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Incidentes Processuais

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Incidentes Processuais
Processo nos tribunais (fenômeno processual) – fenômenos que fazem com que o processo chegue ao tribunal, pois alguém recorreu.
Efeitos
Processos nos tribunais:
A organização judiciária brasileira
Tribunais inferiores
Superposição – TRF, TJ, STJ, STF, TER, TSE, TRT, TST, STM
Funções dos tribunais superiores
Recurso é diferente de ação autônoma de impugnação
Premissas
Incidentes Processuais
Controle de constitucionalidade
Prévio (político) – veto do presidente – CCJ
Posterior (jurídico) – concentrado – STF: Adin, ADC e ADPF/ TJ: representação de inconstitucionalidade.
Posterior (judicial) – difuso – juiz/ TJ: art. 97 CF/88 cláusula de reserva de plenário.
Por opção o Brasil trabalha com instância em seu sistema jurídico.
Na base do poder judiciário, temos os órgãos monocráticos ou singulares (varas). São presididas por um único julgador (juiz).
2ª instância – órgãos colegiados
Tribunais – são formados por diversos julgadores. A decisão é tomada por um corpo de julgadores (mínimo 3 – relator, revisor e vogal) para não ter empate.
2ª instância
STF
STJ
TJ Câmara Civil
Vara Civil – 1ª instância
O processo é o 4ª grau de jurisdição
Grau de jurisdição está atrelado ao momento de exame de um processo.
Instância é organização administrativa.
Tribunais inferiores – são órgãos que não fazem parte dos tribunais, do Poder judiciário.
Ex: Tribunal do Júri, não é órgão de 2ª instância, não é órgão de sobreposição.
Ex: Tribunal de contas, tribunal marítimo.
Não têm função revisional, e todos são órgão monocráticos. Eles não têm formação colegiada. São tribunais inferiores.
Tribunais ou órgãos de superposição ou sobreposição – tribunais típicos (aqueles que são colegiados e que estão na 2ª instância) são chamados de órgãos de superposição ou sobreposição.
Funções dos tribunais superiores - julgam recursos, julgam ações que sejam de sua competência originária, julgam processos em que foi aplicado o duplo grau obrigatório de jurisdição (art. 475 CPC – reexame obrigatório).
Sempre que a pessoa tem prerrogativa de função, seu processo se inicia no tribunal de justiça.
Função dos Tribunais Superiores – ocorrência do incidente processual.
Incidentes Processuais – são fenômenos imprevisíveis que ao ocorrerem forçam a paralisação do processo até que a questão seja resolvida e o processo volte a tramitar de forma regular (questão prejudicial).
Instaurado o incidente, envia esse processo ao tribunal.
Ação gera um novo processo.
Ação tramitando no Tribunal gera um novo processo.
Recurso não gera processo novo. Ele é uma extensão do direito de ação.
Recorrer é um direito previsto na constituição? Não, o que é assegurado ao cidadão é o direito de ação.
Nenhum cidadão pode ter sua lesão sem ser vista pelo judiciário.
Recurso não é garantia fundamental constitucional.
Ex: art. 518 § 1ª CPC – sentença irrecorrível (inconstitucional)
Premissas – 1º entendeu o nosso legislador que instituir recursos imporia ao juiz um controle psicológico da sua atuação.
2º sendo os Tribunais colegiados, a chance de erro seria menor porque 3 pessoas raciocinariam melhor que uma.
3º sendo os desembargadores mais experiente que os juízes, estariam mais aptos sob o prisma técnico a tomar decisões acertadas.
Controle de constitucionalidade
Prévio (político) – veto presidencial – CCJ
Posterior (judicial)
Abstrato (concentrado) – STF: Adin, ADC e ADPF/TJ
Difuso (concreto) – Tribunal Pleno (art. 97 CRFB)/Juiz art. 5º CRFB
Juiz pode apreciar inconstitucionalidade em ação declaratória incidental?
