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Medição de Vazão

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1 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE 
DO NORTE – IFRN CAMPUS MOSSORÓ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAÇÃO INSDUSTRIAL: MEDIÇÃO DE VAZÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSSORÓ - RN 
10/03/2016 
2 
 
Lijohara Júlia de Sá Souza 
Maria Eduarda Marinho Freire de Andrade 
Mylton Franklyn da Silva Reis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL: MEDIÇÃO DE VAZÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSSORÓ - RN 
10/03/2016 
Trabalho realizado para a 
obtenção de uma das notas 
referente ao terceiro bimestre da 
disciplina de Instrumentação 
Industrial do curso Técnico em 
Mecânica. 
Professor(a): João Maria 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5 
2. DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 5 
2.1. Vazão Volumétrica ...................................................................................................... 5 
2.2. Vazão Mássica ............................................................................................................. 6 
2.3. Relação entre as unidades ............................................................................................ 6 
2.4. Vazão Gravitacional .................................................................................................... 6 
3. CONCEITOS FÍSICOS BÁSICOS PARA MEDIÇÃO DE VAZÃO ................................ 6 
3.1. Calor Específico ........................................................................................................... 6 
3.2. Viscosidade .................................................................................................................. 7 
3.3. Tipos de Escoamentos ................................................................................................. 7 
3.3.1. Escoamento Uni, Bi e Tridimensionais ................................................................ 7 
3.3.2. Escoamento em Regime Permanente e Transiente ............................................... 7 
3.3.3. Escoamento Uniforme e Não Uniforme ............................................................... 8 
3.3.4. Escoamento Rotacional e Não Rotacional............................................................ 8 
3.3.5. Escoamento Laminar e Turbulento....................................................................... 9 
3.4. Número de Reynolds ................................................................................................... 9 
4. TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS MEDIDORES DE VAZÃO ................................ 10 
4.1. Medição de Vazão por Meio de Carga Variável ........................................................ 10 
4.1.1. Medição de Vazão através do Tubo de Pitot ...................................................... 11 
4.1.2. Annubar .............................................................................................................. 11 
4.1.3. Tubo de Venturi .................................................................................................. 12 
4.1.4. Tubo de Dall ....................................................................................................... 13 
4.1.5. Placa de Orifício ................................................................................................. 14 
4.2. MEDIÇÃO DE VAZÃO POR ÁREA VARIÁVEL ................................................. 16 
4.2.1. Rotâmetros .......................................................................................................... 16 
5. MEDIDORES DIRETOS DE VOLUME DE FLUIDO PASSANTE. ............................. 17 
5.1. Medidores de vazão tipo deslocamento de positivo .................................................. 17 
5.1.1. Disco Nutante ..................................................................................................... 17 
5.1.2. Medidores Rotativos ........................................................................................... 17 
5.2. Medidores de vazão por impacto do fluido................................................................ 20 
5.2.1. Medidor Tipo Hélice .......................................................................................... 20 
5.2.2. Medidor Tipo Turbina ........................................................................................ 20 
6. MEDIDORES ESPECIAIS ............................................................................................... 21 
6.1. Medidor de Vazão por Eletromagnetismo ................................................................. 21 
4 
 
6.2. Calha Parshall ............................................................................................................ 23 
6.3. Medidor de Vazão Tipo Coriolis ............................................................................... 23 
6.4. Medidores Vórtex ...................................................................................................... 24 
6.5. Medidores Ultrassônicos ............................................................................................ 24 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito importante 
efetuar a medição e o controle da quantidade de fluxo de líquidos, gases e até sólidos 
granulados, não só para fins contábeis, como também para a verificação do rendimento do 
processo. A medição de vazão inclui no seu sentido mais amplo, a determinação da quantidade 
de líquidos, gases e sólidos que passa por um determinado local na unidade de tempo; podem 
também ser incluídos os instrumentos que indicam a quantidade total movimentada, num 
intervalo de tempo. 
A quantidade total movimentada pode ser medida em unidades de volume (litros, mm³, 
cm³, m³, galões, pés cúbicos) ou em unidades de massa (g, kg, toneladas, libras). A vazão 
instantânea é dada por uma das unidades acima, dividida por uma unidade de tempo (litros/min, 
m3 /hora, galões/min). No caso de gases e vapores, a vazão instantânea pode ser expressa, em 
kg/h ou em m³/h. 
A variável vazão pode ser obtida de forma direta ou indireta. A medida direta consiste 
na determinação do volume ou massa de fluido que atravessa uma seção num dado intervalo de 
tempo. Os métodos de medida indireta da vazão exigem a determinação da carga, diferença de 
pressão, ou velocidade em diversos pontos numa seção transversal. Os métodos mais precisos 
são as determinações gravimétricas ou volumétricas, nas quais a massa ou volume é medido 
por balanças ou por tanques calibrados num intervalo de tempo que é medido por cronômetros. 
As medidas de pressão e velocidade são tratadas inicialmente, seguidas pelos medidores 
de deslocamento positivo e medidores de vazão. 
 
