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Trematoides_2011

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Alda Maria B N Madeira 
BMP0222 – Introdução à Parasitologia Veterinária 
Trematoides 
Trematódeos - Classificação 
Platelmynthes 
Trematoda 
Aspidogastrea 	
Digenea 
Classe 
Sub-classe 
Echinostomida 
Ordem 
Fasciolidae 
Família 
Plagiorchiida 
Dicrocoeliidae 
Fasciola hepatica 
Eurytrema spp 
Strigeidida 
Schistosomatidae 
Schistosoma mansoni 
Espécie 
Filo 
Paramphistomidae 
Paramphistomum spp 
•  Considerável importância médico veterinária. 
•  São achatados dorsoventralmente 
•  Trato digestivo termina em fundo cego. 
•  Apresentam ventosas para fixação. 
•  São hermafroditas (de um modo geral). 
•  Parasitam animais vertebrados. 
•  Ocorrem geralmente nos dutos biliares, no trato 
digestivo e no sistema vascular. 
•  Geralmente os ovos saem pelas fezes ou urina 
e os estágios larvais desenvolvem num 
hospedeiro intermediário (molusco). 
Trematoides digenéticos 
Fasciola hepatica 
Fasciola hepatica 
Fasciola hepatica – Introdução 
•  Fasciolose é causada pela Fasciola hepatica. 
•  Cosmopolita, principalmente em regiões próximas a áreas alagadiças e 
sujeitas à inundações. 
•  Parasita dutos biliares do fígado de mamíferos, principalmente bovinos 
e ovinos. Também acomete equinos, asininos, cervídeos, suínos e 
coelhos. 
•  Zoonose – acidentalmente. 
•  Há acometimento hepático e emagrecimento. Nas infecções agudas, 
causa anemia, diarréia sanguinolenta e morte dos animais. 
•  Maiores prejuízos: Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa 
Catarina e Rio Grande do Sul. 
•  Perda econômica: redução da produtividade, condenação dos fígados 
nos abatedouros. Rio Grande do Sul: taxa de condenação dos fígados 
de bovinos (13%), ovinos (7%). 
Fasciola hepatica – Morfologia 
•  Aspecto foliáceo, medindo 3 x 1,5 cm. 
•  Corpo achatado dorsoventralmente, no animal vivo deforma-se 
continuamente devido às contrações musculares. 
•  Não existe cavidade corpórea, os órgãos abrigam-se num parênquima. 
•  Tegumento com espinhos. 
•  Ventosas oral (extremidade anterior) e ventral (no terço anterior do 
parasita). 
•  São hermafroditas. 
Fasciola hepatica
• Definitive Host: Herbivorous mammals. 
Occasionally humans.
• First Intermediate Host: Aquatic snails
• Second Intermediate Host: None. 
Metacercaria form on aquatic plant or water 
column.
Fasciola hepatica – Morfologia 
1.  Aparelho digestivo 
a.  Ventosa oral 
b.  Ventosa ventral 
c.  Dois ramos intestinais 
d.  Nume ro sa s ram i f i c a çõe s que 
terminam em fundo cego. 
2.  Substâncias não digeridas provavelmente 
são regurgitadas 
Fasciola hepatica – Morfologia 
1.  Aparelho genital feminino 
a.  Poro genital 
b.  Útero 
c.  Oótipo (geração da casca do 
ovo) 
d.  Um só ovário ramificado 
e.  C a n a i s d a s g l â n d u l a s 
vitelogênicas 
f.  Ácinos glandulares 
Fasciola hepatica – Morfologia 
1.  Aparelho genital masculino 
a.  Cirro desenvaginado 
b.  B o l s a do c i r r o c on t endo 
segmento prostático 
c.  Dois canais eferentes 
d.  Testículo posterior ramificado 
2.  Test í cu lo anter io r também é 
ramificado (não mostrado). 
