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Aplicação dos Ensaios Não-Destrutivos 
Definição 
 De acordo com a Associação Brasileira de Ensaios Não 
Destrutivos, ABENDE, os Ensaios Não Destrutivos 
(END) são definidos como: 
◦ Técnicas utilizadas no controle da qualidade, de materiais 
ou produtos, sem prejudicar a posterior utilização destes, 
contribuindo para o incremento da qualidade e da 
confiabilidade e a redução de custo. 
 Constituem uma das principais ferramentas do controle 
da qualidade e são utilizados na inspeção de produtos 
soldados, fundidos, forjados, laminados, entre outros. 
Principais END’s 
 Os Ensaios Não Destrutivos mais 
utilizados são: 
◦ Exame Visual; 
◦ Líquido Penetrante; 
◦ Partículas Magnéticas; 
◦ Ultrassom; 
◦ Raios X e gama. 
Inspeção Visual 
Inspeção Visual 
 É o método mais simples, o mais utilizado e, em geral, precede 
qualquer outro tipo de ensaio; 
 É usada na inspeção de superfícies externas para a determinação de 
tamanho, forma, acabamento, ajuste e existência de trincas, poros, 
etc.; 
 Pode ser feita a olho nu ou com o uso de instrumentos como: 
◦ Microscópios; 
◦ Lupas; 
◦ Tuboscópios; 
◦ Espelhos e câmaras de televisão. 
 Além disso, instrumentos como réguas e gabaritos são comumente 
utilizados. 
Inspeção Visual 
Esquema de gabarito para a determinação da 
dimensão em soldas de filete. 
Utilização de robôs para inspeção em áreas 
perigosas (oleodutos, reatores, etc.). 
Inspeção utilizando equipamentos 
especiais. 
Ensaio por Líquido Penetrante 
Generalidades 
 O ensaio por líquidos penetrantes é um método desenvolvido 
especialmente para a detecção de descontinuidades essencialmente 
superficiais, e ainda que estejam abertas na superfície do material. 
 Este método, se iniciou antes da primeira guerra mundial,principalmente 
pela indústria ferroviária na inspeção de eixos, porém tomou impulso 
quando em 1942, nos EUA, foi desenvolvido o método de penetrantes 
fluorescentes. 
◦ Nesta época, o ensaio foi adotado pelas indústrias aeronáutica, que 
trabalhando com ligas não ferrosas, necessitavam um método de 
detecção de defeitos superficiais diferentes do ensaio por partículas 
magnéticas (não aplicável a materiais não magnéticos). 
◦ A partir da segunda guerra mundial, o método foi se desenvolvendo, 
através da pesquisa e o aprimoramento de novos produtos utilizados no 
ensaio, até seu estágio atual. 
Finalidade do Ensaio 
 O ensaio por líquidos penetrantes presta-se a detectar 
descontinuidades superficiais e que sejam abertas na 
superfície, tais como trincas, poros, dobras, etc., 
podendo ser aplicado em todos os materiais sólidos e 
que não sejam porosos ou com superfície muito 
grosseira. 
 É muito usado em materiais não magnéticos como 
alumínio, magnésio, aços inoxidáveis austeníticos, ligas de 
titânio, benésio e zircônio, além dos materiais 
magnéticos. É também aplicado em cerâmica vitrificada, 
vidro e plásticos. 
Princípios Básicos 
 O método consiste em fazer penetrar na 
abertura da descontinuidade um líquido. 
◦ Após a remoção do excesso de líquido da 
superfície, faz-se sair da descontinuidade o 
líquido retido através de um revelador. 
◦ A imagem da descontinuidade fica então 
desenhada sobre a superfície. 
Princípios Básicos 
 Podemos descrever o método em seis 
etapas principais no ensaio , quais sejam: 
◦ Preparação da Superfície – Limpeza Inicial; 
◦ Aplicação do Penetrante; 
◦ Remoção do Excesso de Penetrante; 
◦ Revelação; 
◦ Avaliação e Inspeção; 
◦ Limpeza Pós Ensaio. 
