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Família Ascarididae 
 
TAXONOMIA 
Reino: Animalia 
Filo: Nemathelminthes 
Classe: Nematoda 
Ordem: Ascaridida 
Família: Ascarididae 
Gêneros: Ascaris,Parascaris,Toxascaris e Toxocara 
 
Gênero Ascaris 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
- São parasitos de animais jovens porque interferem no 
crescimento e no ganho de peso. 
- Os ovos têm casca muito espessa e isso os torna 
extremamente resistentes no solo. 
- O ovo não é atingido por desinfetantes. 
- A fêmea coloca até 20.000 ovos por dia. 
 
Espécie Ascaris lumbricoides 
Hospedeiro Definitivo: Homem 
Local/Habitat: Intestino Delgado 
 
Espécie Ascaris suum 
Hospedeiro Definitivo: Suínos 
Local: Intestino Delgado 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho grande (♀ - 20 a 40 cm,♂ -15 a 25 cm). 
-Vagina no terço anterior. 
-Fêmeas terminam em cauda romba e machos 
possuem 2 espículos. -Boca trilabiada. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
Os Hospedeiros Definitivos se infectam ao ingerirem o 
ovo com membrana dupla contendo L3 ou ao ingerir 
hospedeiros paratênicos (minhocas ou besouros) 
contendo a L3 -> esta é liberada no tubo digestivo 
(intestino principalmente ceco) -> A L3 penetra na 
mucosa, por via linfática vai aos linfonodos e pela veia 
porta vai ao fígado,coração e pulmão (H) via circulação 
-> muda para L4 ocorre nos alvéolos -> a larva (L4) 
vai à glote (I) é redeglutida -> no intestino delgado elas 
se alojam fazendo o resto das suas mudas (L5) e se 
tornando adultos -> As fêmeas fazem a postura e 
os ovos saem nas fezes -> O ovo sai nas fezes não 
larvado -> para ser infectante ocorre a formação da 
L3 (Larva 3) no seu interior. 
PPP: 2 meses 
 
SINAIS CLÍNICOS 
- As larvas podem causar pneumonia transitória 
(pulmão), anemia do leitão e manchas esbranquiçadas 
que condenam o fígado e que 
representam inflamação. 
Os vermes adultos podem levar a obstrução intestinal 
e icterícia, o que também pode levar a condenação da 
carcaça. 
 
DIAGNÓSTICO 
-Parasitológico de fezes: identificação dos ovos. Estes 
ovos só aparecem nas fezes após 40 dias de 
contaminação. Não examinar fezes precoces. 
- Tomografia computadorizada ou Ultra Sonografia: 
identificar os vermes adultos 
 
TRATAMENTO 
-Anti-Helmínticos: Albendazol, Mebendazol.. 
 
PROFILAXIA 
-Diagnóstico e tratamento dos animais parasitados. 
-Uso de anti-helmínticos (Vermífugos) periodicamente 
em criações de suínos. 
-Criações extensivas – rotação de piquetes. 
-Lavar bem os alimentos antes de consumir. 
-Higiene pessoal. 
 
Gênero Parascaris 
Espécie Parascaris equorum 
Hospedeiro Definitivo:Equinos 
Habitat: Intestino Delgado 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
-Tamanho grande – (♀ - 20 a 50 cm,♂ -15 a 28cm). 
-Machos possuem asa caudal. 
-Boca trilabiada com interlábios. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
-Semelhante ao do Ascaris. PPP: Um a três meses. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
-Pode ocasionar cólica e obstrução no intestino delgado 
de potros. 
 
Gênero Toxocara 
 
Espécie Toxocara canis 
Hospedeiro Definitivo: Cães 
Habitat: Intestino Delgado 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho médio (♀ - 9 a 18 cm,♂ - 4 a 10 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Boca trilabiada. 
-Asa cervical longa e estreita. 
-Apresentam ventrículo esofagiano. 
-Macho tem uma projeção digitiforme na cauda. 
 
 
Espécie Toxocara cati 
Hospedeiro: Gatos 
Habitat: Intestino Delgado 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho médio (♀ - 4 a 12 cm,♂ - 3 a 7 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Boca trilabiada. 
-Asa cervical larga e curta. 
-Apresentam ventrículo esofagiano. 
 
Gênero Toxascaris 
 
Espécie Toxascaris leonina 
Hospedeiro Definitivo: Felinos e caninos. 
Habitat: Intestino Delgado 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
-Tamanho médio – (♀ - 2 a 10 cm,♂ - 2 a 7 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Boca trilabiada. 
-Asa cervical. 
-Não apresentam ventrículo esofagiano. 
 
CICLO BIOLÓGICO (Toxocara e Toxascaris) 
As fêmeas fazem a postura dos ovos que saem nas 
fezes e forma-se a L1, L2 e L3 dentro do ovo. O HD 
se infecta de 4 maneiras: 
 
1) Via oral - o hospedeiro definitivo ingere o ovo com 
a forma infectante, que é liberada no tubo digestivo 
e penetra na mucosa do intestino delgado e pela 
circulação porta vai ao fígado,depois coração e 
alvéolos pulmonares, onde faz a muda para L4, chega 
a glote sendo deglutida 
e indo novamente ao intestino, onde muda para L5 e 
torna-se adulta. 
Esse é o ciclo de Loss (ou hepatotraqueal) que ocorre 
em cães jovens (até três meses), pois em cães 
adultos as larvas chegam ao pulmão como L3 e 
pegam a circulação de retorno para o coração e são 
bombeadas pela aorta para diferentes partes do 
corpo onde mantêm-se ativas por anos. 
PPP = Quatro a cinco semanas. 
 
2) Via transplacentária - Em fêmeas gestantes as 
larvas passam pelo sangue arterial podendo 
contaminar o feto. Se a cadela contaminar-se 
antes da gestação e possuir as larvas na 
musculatura, em função das alterações hormonais 
elas podem ser reativadas e contaminar o feto. É a 
forma de contaminação mais importante nos cães, 
mas em gatos não ocorre. 
 
 
 
 
3) Via transmamária - As fêmeas passam as larvas aos 
filhotes através do leite. 
 
4) Via hospedeiros paratênicos - Pode haver 
contaminação através da ingestão de roedores e aves 
(no caso de cães) e outros animais (no caso de gatos). 
 
TRATAMENTO 
-Albendazol ou mebendazol (medicamentos usados para 
eliminar vermes – medicamentos anti-helmínticos) 
juntamente com corticosteroides. 
 
