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HERMERNÊUTICA - APLICAÇÃO DO DIREITO Subsunção é a aplicação da norma geral ao caso individual. Duas dificuldades: Falta de Informação sobre os fatos do caso *Princípio do ônus probandi, segundo o qual todo aquele que afirma a existência de um fato deve prová-lo. b) indeterminação semântica dos conceitos normativos Daí a necessidade de interpretação para saber qual a norma que incide sobre o caso. Integração Se o órgão judicante não encontra a norma aplicável ao caso por haver lacuna, deverá aplicar os arts. 4º. e 5º. da LINDB para preenchê-la. Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma. A hermenêutica é a teoria científica da arte de interpretar. A interpretação jurídico-científica é considerada autêntica, porque apenas determina o quadro das significações possíveis da norma geral. Funções: -conferir a aplicabilidade da norma às relações sociais que lhe deram origem; -estender o sentido da norma a relações novas, inéditas ao tempo de sua criação; -temperar o alcance do preceito normativo, para fazê-lo corresponder às necessidades reais e atuais de caráter social. É imprescindível a interpretação de todas as normas, por conterem conceitos que têm contornos imprecisos. Ao interpretar a norma deve-se procurar compreendê-la em atenção aos seus fins sociais e aos valores que pretende garantir – art. 5º LINDB. Técnicas interpretativas São os processos, lógicos ou não, utilizados para desvendar as várias possibilidades de aplicação da norma. Técnica gramatical Por meio dela, o intérprete busca o sentido literal do texto normativo, alicerçando-se em regras de linguística, atendendo à pontuação, colocação dos vocábulos, origem etimológica, etc. *conceitos jurídicos indeterminados ou abertos. Ex: função social do contrato; fato notório Processo lógico Procura desvendar o sentido e o alcance da norma, estudando-a por meio de raciocínios lógicos, analisando os períodos da lei e combinando-os entre si, com o escopo de atingir perfeita compatibilidade. Ex: o devedor pode pagar sua dívida antes, pois se ele deve pagar em data futura (deve o mais), pode pagar antes (o menos). Processo sistemático Considera o sistema em que se insere a norma, relacionando-a com outras, relativos ao mesmo objeto. Ex: art. 42 CDC tem como pressuposto a cobrança de dívidas e não a impossibilidade de cobrança. Técnica histórica Baseia-se na averiguação dos antecedentes da norma. Refere-se ao histórico do processo legislativo e às circunstâncias fáticas que a precederam, às causas ou necessidades que induziram o órgão a elaborá-la. Processo sociológico ou teleológico Objetiva adaptar a finalidade da norma às novas exigências sociais (LINDB, art. 5º.). Ex: ao interpretar qualquer artigo do CDC não se pode esquecer da finalidade daquele lei, qual seja, a proteção ampla do consumidor. Efeitos do ato interpretativo Intepretação extensiva Ao admitir que a norma abrange, implicitamente, certos fatos-tipos, o intérprete tenta ultrapassar o núcleo do conteúdo normativo, avançando até o seu sentido literal possível. Amplia o sentido da norma, pois a lei diz menos do que deveria dizer. Ex: bigamia/poligamia. Proprietário/usufrutuário na lei do inquilinato. Inviolabilidade do domicílio Interpretação restritiva Limitada a incidência do comando normativo, impedindo que produza efeitos injustos ou danosos, porque suas palavras abrangem hipóteses que nelas, na realidade, não se contêm. A norma jurídica disse mais do que ela quis dizer. Ex: direito e pedir o imóvel não se aplica ao nu-proprietário (lei do inquilinato). Intepretação declarativa Se houver correspondência entre a expressão linguística legal e a voluntas legis (vontade da lei). A interpretação chega ao mesmo resultado da lei, limitando-se o intérprete a declarar o sentido da norma jurídica interpretada, sem ampliá-la ou restringi-la. Interpretação Progressiva Diz-se progressiva a interpretação quando o intérprete, observando que a expressão contida na norma sofreu alteração no correr dos anos, procura adaptar-lhe o sentido ao conceito atual. Propõe-se a adaptar a lei às novas contingências, à evolução, ao progresso. Ex: mandado de prisão via fax Interpretação Analógica Ao lado da interpretação extensiva e mantendo com esta certa similitude, está a interpretação analógica. Não se deve confundir, contudo, interpretação analógica com analogia. A primeira é forma de interpretação; a segunda é integração. Quando se pode proceder a interpretação analógica? Quando a própria lei a determinar. Ex: quando o art. 61, II, c, do CP fala em “à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido”
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