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Economia - Trabalho - Direito e Economia Num Mundo Globalizado

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UFMG – Faculdade de Direito
Economia A1
Nome: Gustavo de Oliveira Costa Souza – Turma: E
Matrícula: 2012008520	
Data: 12/06/2012
DIREITO E ECONOMIA NUM MUNDO GLOBALIZADO
1) Como o bom desempenho do Judiciário é capaz de estimular o crescimento ecnômico?
A boa qualidade dos sistemas legal e judicial ajuda bastante no progresso técnico, uma vez que são eles que garantem o direito de propriedade intelectual. Nesse sentido, o respeito à propriedade intelectual fomenta o investimento em pesquisa e desenvolvimento, bem como atrai os investimentos com alto conteúdo tecnológico. 
Além disso, os sistemas legal e judicial de boa qualidade tornam a economia mais eficiente, considerando, por exemplo, que são capazes de evitar distorções nos preços do mercado, reduzindo os riscos jurídicos e também de ajudar os bancos a reaverem as garantias dadas com maior agilidade. 
Ainda há o fato de os contratos serem garantidos mais eficientemente, levando as firmas a executarem os negócios conforme determinado, a explorarem economias de escala, a alocarem a produção entre clientes e mercados da melhor forma, a não se verticalizarem, entre outros benefícios. 
O bom desempenho do judiciário também acarreta em menor uso de recursos no processo de litígio, além do fato de promover um sentimento de maior segurança nas firmas e pessoas para essas realizarem investimentos, protegendo os investidores privados da expropriação estatal, e de reduzir a instabilidade das políticas econômicas voláteis e arbítrárias, ao limitar o arbítrio governamental.
2) Como a politização ou não-neutralidade do Judiciário prejudica a economia no Brasil?
A politização ou não-neutralidade dos magistrados acaba por reduzir os benefícios das reformas da política econômica, uma vez que revela uma maior diferença de visões entre economistas e juristas. Isso compromente bastante a segurança jurídica e leva à redução da atratividade de investimentos e de transações econômicas.
Além disso, observando o fato da atividade dos juizes voltar-se à justiça social e a não aceitação por parte dos magistrados da limitação da sua independência, mesmo que por instrumentos internos (súmula vinculante), nota-se a existência de um híbrido do sistema de civil law – o qual determina que o juiz siga e faça valer, rigorosamente, a lei escrita e do de common law – no qual o juiz produz o direito e suas próprias leis, em certo grau. Esse fenômeno agrava ainda mais a economia, uma vez que o não entendimento por completo das repercussões econômicas das decisões dos magistrados não-neutros acaba por gerar maiores empecilhos, futuramente, à justiça social tão buscada, ao invés de promovê-la. Isso se faz notar, por exemplo, a partir do fato de uma justiça que busca privilegiar o trabalhador instantaneamente, implicando inclusive quebras de contratos, acabar levando à redução do nível de emprego a longo prazo.
3) Como é possível melhorar o desempenho do Judiciário de forma a beneficiar a economia?
A tarefa de reformar o Judiciário brasileiro tem como meta principal a solução do problema de escassez de recursos para lidar com a grande quantidade de casos que chegam ao sistema judicial. Uma das propostas mais eficientes se dá a partir da redução desse elevado número de casos, ou pelo menos da agilização de suas análises. Isso seria possível por meio da nova lei de arbitragem, que desempenharia a importante função de direcionar os conflitos entre empresas para um juízo arbitral, em vez de buscar o Judiciário.
Além disso, há a tentativa de sanar a morosidade do sistema judicial através da automatização de parte do processo decisório por meio das súmulas vinculantes. Esses mecanismos fariam com que tribunais inferiores seguissem rigorosamente as decisões tomadas pelos tribunais superiores ao se julgarem casos semelhantes. Essa proposta ainda evitaria que as partes encaminhassem casos para os tribunais por má fé, isto é, somente pelo fato de poderem se beneficiar da ineficiência do sistema judicial, adiando o cumprimento de obrigrações.
Portanto, nota-se que a questão gira em torno da redução da morosidade da resolução dos conflitos, visto que essa lentidão acarreta em custos e riscos adicionais, que são embutidos nos preços e leva a um menor benefício social. Sanando essa morosidade do Judiciário, será possível alcançar benefícios para a economia.
Belo Horizonte, 12 de Junho de 2012
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Gustavo de Oliveira Costa Souza
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