DIAGNÓSTICO 
- Para a confirmação, pode ser feito testes 
laboratoriais através da constatação e identificação 
microscópica de ovos em exame de fezes do cão, 
através do Método de Flutuação. 
- ELISA (pesquisa de anticorpos) 
 
PROFILAXIA 
-Vermífugo mata o verme adulto. 
-Diagnóstico e tratamento dos animais parasitados – 
diminui contaminação ambiental. 
-Higiene das instalações. 
-Higiene dos animais (banhos semanais para tirar 
contaminação dos pelos) . 
-Higiene das águas (troca diária) e dos alimentos (ração 
armazenada adequadamente). 
-Tratamento dos filhotes a partir de 3 semanas, com 
repetição extremamente necessário. 
 
Família Heterakidae 
 
Taxonomia 
Reino: Animalia 
Filo: Nemathelminthes 
Classe: Nematoda 
Ordem: Ascaridida 
Família: Heterakidae 
Gênero: Heterakis 
 
Espécie Heterakis gallinarum 
Hospedeiro Definitivo: Aves 
Hospedeiro Paratênico:Minhoca 
Habitat: Ceco 
OBS.:É o hospedeiro paratênico da Histomonas 
meleagridis. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho pequeno – 4 a 15 mm. 
-Boca trilabiada. 
-Esôfago bulbiforme. 
-Machos apresentam dois espículos de tamanhos 
diferentes, uma ventosa pré-cloacal e asa caudal na 
extremidade posterior. Também 
apresenta papilas pré-cloacais, cloacais e póscloacais. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
Ciclo direto, sem migração. No ceco, as fêmeas 
fazem a postura de ovos (com uma célula e casca 
espessa) e esses saem com as fezes para o meio 
ambiente -> Ocorre o desenvolvimento de L1 dentro 
do ovo (passa a L2 e L3) e o HD se infecta ingerindo 
os ovos com a forma infectante (L3) -> No tubo 
digestivo da ave, que também pode ingerir minhocas 
que mantém larvas L3 em seus tecidos, a L3 é 
liberada e vai ao ceco -> Uma parte das larvas 
penetra profundamente na mucosa cecal e outra 
fica nas criptas do epitélio cecal fazendo as mudas 
para L4 e L5 e depois passando a adultos. 
PPP: 4 semanas 
 
DIAGNÓSTICO 
-Exame Clínico; 
-Parasitológico de fezes; 
-PCR; 
-ELISA; 
-Necrópsia. 
 
PROFILAXIA 
-Identificação de animais parasitados; 
-Lavar comedouros e bebedouros diariamente; 
-As camas devem ficar em locais mais altos; 
-Retirar camas contaminadas. 
 
 
 
Monocercomonadida 
 
❖ Ordem: Trichomonas ida 
❖ Família: Monocercomonadida 
❖ Gênero: Histomonas 
❖ Espécie: meleagridis 
 
CARACTERÍSTICAS 
HD: perus e galinhas. Podendo aparecer em codornas, 
perdizes e faisão. 
Hospedeiro paratênico: : Heterakis gallinarum 
Localização: mucosa do ceco e fígado de perus. 
Forma evolutiva: trofozoítas. 
Doença de aves jovens, principalmente. 
Obs: Galinhas são os principais reservatórios da doença. 
MORFOLOGIA 
Organismosamebóides e uninucleados, sem flagelo. 
TRANSMISSÃO 
Acontece através da ingestão de ovos de Heterakis 
gallinarum (helminto parasito dos cegos das aves) 
contendo Histomonas no seu interior. 
CICLO BIOLÓGICO 
O nematóide H. gallinarum, ao se alimentar da mucosa do 
ceco das aves, infecta-se com protozoário. Quando é 
feita a postura dos ovos de Heterakis para o meio 
ambiente, estes já possuem o seu interior os 
trofozoítos de Histomonas Os adultos ou os ovos deste 
nematóide carregam os protozoários, protegendo os 
trofozoítos das condições ambientais e do pH ácido do 
papo, da moela e do intestino. As aves, ao se 
alimentarem, podem ingerir ovos embrionados desse 
verme ( Heterakis) e quando ocorre a eclosão da larva o 
Histomonas também é liberado e penetra na mucosa do 
intestino, onde se reproduzem por fissão binária. Nós 
perus, os trofozoítos migram para o tecido conjuntivo 
do ceco alcançando a circulação até chegar no fígado, 
onde produz lesões características. Esses ovos saem 
novamente nas fezes no hospedeiro contaminando 
assim o meio ambiente. 
OBS: o período de incubação desta doença varia de 
15 a 20 dias. 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico clínico 
Necrópsia, busca de lesões no cecos e no fígado. 
Exames microscópicos ( buscar a presença de 
oocistos na mucosa cecal). 
TRATAMENTO 
Uso de medicamentos se mostraram pouco 
eficientes. 
Não existe tratamento 
PROFILAXIA 
Perus devem ser criados em áreas que não tenham 
sido utilizadas por galinhas. 
Abate de animais infectados; 
Isolamento da área pelo menos de um ano; 
Manter os peruzinhos de 2 a 3 semanas nas 
baterias de criação e os de até 12 semanas 
separados dos adultos; 
Proteger os comedouros e bebedouros, ao máximo, 
contra a contaminação pelas 
fezes. 
 
Ordem Rhabditida 
 
Superfamília Rhabditoidea 
Família Strongyloididae 
Gênero Strongyloides 
Strongy- redondo / oides- forma 
HOSPEDEIRO: 
 S. westeri: Eqüinos. 
 S. ransomi: Suínos. 
 S. papillosus: Bovinos. 
 S. stercoralis: Homem, cão e gato 
 
 
 