Procedimento:
Arguição feita pelas partes, assistentes, MP ou julgador
Ouve-se o MP e o órgão fracionário
Ocorre a cisão funcional
Art. 97 CR: maioria absoluta
Tribunal Pleno (25 membros)
Eficácia vinculante endo processual
481 § Ú desnecessidade de submissão
482§ 2º legitimados para In
482 § 1º nova manifestação do MP
482 § 3º intervenção de outras pessoas
Controle de constitucionalidade
Prévio – quando está dentro do legislativo, está sendo exercido de maneira preventiva antes da lei entrar em vigor.
As casas legislativas necessariamente fazem o controle.
Atos normativos que ainda não entraram em vigor. Pq político? Porque quem exerce não é o judiciário, são os integrantes das casas legislativas ou o chefe do Poder Executivo.
Como o legislativo exerce o poder? Por meio das comissões de Constituição e justiça.
Se o ato normativo passar pela CCJ, o ato passará por mais um controle de constitucionalidade prévio, que é feito pelo chefe do Poder Executivo através do veto.
Passando pela CCJ e pelo veto, o ato será presumidamente constitucional e entrará em vigor produzindo efeitos. A presunção é relativa. O poder judiciário uma vez provocado pelos mecanismos existentes poderá exercer o controle de constitucionalidade posterior (judicial).
Neste caso só o Poder judiciário poderá analisar o ato normativo que já está em vigor.
Este é dividido em:
Controle de constitucionalidade posterior
Concentrado (abstrato)
Difuso (concreto)
O controle de constitucionalidade concreto é aquele que se questiona a constitucionalidade do ato normativo frente à Constituição, e isso é feito de forma abstrata, ou seja, desconsiderando a aplicação desse ato normativo em casos concretos.
A análise da lei estará sendo feita em abstrato, quando fere princípios constitucionais. Não é feito à luz de nenhum caso concreto.
Decisão em controle concentrado produz efeitos erga omnes.
Controle difuso (concreto) – controle de constitucionalidade feito pelo poder judiciário à partir do questionamento em torno da inconstitucionalidade de uma lei, que foi aplicada em um caso específico.
A decisão da constitucionalidade da lei produz efeitos inter partes, porque o pedido não foi à declaração da inconstitucionalidade. Na fundamentação da sentença que o juiz falará sobre a inconstitucionalidade, só o que está no dispositivo da sentença que produz efeito de coisa julgada, o que está na fundamentação não.
ADPF – Questionar ato normativo municipal que fere a CF.
Se o parâmetro for a Const. Estadual, quem julgará serão os TJ dos estados, se for a CF será o STF.
Em 1ª instância – controle difuso pode ser exercido por qq juiz que receba ação, se manifestando na fundamentação.
Em sede de tribunal – o processo vai p as câmaras ou órgão fracionários do tribunais, suscitada a inconst. Da lei, o processo será suspenso e ocorrerá a instauração de incidente de inconst.. tal incidente será remetido para o Tribunal Pleno, ocorrerá a cisão funcional (divisão de funções), a tal órgão caberá julgar somente a inconst. Da lei. Feito o julgamento o resultado será consignado no próprio incidente e este será devolvido ao órgão que o instaurou. Tal incidente terá eficácia vinculante endo processual, os julgadores da câmara deverão retornar o julgamento à luz do que foi decidido.
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA
É um incidente que ocorre em processos que estão nos tribunais, por qualquer razão para evitar que surjam dentro deste mesmo tribunal posições divergentes sobre o tema debatido gerando insegurança no jurisdicionado, sua intenção é reduzir os malefícios gerados por divergência jurisprudencial fdentro do mesmo tribunal.
É preventiva, é feita antes que tenham câmaras decidindo de maneira diferente.
Ocorre quando for pedido pelas partes, pelo próprio relator ou pelo promotor de justiça que suscita
Suscitada a divergência em torno da matéria, vai para a votação quanto à polêmica da matéria.