2. DEFINIÇÃO 
 
Fluxo ou vazão de um fluido Q é o volume de fluido por unidade de tempo que flui 
através de um orifício ou duto de seção transversal A, a uma velocidade média v. 
 
A unidade de Q no SI é m³/s. 
 
Q = A . v 
 
2.1. Vazão Volumétrica 
 
É definida como sendo a quantidade em volume que escoa através de uma certa seção 
em um intervalo de tempo considerado. Érepresentado pela letra Q e expressa pela seguinte 
equação: 
 
Q = 
V
t
 
V – volume 
 t – tempo 
 
As unidades de vazão volumétricas mais utilizadas são: m³/s, m³/h, l/h, l/min GPM, Nm³ 
/h e SCFH. 
6 
 
2.2. Vazão Mássica 
 
É definida como sendo a quantidade em massa de um fluido que atravessa a seção de 
uma tubulação por unidade de tempo. É representada pela letra Qm e expressa pela seguinte 
equação: 
 
Qm = 
m
t
 
m – massa 
 t – tempo 
 
As unidades de vazão mássica mais utilizadas são: kg/s, kg/h, T/h e Lb/h. 
 
2.3. Relação entre as unidades 
 
A relação entre as unidades de medição de vazão volumétrica e mássica pode ser obtida 
pela seguinte expressão: 
 
Qm = ρ ∙ Qv 
ρ – massa específica 
 
2.4. Vazão Gravitacional 
 
 É a quantidade em peso que passa por uma certa seção por unidade de tempo. É 
representada pela letra Qρ e expressa pela seguinte equação: 
 
Qρ = 
𝑊
𝑡
 
W – peso 
 
As unidades de vazão gravitacional mais utilizadas são: kgf/h e lbf/h. 
3. CONCEITOS FÍSICOS BÁSICOS PARA MEDIÇÃO DE VAZÃO 
3.1. Calor Específico 
 
Define-se calor específico como o quociente da quantidade infinitesimal de calor 
fornecido a uma unidade de massa duma substância pela variação infinitesimal de temperatura 
resultante deste aquecimento. 
Na prática, temos: A quantidade de calor necessária para mudar a temperatura de 1 
grama de uma substância em 1ºC. 
O conhecimento do calor específico de determinada substância é muito importante para 
um bom controle da vazão. 
Para exemplificar, podemos citar o caso em que se deseja controlar a vazão de um fluido 
no estado gasoso, tendo uma placa de orifício como elemento primário. 
7 
 
É necessário que se conheça a relação “k” do calor específico do gás a ser medido, para 
podermos calcular o seu coeficiente de correção da expansão térmica, e posteriormente 
dimensionar a placa de orifício. 
Esta relação do calor específico K é a relação do calor específico de um volume 
constante CV relativo ao calor específico da pressão constante CP do gás. 
 
k = CP CV⁄ 
 
k = relação dos calores específicos 
CP = calor específico à pressão constante J/Kg x K 
CV = calor específico a volume constante J/kg x K 
K - Temperatura em Kelvin 
 
3.2. Viscosidade 
 
Viscosidade é a propriedade física que caracteriza a resistência de um fluido ao 
escoamento. Em outras palavras, é a propriedade associada à resistência que um fluido oferece 
à deformação por cisalhamento, tipo de tensão gerado por forças aplicadas em sentidos opostos, 
porém, em direções semelhantes no material analisado. 
Pode-se dizer que a viscosidade corresponde ao atrito interno nos fluidos devido às 
interações intermoleculares, sendo geralmente em função da temperatura. É comum sua 
percepção estar relacionada à “grossura”, ou resistência ao despejamento. Viscosidade descreve 
a resistência interna do material para fluir e deve ser entendida como a medida do atrito do 
fluido. Desta forma, quando se diz “a água é fina”, significa que este material tem uma baixa 
viscosidade, enquanto óleo vegetal é “grosso”, com uma alta viscosidade. 
Pela Lei de Newton, a viscosidade possui uma constante de coeficiente de viscosidade, 
viscosidade absoluta ou viscosidade dinâmica. Muitos fluidos, como a água ou a maioria dos 
gases, comportam-se segundo a Lei de Newton e por isso são conhecidos como fluidos 
newtonianos. Os fluidos não newtonianos têm um comportamento mais complexo e não linear. 
Cada um possui um coeficiente próprio de viscosidade. Como exemplo, estão as suspensões 
coloidais, as emulsões e os géis. 
 
3.3. Tipos de Escoamentos 
3.3.1. Escoamento Uni, Bi e Tridimensionais 
 
Um escoamento é classificado como uni, bi ou tridimensional dependendo do número 
de coordenadas espaciais requeridas na especificação do campo de velocidades. 
 
3.3.2. Escoamento em Regime Permanente e Transiente 
 
Se as propriedades do fluido em um ponto do campo não mudam com o tempo o 
escoamento é denominado escoamento em regime permanente. 
Neste tipo de escoamento, escoamento, as propriedades podem variar de ponto para 
ponto no campo, mas devem permanecer constante em relação ao tempo para um dado ponto 
qualquer. 
8 
 
Se as propriedades do fluido em um ponto do campo variam com o tempo, o escoamento 
é dito não permanente ou transiente. 
 