HABITAT: Intestino Delgado = porção superior do jejuno 
e vilosidades do duodeno. 
HABITAT DAS LARVAS = broncoalveolar 
Jovens e fêmeas em lactação sofrem mais com a 
infecção. 
NÃO EXISTE PARASITISMO POR MACHO 
FÊMEA PARTENOGÊNCIA: faz partenogênese, é a 
fêmea parasita. 
MORFOLOGIA 
- Esbranquiçado 
- Cutícula fina e transparente 
- Vida de 1-2 anos 
- Aparelho reprodutivo anfidelto = ovários, ovidutos, 
útero e vulva 
- Extremidade anterior arredondada e posterior afilada 
- Esôfago grande e filariforme 
- Boca com 3 lábios 
OUTRAS CARACTERÍSTICAS 
- É ovovípara: 30/40 ovos por dia 
- Faz auto-infecção interna (não precisa ir ao meio 
externo para infectar), muito perigoso para animais 
imunossuprimidos 
S. estercoralis: até 7 semanas de infecção põe ovos 
que prioritariamente dão origem à fêmeas. Na fase 
aguda da infecção existe uma forte tendência de que 
os ovos gerem parasitas que migrem para o ciclo 
indireto. Quando começa a resposta imunológica forma 
ovos que vão dar origem a parasitas do ciclo indireto. 
MORFOLOGIA DOS MACHOS E FÊMEAS DE VIDA LIVRE 
Fêmea: 
- Esôfago rabditoide (com istmo e bulbo esofágico) 
- Útero repleto de ovos quando está maduro 
- Faz “partenogênese meiótica” 
- Necessita do macho para a cópula 
Macho: 
- Posterior recurvada ventralmente 
- Menor que a fêmea 
OVOS 
- Os ovos larvados são raros de se encontrar 
(geralmente encontram-se larvas) 
- Casca fina 
LARVAS RABDITÓIDES 
- Cauda pontiaguda 
- Cutícula fina e hidina 
L1 e L2: esôfago rabditóide; não penetram nem 
infectam. 
L3: esôfago filarióide, faz penetração íntegra 
(penetra pele e mucosa íntegra), tem geotropismo 
negativo (se afasta da terra), termotropismo e 
tigmotropismo (tropismo por superfícies duras). 
Longevidade: 5 semanas 
CICLO EVOLUTIVO 
Pode ocorrer por: heteroinfecção, auto infecção 
externa e auto infecção interna. 
A fêmea parasita põe ovos que origina larvas dentro 
e fora do animal e gera larvas rabditóides (produz 
Hidroxiecdismo durante as primeiras 24-72h, que 
estimula a muda) e vira larva filarióide (se o ovo tiver 
eclodido dentro do hospedeiro gera auto infecção 
interna) e essa larva penetra pele e mucosa. Se for 
fora do hospedeiro, a larva rabditóides entre 18-24h 
forma vermes machos e fêmeas de vida livre, que 
vão dar início ao ciclo indireto, com a cópula, 
formação de ovos, novas larvas rabditoides, depois 
larvas filarióides e então gera a fêmea parasita. 
Depois de entrar no corpo penetra na circulação 
linfática e venosa, depois coração e pulmão, vai até 
os capilares, vira L4, vai para a membrana alveolar 
depois árvore brônquica e sucessivamente faringe, 
podendo sair pela expectoração ou ser deglutido, 
formando o parasita adulto no intestino, novos ovos 
larvados e larvas rabditoides. 
PPP: 7-15 dias 
O ciclo pode se fechar com ou sem a presença do 
parasita no solo.S. papillosus, S. westeri e S. ransomi 
possuem capacidade de hipobiose: larvas ficam 
estáticas, sem evoluir. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO (Clínico + epidemiológico) 
Laboratorial: parasitológico de fezes (são necessárias 3 
amostras, se repete após 7, 14 e 21 dias depois do 
tratamento e mensalmente por 6 meses), coprocultura, 
líquidos orgânicos (lavados, sucos digestórios), 
endoscopia, necropsia, ELISA, PCR. 
CONTROLE 
Limpeza das instalações (24h), saneamento básico, 
educação sanitária, uso de EPI, cuidado com 
imunossupressão (tratamento com corticoides). Em 
suínos dar ivermectina SID 4-16 dias pré-parto evita 
infecção transplacentária do feto. 
TRATAMENTO 
Ivermectina (melhor) e doramectina. 
 
Família Dicrocoeliide 
 
Gênero Platynosomum 
Filo: Platyhelminthes; 
Classe: Trematoda; 
Subclasse: Digenea; 
Ordem: Plagiorchiida; 
Família: Dicrocoeliidae; 
Gênero: Platynosomum 
 
❖ Espécies: 
➢ P. illiciens: felídeos (principal espécie) 
➢ P. deflectens: felídeos 
➢ P. reficiens: felídeos 
➢ P. amazonensis: primatas 
➢ P. marsmoseti: primatas 
 
Platynosomum illiciens 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: áreas com climas tropicais 
e subtropicais 
HABITAT:fígado e ductos biliares 
HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: felídeos, principalmente 
felinos domésticos. 
HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: moluscos (Subulina 
octona) 
- Isópodes terrestres (ex. Tatuzinhos) 
- Lacertídeo (lagartixas) ou anfíbios (ex: rãs, sapos) 
 
MORFOLOGIA 
➢ Medem 4-8 x 1,5-2,5mm. 
➢ Testículos volumosos na mesma linha 
horizontal, pós-acetabulares. 
➢ Ovário menor que o testículos e localizado 
abaixo do testículo direito. 
❖ Ovos: 
➢ Castanhos, ovais, de casca espessa e 
operculados. 
➢ Medem 34-50 x 23-35 μm. 
 
CICLO EVOLUTIVO 
 
➢ O hospedeiro definitivo(gato) libera as suas 
fezes junto com os ovos ,contendo o 
miracídio , e eles são ingeridos pelo caramujo 
terrestre ,Subulina octona. No caramujo 
 
 
 
ocorrem duas gerações de esporocistos. Os 
esporocistos mães que dão origem a vários 
esporocistos filhos, que contém no seu interior 
as cercárias. Os esporocistos filhos saem do 
molusco para o solo, onde são ingeridos por 
crustáceos decápode ou um lacertídeo, as 
cercárias evoluem para metacercária nos seus 
ductos biliares. Os gatos adquirem o parasitismo 
ao ingerirem os répteis ou os anfíbios 
parasitados. O parasita(metacercária) então 
migra pelos ductos biliares e para a vesícula 
biliar , atingindo a maturidade sexual em 8 a 12 
semanas. 
DIAGNÓSTICO 
● Parasitológico de fezes (técnica de 
sedimentação formalina-éter) 
● Ultrassonografia e radiografia 
● Hemograma (eosinofilia) 
 
Tratamento 
● Praziquantel 
- de 2 a 3 dias de num intervalo de 8h em 8h 
Controle 
● Restrição dos gatos a ambientes externos. 
● Evitar que os gatos saiam para caçar. 
● Administração de medicamentos anti-
helmínticos, numa frequência que concorde 
com o grau de exposição do animal 
 
Gênero Eurytrema 
Filo: Platyhelminthes; 
Classe: Trematoda; 
Subclasse: Digenea; 
Ordem: Plagiorchiida; 
Família: Dicrocoeliidae; 
Gênero: Eurytrema 
 
