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Parasitologia II Prática 1 Zoonose Mais... Diagnóstico Atenção Ciclo de vida Sinais Clínicos Protozoários Apicomplexa Coccidia q Oocistos de Coccídeas q Quistos Besnoitia q Cryptosporidium Piroplasmas q Babesia spp. q Theileria spp. Hemosporidia q Plasmodium spp. q Haemoproteus spp. q Leucocytozoon spp. Sarcomastigophora Trypanosomatidae q Trypanosoma q Leishmania Trichomonadidae q Trichomonas Técnicas Flutuação Esfregaço sanguíneo Esfregaço fecal Punção Raspagem cutânea Colheita direta Método de flutuação – Willis e MacMaster Apicomplexa Coccidia q Oocistos de Coccídeas Os resultados coprológicos não são suficientes para o diagnóstico de coccidiose, este representam, na maioria das vezes, uma avaliação da infecção do rebanho. A coprologia quantitativa deve ser considerada com precaução, pois o potencial de produção de oocistos varia com a espécie e, por isso, é necessário fazer o diagnóstico qualitativo, considerando as variações de patogenicidade das diferentes espécies de Eimeria. Para o diagnóstico de coccidiose é necessária a identificação de oocistos do género Eimeria nas fezes, mas é importante perceber que esta por si só não é suficiente, por poderem ser encontrados oocistos em animais saudáveis, e poder existir doença clínica grave e até fatal em animais que não apresentam oocistos nas fezes (pois a fase assexuada pode-se encontrar no início e os oocistos podem ainda não ter tido tempo de se desenvolver, não aparecendo assim nas fezes). Análise Coprológica – Técnicas de Flutuação Método MacMaster (quantitativo) Método de Willis (qualitativo) Sinais: diarreia persistente, perda de peso, falta de apetite e desidratação, tenesmo, anemia Desparasitar... A identificação dos oocistos é feita pela avaliação do seu tamanho (que varia de 10 a 56 por 8 a 41 µm), pela sua forma (que pode ser esférica, sub-esférica, elipsóide, ovóide) pela presença ou não de micrópilo (poro numa das extremidades), pela presença ou ausência de cápsula polar (cápsula que cobre o micrópilo) e de corpos residuais, auxiliada ainda pelo seu tempo de esporulação Fase endógena – Esquizogonia (esporozoíto entra na célula – trofozoítos multiplica- se – esquizonte – libertação dos merozoítos) e Gametogonia (merozoítos diferenciam-se em micro e macrogamontes – fusão destes – formação do oocisto. Oocisto sai não esporulado nas fezes. Fase exógena – Esporogonia. Os oocistos esporulam no exterior. H: Aves e mamíferos (bovinos, suínos, ovinos, cão, gato, caprino...) Estenoxeno. Apicomplexa Coccidia q Cryptosporidium Cryptosporidium spp. Cryptosporidium – Oocistos com Esporozoítos nus encontrado em esfregaço fecal. Nos oocistos não temos esporocistos, apenas esporozoítos. Raspagem da mucosa intestinal – para pesquisa de formas adultas (esquizontes e gamontes). H: mamíferos, aves, repteis e peixes. Eurixeno H: mamíferos, aves, répteis e peixes. Diarreias amarelas esbranquiçadas. CV – DIRETO. A esquizogonia, gametogonia e esporogonia são endógenas. Desta forma, os oocistos saem prontos a infetar. O parasita encontra-se no intestino (é extracitoplasmático!!!) – está dentro de um vacúolo parasitóforo. H: infeta-se por ingestão dos oocistos. 