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SINOPSE do CASE DE FILOSOFIA

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SINOPSE DO CASE: COMPREENDER O PAPEL DO ESTADO HODIERNO¹
Hellen Flávia Luz Castro²
Prof. Thales da Costa Lopes³
1 DESCRIÇÃO DO CASO
	O drama e o sofrimento no mundo causado pela reação de seus governantes em relação aos ataques terroristas sofrido em seus territórios. Apontando dessa forma, um desequilíbrio por não estarem sabendo lhe dá com a problemática uma vez que utilizam dos mesmos elementos que configuram o terrorismo bem como a violência física ou psicológica, de modo a incutir medo, pânico e a morte como nos casos de “1 de Maio de 2011” onde Barack Obama, presidente dos Estados Unidos anuncia em rede nacional a operação que matou Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda e terrorista responsável pela morte de milhares de homens, mulheres e crianças. E o de “16 de Maio de 2015”, onde após sofrer um atentando que resultou em 129 mortes e inúmeros feridos, François Hollande declara: “A França está em guerra”! E ainda prometeu continuar com os ataques contra o Estado Islâmico na Síria. 
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Descrição das Decisões Possíveis
2.1.1 A Soberania deve ser relativizada no caso da defesa de Direitos Humanos
2.1.2 A Soberania não deve ser relativizada no caso da defesa de Direitos Humanos
2.2 Argumentos Capazes de Fundamentar cada Decisão
2.2.1 Roberto Carlos detém da razão para não aceitar a publicação da biografia
	O artista Roberto Carlos está correto em procurar respaldos judiciais para que a biografia não autorizada que detinha elementos de sua vida privada saísse de circulação no meio midiático. Os ditames da norma preconizam que conteúdo da categoria biográfica devem ser validados pelo personagem abordado na obra, caso contrário, não são legalmente favorecidas. Além disso, o ambiente íntimodo cantor foi abordado sem as devidas restrições que seriam eventualmente estabelecidas e com índices de equívocos que comprometeriam a trajetória do grande ícone da arte do país.
	O escritor Paulo Cesar fundamenta a construção do livro ao fato de deter de grande admiração por Roberto, comprovado pelo acompanhamento dos acontecimentos que o permeavam ao longo dos anos assim como o afinco na investigação e reflexão das influências de sua vida nas inspirações melódicas destacadas em suas canções. 
[1: Case apresentada à disciplina Filosofia do Direito II da instituição Unidade de Ensino Superior Dom Bosco² Aluna do 3º período do curso de Direito da UNDB³ Professor Mestre, orientador]
O processo cultural que permeia o meio nacional possui características peculiares, dentre outros, a dificuldade de distinguir os componentes privado e público. O dilema pautado pelo autorda biografia e o protagonista da produção se vale desse aspecto intrínseco da sociedade brasileira.
	Segundo Sérgio Buarque de Holanda, no processo histórico de formação social o fato do ser humano se desenvolver pautado em parâmetros ditados pela esfera parental se constituía como prejudicial pois a consciência individual tinha influência notória de seus familiares e as possibilidades visionais eram limitadas. O costume de englobar ações objetivas aos interesses internos acabou sendo visto constantemente nas relações pessoais e isso remonta a chamada cordialidade, ou seja, atribuir ao externo a familiaridade, a proximidade ao que é estranho. 
	Ao argumentar que era um estudioso da imagem de Roberto Carlos, Paulo Cesar se vale da cordialidade, peloanseio de estabelecer um vínculo de intimidade com um indivíduo que não está inserido em âmbitos sociais comuns ao seu, por meio da biografia. Logo, a entrada do escritor na vida do músico é abusiva e, apesar de se enquadrar dentro de um conceito ditado pelo costume popular, não pode ser respaldado pois o ente citado no livro considerou ofensiva a diferenciação do domínio público, do qual o artista se consolidou e que tenciona a exposição maciça dos itens permitidos, do domínio privado, que pertence unitariamente a ele. 
	2.2.2 Paulo Cesar de Araújo detém da razão para reivindicar a publicação da biografia
	Paulo Cesar de Araújo está correto, pois ao escrever uma biografia do seu ícone da música popular brasileira, desejava memorizar a carreira de Roberto Carlos vinculados aos aspectos relevantes de sua vida que influenciaram suas atitudes artísticas. Ele se valeu de anos de pesquisa e dedicação para colecionar cuidadosamente elementos relevantes do artista e contribuir decisivamente na cultura, ao abordar um personagem de grande relevância no meio musical.
	A atitude do cantor que outrora era digno de sua admiração plena, introduz a discussão jurídica no patamar das hierarquias sociais. Apesar dos apelos de Paulo em prol da integridade e veiculação do livro, com o uso de argumentos consistentes e a garantia que a integridade moral de Roberto permaneceria intacta, o rei não alterou sua decisão. Adentrando na alteridade, ao levar em consideração somente o “eu”, com o próprio entendimento do caso, ele não se propôs em momento algum a fazer a análise partindo da avaliação do “outro” e assim refletir se sua síntese teórica era de fato a mais justa.
	Dessa forma, a posição social do cantor se refletiu através de sua postura intransigente, concernindo no “autoritarismo à brasileira”. Na fala de Roberto da Matta, na era desenvolvimentista houve a introdução de conceitos voltados à igualdade, assim, os detentores das camadas privilegiadas da escala social tendem a se valer predominantemente da ideia do autoritarismo, que os permite abrandar os indivíduos considerados inferiores e exercer efetivamente suas vontades. Essa diferenciação é classificada no contexto ideológico, sendo fortemente empregada na coletividade pela moral vigente e tem difícil dissolução. 
	Além disso, a ação intolerante de Roberto Carlos de exigir a retirada completa dos livros biográficos da mídia nacional se constituiu como uma violação a um direito primordial do ser humano, a liberdade de expressão. Contudo, de acordo com os ditames da hierarquização social, a influência do nome do cantor foi essencial para um vínculo à sua causa e o esquecimento das reivindicações da outra parte envolvida, aquela com menor relevância na esfera pública.
2.3 Descrição dos Critérios e Valores Contidos em cada Decisão Possível
	2.3.1 Roberto Carlos detém da razão para não aceitar a publicação da biografia
	A biografia não autorizada não se valeu dos parâmetros legais da normalidade brasileira. A construção de uma obra de cunho subjetivo que não é revisada pelo ente mencionado pode destacar aspectos não verídicos. A ocorrência da cordialidade, pela dificuldade de firmar a separação entre os âmbitos privado e público. Realização de um livro com o propósito de firmar um vínculo de intimidade com o cantor, e consequentemente não respeitando o domínio de algo que pertence unitariamente a Roberto Carlos, sua vida.
	2.3.2 Paulo Cesar de Araújo detém da razão para reivindicar a publicação da biografia
	O veto a uma obra que rendeu anos de dedicação e estudo intensivo se constituiu como violação a uma clausula característica dos direitos humanos, a liberdade de expressão. Ao analisar exclusivamente o seu ponto de vista, o cantor não refletiu sobre o ver de Paulo Cesar, ou seja, não utilizou a alteridade para se posicionar da forma mais justa.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Paulo Cesar de. O réu e o rei: Minha história com Roberto Carlos, em detalhes. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MATTA, Roberto da. Carnavais, Malandros e Heróis. Rio de Janeiro. Zahar Editores.

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