❖ Espécies 
➢ Eurytrema pancreaticum 
Hospedeiro intermediário: 
Caramujos terrestresdo gênero Bradybaena 
Artrópodes(insetos,formigas e gafanhoto). 
Hospedeiros definitivos:Ruminantes, raramente suínos 
Infecção humana é acidental. 
➢ Eurytrema coelomaticum*(mais importante) 
Hospedeiro intermediário: 
-primeiro:caramujos terrestres do gênero 
Bradybaena 
-segundo:insetos ortóptero:gafanhotos, Conocephalus 
sp. 
HOSPEDEIROS DEFINITIVO:Ruminantes, ovinos, suínos, 
camelos e homem. 
➢ Eurytrema procyonis 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: caramujo (gênero 
Mezodon) 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Gatos, raposas e guaxinins 
 
Eurytrema coelomaticum 
➢ DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:América do Sul, 
Ásia e Europa 
➢ HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: Bovinos, bubalinos, 
ovinos, caprinos, suínos, camelos e homem 
➢ HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: 
- Caramujos terrestres, particularmente do 
gênero Bradybaena 
- Gafanhotos do gênero Conocephalus ou 
grilos arbóreos(Oechanthus) 
➢ LOCAL DA INFECÇÃO: Ductos pancreáticos, 
raramente os ductos biliares 
MORFOLOGIA 
➢ Trematódeo castanho-avermelhado 
➢ Forma de folha 
➢ Adultos medem cerca de 8-12 mm x 6-7 mm 
➢ O corpo é espesso e os trematódeos juvenis 
são providos de espinhos 
➢ A ventosa oral é grande e a faringe e o 
esôfago são curtos 
➢ Ovos medem cerca de 40-50x25-35 μm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
Os caramujos do gênero Bradybaena ingerem os ovos 
dos trematódeos. Quatro semanas depois, esporocistos 
de duas gerações são encontrados nas glândulas 
digestivas dos moluscos. Não há geração de rédeas. Um 
esporocisto da primeira geração dá origem a cerca de 
100 esporocistos da segunda geração, que por sua vez 
pode dar origem cerca de 200 cercárias , que são 
eliminadas pelo molusco ainda dentro do esporocisto de 
segunda geração na vegetação. A cercária é do tipo 
microcercária , com forma oval,cauda curta e um 
estilete na parte anterior. No meio externo, as 
cercárias se aglutinam em uma mucosidade, constituindo 
as bolas mucilaginosas, que se aderem a vegetação. 
Essas bolas evitam que as cercárias sofram 
dessecamento . O segundo hospedeiro intermediário, o 
gafanhoto de hábitos carnívoros Conocephalus sp , 
ingere as bolas mucilaginosas , atraído por elas , e nele 
são encontrados , em 21 dias , as metacercárias 
infectantes. Os hospedeiros definitivos infectam-se ao 
ingerirem o pasto com o segundo hospedeiro 
intermediário infectado. Os parasitos adultos são 
encontrados nos canais pancreáticos dos hospedeiros 
definitivos depois de mais ou menos sete semanas de 
terem ingerido os gafanhotos infectados. 
 
DIAGNÓSTICO 
● exame coproparasitológico (Este exame serve 
para avaliar pequenas quantidades de sangue 
nas fezes que podem não serem vistas a olho 
nu) 
● necropsia ou exame post-mortem (maioria das 
vezes) 
 
TRATAMENTO 
● Anti-helmínticos = Ineficazes 
● Nitroxinil e o praziquantel mostraram-se 
eficazes contra a euritrematose 
● Praziquantel = único com atividade para as 
formas adultas 
 
PROFILAXIA 
● Controle dos hospedeiros intermediários, caso 
seja em área endêmica não é possível 
● Aração da terra (solos úmidos) 
● Uso de produtos químicos nas horas mais 
frias do dia (pequena proporção) 
VERMIFUGAÇÃO EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO 
● O processo de vermifugação depende da 
época do ano e da situação 
● pecuária intensiva ou semi-intensiva: 
vermifugação mais intensa 
-2 em 2 meses 
-3 em 3 meses 
-4 em 4 meses 
● Pecuária extensiva: 2 vezes ao ano. 
● Vacas leiteiras: vermifugação mais intensa 
(eprinomectina) 
● No caso de animais de companhia o certo é 
vermifugar antes de vacinar. 
 
Gênero Dicroelium 
❖ Filo: Platyhelminthes; 
❖ Classe: Trematoda; 
❖ Subclasse: Digenea; 
❖ Ordem: Plagiorchiida; 
❖ Família: Dicrocoeliide; 
❖ Gênero: Dicrocoelium. 
 
 Espécies 
❖ Dicrocoelium dendriticum*(Ásia, Europa, Oceania, América do 
Norte) 
❖ Dicrocoelium chinensis (Ásia) 
❖ Dicrocoelium hospes: (África) 
➢ HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos e cervídeos 
➢ HABITAT: Fígado (ductos biliares) 
 Dicrocoelium dendriticum 
 
 
 
❖ HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: Ovinos, Caprinos, Bovinos, 
Leporídeos e humanos. 
❖ HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: 
➢ Primeiro HI- gastrópodes/caramujos terrestres (Zebrina 
detrita, Helicella spp., Cionella lubrica) 
➢ Segundo HI- Formigas marrons, Formica fusca, Formica rufa, 
Formica pratensis; 
❖ HABITAT: Fígado (ductos biliares) 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
❖ Adulto: 
➢ Tamanho: 6-8 mm (pequeno); 
➢ Forma: lanceolada; 
➢ Epiderme fina e lisa; 
➢ Ventosa ventral anterior; 
➢ Ovário posterior ao testículo; 
❖ Ovos: 
➢ Embrionados (forma infectante); 
➢ Castanho-escuro; 
➢ Elipsóide, operculado e, geralmente, possui um 
lado achatado; 
➢ Tamanho: 35-45 µm 
➢ Diferencial: é semitransparente 
CICLO BIOLÓGICO 
Os ovos são ingeridos pelo primeiro hospedeiro 
intermediário (caramujo terrestre) e eclodem, 
desenvolvendo-se duas gerações de esporocistos, que 
produzem em seguida cercárias. As últimas são 
expulsas em massas cimentadas, juntamente com o 
muco, e aderem a vegetação. 
*Tempo mínimo: 3 meses 
As bolas de muco (repletas de cercárias) são ingeridas 
pelo segundo hospedeiro intermediário (formigas), nas 
quais se desenvolvem para metacercárias 
principalmente na cavidade corpórea e ocasionalmente 
no cérebro. A lesão cerebral impele/estimula a formiga 
a escalar e permanecer no topo da vegetação, 
aumentando a possibilidade de ingestão pelo hospedeiro 
final. 
 
