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Resenha filme "A morte Inventada"

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC
CURSO DE PSICOLOGIA
SAMUEL FILIPE SCHMIDT
ANÁLISE FILME “A MORTE INVENTADA”
CONCÓRDIA
2015
SAMUEL FILIPE SCHMIDT
ANÁLISE FILME “A MORTE INVENTADA”
Trabalho realizado com base ao documentário: A Morte Inventada, posteriormente sintetizado e associado ao conteúdo abordado em sala, com ênfase voltado a Alienação Parental. Objetivando nota para a M1, envolvendo o curso de Psicologia ministrado pela Universidade do Contestado – UnC, sob orientação da Professora Amanda Bicca. 
CONCÓRDIA
2015
A MORTE INVENTADA
O documentário traz depoimentos de pais, filhos, advogados, psicólogos, desembargadores sobre a alienação parental. A alienação parental é um fenômeno cada vez mais reconhecido entre profissionais dos meios jurídicos e psicossociais. O termo foi utilizado pela primeira vez por Gardner (1985), referindo-se à situação em que um genitor faz alterar a percepção que a criança tem sobre o outro genitor, objetivando afastá-los. Isso acontece em geral após a separação conjugal e como forma de vingança do ex-companheiro, seja por ter sido abandonado, traído ou se frustrado em relação à vida conjugal.
Segundo a lei nº 12.318/2010 (Lei da Síndrome da Alienação Parental), é considerado alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores. Havendo indício do ato, o processo terá tramitação prioritária, preservando a integridade psicológica da criança, assegurando a convivência dela com o genitor. No documentário, fica claro que os efeitos e as consequências da alienação parietal podem ser nefastos aos alienados, visto que é considerada uma forma de abuso psicológico e emocional. 
Podemos ver no filme o relato de alguns jovens que sofreram essa síndrome. Após a ruptura da vida conjugal de seus pais, suas vidas também mudaram isso porque após o término do matrimônio, seus pais não conseguiram organizar bem suas vidas, passando a ter um sentimento de rejeição, ódio e desejo de vingança com o ex-parceiro. O grande problema é que eles utilizam seus filhos como instrumento de vingança, induzindo-o a ir contra o pai ou a mãe, geralmente o que não tem a custódia da criança. A criança toma os sentimentos de raiva do indutor pelo outro, criando uma contradição nos seus sentimentos. O filho muitas vezes vê obrigado a afastar-se, destruindo qualquer vínculo que tinha com o genitor alienado. Todo tipo de informação que lhe é passado a respeito do outro há controversas, é omitido muita coisa, e dessa forma o filho já não consegue aceitar como verdadeiro o que lhe é passado. 
	A fala que me chamou muito a atenção foi o relato de uma das jovens no quadro; Karla, Daniela com relação a Sócrates, onde expõe da seguinte forma: "Então num certo momento comecei a fazer uma busca pela verdade, foi quando eu fui atrás de saber o que tinha acontecido mesmo, aquelas histórias todas que ela me contava, o quê que tinha de verdade naquilo? Aí eu descobri que não tinha nada, que era tudo mentira mesmo. Que tudo aquilo que tinha vivido na infância e na adolescência tinha sido uma mentira contada pela minha mãe".
Mediante a tal relato faço link com a fala de Gardner apud Podevyn, onde alienação é um processo que consiste em programar uma criança para que odeie um de seus pais sem que isso seja justificado. Karla e Daniela vitimas de alienação parental por parte materna, passaram a ter obstrução a todo contato com o pai, ouviam ainda, relatos que o outro genitor era uma pessoa violenta, que teria abandonadas e não se importava.
 	Mediante ao fato de duas pessoas não conseguirem manter o convívio de marido-mulher, no momento da separação, em que a guarda do(s) filho(s) é requerida, seja unilateral ou compartilhada, entende-se que efetivamente deve prevalecer o bem-estar dos filhos na convivência familiar, mesmo porque é o que preceitua o artigo 227 da CF/88, à luz do princípio da indisponibilidade: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O filme ainda apresenta dois casos de falsas denúncias de abuso sexual, talvez o sintoma mais crítico da alienação parental. Nesses casos, a justiça tem como procedimento afastar o possível abusador, imediatamente, até a conclusão do inquérito. Como, em geral, a investigação é demorada, o vínculo entre o sujeito acusado e o filho é perdido. Percebe-se que, quanto a esta questão, ainda há muito no que avançar, a fim de preservar a integridade da criança, mas também considerando a hipótese da falsidade da denúncia.
REFERÊNCIAS
GARDNER, Richard. As tendências recentes em matéria de divórcio e custódia de litígio. Academia Forum, 29 (2), 3-7, 1985.
(Gardner apud PODEVYN, 2001, p. 35)
Lei da Síndrome da Alienação Parental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm Acessado em 12/08/2015.
Art. 227 da Constituição Federal de 88. Dísponivel em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644726/artigo-227-da-constituicao-federal-de-1988 Acessado em 12/08/2015.

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