 
3.3.3. Escoamento Uniforme e Não Uniforme 
 
Um escoamento uniforme em uma dada seção transversal é caracterizado pela 
velocidade ser constante em qualquer seção normal ao escoamento. 
Um escoamento não uniforme (ou variado) é aquele em que as velocidades variam em 
cada seção transversal ao longo do escoamento. 
 
 
3.3.4. Escoamento Rotacional e Não Rotacional 
 
O escoamento rotacional é caracterizado pelo movimento de rotação das partículas do 
fluido em torno de seus próprios centros de massa devido ao aparecimento de conjugados 
oriundos das tensões cisalhantes. 
Um escoamento sem rotação, ou seja, de translação ideal, é chamado de irrotacional (ou 
potencial). 
 
 
9 
 
 
3.3.5. Escoamento Laminar e Turbulento 
 
O escoamento laminar é caracterizado pelo movimento em lâminas ou camadas, não 
havendo mistura macroscópica de camadas de fluido adjacentes. 
O escoamento turbulento é caracterizado pelo movimento tridimensional aleatório das 
partículas do fluido sobreposto ao movimento da corrente. 
 
 
 
3.4. Número de Reynolds 
 
Número adimensional utilizado para determinar se o escoamento se processa em regime 
laminar ou turbulento. Sua determinação é importante como parâmetro modificador dos 
coeficientes de descarga. 
𝑅𝑒 =
𝑉. 𝐷
𝑣
 
V - velocidade (m/s) 
D - diâmetro do duto (m) 
ν - viscosidade cinemática (m²/s) 
 
 
 
 
 
Observação: 
− Na prática, se Re > 2.320, o fluxo é turbulento, 
caso contrário é sempre laminar. 
− Nas medições de vazão na indústria, o regime 
de escoamento é na maioria dos casos turbulento 
com Re > 5.000. 
 
 
10 
 
4. TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS MEDIDORES DE VAZÃO 
 
I. Medidores indiretos utilizando fenômenos intimamente relacionados a quantidade 
de fluido passante. 
a) Perda de Carga Variável 
 Tubo Pitot 
 Tubo de Venturi 
 Tubo de Dali 
 Annubar 
 Placa de orifício 
b) Área variável (perda de carga constante) 
 Rotâmetro 
II. Medidores diretos de volume de fluido passante. 
a) Deslocamento positivo de fluido 
 Disco nutante 
 Pistão flutuante 
 Rodas ovais 
 Roots 
b) Velocidade pelo impacto do fluido 
 Tipo hélice 
 Tipo turbina 
III. Medidores especiais 
 Eletromagnetismo 
 Vortex 
 Ultra-sônico 
 Calhas Parshall 
 Coriollis 
 
4.1. Medição de Vazão por Meio de Carga Variável 
 
Considerando-se uma tubulação com um fluido passante, chama-se perda de carga dessa 
tubulação a queda de pressão sofrida pelo fluido ao atravessá-la. As causas da perda de carga 
são: atrito entre o fluido e a parede interna do tubo, mudança de pressão e velocidade devido a 
uma curva ou um obstáculo, etc. 
Os diversos medidores de perda de carga variável usam diferentes tipos de obstáculos 
ao fluxo do líquido, provocando uma queda de pressão. Relacionando essa perda de pressão 
com a vazão, determina-se a medição de vazão pela seguinte equação: 
 
Q = vazão do fluido do local do estreitamento 
K = constante 
P1 = Pressão Medida 
Pp = Pressão de Projeto 
T1= Temperatura medida 
Tp = Temperatura de projeto 
∆P = perda de carga entre o fluxo, a montante e jusante do estreitamento. 
11 
 
4.1.1. Medição de Vazão através doTubo de Pitot 
 
É um dispositivo utilizado 
para medição de vazão através da 
velocidade detectada em um 
determinado ponto de tubulação. 
O tubo de Pitot é um tubo 
com uma abertura em sua 
extremidade, sendo esta, colocada 
na direção da corrente fluida de um 
duto, mas em sentido contrário. A 
diferença entre a pressão total e a 
pressão estática da linha nos 
fornecerá a pressão dinâmica a qual 
é proporcional ao quadrado da 
velocidade. 
Utilizando o tubo pitot, 
determina-se um diferencial de pressão, que corresponde a pressão dinâmica e com o valor 
dessa pressão através da fórmula abaixo, obtemos a velocidade de um ponto de medição. 
PD = δV²/2g ou V2 = PD.2g/δ para fluidos incompressíveis 
 
PD = pressão dinâmica em kgf/cm² 
δ = peso específico do fluido em kgf/m³ 
V = velocidade do fluido em m/s 
g = aceleração da gravidade m/s² 
 