3.  Autofecundação não é usual 
Fasciola hepatica – Morfologia 
Fasciola hepatica – Morfologia 
Fasciola hepatica – Adulto 
•  Parasita a vesícula biliar e os canais biliares mais calibrosos do 
hospedeiro vertebrado. 
•  Pela ação do parasita os canais tornam-se hipertrofiados. 
•  Os parasitas nutrem-se do conteúdo biliar, de produtos da reação 
inflamatória e produtos necróticos. 
•  A longevidade dos parasitas pode chegar até 8 a 10 anos (ovinos) 
•  Em bovinos a longevidade dos parasitas geralmente é de 1 ano. 
Fasciola hepatica 
•  Um ovo de trematóide  centenas de adultos. 
•  Isto se deve ao fenômeno de pedogênese que ocorre no hospedeiro 
intermediário. 
•  Pedogênese: uma única forma larval gera vários adultos. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Ovo de Fasciola hepatica 	
•  Trematóides adultos são ovíparos. Põem ovos com um opérculo. 
•  Capacidade de postura de até 20.000 ovos/dia 
•  Os ovos são postos nos canais biliares, arrastados pela bile, sendo 
eliminados juntamente com as fezes. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – ovo 
•  Ovos grandes, aproximadamente o dobro do tamanho de um ovo de 
tricostrongilídeo (140 µm x 60 a 100µm), ovais ou elípticos, de casca 
fina, operculado. 
•  Apenas os ovos presentes em locais úmidos ou que são arrastados 
pelas águas das chuvas para estes locais se desenvolverão. 
•  Ovo não sobrevive à dessecação e à temperaturas baixas. 
Ovo Fasciola hepatica 	
•  Em água sob temperatura adequada, os ovos passam por 
desenvolvimento embrionário  miracídio (larva piriforme ciliada). 
•  Sob estímulo da luz, o miracídio digere o cemento protéico que mantém 
o opérculo fechado e emerge do ovo em poucos minutos. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – miracídio 
•  Possui revestimento ciliar, tem capacidade de nadar é a forma 
infectante para o hospedeiro intermediário (molusco do gênero 
Lymnaea). Contém inúmeras células germinativas. 
•  Quando liberado na água, não se alimenta, necessita infectar o 
hospedeiro intermediário dentro de três horas. A penetração demora 
30 minutos. 
•  Pode penetrar próximo à antena, pé, branquias do molusco. Após a 
penetração migra para os tecidos adjacentes. 
Fasciola hepatica – molusco 
Lymnaea spp. 
•  Vive em coleções de águas superficiais, margens dos lagos e represas, 
nos brejos e pastagens alagadiças. 
•  Alimentam-se de microalgas. 
•  Microalgas necessitam de luz para seu metabolismo. 
•  Moluscos nunca são encontrados em locais sombrios. 
•  Época de seca prolongada: caramujo em estivação (hibernação). 
•  Na época das cheias são transportados pela águas correntes, inundação. 
•  Após a penetração o miracídio perde os cílios e origina uma estrutura 
alongada denominada de esporocisto. 
•  Há perda dos cílios, abosorve alimento do hospedeiro pelo íntimo 
contato. 
•  Células germinativas se desenvolvem originando as rédias. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – esporocisto 
Esporocisto 
•  Cada esporocisto origina a 5 ou 8 rédias 
•  Rédias saem do esporocisto e colonizam o hepatopâncreas do molusco. 
•  Condições ambientais favoráveis para o caramujo: rédia gera cercárias 
•  Condições ambientais inadequadas para o caramujo: rédia gera rédias 
filhas ou de segunda geração. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – rédia 
Rédias 
•  Cercárias (trematóides jovens com cauda longa) emergem ativamente 
do caramujo, em quantidades consideráveis. 
•  Estímulo para saída das cercárias do caramujo está geralmente 
associado à alterações de temperatura e intensidade da luz. 
•  Uma vez infectado, o caramujo continua sempre produzindo cercárias. 