Se o 1º relator concordar com o relator sobre a polêmica da matéria, suspende o recurso do recurso e instaura-se o incidente. Será feita a cisão funcional, o incidente de uniformização vai para o Presidente do TJ e o presidente vai determinar que ele seja resolvido no Tribunal Pleno ou em uma sessão do órgão especial (25 membros).
Será feita votação entre os 25 membros, a melhor tese (mais votada) será a tese de uniformização daquele tribunal.
Se a tese for votada por maioria absoluta dos membros, esta dará ensejo de súmula.
Feitaa votação, devolve-se o incidente para a câmara que o instaurou e a partir daí retorna o processo com base na tese que o tribunal mais votou. Necessariamnete a câmara terá que consagrar a tese.
MECANISMO DE PREVENÇÃO OU COMPOSIÇÃODE DIVERGÊNCIA
Art. 555 § 1º CPC
Somatório da uniformização de jurisprudência com o recurso de embargo de divergência.
Embargo de divergência – serve para resolver divergências já instauradas, é repressivo.
Diferença de uniformização de jurisprudência
A câmara que identificar a matéria controvérsia, não irá enviar somente o procedimento e sim o processo todo, o órgão colegiado irá receber o incidente e o processo, caberá a ele julgar a melhor tese e julgar o processo, não vai haver cisão funcional.
O órgão especial terá duas funções com base no regimento interno do TJRJ, não tem a indicação do órgão que fará isso, com isso, na prática não há aplicabilidade deste mecanismo.
Problemas:
Falta de regulamentação, o regimento interno do Tribunal não regulamentou o art. 555 § 1º CPC.
Este mecanismo não prevê edição de súmula, o que diminui a visibilidade sobre a opinião do Tribunal à respeito da matéria.
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA
Vai direto para os Tribunais
Toda vez que quer dar no Brasil sentenças que foram proferidas no estrangeiro.
Para homologar ou não a sentença estrangeira, o STJ vai exercer o que se chama de juízo de deliberação.
Juízo de deliberação – juízo meramente formal, pelo qual vai checar se a sentença está de ok com nossa moral e costumes não podendo julgar o mérito da sentença, deve se limitar a exercer o juízo de deliberação.
Caso ocorra a homologação e essa decisão for derespeitada no Brasil, a execução será feita na justiça Federal de 1ª instância – art. 109 X CF.
Apenas após de uma decisão estrangeira se pode promover a homologação e execução dessa sentença estrangeira no Brasil. Súmula 420 STF – só se pode homologar após transitado e julgado em seu país de origem e feito coisa julgada material.
AÇÃO RESCISÓRIA
O nosso sistema jurídico optou pela segurança jurídica e por conta disso tratou as decisões de mérito transitadas em julgado como decisões que via de regra são imutáveis e indiscutíveis dessa forma os eventuais vícios existentes em um processo são atingidos pela sanatória geral desaparecendo assim que se forma a coisa julgada material. Apenas o vício de rescindibilidade é grave a ponto de permanecer no processo podendo ser objeto de alegação por meio de ação rescisória.
Vícios de rescindibilidade – rol taxativo do 485 CPC, apenas nessas hipóteses pode propor ação rescisória.
Uma vez que o processo tenha um dos vícios elencados no art. 485 CPC, vai se ajuizar ação rescisória, com uma petição inicial, observando todos os requisitos genéricos do 282 CPC e deve observar Tb, como requisito fundamental, o 488 II e 495 CPC.
Após os 2 anos do 495 cpc, não ajuizando a ação, forma-se a chamada coisa soberanamente julgada, não podendo mudar em hipótese alguma, por mais injusta que seja.
Ação rescisória não é um recurso.
Cabe ação rescisória em sentença terminativa (sentença que extingue o processo sem julgamento de mérito) – não.
A ação rescisória tem por objeto inequívoco a desconstituição da coisa julgada material que reveste sentenças de mérito proferidas em processos anteriores, assim sendo não se admite o ajuizamento de uma ação rescisória para atacar sentença terminativa, uma vez que essas sentenças não fazem coisa julgada material.