4.1.2. Annubar 
 
O Annubar é um 
dispositivo de produção de 
pressão diferencial que ocupa 
todo o diâmetro do tubo. O 
Annubar é projetado para medir a 
vazão total, de forma diferente dos 
dispositivos tradicionais de 
pressão diferencial. 
A parte de alta pressão do 
sinal de ΔP é produzido pelo 
impacto do fluido nos furos do 
sensor, sendo então separado e fluindo em volta do Annubar. Precisamente localizados, os furos 
sensores na parte frontal sentem a pressão de impacto causada pelo fluido. 
12 
 
Após o fluido separar-se em torno do 
sensor Annubar, uma zona de baixa pressão 
(abaixo da pressão estática no tubo) é criada 
devido ao formato do sensor. O lado de baixa 
pressão do sinal de ΔP é sentido pelos furos na 
jusante do Annubar e é medida na câmara da 
jusante. A diferença de pressão é proporcional 
a raiz quadrada da vazão assim como os 
medidores anteriores. 
 
 
4.1.3. Tubo de Venturi 
 
O tubo Venturi, combina dentro de uma unidade simples, uma curta garganta estreitada 
entre duas seções cônicas e está usualmente instalado entre duas flanges, numa tubulação. Seu 
propósito é acelerar o fluido e temporariamente baixar sua pressão estática. 
A recuperação de pressão em um tubo Venturi é bastante eficiente, como podemos ver 
na figura a seguir, sendo seu uso recomendado quando se deseja um maior restabelecimento de 
pressão e quando o fluido medido carrega sólidos em suspensão. O Venturi produz um 
diferencial menor que uma placa de orifício para uma mesma vazão e diâmetro igual à sua 
garganta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em lugar de ser um simples furo, a tomada de impulso, é formada por vários furos 
espaçados em torno do tubo. Eles são interligados por meio de um anel anular chamado anel 
piezométrico. Isto é destinado para obter-se a média das pressões em torno do ponto de 
medição. 
 
 
 
13 
 
4.1.4. Tubo de Dall 
 
Mais recentemente, foi 
desenvolvido um dispositivo 
conhecido como tubo de Dall. Seu 
objetivo foi para proporcionar uma 
recuperação de pressão muito maior do 
que a obtida por um tubo Venturi. 
Diferentemente do tubo Venturi, que 
apresenta garganta paralela, o tubo de 
Dall é desprovido de garganta, é menor 
e mais simples. Possui um curto cone 
de convergência, que começa em 
diâmetro algo inferior diâmetro de 
conduto uma derivação no tubo, nesse 
ponto. 
Há a seguir um espaço anular na “garganta”, seguido pelo cone divergente, o fluido ao 
passar pelo tubo, pode entrar pelo espaço anular entre o tubo de Dall, que funciona como um 
revestimento interno do tubo e, este último transmitindo assim, uma pressão média, do 
“gargalo”, ao instrumento de medida através de uma derivação no tubo, nesse ponto. 
 
Para tubulações de diâmetro pequeno o limite do número de REYNOLDS é 50.000, para 
tubulações com diâmetros superiores, o número de REYBOLDS é ilimitado. 
Não utilizável para fluidos contendo sólidos, o qual sedimenta-se na garganta ovalada e 
causa erosão no canto vivo. 
A tomada de alta pressão do tubo de DALL, encontra-se localizada na entrada da parte 
convergente do tubo. 
A tomada de baixa pressão encontra-se localizada no final do cone convergente, 
“gargalo”, início do cone divergente. 
14 
 
4.1.5. Placa de Orifício 
 
De todos os elementos primários 
inseridos em uma tubulação para gerar uma 
pressão diferencial e assim efetuar medição 
de vazão, a placa de orifício é a mais 
simples, de menor custo e, portanto, a mais 
empregada. Consiste basicamente de uma 
chapa metálica, perfurada de forma precisa 
e calculada, a qual é instalada 
perpendicularmente ao eixo da tubulação 
entre flanges. Sua espessura varia em 
função do diâmetro da tubulação e da 
pressão da linha, indo desde 1/16” a 1/4”. 
O diâmetro do orifício é calculado 
de modo que seja o mais preciso possível, e suas dimensões sejam suficientes para produzir à 
máxima vazão uma pressão diferencial máxima adequada. 
É essencial que as bordas do orifício estejam sempre perfeitas, porque, se ficarem gastas, 
corroídas pelo fluido, a precisão da medição será comprometida. A placa de orifício pode ser 
ajustada mais convenientemente entre flanges de tubo adjacentes e pontos de tomadas de 
impulso feitos em lugares adequados, um montante da placa e o outro em um ponto no qual a 
velocidade, devido à restrição, seja máxima. Este ponto não é próprio orifício porque, devido à 
inércia do fluido, a área de sua secção transversal continua a diminuir após passar através do 
orifício, de forma que sua velocidade máxima está a jusante do orifício, na vena contracta. É 
neste ponto que a pressão é mais baixa e a diferença de pressão a mais acentuada. Outros tipos 
de tomadas de pressão conforme veremos mais adiante, também são utilizadas. 
As placas de orifício são costumeiramente fabricadas com aço inoxidável, monel, latão, 
etc. A escolha depende da natureza do fluido a medir. 
 