Preparação da Superfície – Limpeza Inicial 
 Antes de se iniciar o ensaio, a superfície deve ser limpa e 
seca. 
◦ Não devem existir água, óleo ou outro contaminante. 
◦ Contaminantes ou excesso de rugosidade, ferrugem, etc., 
tornam o ensaio não confiável. 
A preparação da superfície no 
início do ensaio é fundamental 
para que as demais etapas 
possam ser aplicadas 
corretamente. 
Preparação da superfície – Limpeza. 
Aplicação do Penetrante 
 Consiste na aplicação de um líquido chamado penetrante, 
geralmente de cor vermelha, de tal maneira que forme um 
filme sobre a superfície e que por ação do fenômeno 
chamado capilaridade penetre na descontinuidade. 
◦ Deve ser dado um certo tempo para que a penetração se 
complete. 
Penetração do líquido na 
abertura. 
Remoção do Excesso de Penetrante 
 Consiste na remoção do excesso do penetrante da 
superfície, através de produtos adequados, condizentes 
com o tipo de líquido penetrante aplicado, devendo a 
superfície ficar isenta de qualquer resíduo. 
Remoção do excesso de 
líquido da superfície. 
Revelação 
 Consiste na aplicação de um filme uniforme de revelador sobre a 
superfície. 
◦ O revelador é usualmente um pó fino (talco) branco. Pode ser aplicado 
seco ou em suspensão, em algum líquido. 
◦ O revelador age absorvendo o penetrante das descontinuidades e 
revelando-as. 
◦ Deve ser previsto pelo procedimento técnico de ensaio um certo 
tempo de revelação para sucesso e padronização do ensaio. 
Aplicação do revelador. 
Avaliação e Inspeção 
 Após a aplicação do revelador, as indicações começam a serem observadas, 
através da mancha causada pela absorção do penetrante contido nas 
aberturas, e que serão objetos de avaliação. 
◦ A inspeção deve ser feita sob boas condições de luminosidade, se o 
penetrante é do tipo visível (cor contrastante com o revelador) ou sob 
luz negra, em área escurecida, caso o penetrante seja fluorescente. 
◦ A interpretação dos resultados deve ser baseada em algum Código de 
fabricação da peça ou norma aplicável ou ainda ,na especificação técnica 
do cliente. 
◦ Nesta etapa deve ser preparado um relatório escrito que consta das 
condições de teste, tipo e identificação da peça ensaiada, resultado da 
inspeção e condição de aprovação ou rejeição da peça. 
Avaliação e Inspeção 
Absorção do líquido de dentro 
da abertura pelo revelador. 
Limpeza Pós Ensaio 
 A última etapa, geralmente obrigatória, é a 
limpeza de todos os resíduos de 
produtos, que podem prejudicar uma 
etapa posterior de trabalho da peça 
(soldagem, usinagem, etc.). 
Vantagens 
 Poderíamos dizer que a principal vantagem do método é a sua 
simplicidade. 
 É fácil de fazer de interpretar os resultados. 
 O aprendizado é simples, requer pouco tempo de treinamento do 
inspetor. 
 Como a indicação assemelha-se a uma fotografia do defeito, é 
muito fácil de avaliar os resultados. 
 Em contrapartida o inspetor deve estar ciente dos cuidados básicos 
a serem tomados (limpeza, tempo de penetração, etc.), pois a 
simplicidade pode se tornar uma faca de dois gumes. 
 Não há limitação para o tamanho e forma das peças a ensaiar, nem 
tipo de material; por outro lado, as peças devem ser susceptíveis à 
limpeza e sua superfície não pode ser muito rugosa e nem porosa. 
 O método pode revelar descontinuidades (trincas) extremamente 
finas (da ordem de 0,001 mm de abertura ). 
Limitações 
 Só detecta descontinuidades abertas para a superfície, já que o penetrante 
tem que entrar na descontinuidade para ser posteriormente revelado. 