•  Os caramujos morrem devido ao desenvolvimento do parasita no 
hepatopâncreas. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – cercárias 
•  Cercária é oval ou arredondada, mede 20 µm e possui uma cauda 
simples medindo 500 µm que se agita como um chicote. 
•  Apresenta cachos de glândulas cistógenas. 
Cercárias 
Fasciola hepatica – cercárias 
•  Cercárias nadam por algum tempo, 
elimina o conteúdo das glândulas 
cistógenas que a recobre, perde 
sua cauda e se encista fixando-se à 
vegetação  metacercária. 
•  As metacercárias podem sobreviver 
na vegetaçãopor até 3 meses 
entre 20 a 30 oC. 
•  A infecção de um caramujo por um 
miracídio pode gerar mais de 600 
metacercárias. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – metacercária 
•  Uma vez ingerido, a parede externa do cisto é removida 
mecanicamente durante a mastigação. 
•  A ruptura do cisto ocorre no intestino às custas da presença de 
enzimas. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
•  Trematóide jovem atravessa a parede intestinal  cavidade peritoneal, 
 parênquima hepático (migram por 6 a 8 semanas)  dutos biliares 
onde amadurecem sexualmente. 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Fasciola hepatica – ciclo biológico 
Ciclo biológico 
Fasciola hepatica 
Período pré-patente: 10 a 12 semanas 
Ciclo: 17 a 18 semanas 
Fasciola hepatica – Patogênese 
•  Migração de grande quantidade de larvas no parênquima hepático  
hepatite traumática e hemorragia. 
•  Parasita presente nos dutos biliares, atividade hematófaga e lesão da 
mucosa biliar pelos espinhos  Colangite (inflamação dos dutos biliares) 
crônica, hiperplasia do epitélio tubular dos canais biliares. 
•  Pode ocorrer obstrução dos canais biliares e icterícia. 
•  Como conseqüência há fibrose hepática. 
Fasciola hepatica no fígado 
Fasciola hepatica – Ovinos 
•  Fasciolose em ovinos pode ser bastante exuberante. 
projovem.drapc.min-agricultura.pt 
Fasciola hepatica – Ovinos 
•  Pode ser aguda, subaguda ou crônica 
•  Aguda: 
•  Ocorre após 2 a 6 semanas da ingestão de grandes quantidades de 
metacercárias (>2000). 
•  Há hemorragia resultante da ruptura de vasos sanguíneos, lesão 
hepática (migração dos parasitas). 
•  Pode ocorrer morte súbita, fraqueza, pode apresentar mucosas 
pálidas, fígado dilatado, dor abdominal. 
Fígado – fasciolose aguda 
Fasciola hepatica – Ovinos 
•  Subaguda: 
•  Ocorre após 6 a 10 semanas de ingestão de 500 a 1500 
metacercárias. 
•  Ingestão de metacrecárias por um período longo  há várias fases do 
ciclo de vida do parasita no hospedeiro. 
•  Semelhante à aguda, mas de menor intensidade. 
Fasciola hepatica – Ovinos 
•  Crônica 
•  Forma mais comum. 
•  Ocorre após 4 a 5 meses da ingestão de quantidades moderadas 
(200 a 500) metacercárias. 
•  Há fibrose hepática e colangite hiperplásica. 
•  Há perda progressiva de peso, anemia, hipoalbuminemia, 
emagrecimento, palidez das mucosas, edema submandibular e 
ascite. 
Fasciola hepatica – Ovinos 
en.wikipedia.org 	
Hipertrofia dos dutos biliares 
Fasciola hepatica – Ovinos 
projovem.drapc.min-agricultura.pt	
Fibrose hepática 
Fasciola hepatica – Bovinos 
Fasciola hepatica – Bovinos 
•  A forma crônica é a mais importante. 
•  Comumente registrada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. 
•  Semelhante ao quadro crônico em ovinos. 