4.1.5.1. Tipos de orifícios 
 
4.1.5.1.1. Orifícios Concêntrico 
 
Este tipo de placa de orifício é utilizado para líquido, gases e vapor que não contenham 
sólidos em suspensão. Podemos ver sua representação a seguir: 
A face de entrada deverá ser 
polida. O ângulo de entrada do orifício 
deverá ser de 90° com aresta viva e 
totalmente isenta de rebarbas e 
imperfeições. Em fluidoa líquidos com 
possibilidade de vaporização a placa 
deve ter um orifício na parte superior 
para permitir o arraste do vapor. Em 
fluidos gasosos com possibilidade de 
formação de condensado o furo deve ser 
feito na parte inferior para permitir o dreno. 
15 
 
4.1.5.1.2. Orifícios Excêntricos 
 
Este tipo de orifício é utilizado em fluidos contendo sólidos em suspensão, os quais 
possam ser retidos e acumulados na base da placa; nesses casos, o orifício pode ser posicionado 
na parte baixa do tubo, para permitir que os sólidos passem. 
Este tipo de orifício é usado 
especialmente em tubulações 
horizontais. Ao contrário do que 
aconteceria com a placa de orifício 
concêntrica, neste não teríamos 
problemas de acúmulo de impurezas na 
entrada da placa. 
 
 
4.1.5.1.3. Orifício Segmental 
 
Este tipo de placa de orifício tem a abertura para passagem do fluido disposta em forma 
de segmentos de círculo. A placa de orifício segmental é destinada para uso em fluidos em 
regime laminar e com alta porcentagem de sólidos em suspensão. 
Existem duas maneiras para confeccionarmos orifícios segmentais: 
Para tubulações pequenas o orifício é geralmente preso entre dois flanges na tubulação. 
Para tubulações grandes (superiores a 24”) o orifício segmental é geralmente soldado 
inteiramente ao tubo. 
 
16 
 
4.2. MEDIÇÃODE VAZÃO POR ÁREA VARIÁVEL 
4.2.1. Rotâmetros 
 
Rotâmetro são medidores de vazão 
por área variável nos quais um flutuador 
varia sua posição dentro de um tubo cônico, 
proporcionalmente à vazão do fluido. 
 Basicamente um rotâmetro consiste de 
duas partes: 
1) Um tubo de vidro de formato 
cônico que é colocado verticalmente na 
tubulação, em que passará o fluido a ser 
medido e cuja extremidade maior fica 
voltada para cima. 
2) No interior do tubo cônico, um 
flutuador que se moverá verticalmente, em 
função da vazão medida. 
O fluido passa através no tubo da 
base para o topo. Quando não há vazão o 
flutuador permanece na base do tubo e seu 
diâmetro maior é usualmente selecionado 
de tal maneira que o bloqueia a pequena 
extremidade do tubo, quase que 
completamente. Quando a vazão começa e 
o fluido atinge o flutuador, o empuxo torna 
o flutuador mais leve, porém como o 
flutuador tem uma densidade maior que a 
do fluido, o empuxo não é suficiente para 
levantar o flutuador. Com a vazão, surge 
também uma força de atrito, entre o fluido 
e o flutuador, que tende a leva-lo para cima, 
a chamaremos de força de arraste. Quando a vazão atinge um valor que faça a força de arraste 
ser maior que a força peso do flutuador, este começará a subir. Se o tubo fosse paralelo o 
flutuador subiria até o topo; mas sendo cônico a força de arraste diminui à medida que o 
flutuador sobe até estabilizar em uma nova posição (pois aumenta a área disponível para a 
passagem do fluido). 
Qualquer aumento na vazão movimenta o flutuador para a parte superior do tubo de 
vidro e a diminuição causa uma queda a um nível mais baixo. Cada posição sua corresponde a 
um valor determinado de vazão e somente um. É somente necessário colocar uma escala 
calibrada na parte externa do tubo e a vazão poderá ser determinada pela observação direta da 
posição do flutuador. 
 
 
 
 
 
17 
 
5. MEDIDORES DIRETOS DE VOLUME DE FLUIDO PASSANTE. 
 
5.1. Medidores de vazão tipo deslocamento de positivo 
5.1.1. Disco Nutante 
 
Este tipo de medidor é utilizado principalmente para medidores de vazão de água, sendo 
utilizado principalmente em resistências. O líquido entra no medidor através da conexão de 
entrada, passa por um filtro indo ao topo da carcaça principal. O fluido então se movimenta 
para baixo, através da câmara de medição, indo até a base do medidor e daí a conexão da saída 
do medidor. 
 
O movimento do disco é controlado de tal forma que quando o líquido entra na câmara 
de medição, impele o pistão de medição o qual efetua um movimento de nutação completa em 
cada rotação. Estes movimentos são transmitidos por um conjunto de engrenagens ou 
acoplamento magnético ao indicador. 
 