Cabe ação rescisória em decisão interlocutória? Não, pois decisão interlocutória não faz coisa julgada material.
Cabe ação rescisória em sentença de p. cautelar?
Não, pq são características das medidas cautelares a revogabilidade e a fungibilidade, não se pode revogar nem substituir algo que transitou em julgado e fez coisa julgada material, por essa razão a doutrina diz que as sentenças de mérito do processo cautelar só é capaz de fazer coisa julgada formal.
O ajuizamento de uma ação rescisória tem que ser feito em um órgão superior àquele que proferiu a sentença que se quer rescindir.
OBS: acórdãos sempre substituem sentenças, mesmo quando tem o mesmo teor.
EX: juiz profere sentença e o acórdão a mantém, a ação rescisória será ajuizada no STJ para impugnar o acórdão, msm que o vício esteja na sentença.
O ajuizamento da ação se dá em dois momento e em 2 diferentes esferas.
1º juízo rescidente – juízo de admissibilidade da ação, dentro desse juízo irá ver se foram atendidos todos os requisitos legais do rol do 485, se respeitou o pz de 2 anos se foi efetuado o depósito de 5%.
2º juízo rescisório – juízo de mérito, vai ver se efetivamente os argumentos do autor são válidos, se vai haver desconstituição da coisa julgada, será dada uma sentença sem vícios.
Súmula 514 STF – não é necessário que se tenha previamente esgotado a interposição de todos os recursos existentes no nosso sistema para ajuizar ação rescisória.
O I do art. 485 CPC, só cabe rescisão do acórdão quando o ato de decisão prejudicar o autor.
Se não há efetivo prejuízo, não há que se falar em prejuízo.
Não existe nulidade sem prejuízo
Na hipótese do I do 485 em que o ajuizamento da ação rescisória se dá por força de um ato de corrupção praticado por uma das partes aplica-se o princípio do prejuízo que dispõe só ser cabível o ajuizamento da ação rescisória se a parte incidente efetivamente foi prejudicada pelo ato decisório proferido
Se a incompetência for relativa, não cabe rescisória.
A incompetência territorial não enseja ação rescisória, pois ela é relativa.
Se o critério desrespeitado for material, a incompetência é absoluta, cabendo ação rescisória
Ler art. 134 e 135
Se o magistrado é suspeito, não cabe ação rescisória
Só será cabível ação rescisória com base no II do 485, se o juiz que proferiu a decisão estava impedido (134 CPC) ou se o juízo que proferiu a decisão era absolutamente incompetente (diz respeito aos critérios material e funcional de fixação de competência)
Se o juiz for meramente suspeito ou se o critério de competência desrespeitado for um critério relativo (territorial e valor da causa) não será cabível o ajuizamento de acão rescisória.
Dolo da parte vencedora e induzir o juiz ao erro.
Ofensa a coisa julgada – uma vez que há coisa julgada e a parte abre outra ação, o juiz anula o processo sem julgamento de mérito.
A coisa julgada posterior prevalece sobre coisa julgada anterior.
O inciso IV do 485 fala da possibilidade de ajuizamento de ação rescisória nas hipóteses em que uma decisão ofende a coisa julgada que já existia sobre determinado assunto. Nessa hipótese, durante 2 anos, a 2ª sentença poderá ser desconstituída prevalecendo o teor da 1ª. Entretanto, se mais de 2 anos se passarem, impossível será a rescisão do 2º julgamento. Nessa hipótese, propõe a doutrina que o conflito seja resolvido pelo critério cronológico com a prevalência da 2ª decisão sobre a 1ª
Decidir em sentido oposto a lei cabe ação rescisória.
Para que caiba ação rescisória com base no inciso VI é fundamental que a prova falsa tenha influenciado a formação do convencimento do juiz de modo decisivo. Se foi falsificada, mas não foi capaz por si só de gerar a decisão do magistrado não caberá o ajuizamento de ação rescisória.