•  Há também calcificação dos dutos biliares e dilatação da vesícula biliar. 
•  Sintomas: inespecíficos, queda dos índices de produtividade, queda na 
produção e qualidade do leite. 
Fasciola hepatica – Bovinos 
Fasciolose crônica 	
www.feedfood.com.br 	
Fasciola hepatica – Patogênese 
•  Ovinos: resposta imune, mas não há 
comprovações de que os animais não 
possam se reinfectar. 
•  Bov inos: Sur tos recor rentes → 
desenvo l v imen to de imun idade 
adquirida. 
Fasciola hepatica – Diagnóstico 
•  Clínico: Sintomas observados. 
•  Epidemiológico: Ocorrência sazonal, ocorrência dos habitats dos 
caramujos, identificação destes hospedeiros intermediários. 
•  Necroscópico: lesões no parênquima hepático e nos dutos biliares, 
encontro dos parasitas. 
•  Laboratorial: 
•  Métodos diretos: 
•  Exame de fezes: presença de ovos de coloração amarelada nas 
fezes (observados na segunda e terceira fase da doença). 
•  Avaliação dos níveis plasmáticos de enzimas hepáticas 
(bovinos). 
•  Métodos indiretos (pesquisa de anticorpos contra a F.hepatica: 
ELISA 
Fasciola hepatica – Diagnóstico 
Fasciola hepatica – Epidemiologia 
•  Ocorrência da Fasciolose depende: 
•  Fonte de infecção (animal parasitado). 
•  Condições ambientais que permitam o desenvolvimento do ovo e do 
molusco Lymnea. 
•  Habitat do molusco: 
•  Açudes, brejos 
•  Plantações irrigadas (lavouras de arroz) 
•  Locais sujeitos à inundações periódicas (fasciolose ocorre em 
determinadas épocas do ano): 
•  Estação seca: moluscos em estivação, não há eliminação de 
cercárias. 
•  Chuvas: moluscos reproduzem-se rapidamente, fezes dos 
animais carreadas para as regiões mais baixas. Eliminação de 
cercárias pelos moluscos. 
Fasciola hepatica – Epidemiologia 
Fasciola hepatica – Controle 
•  Eliminação da fonte de infecção: tratamento de todos os animais 
presentes na área de risco com ou sem sintomas. 
•  Destruição dos caramujos: é quase impossível eliminar todos os 
moluscos, deve tentar reduzir a população em níveis mínimos. O 
miracídio tem pouco tempo de vida e necessita penetrar no molusco 
dentro de poucas horas após sua eclosão. 
•  Empregar molusquicidas 
•  Drenar áreas úmidas 
•  Eliminação da vegetação aquática modificando o habitat dos 
moluscos. 
•  Evitar áreas de pastagens pantanosas e alagadiças 
•  Os ovos somente realizam desenvolvimento embrionário em locais 
úmidos 
•  Metacercária presente na vegetação 
Fasciola hepatica – Tratamento 
•  Formas jovens com mais de 1 semana de idade: dianfenetida, 
triclabendazol 
•  Parasitas com mais de 4 semanas: rafoxanida, nitroxinil 
•  Recomenda-se quando possível, a transferência dos animais para 
pastagens livre dos trematóides. 
Fasciola hepatica 
Paramphistomum spp. 
Paramphistomum spp – Introdução 
•  Seu formato é diferenciado, são cônicos e não achatados, tem cerca de 
1 cm de comprimento. 
•  O gênero Paramphistomum inclui espécies que parasitam o rúmen e o 
retículo de bovinos, ovinos e caprinos. 
•  A espécies mais importantes são: Paramphistomum cervi e P. 
microbothrium. 
Paramphistomum 
Paramphistomum cervi 
Formas adultas 
Paramphistomum spp. – Introdução 
•  Estágios adultos: rúmen e retículo 
•  Estágios imaturos: duodeno. 
•  O ciclo deste parasita é semelhante ao da Fasciola hepatica e também 
culmina com a formação de metacercárias. 