5.1.2. Medidores Rotativos 
 
Este tipo de medidor de vazão aciona propulsores (rotores) internos. Sendo que sua 
velocidade de rotação será em função da velocidade do fluido através da câmara de medição. 3 
tipos básicos podem ser destacados: 
 Rotores de lóbulos Palhetas corrediças 
 
18 
 
 Palheta Retrátil 
 
Os rotores lobulares são os mais utilizados para medições de vazões de gases. Estes 
dispositivos possuem dois rotores com movimentos opostos com a posição relativamente fixa 
internamente, a uma estrutura cilíndrica. 
 
5.1.2.1. Rodas Ovais ou Engrenagens Ovais 
 
O medidor de vazão tipo “engrenagens ovais” existe desde 1932, quando foi inventado 
na Alemanha. Dessa forma, já possui mais de 70 anos de existência, o que comprova ainda mais 
que ele é um instrumento de alta confiabilidade e eficiente. Ele também é chamado de medidor 
de vazão tipo Deslocamento Positivo, pois as engrenagens ovais são deslocadas positivamente 
de acordo com a velocidade de escoamento do fluído. Entre os medidores volumétricos, ele se 
destaca em virtude de sua concepção robusta e suas engrenagens ovais, assim como por ser um 
medidor de construção e princípio de funcionamento muito simples. 
Independe da condutividade do líquido a ser medido ou de outras características do 
líquido tais como: densidade, pH, etc. Considerando-se que mede a vazão diretamente, 
apresenta longa vida útil e é tão preciso e confiável quanto um relógio suíço. 
Possui: 
 Alta precisão: +/- 0,2% do valor medido; 
 Alta “repetibilidade”: +/- 0,05%; 
 Amplo range de medição aplicado p/ Viscosidades de até 100.000 cP. 
O elemento de medição deste medidor, denominado conjunto sensor, é formado pelo 
par de engrenagens ovais que são movimentadas pelo fluído a ser medido. 
19 
 
Na figura anterior, cada rotação do par de engrenagens desloca um volume exato e pré-
determinado de líquido dentro da câmara de medição (parte molhada) do medidor. Com isso, o 
número de rotações das engrenagens ovais é diretamente proporcional ao volume medido. 
As rotações do par de engrenagens ovais são transmitidas por um sistema denominado 
de transmissão magnética para um outro sistema utilizado para visualização e indicação da 
vazão instantânea e também para a vazão totalizada. Quando for solicitada pelo cliente, esta 
indicação poderá ser visualizada no próprio local de instalação do medidor (instalação local) ou 
ainda à distância em outro local (instalação remota). 
Em casos de utilização de medidores com transmissão magnética poderá ainda existir 
uma saída de sinal para comunicação com PLCs, SDCDs e demais sistemas de controle, onde 
o operador poderá visualizar a vazão instantânea e totalizada pelo medidor podendo controlar 
o processo de uma maneira mais eficaz. 
Os medidores de engrenagens ovais têm a capacidade de trabalhar de uma maneira 
simples somente com indicação local, mas poderão inclusive estar compondo o mais complexo 
sistema de controle com a mesma eficácia e versatilidade. 
 
5.1.2.2. Roots 
 
Um medidor de lóbulos rotativos, ou 
medidor do tipo Roots, consiste de dois rotores 
em formato de "oito" montados dentro de uma 
carcaça e que giram em sentidos opostos. Os 
rotores são impelidos na direção mostrada pelo 
gás escoando e de tal modo que a cada ciclo de 
rotação um volume calibrado de gás é 
deslocado através do medidor. O escoamento é 
totalizado por meio da soma do número de 
ciclos do rotor. 
Nesses medidores, o que se mede 
primariamente é o volume de fluido deslocado 
pelo fluxo, e a vazão é computada a partir da 
derivada temporal dessa medida. Essa derivada 
é facilmente calculada, pois em geral são 
medidores rotativos, e a velocidade angular é, 
neste caso, proporcional a ela. 
 
 
Uma das principais desvantagens desse medidor é o seu tamanho, que deve aumentar 
de acordo com a vazão a ser medida. Eles também introduzem pulsações no escoamento a 
jusante. Em contrapartida, ele não insere uma perda de carga muito grande. Além disso, são 
imunes a variações no perfil de velocidade e na configuração da tubulação a montante. 
20 
 
Os modelos de medidores de deslocamento positivo são similares aos modelos das 
bombas e compressores de deslocamento positivo. 
 
5.2. Medidores de vazão por impacto do fluido 
 
5.2.1. Medidor Tipo Hélice 
 
São palhetas fixas em forma de hélices, circundando radialmente uma pequena região 
da parede externa do duto, as quais orientam o fluxo no interior do tubo provocando 
turbilhonamento. A corrente é conduzida através de um estreitamento, a semelhança de venturi, 
passando a seguir a uma expansão. A frequência de rotação do fluido é proporcional à 
velocidade do fluxo e é detectada por sensores piezoelétricos. 
 
 
Existem outras configurações que exploram estes efeitos deperturbação do fluido por 
bruscas mudanças locais de fluxo, tendo cada uma delas suas características peculiares de 
funcionamento. 
 