1ª das coccídeas a infetar. CV muito rápido. O diagnóstico pode ser realizado por IF ou com a coloração de ZN - São álcool-ácido resistentes. Oocistos - Coloração de Ziehl- Neelson É diferente das restantes coccídeas – as restantes têm localização intracelular. Apicomplexa Coccidia q Quistos de Besnoitia Quistos de Besnoi'a . HI: Ruminantes HI: Ruminantes HD: ??? (pensa-se que serão carnívoros) Infeção: Ingestão de esporocistos (tipo Isospora); transmissão mecânica (inoculativa) e transmissão congénita. Sinais: como os quistos de bradizoítos se encontram no tecido conjuntivo – pele, podem causar: edema, vasculite, hiperqueratose, alopécia. Observação dos quistos de bradizoítos no TC. HI infeta-se ingere esporocistos esporulados. Tem uma fase de multiplicação rápida – fase proliferativa (taquizoítos) nas células endoteliais venosas e nos macrófagos. Fase quistica – multiplicação dos bradizoítos no TC. O HD infeta-se por ingestão dos quistos no HI. Poderíamos fazer pesquisa dos taquizoítos no sangue – por esfregaço de sangue. No entanto, estes existem em pouca quantidade. Apicomplexa Piroplasmidia q Babesia sp. Babesia Coloração de Giemsa permite a visualização dos protozoários. No H vertebrado procuramos: Trofozoítos Merozoítos Conjunto de Merozoítos Grandes babesias > 3𝜇𝑚 Pequenas babesias < 3𝜇𝑚 1 – Merozoítos 2- Conjunto de merozoítos 3 – Trofozoítos (ring-forms) Pesquisa em esfregaços de sangue. Hematúria, Hemaglutinúria, anemia, ... Hinv: Ixodídeos HV: Mamíferos domésticos e silvestres : (Ruminantes, equinos, carnívoros, primatas e roedores. Hinv: Ixodídeos HV: mamíferos domésticos e silvestres Piromasmas – formas no GV com aspecto piriforme (merozoítos). HInv infeta-se ingerindo gamontes – dá-se a gametogonia no intestino e esporogonia nas glândulas salivares. Inocula esporozoítos no HV – dá-se merogonia no HV no GV. Merozoítos nos GV – ingeridos pelo Hinv – continua- se o ciclo. O que é que se encontra nos GV? Transmissão transovárica e transmissão transestadial nos Hinv (carraças). Apicomplexa Piroplasmidia q Theileria sp. Coloração de Giemsa permite a visualização dos protozoários. No H vertebrado procuramos: Pesquisa em esfregaços de sangue, punção de linfonodo, esfregaço por aposição de linfonodo. Nos linfócitos temos trofozoítos e merozoítos. Nos eritrócitos apenas temos merozoítos. Hipertrofia dos linfonodos (principalmente os mais perto da inoculação do H invertebrado) Theileria sp. Punção de linfonodo Theileria equi Cruz de Malta – patognomónico para T. equi HV: Ruminantes domésticos e silvestres Hinv: Ixodídeos de 2 e 3 hospedeiros. Trofozoítos Merozoítos Conjunto de Merozoítos HI inocula esporozoítos no HV. Os esporozoítos multiplicam-se (esquizogonia) nos GB (f. exoeritrócitária) – os esquizontes designam-se de “Corpos Azuis de Koch”. Libertam-se merozoítos (piroplasmas) que vão para os GV (f. intraeritrócitária). Ingestão de GV pelo Hinv – gametogonia no intestino – esporogonia nas gland. salivares. ... Apenas transmissão transestadial nos Hinv (carraças). HV: Ruminantes domésticos e silvestres Hinv: Ixodídeos de 2 e 3 hospedeiros. A multiplicação pode acontecer nos linfonodos, baço, fígado e sangue. mari Na fig. abaixo vemos os esquizontes mari - forma circular - citoplasma azul - nº variável de grânulos Apicomplexa Hemosporidia q Plasmodium sp. Plasmodium falciparum HV: Répteis, aves e mamíferos (Inc. homem) Hinv: Mosquitos F. Culicidae O que é que estamos a ver? Trofozoítos nos GV Pesquisa em esfregaços de sangue. Enquanto que na Babesia e Theileria procurávamos merozoítos. Malária humana. P. falciparum – causa malária cerebral – mais