•  HI: caramujos aquáticos (gêneros Planorbis e Bulinus) 
•  As metacercárias são ingeridas com a pastagem e desencapsulamento 
da metacercária ocorre no duodeno. 
•  Os trematódeos jovens se fixam e nutrem-se no duodeno por seis 
semanas antes de migrarem para o rúmen e retículo. 
•  Em infecções maciças os parasitas jovens causam uma enterite severa. 
•  Os parasitas adultos praticamente não causam danos aos animais. 
Paramphistomum spp. – Epidemiologia 
•  A doença ocorre em locais onde há coleções permanentes de água, 
como lagos, que servem como fonte de caramujos para áreas alagadas 
durante as inundações. 
•  Bovinos geralmente desenvolvem boa imunidade, sendo os surtos mais 
comuns em animais jovens. 
•  Bovinos adultos podem abrigar pequeno número de parasitas, atuando 
como reservatórios para os bezerros. 
•  Ovinos e caprinos são igualmente suscetíveis por toda a vida. 
Paramphistomum spp. – Epidemiologia 
Paramphistomum cervi em rúmen 
Paramphistomum spp. - Diagnóstico 
•  Clínico: sintomatologia em animais jovens associado a histórico de 
pastejo em áreas encharcadas. 
•  Exame de fezes 
•  Presença de ovos de coloração clara, semelhantes ao de Fasciola 
hepatica. 
•  Importante: os sintomas ocorrem no período pré-patente. 
•  Necroscópico: confirmatório,pode-se encontrar os trematóides no 
duodeno. 
Paramphistomum spp. – Tratamento/Controle 
•  Tratamento: 
•  Formas imaturas: rafoxanida, niclofolan 
•  Formas adultas: oxiclozanida 
•  Controle: 
•  Impedir o acesso dos animais às fontes naturais de água. 
•  Aplicação de molusquicidas ou remoção manual dos mesmos. 
Eurytrema coelomaticum 
Eurytrema coelomaticum – Introdução 
•  Parasita canais pancreáticos de bovinos, caprinos e ovinos. 
•  O verme adulto mede de 8 a 16 x 5 a 8,5 mm. 
•  Hospedeiros intermediários: caramujos terrestres e os gafanhotos. 
Eurytrema spp 	
Eurytrema coelomaticum – Introdução 
Eurytrema spp 	
tes$culo 
 
intes+no 
ventosa	
  
ventral 
 
útero 
 
ventosa	
  oral 
 
útero 
 
ovário 
 glândulas	
  
vitelogênicasa 
 
Eurytrema coelomaticum – Ciclo Biológico 
•  Os moluscos ingerem os ovos eliminados nas fezes. 
•  Após 4 semanas há formação de esporocistos nas glândulas digestivas 
dos moluscos. 
•  Não há geração de rédias. 
•  Um esporocisto de 1a geração 100 esporocistos de 2a geração  200 
cercárias que são eliminadas ainda dentro do esporocisto pelo molusco à 
medida que o mesmo se locomove pela vegetação. 
•  A cercária é do tipo microcercária, possuindo forma oval, cauda curta e 
um estilete na extremidade anterior. 
•  O esporocisto contendo as cercárias são ingeridos pelo gafanhoto. Estas 
cercárias se transformarão em metacercárias. 
•  Os hospedeiros vertebrados se infectam ingerindo os gafanhotos 
juntamente com as pastagens. 
Eurytrema coelomaticum – Ciclo Biológico 
Molusco do gênero Bradybaena 	
Gafanhoto do gênero Conocephalus 	
Eurytrema coelomaticum – Lesões 
•  As lesões no pâncreas são decorrentes do processo inflamatório crônico 
dos canais pancreáticos, especialmente em infecções maciças. 
•  Há pancreatite crônica, obstrução dos canais pancreáticos. 