5.2.2. Medidor Tipo Turbina 
 
Um medidor de vazão tipo 
turbina, conforme a figura a seguir, 
consiste basicamente de um rotor 
provido de palhetas, suspenso numa 
corrente de fluido com seu eixo de 
rotação paralelo a direção do fluxo. 
O rotor é acionado pela passagem 
de fluido sobre as palhetas em 
ângulo; a velocidade angular do 
rotor é proporcional à velocidade 
do fluido que, por sua vez, é 
proporcional à vazão do volume. 
Uma bobina sensora na parte 
externa do corpo do medidor, 
detecta o movimento do rotor. 
Esta bobina é alimentada, 
produzindo um campo magnético. 
Como as palhetas do rotor são feitas de material ferroso, à medida que cada palheta passa em 
frente à bobina corta o campo magnético e produz um pulso. O sinal de saída é uma sequência 
de pulsos de tensão, em que cada pulso representa um pequeno volume determinado de líquido. 
21 
 
O sinal detectado é linear com a vazão. Unidades eletrônicas associadas permitem indicar a 
vazão unitária ou o volume totalizado, podendo efetuar a correção automática da temperatura 
e/ou pressão e outras funções. 
6. MEDIDORES ESPECIAIS 
 
Os medidores de vazão tradicionais apresentam algumas limitações como: seus sensores 
primários precisam ser submersos no fluxo a ser controlado, estas características tem a 
desvantagem de produzir perda de pressão na linha como também o acúmulo de partículas ou 
impurezas no sensor, proporcionando resultados incertos de medição. Os medidores de vazão 
do tipo especial objetivam superar exatamente essas limitações. 
 
6.1. Medidor de Vazão por Eletromagnetismo 
 
O princípio de medição é baseado na lei de Faraday que diz que: 
 
“Quando um condutor se move dentro de um campo magnético, é 
produzida uma força eletromotriz (f.e.m.) proporcional a sua velocidade” 
 
Vamos supor que nós temos um campo magnético, com densidade de fluxo magnético 
igual a B (gauss), aplicado a uma seção de uma tubulação com diâmetro D (cm). 
Se a velocidade média do fluido que passa pela tubulação é igual a V (cm/seg), quando 
colocamos um par de eletrodos em uma posição perpendicular ao fluxo magnético, teremos 
uma força eletromotriz E(V) induzida nestes eletrodos, e a sua amplitude dada por: 
 
E = B . D . V 
 
 A figura ilustra a disposição física dos componentes do medidor em uma tubulação. 
 
B - Densidade do fluxo magnético [ weber/m² ] 
D - Distância entre os eletrodos [m] 
V - Velocidade do fluxo [m/s] 
E - Tensão induzida [Volts] 
 
Vazão de um fluido em um tubo: 
 
Q = 
π
4
 ∙ D2 ∙ V 
22 
 
Tirando o valor da velocidade (V) da equação acima e substituindo na equação anterior. 
Teremos a vazão (Q) dada em função da densidade de fluxo magnético (B), força eletromotriz 
induzida (E) e o diâmetro da tubulação. 
 
Q = 
π
4
 ∙ 
(E)
(B)
 ∙ D 
 
Como podemos observar pela equação, variações na densidade de fluxo magnético (B) 
provoca erro direto no valor de vazão (Q). 
A influência das variações de (B) no sinal de vazão (Q) é eliminada pelo transmissor, 
que também amplifica o micro sinal que vem do detector de modo que esse sinal possa operar 
os instrumentos de recepção. 
O medidor de vazão eletromagnético utiliza um campo magnético com forma de onda 
quadrada em baixa frequência, e lê o sinal de vazão quando o fluxo magnético está 
completamente saturado fazendo com que não ocorra influência no sinal devido a flutuações de 
corrente. 
Todos os detectores são ajustados de maneira que a relação da tensão induzida (E) pela 
densidade de fluxo magnético (B) seja mantida em um valor proporcional, somente à velocidade 
média do fluxo, independente do diâmetro, alimentação e frequência. 
 
 É de suma importância que a parede interna da tubulação não conduza eletricidade e que 
a parte do tubo ocupada pelo volume definido pelas bobinas não provoque distorções no campo 
magnético. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
6.2. Calha Parshall 
 
A Calha Parshall é um 
dispositivo tradicional para 
medição de vazão em canais abertos 
de líquidos fluindo por gravidade. 
Muito utilizado em estações de 
tratamento de água para a realização 
de duas importantes funções: Medir 
com relativa facilidade e de forma 
contínua, as vazões de entrada e 
saída de água e atuar como 
misturador rápido, facilitando a 
dispersão dos coagulantes na água, 
durante o processo de coagulação. 
Basicamente, consiste numa seção 
convergente, numa seção 
estrangulada denominada 
“garganta” e uma seção divergente, 
dispostas em planta. O fundo da unidade é em nível na seção convergente, em declive na 
“garganta” e em aclive na seção divergente. Em suma, é um medidor tipo Venturi que mede a 
altura estática do fluxo. É um medir mais vantajoso que o vertedor, porque apresenta menor perda 
de carga e serve para medir fluidos com sólidos em suspensão. Seu princípio de funcionamento 
se dá da seguinte forma: O fluido é tranquilizado em sua seção convergente evitando os efeitos 
da velocidade e eliminando as necessidades de bacias de tranquilização. A instalação é fácil e de 
baixo custo. 
 
