiste prova literal de dívida líquida e certa, afinal, o dever de indenizar ainda não é certo, ao tempo em que o valor ainda será fixado por sentença. Nessa hipótese, o STJ firmou a necessidade de utilização de medida cautelar inominada:
“É admissível o ajuizamento de ação cautelar inominada, com os mesmos efeitos do arresto, em face do poder geral de cautela estabelecido no art. 798 do CPC, para fins de assegurar a eficácia de futura decisão em ação de indenização proposta pelo autor, caso lhe seja favorável. Na hipótese, existe óbice à concessão desse procedimento específico - arresto - em razão da dívida não ser considerada líquida e certa (art. 814 do CPC), pois ainda em trâmite a outra demanda proposta contra o requerido.” (grifo nosso)
(REsp 753788/AL, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 04/10/2005, DJ 14/11/2005, p. 400)
Em que pese a decisão do STJ acima mencionada, fato é que se trata de entendimento extremamente formalista, uma vez que uma medida cautelar inominada para indisponibilidade de bens em nada difere do arresto, havendo, em verdade, simples diferença nominal, sendo que ambas as medidas gerarão os mesmos efeitos: constrição patrimonial.
b) perigo na demora (existência de risco de dano decorrente de condutas do devedor que demonstram sua intenção de não pagar a dívida). Art. 813 do CPC.
De logo, impõe-se frisar que o rol do art. 813 é exemplificativo, consoante firmado pelo Superior Tribunal de Justiça: 
“As hipóteses enumeradas no art. 813, do CPC, são meramente exemplificativas, de forma que é possível ao juiz deferir cautelar de arresto fora dos casos enumerados.”
(REsp 709.479/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/12/2005, DJ 01/02/2006, p. 548)
Destarte, o que importa para provar o perigo na demora é demonstrar que o devedor está adotando condutas de risco que denotem sua intenção de não pagar a dívida existente. 
10. Do pedido liminar de arresto 
Presentes os requisitos legais, o juiz pode deferir a medida cautelar de forma liminar, podendo, se entender necessário, determinar a realização de audiência de justificação.
Observação: “A justificação prévia, quando ao juiz parecer indispensável, far-se-á em segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas.” (art. 815 do CPC). Ou seja, não haverá a participação do réu na audiência de justificação, sob pena de que este adote medidas tendentes a impedir a concretização do arresto. 
De acordo com o art. 816 do CPC, O juiz concederá o arresto independentemente de caução prévia, quando: 
I – for requerido pela União, Estado ou Município;
II – se o credor prestar caução.
Observação: o art. 816, inciso I, do CPC pode sofrer interpretação extensiva para fazer incluir o Distrito Federal, afinal o legislador falou menos do que era necessário. Com efeito, tratando-se de norma que favorece as pessoas jurídicas de direito público interno, oDistrito Federal também deve ser incluído nesse rol.
11. Diferença do Arresto Cautelar em face do Arresto Executivo.
O arresto executivo é um incidente que ocorre dentro do processo de execução, nos termos do art. 653 e 654 do CPC.
No arresto executivo, ocorrem os seguintes atos em cadeia:
a) propositura de demanda de execução;
b) o juiz determina a citação do executado;
c) o oficial de justiça não encontra o devedor, mas encontra bens penhoráveis, razão por que promove o arresto destes;
d) nos 10 dias subsequentes, o oficial de justiça tentará localizar o devedor durante 03 vezes para fins de citação. A citação poderá ser pessoal, por hora certa ou por edital;
e) realizada a citação, deflagra-se o prazo para oferta de embargos à execução (15 dias – art. 738 do CPC), bem como o prazo de 03 (três) dias para pagamento da dívida (art. 652 do CPC);
f) se o executado, citado, não pagar a dívida em 03 dias, o arresto se converterá em penhora. 
Pergunta: Quais são as semelhanças e diferenças entre o arresto cautelar e o arresto executivo?
(I) Semelhanças:
Ambos os arrestos se revelam ato de contrição judicial para fins de proteger a efetividade do processo de execução;
Ambos os arrestos se converterão, no momento oportuno, em penhora, ato de segurança do juízo indispensável para levar o bem à hasta pública (leilão ou praça pública).
(II) Diferenças:
No arresto cautelar, faz-se necessário a satisfação do requisito do periculum in mora. Este requisito, todavia, não é necessário para o arresto cautelar, pois, nesse caso, basta que sejam encontrados bens penhoráveis por ocasião da tentativa de citação do executado;
O arresto cautelar pode ser preparatório ou incidental; já o arresto executivo sempre será incidental, pois somente ocorrerá no bojo de uma execução já existente.
12. Conversão
Em regra, o arresto se transforma em penhora (art. 818 do CPC). Entretanto, esta conversão não é automática, pois deve aguardar o pedido de execução. 
O pedido de execução deve ser formulado no prazo de 30 dias a partir: 
a) do trânsito em julgado da demanda principal (se houver processo de conhecimento em tramitação) ou; 
b) da efetivação da medida cautelar (caso não haja processo de conhecimento em tramitação), 
Caso este prazo não seja respeitado, não haverá a conversão do arresto em penhora. Por conseguinte, a eficácia do arresto cessará, cessando também a indisponibilidade dos bens arrestados.
13. Suspensão do Arresto (art. 819 do CPC)
a) quando o devedor depositar em juízo o valor da dívida + custas + honorários advocatícios;
b) quando devedor der caução real ou fidejussória (fiador) no valor da dívida + custas + honorários.
14. Cessação do Arresto (art. 820 do CPC)
a) pagamento (forma habitual de extinção de dívidas);
b) novação (pactuação de nova obrigação como forma de extinguir a obrigação antiga);
c) transação (acordo realizado por ambas as partes com a finalidade de extinguir a dívida).
Pergunta: Qual a diferença entre a suspensão e a cessação do arresto?
Ambas possibilitam o levantamento da constrição judicial existente sobre os bens do devedor, que poderá dispor dos mesmos. Ocorre que, na suspensão, a dívida ainda está sendo discutida judicialmente, razão por que novo arresto poderá ser possível, como, por exemplo, nas hipóteses em que o depósito ou a caução ofertada se tornarem insuficientes para garantir o pagamento da dívida (ou até mesmo no caso de falecimento do fiador). Por outro lado, nas hipóteses de cessação previstas no art. 820 do CPC, a própria dívida é extinta pelo pagamento, novação ou transação, razão por que o arresto cessa em definitivo.
Pergunta: O rol das hipóteses de cessação, previsto no art. 820 do CPC, é exaustivo? 
Não, pois existes outras hipóteses que também geram a cessação da eficácia da medida liminar: declaração de prescrição ou decadência do direito, improcedência, renúncia ao direito, extinção do processo sem resolução de mérito, revogação da medida cautelar, além das hipóteses previstas no art. 808 do CPC.
�	 Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
�	 Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

Outros materiais