Documento novo é uma prova técnica que por si só modifica o que já foi julgado
Inciso VIII (desistência é renúncia)
Cabe reconvenção em ação rescisória desde que o réu impute ao autor Tb condutas do 485.
Antecipação de tutela – cabe em ação rescisória? Admite-se a concessão de liminar em ação rescisória sempre que se provar que a decisão que se quer rescindir é capaz de gerar para parte um dano grave de difícil ou impossível reparação.
AÇÃO ANULATÓRIA (OU QURELA NULITATIS)
Mais excepcional
Única que não tem prazo
Só existe na hipótese de vício de citação em um processo.
Por ação anulatória não se faz a simples desconstituição de um mérito, em verdade, a ação anulatória implica na invalidação de todos os atos processuais que foram praticados no processo desde o momento em queo réu deveria ter sido citado.
1ª diferença com ação rescisória – a ação rescisória é voltada contra um vício na decisão (decisão está contaminada) ao passo que a ação anulatória combate um vício no ato de citação.
2ª diferença – a ação rescisória é desconstitutiva porque gera a impugnação do teor da decisão ao passo em que a ação anulatória é declaratória negativa, pq se limita a reconhecer a invalidade do ato de citação praticado.
3ª diferença – a ação rescisória conta com um lapso temporal de 2 anos para seu ajuizamento, ao passo em que a ação anulatória é imprescritível não possuindo prazo para seu ajuizamento.
A ação rescisória é sempre ajuizada no órgão superior ao que proferiu a decisão que se quer rescindir, ao passo em que a ação anulatória deve ser ajuizada no mesmo órgão que praticou o ato que se quer anular.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
REEXAME
Natureza jurídica dos recursos – é de extensão do direito de ação. Hoje é pacífico em sede doutrinária esse entendimento, de forma que ao interpor o recurso a parte não está dando início ao novo processo, ela apenas está dando continuidade a um debate que já se iniciou em outro grau de jurisdição.
Conceito:
Remédio voluntário e idôneo
Interpõe se quiser, está a disposição.
Previsão em lei
O recurso solicita a reforma na decisão do juiz, ou esclarecimento da decisão ou integração (complementação da sentença), ou invalidação de uma sentença (ex: falta datar e assinar pelo juiz, pede-se a invalidação da sentença).
Segundo José Carlos Barbosa Moreira – “Recurso é o remédio voluntário e idôneo a ensejar no mesmo processo a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou integração da decisão que se impugnou”.
Requisito para ter recurso:
Para que se tenha interesse na interposição de recurso é fundamental que a parte tenha sido vencida na sua pretensão no todo ou em parte.
Sucumbência total ou parcial
OBS: não é garantia constitucional, o direito de ação é, mas o reexame das causas não. Art. 518 § 1º CPC – juiz vai receber pedido de apelação se sua sentença estiver em conformidade com súmula do STJ ou STF.
NÃO CONFUNDIR NUNCA
DUPLO GRAU OBRIGATÓRIO DE JURISDIÇÃO NÃO GUARDA QUALQUER RELAÇÃO COM A SISTEMÁTICA DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS, TRATA-SE EM VERDADE DE DINÂMICA PREVISTA NO ART. 475 CPC CONSISTENTE EM MANDAR DE OFÍCIO PARA O TRIBUNAL TODAS AS DECISÕES EM QUE SE FIXE CONDENAÇÃO EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA.
TAMBÉM CHAMADO DE REEXAME NECESSÁRIO, REMESSA NECESSÁRIA.
O duplo grau de jurisdição está atrelado a ideia de recurso, porque toda vez que uma parte interpõe um recurso ele está provocando um novo exercício da jurisdição, ou seja, um novo exercício da unidade julgadora.
Art. 518 § 1º - juiz não recebe recurso de apelação sempre que sua sentença está baseada em uma súmula do STF ou do STJ.
Sucumbência recíproca (autor e réu foram partes vencidas) e o condicionamento.