6.3. Medidor de Vazão Tipo Coriolis 
 
Este medidor de vazão utiliza um fenômeno 
físico que envolve a inércia e a aceleração 
centrípeta. A vazão de uma tubulação é dividida em 
duas por dois tubos paralelos que possuem forma de 
“U”, e ao fim destes tubos a vazão volta a ser 
conduzida por um único tubo. Próximo da parte 
inferior de cada “U“ existem eletroímãs que fazem 
os dois tubos oscilarem em suas frequências naturais 
de vibração e cuja a amplitude não ultrapassa alguns 
milímetros. Com o passar de fluido pelos tubos, em 
função desta oscilação, surge uma torção nos tubos 
cuja defasagem permite a medição da vazão 
mássica. Em suma, é um instrumento medidor de 
vazão que a mede por meio da medição da oscilação (vibração) de um tubo interno ao medidor 
por meio da aplicação o princípio de Coriólis (no qual um corpo em movimento dentro de um 
sistema rotacional tende a sofrer um desvio lateral dada a força rotacional) que é uma técnica 
direta ou dinâmica que gera um sinal proporcional a vazão mássica. 
24 
 
6.4. Medidores Vórtex 
 
Esses Medidores são utilizados na medição de vazão de líquidos de baixa viscosidade, 
gases e vapor (saturado e superaquecido). 
Os MEDIDORES VORTEX se 
caracterizam pela ausência de partes móveis 
em contato com o fluido, baixa perda de 
carga e boa precisão. 
Quando um anteparo de geometria 
definida é colocado de forma a obstruir 
parcialmente uma tubulação em que escoa 
um fluido, ocorre a formação de vórtices; 
que se desprendem alternadamente de cada 
lado do anteparo. Este é um fenômeno 
muito conhecido e demonstrado em todos os 
livros de mecânica dos fluidos. 
 
6.5. Medidores Ultrassônicos 
 
Um medidor de vazão ultrassônico utiliza o efeito da diferença do tempo de propagação, 
o chamado “tempo de trânsito”, de pulsos ultrassônicos para a determinação da variável medida. 
Este princípio mede o efeito da 
velocidade do fluxo de um líquido 
através sinais acústicos 
bidirecionais. Os transdutores são 
normalmente instalados com um 
ângulo entre 30º e 45º e são 
instalados à montante do fluxo 
que emite um sinal para um 
transdutor instalado à jusante do 
fluxo que, por sua vez, emite um 
sinal em sentido contrário. 
 
 Os medidores de vazão que usam a velocidade do som como meio auxiliar de medição 
podem ser divididos em dois tipos principais: 
 
 MEDIDORESA EFEITO DOPPLER; 
 MEDIDORES DE TEMPO DE TRÂNSITO. 
 
Existem medidores ultrassônicos nos quais os transdutores são presos à superfície externa 
da tubulação, e outros com os transdutores em contato direto com o fluído. Os transdutores-
emissores de ultrassons consistem em cristais piezoelétricos que são usados como fonte de 
ultrassom, para enviar sinais acústicos que passam no fluído, antes de atingir os sensores 
correspondentes. 
25 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FIALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises / 
Arivelto Bustamante Fialho. – 7ª edição – São Paulo: Erica, 2010. 
 
SENAI/CST (Companhia Siderúrgica Tubarão. Instrumentação Básica II: Vazão, Temperatura 
e Analítica. – 1ª Edição – Vitória - ES: SENAI, 1999. 
 
SIGHIERI, Luciano , NISHINARI, Akiyoshi, Controle Automático de Processos Industriais – 
Instrumentação, Edgar Blücher, 1973 – Reimpressão 1998. 
 
CEFETES, Instrumentação Industrial – Módulo: Vazão. Curso de Automação Industrial. – 1ª 
Edição – Janeiro 2006. 
 
Catálogos e Manuais de Medidores de Vazão de Engrenagens Ovais – METROVAL Controle 
de Fluidos Ltda., 2003. Medição de Vazão de Gás Natural – SENAI-SANTOS. Gerard Delmée, 
2002. 
 
REIS, Reverson. Instrumentação Industrial: Sensores e Transdutores. Disponível em: 
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAqEMAE/instrumentacao-industrial>. Acesso em: 
05/03/2016. 
 
WIKILIVROS. Mecânica dos Fluidos/ Medidores de Deslocamento positivo. Disponível em: 
<https://pt.wikibooks.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos/Medidores_de_deslocamento_
positivo>. Acesso em: 05/03/2016. 
 
MSPC. Fluidos 03-30: Medidores Comuns de Vazão. Disponível: 
<http://www.mspc.eng.br/fldetc/fluid_0330.shtml>. Acesso: 06/03/2016.

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