*O desenvolvimento das metacercárias dura cerca 
de 1 mês. 
A infecção no hospedeiro definitivo ocorre por 
ingestão passiva de formigas contendo 
metacercárias. As metacercárias eclodem no 
intestino delgado e os trematódeos jovens migram 
para os ductos biliares principais e, sequencialmente, 
para os menores ductos do fígado. 
*Não existe migração parenquimatosa. 
*PPP: 10/12 semanas 
*Ciclo de vida total: 06 meses 
*Os trematódeos possuem vida longa e podem 
sobreviver no hospedeiro final. 
SINAIS CLÍNICOS (geralmente assintomáticos) 
❖ Anemia, perda de peso, caquexia; 
❖ Cirrose hepática; 
❖ Hipertrofia dos dutos biliares (com lesão); 
❖ Crescimento reduzido de lã. 
 
DIAGNÓSTICO 
❖ Parasitológico de fezes (busca pelo ovo 
embrionado) 
❖ Necrópsia (busca pela forma adulta) 
 
TRATAMENTO 
❖ Albendazol e Netobimina 
 
PROFILAXIA 
❖ Horário de pastejo 
❖ Eliminação de formigas e caracóis 
*É difícil por causa da longevidade dos ovos, da ampla 
distribuição dos hospedeiros intermediários e do 
número de hospedeiros reservatórios. O controle 
depende quase inteiramente de tratamento anti-
helmíntico regular. 
 
 
 
 
 
Família schistosomatidae 
Reino: Animalia 
Filo: Platyhelminthes 
Classe: Trematoda 
Ordem: Diplostomidae 
Família: Schistosomatidae 
Gênero: Schistosoma 
 
Schistosoma mansoni 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
● Apresentam dimorfismo sexual. 
● Habitat/local de infecção: veias 
mesentéricas/sistema porta. 
● HOSPEDEIROS DEFINITIVOS: homens e bovinos, 
embora tenham sido encontrados em hospedeiros 
silvestres, principalmente em roedores. 
● HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: moluscos aquáticos 
do gênero Biomphalaria. 
● PPP: Dois meses e meio a 3 meses. 
 
Caramujo do gênero Biomphalaria 
glabrata 
 
Ovo 
● Mede em média 150 μm x 65 μm. 
● Não operculado. 
● Apresenta um espinho lateral. 
● São liberados nos vasos capilares do intestino 
do hospedeiro. 
● O desenvolvimento do miracídio acontece 
dentro do ovo. 
● 1 ovo = 1 miracídio. 
● Eclosão na água. 
 
Estágio larvário 
1 - Miracídio 
2 - Esporocisto primário 
3 - Esporocisto secundário 
4 - Cercária 
5 - Esquistossômulo 
 
Miracídio 
● Adentram no tecido mole dos moluscos 
aquáticos do gênero Biomphalaria. 
● Primeiroestágio de vida livre do Schistosoma 
mansoni 
● Viabilidade de 8 a 12 horas. 
● Possuem glândulas de penetração, 
terebratorium e cílios, 
● Medem cerca de 150 μm x 60 μm 
 
 
 
 
Cercária 
● Se formam em até 4 semanas. 
● Viabilidade de até 60 horas. 
● Estas penetram no HD através da pele ou 
mucosa. 
● Medem cerca 500 μm de comprimento. 
● Possuem cauda bifurcada 
Parasitas adultos 
● Trematódeos alongados e dióicos. 
● Machos mais largos e robustos que as 
fêmeas. 
● Fêmeas normalmente mais compridas que os 
machos. 
● Nutrição: hemácias. 
● Uma fêmea elimina cerca de 200 ovos por 
dia. 
● O macho apresenta as margens laterais do 
corpo ventralmente curvas, formando o 
canal ginecóforo, no qual a fêmea 
 
 
 
permanece durante grande parte da sua vida. 
● Longevidade de até 5 anos 
● Macho - mede de 6 a 13 mm de comprimento 
por 1,1 mm de largura. 
● Fêmea - mede de Mede de 10 a 20 mm de 
comprimento por 0,16 mm de largura. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
O ciclo é do tipo heteroxênico. O ovo do S. mansoni 
mede 150 micrômetros e é eliminado nas fezes do 
homem, sendo a forma diagnóstica de esquistossomose 
encontrada no Exame Parasitológico de Fezes. 
Eliminados e alcançando a água, os ovos eclodem 
originando miracídios , que medem 0,15 mm, e vão 
parasitar o hospedeiro intermediário: um caramujo do 
gênero Biomphalaria . No caramujo, o miracídio se 
desenvolve, dando origem a cercárias . Um miracídio 
pode dar origem a 100.000 cercárias. Na água, as 
cercárias parasitam o homem, penetrando-lhe a pele. 
Depois da penetração, as cercárias passam a se 
chamar esquistossômulos. Esses ganham a circulação 
venosa, chegam ao pulmão, coração, artérias 
mesentéricas e sistema porta. A maturação sexual 
ocorre nesse local após cerca de 30 dias da 
penetração, originando machos e fêmeas de 1 a 1.5 cm 
de comprimento. Há reprodução e ovipostura. Os ovos, 
após passarem da submucosa para a luz intestinal, são 
eliminados nas fezes. O tempo entre a penetração 
cutânea e o aparecimento dos ovos nas fezes é de 3 a 
4 semanas. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
● Diarréia mucosa ou muco-sanguinolenta. 
● Anorexia e anemia. 
● Dermatite cercariana. 
● Os ovos na luz intestinal podem provocar 
edemas e hemorragias. 
● Os ovos que atingem, por exemplo, o fígado 
causam reações inflamatórias 
granulomatosas com presença de processos 
necróticos. 
● Esplenomegalia, hepatomegalia, ascite e 
varizes também podem ser encontradas. 
OBS: A patogenia é influenciada pela cepa do 
parasita, carga parasitária, idade, estado nutricional e 
resposta imune. 
 