•  Apesar destes parasitas serem freqüentes, não há relatos de mortalidade 
devido ao parasitismo. 
Lesões em pâncreas 	
Eurytrema coelomaticum – Diagnóstico/ Tratamento 
•  Diagnóstico: Presença de ovos nas fezes 
•  Tratamento: não há tratamento eficaz. 
Ovos de Eurytrema spp. 
Schistosoma mansoni 
•  Schistosoma mansoni causa esquistossomose 
•  O Schistosoma mansoni ocorre na África, América do Sul e Antilhas. 
•  Distribuição geográfica: condicionada à presença de espécies de 
moluscos de água doce, do gênero Biomphalaria (hospedeiro 
intermediário). 
•  No mundo estima-se que de 150 a 200 milhões de pessoas estejam 
infectadas pelo trematódeo. A maioria destas pessoas vivem na Ásia ou 
África. Em seguida, América do Sul e Caribe. 
•  No Brasil admite-se que mais de 6 milhões de pessoas estejam 
infectadas. 
•  É considerada como um dos problemas mais sérios de saúde pública. 
Schistosoma mansoni – Introdução 
Schistosoma mansoni – Introdução 
•  Importante para ovinos (principalmente) e bovinos. 
•  Os vermes adultos se localizam nas veias mesentéricas do intestino 
grosso, sigmóide e reto, com sintomas predominantemente intestinais. 
•  Doença aguda: Diarréia e anorexia que ocorre após 6 a 8 semanas da 
infecção maciça. 
•  Há resposta inflamatória e granulomatosa decorrente da deposição dos 
ovos nas vênulas e sua subseqüente infiltração na mucosa intestinal. 
Schistosoma mansoni – Introdução 
•  Os trematódeos do gênero Schistosoma distinguem-se de outros 
Digenea por apresentarem os sexos separados, um acentuado 
dimorfismo sexual e pelo fato dos machos apresentarem menos de 10 
massas testiculares. 
Schistosoma mansoni – Introdução 
Macho Fêmea 
Schistosoma mansoni – Adultos 
•  Diferentemente dos trematódeos, os esquistosomos apresentam-se 
como vermes delgados e longos. 
•  Alimentam-se de sangue venoso. 
•  Há contínua renovação da membrana externa dos esquistossomos  
resistência dos vermes adultos à ação dos anticorpos. 
•  Tegumento recoberto de espinhos  auxilia na progressão nos vasos 
sanguíneos. 
•  Locomoção: extensão e contração do corpo, ventosas auxiliam na 
fixação e apoio. 
•  Longevidade dos adultos: ainda não se sabe, 3 a 5 anos ou mais. 
Schistosoma mansoni – Macho 
•  Macho: mede cerca de 1 cm de 
comprimento por 0,11 cm de largura e sua 
cor é branca. 
•  Apresenta duas ventosas e abaixo há o 
canal ginecóforo onde a fêmea se aloja. 
Schistosoma mansoni – Macho 
Schistosoma mansoni – Macho 
a.  Ventosa oral e boca 
b.  Porção anterior do intestino. 
c.  Acetábulo ou ventosa ventral 
d.  Vesícula seminal 
e.  Canal deferente 
f.  Testículos 
g.  Porção média do intestino 
h.  Ceco 
Schistosoma mansoni – Fêmea 
•  Fêmea: corpo cilíndrico, mais longo e 
fino que o macho (1,2 a 1,6 cm por 
0,016 cm de diâmetro. 
•  É mais escura e acinzentada: tem um 
pigmento derivado da digestão do 
sangue: hemozoína. 
•  As duas ventosas são muito pequenas e 
próximas uma da outra. 
•  Necessita do macho para completar o 
desenvolvimento do aparelho reprodutor 
(machos eliminam peptídeos que 
influenciam a fisiologia reprodutiva da 
fêmea). 
•  A fêmea raramente abandona o canal 
ginecórofo do macho. 