patogénico. Malária aviária – sem grande mortalidade. É mais estudada para se compreender a malária humana. HI inocula esporozoítos no HV. Os esporozoítos vão até ao fígado. - Fase exo-eritrócitária: multiplicação/esquizogonia nos hepatócitos, com formação de merontes com merozoítos. - Fase intra-eritrócitária: merozoítos entram no GV – nova esquizogonia. Alguns diferenciam-se em micro e macrogametócitos. O HInv ingere infeta-se ingerindo os gametócitos nos GV. Termina a gametogonia no Hinv (no intestino). Dá-se também a esporogonia no intestino e os esporozoítos migram posteriormente para as gland. salivares. Febre, arrepios, anemia, icterícia, esplenomegalia e hepatomegalia. Apicomplexa Hemosporidia q Haemoproteus sp. Pesquisa em esfregaços de sangue. Pesquisa de gametócitos. Haemoproteus sp. O que é que estamos a ver? Gametócitos nos GV – “em Halter” – não deformam o GV HV: Aves domésticas silvestres. HI: culicoides, simulídeos e hipoboscídeosHI inocula esporozoítos no HV. A esquizogonia acontece nas células endoteliais dos vasos sanguíneos do HV. Não acontece nos GVs. A gametogonia inicia-se no HV – encontramos gametócitos no GV do HV. O HI infeta-se ingerindo GVs com gametócitos. A gametogonia termina no HI e neste acontece a esporogonia (gut). Os esporozoítos depois vão para gld. Salivares. Diminuição da performance de pombos Não há deformação do GV! Ao contrário de Leucocytozoon. Leucocytozoon sp. O que é que estamos a ver? Gametócitos nos GV – “alongado” – deformam o GV Apicomplexa Hemosporidia q Leucozytozoon sp. Aves domésticas silvestres e répteis. Pesquisa em esfregaços de sangue. Pesquisa de gametócitos. HI inocula esporozoítos no HV. Os esporozoítos entram nos hepatócitos e desenvolvem esquizontes (1ª esquizogonia). Os merozoítos libertam-se dos esquizontes e entram nos eritrócitos (onde evoluem para gametócitos) ou nos macrófagos (para se multiplicarem - esquizogonia). Os gametócitos são ingeridos pelo HI – no HI dá-se o final da gametogonia e esporogonia. Os gametócitos são alongados e deformam o GV. anemia, leukocytosis, tachypnea, anorexia, diarrhea with green droppings, Gametócito - Alongado - Deformantes - Não têm pigmento Leishmania sp. Formas amasDgotas Sarcomastigophora Trypanosomatidae q Leishmania sp. HV: Mamíferos, homem, canídeos, roedores HI: Phlebotomus e Lutzomyia (Psychodidae) HI inocula as formas promastigotas durante a alimentação. As formas promastigotas são fagocitadas pelos macrófagos. Estas formas transformam-se em formas amastigotas. Dentro dos macrófagos multiplicam-se e seguem para infetar mais CF. Durante a alimentação os vetores (HInv) ingerem as células infetadas com formas amastigotas. (que se transformam em formas promastigotas) Promastigota Epimastigota Tripomastigota Amastigota LC – úlcera na pele (Botão do Oriente) LMC – metastases nas mucosas do tracto respiratório superior, necrose dos tecidos moles LM – afeta vários órgãos como baço, MO, fígado – quase sempre fatal Diagnóstico de formas amastigotas nas células afetadas ou fora das células. Formas amastigotas O cão é um reservatório de Leishmania. O grande problema da Leishmaniose é a produção exagerada de Ac que se deposita nas paredes dos Vasos sanguíneos levando ao desenvolvimento de lesões. HI: Phlebotomus Caracterís:cas: - Fêmeas hematófagas - Crepusculos - Maus voadores Trypanosoma sp. Formas tripomasDgotas Sarcomastigophora Trypanosomatidae q Trypanosoma