Granulomas 
Alguns ovos não são 
eliminados nas fezes, 
estes migram para 
diversas regiões e 
tecidos do corpo, gerando respostas imunes no HD. 
Schistosoma bovis 
❖ Hospedeiros Definitivos: Ruminantes (bovinos, 
caprinos, ovinos). 
❖ Hospedeiros Intermediários: Caramujos de água 
doce, principalmente do gênero Bulinus (africanus 
ou truncatus) 
❖ Local de infecção: Veia porta/veias mesentéricas. 
❖ Não há diferença no parasita adulto do S. mansoni 
e S. bovis. 
OBS: Na prática, a importância econômica da doença 
é atribuída principalmente à morbidade, mortalidade 
aos 6-30 meses, condenação do fígado, produtividade 
reduzida e desempenho reprodutivo subseqüente. 
 
Ovo 
❖ O ovo tem uma proeminente protuberância 
central e espinha terminal. 
❖ Mede cerca de 130-260 μm de 
comprimento. 
❖ Os ovos depositados são imaturos 
(maturação de 6 a 8 dias). 
Ciclo Biológico 
 
 
 
*É semelhante ao ciclo do Schistosoma mansoni, tendo 
como principal diferença o hospedeiro definitivo. 
 Principais formas de contágio: 
Através da mucosa oral (durante a ingestão de água) e 
da pele. 
Sinais clínicos 
❖ Diarreia mucóide e hemorrágica 
❖ Anemia, emagrecimento,perda de apetite 
❖ Rugosidades na pele 
❖ Membranas e mucosas pálidas 
OBS: Os sinais clínicos da doença não são confiáveis, 
pois outros parasitas trematódeos podem produzir 
sinais clínicos similares. 
Diagnóstico 
❖ Parasitológico direto, contudo, a possibilidade de 
detectá-los nas fezes não é alta, de modo que 
devem ser realizados exames complementares. 
➢ Biópsia. 
➢ Raspagem retal. 
➢ Intradermorreação 
➢ Reação de fixação de complemento e/ou de 
aglutinação indireta. 
➢ ELISA. 
Tratamento 
❖ Praziquantel (Cestódeos e Trematódeos). 
OBS: O tratamento pode se tornar perigoso pois a 
eliminação do parasita pode formar êmbolos e levar à 
obstrução de vasos sanguíneos. 
Controle Geral 
❖ Saneamento básico. 
❖ Educação sanitária. 
❖ Combate ao caramujo com moluscicidas 
(Metaldeído → Desidratação). 
❖ Tratamento dos doentes. 
❖ Com relação aos bovinos, evitar que os mesmos 
fiquem expostos a extensões de água. 
Família Fasciolidae 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
- Adultos grandes e achatados dorsoventralmente. 
- Acetábulo bem desenvolvido (ventosa ventral). 
- Bolsa do cirro bem desenvolvida. 
 
Gênero Fasciola 
Espécie Fasciola hepática 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Bovinos e ovinos (pode 
parasitar eqüídeos, bubalinos e humanos). 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Molusco aquático - 
Lymnaea viatrix (região Sul) e Lymnaea columela 
(região Sudeste). 
HABITAT: Ductos biliares 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Cone cefálico, que é uma projeção anterior do 
corpo onde fica a abertura da ventosa oral. 
- Corpo muito grande em relação aos outros 
trematódeos, com espinhos no tegumento. 
- Só se distingue ovário e testículos pela localização. 
- Ovos com 150 µm amarelados pela bile. 
CICLO BIOLÓGICO: 
Os ovos saem nas fezes do hospedeiro definitivo 
e as chuvas os arrastam até os riachos onde são 
liberados os miracídios que migram e penetram 
ativamente na partes moles dos moluscos, formando 
então os esporocistos, que migram para a região 
pré-cordial e se transformam em rédia I. Se o meio 
for favorável ele vira logo cercária, mas se não, 
como no caso de uma estiagem prolongada, o molusco 
se afunda na lama e só quando o meio se torna 
favorável é que seu metabolismo volta ao normal e a 
rédia se torna cercária. Essas são semelhantes aos 
adultos e já apresentam cauda, saindo pelas partes 
moles do molusco e caindo na água. Dirigem-se então 
para o talo submerso do capim da várzea onde se 
 
 
 
fixam, perdem a cauda e passam a metacercária que 
possui uma substância cimentante que evita a 
desidratação e aí sobrevive por anos. Quando há 
estiagem, a lâmina dos rios desce e elas ficam 
expostas, e assim são ingeridas pelos hospedeiros 
definitivos ao pastorear. No tubo digestivo desses 
animais as metacercárias perdem as carapaças de 
proteção e passam a ser formas jovens que penetram 
na mucosa intestinal e caem na cavidade peritoneal 
perfurando o peritônio visceral do fígado e neste local 
migram até quatro meses, depois vão aos ductos 
biliares onde ficam adultos, se alimentam de sangue e 
após oito semanas da infecção já eliminam ovos. 
PPP - 3 a 4 meses 
 
-As formas jovens migram no parênquima hepático 
destruindo-o. É a fase aguda da doença. 
-Os adultos provocam espoliação nos ductos biliares 
e na forma crônica da doença pode haver calcificação 
dos ductos biliares. 
-Provoca perdas na produção animal e mortes 
muitas vezes pela migração das formas jovens, sendo 
que por isso, o exame de fezes é negativo, pois ainda 
não há eliminação de ovos. 
 
DIAGNÓSTICO 
- Sorologias 
- Exame microscópico das fezes ou material duodenal 
ou biliar para ovos 
- Ultrassonografia, tomografia computadorizada, 
ressonância magnética, colepancreatografia 
endoscópica retrógrada ou colangiografia podem 
detectar alterações do trato biliar na doença crônica. 
- Em áreas endêmicas, os ovos também podem ser 
vistos nas fezes após a ingestão do fígado de animais 
infectados. 
- PCR 
PROFILAXIA 
Uso de anti-helmínticos, redução das populações de 
caramujos, drenagem das áreas de pastejo, cercar e 
isolar terrenos úmidos e encharcados, lagos e brejos. 
Deve-se evitar também que os animais defequem nas 
proximidades desses locais,onde pode estar 
presente o hospedeiro intermediário. Humanos: 
cuidados com a ingestão de fígado. 
Família Dipylidium 
Os cestódeos em geral clinicamente não possuem 
quadro clínico nos animais (importância), e raramente 
causa morte. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
→ Parasito extremamente comum em pequenos 
animais; 
→ Distribuição mundial; 
→ Dipylidium caninum -->HD: cães (+ comum) e gatos, 
homens; HI: pulgas hematófagas e piolhos 
mastigadores (se alimentam da pele); 
→ Pode ser confundido com a Taenia por conta das 
proglotes; 
→ Apresentam ciclo heteroxeno; 
 
HABITAT: HD- intestino delgado (predileção pelo 
jejuno); HI: cavidade celomática. 
 