Schistosoma mansoni – Fêmea 
b.  Porção anterior do intestino. 
i.  Orifício genital 
j.  Útero contendo dois ovos 
k.  Ovo em processo de formação da casca no oótipo 
l.  Oviduto 
m. Ovário 
n.  Viteloduto 
o.  Glândulas vitelinas 
Schistosoma mansoni – Adultos 
Schistosoma mansoni – Adultos 
•  Adultos acasalados  vênulas do plexo 
hemorroidário superior e ramificações 
das veias mesentéricas, caminhando 
contra a corrente sanguínea. 
•  A cópula ocorre pela coaptação dos 
orifícios genitais masculino e feminino. 
•  Fêmea: se alonga, se insinua nos 
capilares  depositam seus ovos. 
•  Macho e fêmea  outras vênulas  
para continuar a ovoposição. 
Schistosoma mansoni – Ovo 
•  As fêmeas depositam um ovo por vez, podendo 
chegar até 300 ovos ao longo das vênulas, capilares 
dos intestinos delgado e grosso do hospedeiro. 
•  O ovo mede em média 150 µm x 65 µm, e tem um 
espinho lateral saliente pontiagudo. 
•  Dentro do ovo desenvolve-se o miracídio. 
•  Ovos migram da luz dos capilares da mucosa ou 
submucosa do intestino para a cavidade intestinal 
para serem expulsos pelas fezes (este processo 
demora 1 semana). 
•  A expectativa de vida dos ovos maduros é de 20 dias. 
•  A eclosão do miracídio nunca ocorre no hospedeiro 
(talvez devido à isotonicidade). 
Schistosoma mansoni – Miracídio 
•  Na água sob estímulos fotoquímicos, térmicos ou 
osmótico, miracídios rompem a casca do ovo e eclodem. 
•  Assim que eclodem, alongam-se e nadam ativamente 
formando grandes círculos. 
•  Os miracídios aparentemente tem fotorreceptores 
procurando sempre por águas mais claras, iluminadas. 
•  Durante a fase livre na água a atividade deste 
organismo se dá às custas da reserva de glicogênio e de 
consumo de oxigênio do meio. 
•  Apresentam inúmeras ventosas que auxiliam na 
aderência da larva à superfície do molusco, há glândulas 
de adesão e de penetração. 
•  Também apresentam numerosas células germinativas 
agrupadas na metade posterior do miracídio. 
Schistosoma mansoni – Miracídio 
•  Nadam junto à superfície, são capazes de ir atrás do molusco mesmo 
áreas de 1 a 2 m de profundidade. 
•  A penetração deve ocorrer dentro das primeiras horas após a eclosão, 
pois sua viabilidade decresce bastante chegando a zero em 10 a 12 
horas após a eclosão. 
•  A atividade do miracídio aumenta na presença do molusco. 
•  A invasão se dá em qualquer pontodo tegumento do molusco. 
Biomphalaria glabrata 
Biomphalaria glabrata 
Schistosoma mansoni – Esporocisto 
•  Ao penetrar no molusco, o miracídio perde seu revestimento epitelial 
ciliado e imobiliza-se no ponto de penetração. 
•  Os órgãos de penetração desaparecem e a musculatura atrofia. 
•  Transforma-se em um saco alongado que contém uma série de células 
germinativas, o esporocisto primário. Rompe-se liberando cerca de 20 a 
40 esporocistos filhos. 
•  Os esporocistos filhos ou secundários migram para o hepatopâncreas e 
ovotestis do molusco onde continuam a crescer. 
•  Os esporocistos secundários maturam e originam as cercárias (demora 
de 3 a 4 semanas). 
•  Os esporocistos secundários  terceira geração de esporocistos  
cercárias (este ciclo pode ocorrer por várias gerações). 
Schistosoma mansoni – Esporocisto 
•  Pode haver a produção de centenas de cercárias no interior do 
molusco. 
•  Não há geração de rédias. 