◦ Por esta razão, a descontinuidade não deve estar preenchida com 
material estranho. 
 A superfície do material não pode ser porosa ou absorvente já que não 
haveria possibilidade de remover totalmente o excesso de penetrante, 
causando mascaramento de resultados. 
 A aplicação do penetrante deve ser feita numa determinada faixa de 
temperatura. 
◦ Superfícies muito frias (abaixo de 16ºC) ou muito quentes (acima de 
52ºC) não são recomendáveis ao ensaio. 
 Algumas aplicaçõesdas peças em inspeção fazem com que a limpeza seja 
efetuada da maneira mais completa possível após o ensaio (caso de 
maquinaria para indústria alimentícia, material a ser soldado 
posteriormente, etc.). 
◦ Este fato pode tornar-se limitativo ao exame, especialmente quando 
esta limpeza for difícil de fazer. 
Aplicação do penetrante com pincel. Remoção do excesso de penetrante. 
Revelação. 
Registro dos resultados. 
Seqüência do ensaio. 
Partículas Magnéticas 
Partículas Magnéticas 
 Este método de END é usado para revelar descontinuidades 
superficiais e sub-superficiais em materiais ferromagnéticos pela 
aplicação de um campo magnético e deposição de um pó capaz de 
ser atraído para as regiões em que este campo magnético escapar 
do interior da peça. 
 Para ocasionar o escape do campo magnético, uma descontinuidade 
deve interromper as linhas de campo magnético. 
◦ Assim, a orientação das trincas em relação ao campo magnético 
é fundamental para a sua detecção: trincas orientadas 
paralelamente ao campo tendem a não produzir indicações 
neste ensaio. 
 Este ensaio só é aplicável para materiais ferromagnéticos como, os 
aços estruturais comuns. 
 
Partículas Magnéticas 
Princípios básicos da inspeção com partículas magnéticas: (a) peça 
com trinca superficial ou sub-superficial, (b) aplicação do campo 
magnético, (c) aplicação das partículas, (d) formação da indicação e 
inspeção com campo magnético e (e) sem o campo. 
Partículas Magnéticas 
 O campo magnético pode ser aplicado pela passagem direta 
de uma corrente elétrica pela peça ou pela imersão desta no 
campo magnético gerado, em geral, por um eletroímã. 
◦ No primeiro caso, as regiões de contato elétrico para a 
passagem da corrente para a peça podem ser super-
aquecidas caso o contato não seja muito bom e isto pode 
danificar a peça. 
 Para ambas as técnicas existem dispositivos portáteis que 
permitem o exame no campo, por exemplo, de regiões de 
estruturas de grandes dimensões. 
(a) Magnetização circular de uma barra pela passagem direta de corrente e (b) magnetização 
longitudinal com bobina. Descontinuidades orientadas favoravelmente para detecção são 
mostradas em vermelho. 
Métodos portáteis de magnetização, (a) por passagem de corrente e (b) por bobina. 
Ensaio por Ultra-som 
Ensaio por Ultra-som 
 Neste tipo de END, um feixe de ultra-som é introduzido no 
material e as informações são obtidas com base na transmissão 
deste feixe através do material e na sua reflexão por interfaces e 
descontinuidades. 
 Os ultra-sons são ondas mecânicas de frequência elevada (acima da 
capacidade da audição humana), usualmente na faixa de 25kHz a 
40MHz. 
 Este ensaio é usado para a inspeção do interior de peças metálicas, 
plásticas e cerâmicas e para a medida de espessura. 
 Para a inspeção de peças metálicas, este ensaio apresenta um 
grande poder de penetração (até cerca de 6m), uma elevada 
sensibilidade e a capacidade de localizar descontinuidades com 
precisão. 
Ensaio por Ultra-som 
 Com a técnica “pulso-eco”, é necessário, para a 
inspeção, o acesso a apenas um lado da peça. 
 Devido às suas características, é um método de ensaio 
muito adequado para a detecção de descontinuidades 
planares (ex. trincas). 