Nomenclatura:
Interposição – recebimento
Provimento – seguimento
Teoria da causa madura – não se pode subtrair do cidadão o direito de ação. Não há direito de interpor recurso. (art. 515 § 3º) – direito emana da lei. Ele não necessita ser provado, o art. 515 § 3º traz a chamada teoria da causa madura. Por essa teoria fica estabelecido que se em um processo houver prolação de sentença terminativa e não houver qualquer debate sobre os fatos poderá o autor apelar dessa sentença terminativa e ao analisar essa apelação pó tribunal ficará autorizado não apenas a afastar a sentença terminativa mas também a julgar o próprio mérito que ainda não foi enfrentado pelo juiz. Isso pq no nosso sistema jurídico apenas os fatos são objetos de prova, sendo certo que todo direito emana da lei. Dessa forma não há qualquer impedimento no fato de ser o tribunal o 1º órgão a fazer o exame de mérito da ação proposta.
Interposição do agravo (quem recebe é o tribunal) – pz de 10 dias.
Princípio da taxatividade – só é recurso o que a lei diz que é recurso. Art. 496 CPC. As partes não podem criar novos recursos. Nos juizados há interposição de recursos próprios.
Princípio da unirrecorribilidade – para cada decisão do nosso sistema, só existe único recurso existente, em nosso sistema existem muitas exceções.
Princípio da fungibilidade – permite substituir o recurso que foi interposto erroneamente pelo recurso que efetivamente cabe na hipótese tratada. Essa troca só é possível quando ambos os recursos gozem do mesmo prazo para interposição e ambos os recursos devem tramitar no mesmo órgão julgador.
Quem recebe apelação é o juiz.
Princípio da disponibilidade – recorre quem quer. Quem quiser pode abrir mão de recorrer. Recurso é um remédio voluntário em nosso sistema jurídico.
Instancia refere-se a organização administrada do tribunal.
1ª instancia – órgãos monocráticos
2ª instancia – órgão colegiados
Grau de jurisdição está ligado a quem julgou em 1º lugar um processo.
Os conceitos de instancia e grau de jurisdição são conceitos que não devem ser confundidos. Instância é uma ideia associada a uma organização administrativa do tribunal, ficando na 1ª instancia os órgãos monocráticos e na 2ª aos órgãos colegiados. A ideia de grau de jurisdição está atrelada ao momento de exame de uma matéria de forma que exerce o 1º grau de jurisdição o 1º órgão a tratar de uma questão e exerce o 2º grau de jurisdição o órgão que reexamina a causa.
Por vezes, órgão de 1ª instancia exercem o 2º grau de jurisdição (turma recursal) e órgão de 2ª instancia exercem o 1ª grau de jurisdição (ações de competência originária dos tribunais)
Recurso total – promove a impugnação de toda a decisão proferida, do inteiro teor de uma decisão.
Recurso parcial – promove a impugnação de parte de uma decisão.
Recurso ordinário – comporta debates sobre fatos e direito. Ex: apelação
Recurso extraordinário – não comporta debate sobre fatos. Só se debate direito.
Interposição por via principal – quando recorro por pz que a lei me dá.
Por via adesiva – art. 500 – não recorre pelo pz que a lei me dá, mas aproveita os pz das contra razões para recorrer.
No tocante de interposição de recursos poderão estes vir a serem interpostos pela via principal ou pela via adesiva. Interpor um recurso pela via principal é fazer a interposição dele no pz que está previsto em lei. Por outro lado, fazer a interposição de um recurso pela via adesiva, é se fazer a interposição desse recurso no pz de que a parte dipõe para apresentar as contra razões ao recurso que foi interposto pela parte contrária. Apenas os recursos previstos no II do art 500 admitem essa espécie de interposição que Tb só ocorrerá s e houver sucumbência recíproca, e em todo caso a análise do recurso adesivo ficará subordinada a análise do recurso principal.
Interposição – é o ato de apresentação do recurso.