•  Interessante: se o molusco é retirado da água, a evolução, 
multiplicação do parasita se interrompe reiniciando quando o mesmo 
volta às condições normais. 
Schistosoma mansoni – Cercária 
•  Após quatro semanas da penetração do miracídio os moluscos 
começam eliminar as cercárias e isto se dá de maneira intermitente. 
•  Geralmente são liberadas nas horas mais quentes e claras do dia. 
•  As cercárias saem do esporocisto  espaços sanguíneos ao redor do 
hepatopâncreas e ovotestis  seguem pela corrente circulatória que 
envolvem o intestino posterior  pseudobrânquia  formação de 
minúsculas vesículas no tegumento dos moluscos que se rompem 
liberando as cercárias. 
•  Cada molusco elimina cercárias somente de um único sexo 
•  O molusco Biomphalaria glabrata pode eliminar de 1000 a 3000 
cercárias por dia e mais de 100.000 por toda a vida. 
•  Na água, as cercárias tendem a se acumular na superfície. 
Schistosoma mansoni – Cercária 
•  Apresentam contorno piriforme, o tegumento apresenta microespinhos, na 
extremidade anterior tem um órgão de fixação cefálico e uma cauda 
bifurcada. 
•  São bastante móveis e medem cerca de 500 µm de comprimento. 
•  Durante o deslocamento, a cauda sempre precede o corpo. 
•  Apresenta duas ventosas, uma oral e outra ventral. 
•  A longevidade das cercárias pode estender-se por dois dias, mas a taxa de 
infectividade decai bastante. 
Schistosoma mansoni – Esquistossômulos 
•  Estimuladas pelas substâncias lipídicas presentes na pele do 
hospedeiro, as cercárias penetram na pele do hospedeiro definitivo 
devido à ação lítica das proteases presentes nas glândulas. Podem 
também ser ingeridas. 
•  Após a invasão que ocorre em alguns minutos, a cauda é deixada no 
meio exterior. 
•  Assim que invade, a cercária transforma-se em esquistossômulo. 
Schistosoma mansoni – Esquistossômulos 
•  Permanece na pele por dois ou 
três dias. Se não for destruído 
pelo sistema de defesa do 
hospedeiro, penetra em algum 
vaso cutâneo  coração e 
pulmões. 
•  Em seguida vão para o sistema 
porta intra-hepát ico onde 
crescem e amadurecem. 
•  No sistema porta intra-hepático 
os esquistosômulos alimentam-
se de sangue  completam seu 
desenvolvimento  fase adulta 
(em 4 semanas) e acasalam-se. 
Schistosoma mansoni – Ciclo Biológico 
Schistosoma mansoni – Patogênese 
•  As alterações patológicas no hospedeiro definitivo são decorrentes de: 
•  Ação mecânica resultante da migração dos parasitas pelo tecido do 
hospedeiro. 
•  Reação do organismo ao parasita. 
•  Secreção e excreção de substâncias tóxicas ou antigênicas pelo 
parasita. 
Schistosoma mansoni – Patogênese 
•  Presença e migração dos ovos  lesões hemorrágicas na mucosa 
intestinal que evoluem para um espessamento da mucosa. Há também 
fibrose hepática. 
•  Devido à hemorragia, os ovinos podem ficar anêmicos e apresentarem 
hipoalbuminemia. 
•  Devido ao acometimento intestinal há diarréia que pode ser 
sanguinolenta, conter muco. Há queda dos níveis de produtividade, 
anorexia, sede, anemia e emagrecimento. 
Schistosoma mansoni – Diagnóstico/Tratamento 
•  Diagnóstico: 
•  Sintomas clínicos 
•  Exames de fezes: presença de ovos 
•  Testes sorológicos 
•  O tratamento é eficaz: Niridazol, Triclorfon, Praziquantel 
Schistosoma mansoni – Controle 
•  Também envolve o controle dos moluscos 
•  Semelhante o descrito para Fasciolose.

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