sp. HV: Mamíferos (ungulados), homem, canídeos (cão é reservatório de T. cruzi), aves HI: Glossina; Triatoma O grande problema da Trypanosomose é a produção exagerada de Ac que se deposita nas paredes dos Vasos sanguíneos levando ao desenvolvimento de lesões. Exceção: T. equiperdum – transmissão por contacto direto Depende da secção: Salivaria – PA; Glossina; inoculação de f. tripomastigotas; S. linfático e CS; T. brucei; f. tripomastigotas na CS; C. africano Stercoraria – PP; Triatoma; contaminação fecal por f. tripomastigotas; penetram as células – forma amastigota; f. tripomastigotas na CS; C. americano Excesso de Ac leva a problemas como os descritos na Leishmaniose. Formas tripomastigotas na Corrente Sanguínea. Técnica – gota espessaFormas Tripomastigotas T. brucei – trypanosomose humana (ZOONOSE) T. cruzi – doença das chagas (ZOONOSE) Trichomonas sp. Vimos o T. vaginalis – espécie que parasita o homem (tem 4 flagelos anteriores). T. foetus – bovinos (3) Sarcomastigophora Trypanosomatidae q Trichomonas sp. Trichomonas sp. Mul:plicação Transmissão pelo coito. Os trofozoítos são transmitidos (encontram-se nas secreções prepuciais, vaginais e do aborto). Estes multiplicam-se por divisão binária. Transmissão pelo coito. T. Vaginalis – homem T. foetus - bovinos Macho – assintomático (com trofozoítos nas secreções prepuciais)- portador. Fêmea – tricomonose genital – infertilidade, aborto, piómetra, mumificação do feto. Formas trofozoítos nas secreções prepuciais. Recomenda-se a visualização quase imediata do parasita após colheita das secreções. T. gallinae – o pombo infeta- se pela alimentação por regurgitação (pais protadores). Apresenta o parasita na cavidade bucal (nódulos caseonecróDcos) Técnicas Métodos coprológicos - Método de flutuação - Quantitativo – MacMaster - Qualitativo – Willis - Para pesquisa de oocistos de Apicomplexa intestinais e quistos de Giardia sp. - Eimeria – aves e ruminantes - Carnívoros – Isospora sp., Cystoisospora sp., Toxplasma sp. (felinos) e outros Sarcocystidae e - Giardia sp. Métodos hematológicos - Esfregaço de sangue - (sangue periférico) - Hemoparasitas - Esfregaço de fezes - Oocistos de coccídeas (Eimeria, ...) - Coloração - técnica de Ziehl Nielsen (Cryptosporidium) Ante-mortem Post-mortem - Gota espessa - ex. microfilárias, Trypanosoma spp. - Punção de órgão - Linfonodos – Theileria spp. - Medula Ossea - Leishmania sp. Métodos Post-mortem - Aposição de órgão - Linfonodos, Baço, Fígado – Theileria spp. - Citologia M. intestinal - ex. coccídeas - Esfregaço de fezes 1º Retirar uma pequena quantidade de material fecal da amostra de fezes. 2º Espalhar sobre uma lâmina. Se necessário diluir com um pouco de água destilada. 3º Colocar lamela e observar ao microscópio. Possível observar oocistos de coccídeas - Coloração A coloração de Ziehl-Neelson é usada para corar material álcool-ácido resistentes. Assim, cora os oocistos de Cryptosporidium. - Esfregaço de sangue Realizado com sangue periférico (ponta da cauda, borda da orelha). Limpeza a seco (álcool depois). Manter a amplitude do angulo a 45º. Importante ter lâminas desengorduradas. Permite observação de Hemoparasitas. - Gota espessa Colocar uma gota no centro de uma lâmina. Espalhar o sangue e deixar secar ao ar. Permite a observação de microfilarias e Trypanosoma spp. - Relembrar o método de Willis – semestre passado.
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