 Por outro lado, a interpretação dos resultados deste 
ensaio é relativamente difícil e a detecção de 
descontinuidades localizadas próximas da superfície 
pode ser problemática. 
 
Ensaio por Ultra-som 
Inspeção ultra-sônica. A técnica pulso-eco trabalha com apenas um 
cabeçote (o superior) enquanto que, na técnica por transmissão, são 
usados dois cabeçotes. 
Ensaio por Ultra-som 
 O ultra-som é gerado em um cabeçote, em geral 
através de um material piezoelétrico, e direcionado para 
a peça. 
 Para garantir uma transmissão eficaz até a peça um 
acoplante, geralmente um óleo ou glicerina, é colocado 
entre o cabeçote e a peça. 
 Alternativamente, o ensaio pode ser realizado com a 
peça e os cabeçotes imersos em água. 
 Duas técnicas básicas de ensaio são utilizadas: “pulso-
eco” e por transmissão. 
Técnica “pulso-eco” 
 Na primeira, a mais utilizada e de funcionamento igual 
ao radar, um pacote discreto de ondas é emitido 
periodicamente pelo cabeçote, o qual atua também 
como receptor das ondas refletidas (ecos) por 
diferentes interfaces e descontinuidades na peça. 
 A intensidade dos ecos e o tempo entre a emissão das 
ondas e o retorno dos ecos são medidos. 
 Com base nestas informações e conhecendo-se a 
velocidade de propagação das ondas no material, pode-
se estimar a posição e o tamanho das descontinuidades. 
Técnica por transmissão 
 Na segunda técnica, dois cabeçotes, um 
emissor e um receptor são colocados em 
posições opostas e a presença de 
descontinuidades é determinada pela 
perda de intensidade do sinal transmitido. 
Radiografia e Gamatografia 
Radiografia e Gamatografia 
 Este método de END é baseado em variações da absorção de 
radiação eletromagnética penetrante (raios X e gama) devidas a 
alterações de densidade, composição e espessura da peça sob 
inspeção. 
 A radiografia é realizada com raios X que são gerados pelo impacto 
contra um alvo metálico de elétrons acelerados no vácuo por uma 
fonte de alta tensão. 
 A gamatografia utiliza radiação gama resultante da reação nuclear 
em uma fonte de material radioativo. 
 Como esta última não necessita de energia elétrica para a sua 
operação, ela é particularmente usada em inspeções no campo. 
Radiografia e Gamatografia 
 Em algumas aplicações especiais, radiação corpuscular 
(feixes de elétrons e de neutrons) pode ser usada. 
 Em qualquer caso, devido aos efeitos extremamente 
perigosos da radiação penetrante para os seres vivos, 
são necessários cuidados especiais de segurança para a 
realização deste ensaio. 
Radiografia e Gamatografia 
Inspeção radiográfica. 
Radiografia e Gamatografia 
 Este método é usado para detectar a presença de descontinuidades 
internas e externas em metais ferrosos e não ferrosos e em 
materiais não metálicos e permite a obtenção de um registro 
permanente do resultado do ensaio. 
 Ele tem um importante uso na inspeção de peças soldadas e 
fundidas, com espessuras de até cerca de 100mm (aço) e 
particularmente quando destinadas a aplicações críticas. 
 O processo tende a ser relativamente caro e lento, podendo 
necessitar, no caso de peças de maior espessura, tempos de 
exposição de muitos minutos ou, mesmo, horas. 
Radiografia e Gamatografia 
 A realização deste ensaio exige o acesso aos dois lados da peça. 
 Como o método é baseado em diferenças de exposição, defeitos 
planares como trinca, cuja orientação não seja paralela à direção de 
propagação da radiação, são dificilmente detectados por este 
ensaio. 
 O resultado do ensaio é, em geral, registrado em filme ou, menos 
comumente, em telas fluorescentes. 
 Este resultado é interpretado em termos das diferenças de 
exposição do filme devido às diferenças de espessura, densidade ou 
composição da peça associadas com as suas descontinuidades e 
variações dimensionais.

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