Ação se ajuíza
Uma vez interposto um recurso, cabe ao 1ª órgão (juiz) que o recebe fazer o 1º juízo de admissibilidade desse recurso. Se os requisitos estiverem presentes, o juiz recebe o recurso.
O recurso é encaminhado para o desembargador relator. Ele faz o 2º juízo de admissibilidade desse recurso. O desembargador concede ou não o seguimento desse recurso. Se houver seguimento esse recurso vai para o colegiado que faz o 3º juízo (último) de admissibilidade, aonde o colegiado irá ou não conhecer do recurso. Se conhece passa ao exame de mérito e o tribunal concede ou nega provimento ao recurso.
Colegiado – relator, revisor e vogal.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS
A análise dos requisitos de admissibilidade dos recursos implica na análise dos elementos formais que um recurso deve preencher a fim de merecer exame de mérito.
Para Vicente Greco Filho:
1º doutrinador a tratar dos requisitos de admissibilidade dos recursos, para ele os requisitos podem ser subjetivos se ligados a pessoa do recorrente ou podem ser objetivos quando estão ligados a peça propriamente dita.
Requisitos:
Legitimidade para recorrer – a msm pessoa q tem legitimidade para ingressar com ação, pois o recurso é uma extensão da ação.
Interesse em recorrer – checagemda existência de interesse de recorrer – será quem sucumbiu em todo ou em parte.
Sob o prisma subjetivo deve o recorrente demonstrar sua legitimidade e seu interesse na interposição de recurso, haverá legitimidade para todo aquele que possuía também a legitimidade para ajuizar ação, já o interesse em recorrer está diretamente atrelado a ideia de sucumbência.
Para Vicente Grecco a interposição de recuso precisa também observar requisitos de ordem objetiva:
Cabimento que consiste na verificação a inserção daquele recurso dentro do rol de recursos taxativamente previstos no 496.
Adequação – se o recurso escolhido é o que se adéqua para o caso concreto
Tempestividade – cada recurso goza de um pz em lei para que haja a sua interposição, a apresentação fora do pz representa a sua intempestividade.
Regularidade procedimental – o recorrente tem que observar o trâmite previsto em lei para q haja interposição de cada um dos recursos
Inexistência de fato impeditivo – caso tenha ocorrido um acordo no curso do processo por questão de incompatibilidade lógica, não poderão as partes interpor apelação pleiteando a reforma do julgado.
BARBOSA MOREIRA
Intrínsecos
Cabimento
Legitimação
Interesse (visto a luz do caso concreto)
Inexistência de fato impeditivo (luz do caso concreto)
Extrínsecos
Preparo (verba que tem q ser paga p a interposição de recursos, independente das partes)
Regularidade formal (procedimento sempre os mesmos, não oscila)
Tempestividade (pz sempre previstos em lei)
Os requesitos intrínsecos são aqueles que variam conforme as peculiaridades de cada caso concreto, por outro lado os extrínsecos formariam um grupo fixo de requisitos que não comportam qq variação.
ADA PELEGRINE GRINOVER
PRESSUPOSTOS RECURSAIS, CONDIÇÕES DOS RECURSOS
Condição de ação
Legitimidade aplica-se para recursos
Interesse de agir
Possibilidade jurídica
demanda
Pressupostos processuais existência Pressupostos processuais validade
Partes capacidade das partes
Demanda regularidade formal
Juízo competência de juízo
Ada Pelegrine Grinover prevê como requisitos para regular interposição e trâmite de um recurso os mesmos requisitos que a Teoria geral do Processo trata como condição para o regular exercício do direito de ação e como pressupostos processuais para a existência e validade de um processo, isso pq Ada presume ser o recurso uma extensão do direito de ação de forma que as condições para a sua interposição são idênticas às condições para o regular ajuizamento de uma ação, e os pressupostos processuais para a existência e validade dos recursos também repetem a exigência feita no tocante as ações.
Apelação – cabível de sentença.

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