 
 
 
PARASITOS ADULTOS: 
Apresentam um tamanho de até 60 cm X 2-4 mm; o 
escólex apresenta 4 a 7 fileiras de pequenos acúleos, 
4 ventosas na região anterior e rostro elevado 
(crescimento lento) 
PROGLOTES: 
São grandes e com movimentos próprios para poder 
eliminar os ovos (cápsulas ovígeras), alongadas, com 2 
conjuntos de órgãos genitais e poros genitais duplos 
(bilaterais). 
CÁPSULAS OVÍGERAS: 
Apresentam um tamanho de 120-160 µm, com ± 20 
oncosferas, e parede externa simples (aspecto 
irregular). 
OBS: nas fezes do animal, essas cápsulas costumam 
sair escuras ou acinzentadas para se fazer o 
parasitológico. 
OBS 2: as pulgas se alimentam de restos de tecido e 
matéria orgânica no solo. 
A contaminação pelas pulgas acontece se elas 
estiverem na fase larval e se alimentarem das cápsulas 
ovígeras liberadas juntamente com as fezes do animal. 
Já pelos piolhos acontece pelo fato deles se 
alimentarem de fragmentos de células, no solo podem 
se alimentar das cápsulas ovígeras junto com as fezes, 
e neste caso, fase larval ou adultos, ambos podem se 
contaminar. 
CICLO BIOLÓGICO: 
Parasitos adultos são encontrados no ID (jejuno) dos 
cães e gatos-->proglotes são eliminadas no ambiente 
junto com as fezes-->cápsulas ovígeras se encontram 
no ambiente-->pulgas (somente a fase larval) ou piolhos 
(adultos ou não) ingerem essas cápsulas-->cápsula 
ingerida, no intestino anterior dos HI são perdidas e ovos 
são liberados, oncosfera formada é rompida-->embriões 
liberados-->fase larvar cisticercóide é originada (- 
volume de líquido vesicular e abriga apenas 1 parasito)--
>larva cisticercóide se mantém fixada na cavidade 
celomática do HI-->ingestão dos HI pelos HD-->liberação 
da larva diretamente no ID (jejuno) do HD, onde se 
mantém fixadas para poderem se alimentar--
>crescimento e reprodução (autofecundação ou 
fecundação cruzada), gerando parasitos adultos--
>reinicia o ciclo. 
OBS: O processo de formação da larva cisticercóide 
pode durar de 30 dias a 12 meses, a depender do 
animal e temperatura-->em piolhos demoram bem 
mais para se formarem. 
PPP: 15 a 30 dias 
SINAIS E SINTOMAS: 
→ Assintomático (mesmo com alta carga parasitária) 
→ Prurido (coceira na região anal), esfregar a região 
perianal em estruturas sólidas 
→ Cólica, diarreia (roubo de nutrientes por 
absorção), anorexia, emagrecimento, obstrução 
(risco de ruptura e dilatação intestinal, + 
quantidade de parasitos no fluxo intestinal), 
quadros neurológicos (alta carga parasitária, 
deficiência de B12), pelos quebradiços e opacos, 
diarreia mucosa (causa inflamação e produção 
mucosa) 
→ Não é comum, mas pode causar + da motilidade 
intestinal, levando a isquemia, hipóxia e necrose do 
órgão 
DIAGNÓSTICO: PCR, necrópsia, imagem, ELISA. 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Proglotes (visualização 
macroscópica- formato arredondado, lupa: órgãos 
genitais duplos, internamente: cápsulas ovígeras, 
parasitológico de fezes- cápsulas ovígeras) 
TRATAMENTO: 
● Nitroscanato 50 mg/kg 
● Niclosamida 0,5 mg/kg 
● Praziquantel (fármaco que consegue pegar quase 
todos os cestódeos e trematódeos) 5 mg/kg 
● Bunamidina 25 mg/kg 
● Inseticidas anti-pulgas e/ou anti-piolhos 
 
 
 
PROFILAXIA: 
Diagnóstico precoce; tratamento dos parasitados; 
eliminação de pulgas e/ou piolhos; controle de pulgas 
e/ou piolhos. 
OBS: Quando é dado um vermífugo junto com o alimento 
para o animal, a taxa de absorção será menor pelo 
vermífugo, pois há uma competição com o alimento. 
OBS 2: Para vermes achatados (cestódeos e 
trematódeos), utiliza-se o Praziquantel para tratamento 
e controle 
Gênero: Anoplocephala 
Espécie: Anoplocephala perfoliata 
HD: Equinos e Asininos 
HI: Ácaros de solo e pasto família oribatídeos (ácaros 
cryptostigmata). 
Local: Forma adulta: Íleo e ceco. HI: hemocele. 
OBS geral: sem rosto, sem acúleos, brancos. 
Animais jovens mais acometidos, diferenciação nas 
ventosas. 
 
Forma de larva: Cisticercóide. 
3-8 cm (até 20 cm) x 1- 2 cm 
Apêndices abaixo de cada ventosa 
CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: 
-Estróbilo não se destaca. 
-Ventosas olham para as laterais. 
-Proglotes empilhadas. 
-Não se vê estruturas internas. 
-2 Pares de projeções digitiformes. 
 
Espécie: Anoplocephala magna 
 
HD: Equinos. 
HI: Oribatídeos (Ácaros cryptostigmata). 
Habitat HD: Intestino Delgado 
Habitat HI: hemocele, cavidade celomática. . 
Forma de larva: cisticercóide. 
Até 1 m (maior tênia de equinos) 
Sem apêndices próximos as ventosas 
 
CARACTERÍSTICAS DA FORMA ADULTA: 
-Estróbilo se destaca. 
-Corpo maior. 
-Não apresenta projeções digitiformes. 
-Ventosas que “olham” para cima. 
-Não se vê estruturas internas. 
-Proglotes empilhadas. 
OBS: anoplocephala ventosas abertas / 
paranoplocephala ventosas fechadas. 
Gênero: Paranoplocephala 
Espécie: Paranoplocephala mamillana 
HD: Equinos. 
HI: Oribatídeos (Ácaros cryptostigmata). 
Habitat: forma adulta no intestino delgado ou região 
pilórica do estômago. 
Forma de larva: cisticercóide. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
1-5 cm x 5cm 
Ventosas com aberturas em fenda longitudinal 
Irregular 
Ovos 50 a 80 μm 
Irregularmente esférico ou triangular 
Embrião hexacanto 
Aparelho piriforme (sustentação e eclosão) 
-Tamanho do corpo menor que Anoplocephala. 
Gênero Moniezia 
Cestoide mais comum de ruminantes, geralmente não 
está sozinha, encontra-se com vários parasitas, 
comum em infecção com helmintos (haemonchus) 
HD: M. expansa: ovinos, caprinos 
M. benedeni: Bovinos ,ovinos 
HI: ácaros oribatídeos 
Habitat: Intestino delgado (HD) e Hemocele (HI) 
ADULTOS 
1 a 5 m 
 
 
 
Largura até 1,5 cm (M. expansa) 
Até 2,5 cm (benedeni) 
Escoléx 
Sem rostro e acúleos 
4 ventosas ou botrias, pseudobotrias 
2 poros genitais 
Ovos 
Embrião hexacanto 
Aparelho piriforme 
M. expansa 
Triangular 
M. benedine 
Quadrangular 
Proglotes 
Mais largas que longas 
2 conjuntos de órgãos genitais 
Glândulas interproglotidianas 
Toda largura da proglote (expansi) 
Parte central (Benedine) 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Anoplocefhala perfoliata (+patogenia) 
-Enterite, ulceração c/ mucosa 
Anoplocefhala magna 
-Enterite catarral e hemorrágica 
Paranocephala mamillana 
-Inaparente 
Moniezia 
-Pouco patogenica = assintomática 
-Maior carga parasitária em animais novos e velhos. 
 
TRATAMENTO 
-Equinos: Ivermectina ,Niclosamida e Praziquantel 
-Bovinos: praziquantel, niclosamida, berzinidazois, 
albendazol. 
DIAGNÓSTICO 
Clínico, parasitológico de fezes… 
 
CONTROLE 
Controle do HI - aragem e semeadura. 
Rotação de pastejo 
 
CICLO GERAL 
1:Parasita no intestino delgado – 2:apólise –3:meio 
ambiente- 4:proglotes íntegras ou ovos já 
infectantes- 5:ácaro fazem a decomposição do 
conteúdo fecal e acabam se contaminando com os 
ovos- 6:ingerem os ovos – 7:embrião atravessa a 
parede intestinal e migra para a cavidade do ácaro-8: 
ácaro com larva cisticercóide - 9:cisticercoide ( 
equinos até 4 meses para formar, bovinos 6 meses 
dentro do ácaro) - 10:ácaros vai carregando – 11: 
animal ingere o pasto que pode ter ácaro com larva - 
12:larva fixada na cavidade celomática do ácaro-
13:migra- 14:tropismo pela parede do intestino 
delgado,15: até virar o parasita adulto . 
Ciclo no livro 
As proglotes grávidas se destacam e vão ao solo com 
as fezes (A) os ovos liberados são ingeridos por 
ácaros (B),no interior do ácaro se forma o 
cisticercóide. O ácaro é ingerido pelo equino há 
liberação do cisticercóide que se fixa no intestino 
delgado tornando-se adulto (C). Um a dois meses após 
a ingestão de ácaros infectados com a forma larvar, 
os vermes adultos são encontrados no intestino dos 
equinos. 
Davainea 
 
Ordem: Cyclophyllidea (4 ventosas, ovos não 
operculados embrionados). 
Classe: Cestoda 
Família: Davaineidae 
Gênero: Davainea 
Espécie: proglotina 
CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA: 
Comprimento: 0,5 a 4 mm 
Estróbilo: com poucas proglótides; 
 
 
 
Rostro: com 2 ou 3 coroas de acúleos; 
Fase adulta: os hospedeiros são os mamíferos e aves. 
Fase de larva : os hospedeiros são os moluscos. 
*Obs: no Brasil os gêneros encontrados parasitam 
somente aves. 
→ Espécie: Davainea proglotina 
MORFOLOGIA: 
Escólex cilíndrico com 1,5 mm; 
Rostro curto com dupla coroa com 25 a 50 acúleos. 
Colo curto. 
Ovário bilobado e posterior. 
Tamanho: 15 a 60 cm de comprimento por 4 a 5 mm 
de largura. 
Ovos: 
esféricos, e encontrados individualmente dentro de 
cápsulas parenquimatosas. 
Presença do embrião hexacanto. 
Tamanho: 30 a 40 micrômetro de diâmetro. 
CARACTERÍSTICAS 
Ciclo: heteroxeno 
HD: galináceos. 
HI: moluscos gastrópodes. 
Forma larval: cisticercoide. 
Localização: forma adulta vive no duodeno dos 
galináceos, e a forma larval nos moluscos. 
CICLO BIOLÓGICO 
As cápsulas ovígeras contendo apenas um ovo são 
eliminadas pelas fezes e ao serem ingeridas pelo 
molusco em três semanas transformam-se em larvas. 
As aves, ao comerem os moluscos, liberam as larvas 
que penetram profundo na mucosa e submucosa 
intestinal (duodeno) do hospedeiros e cerca de 7 dias 
depois completam o ciclo se transformando em adultas. 
DIAGNÓSTICO 
Exames coprológicos; 
Técnicas de flutuação ( encontrar os ovos); 
PCR, Elisa. 
 
 
 
TRATAMENTO 
Uso de praziquantel . 
PROFILAXIA 
Identificação dos animais infectados; 
o controle é direcionado no hospedeiro intermediário. 
Higienização das camas; 
Limpeza das fezes dos animais; 
Família Raillietina 
Espécies importantes para estudo: Raillietina 
tetragona, Raillietina cesticillus e Raillietina 
echinobothrida. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
Comum em criações industriais de aves 
HD: galináceos; HI: besouros, formigas e moscas 
Habitat: duodeno 
Comprimento: até 25 mm 
Morfologia do parasito: rostelo (2 fileiras) e ventosas 
com acúleos, proglotes trapezoidais 
Cápsulas ovígeras: 6 a 18 ovos 
SINAIS E SINTOMAS: 
Nódulos caseosos, menor produtividade e ganho de 
peso 
DIAGNÓSTICO: 
Clínico, parasitológico, necrópsia (raspado profundo da 
mucosa duodenal), macroscópico fecal 
PROFILAXIA: 
Combate aos HI 
Flubendazole, Niclosamida, Tiabendazol, Mebendazol 
OBS: RIISPOA 2017: enterite, quando restrita ao 
órgão condena somente o órgão, e caso seja 
extensa, condena a carcaça toda do animal.

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