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HERMENÊUTICA hermenêutica é uma palavra grega que significa a arte ou técnica de interpretar. O processo metodológico se iniciou por Santo Agostinho através de sua obra “Da doutrina cristã''.Onde busca a interpretação das escrituras através de uma metodologia. Tomás de Aquino se destacou na idade média por querer interpretar as escrituras através do pensamento filosófico Aristóteles. A reforma protestante pregou que a bíblia é a única fonte da fé, esta é inefável, auto suficiente e que não precisava de nenhuma outra fonte para sua interpretação. ESCOLAS DA INTERPRETAÇÃO A escola da Exegese A escola Histórica A escola da livre investigação científica A escola do Direito Livre Seu objeto é a mensagem, sua essência é a tradução e interpretação. HERMENÊUTICA É o um método que os operadores do Direito utilizam para solucionar problemas jurídicos aplicando a normas correspondente de um caso concreto, por meio da interpretação (quando esta norma já se encontra posta) ou então através da integração (quando a norma é extraída ou construída pelo aplicador) A interpretação é um dos meios da Hermenêutica, é uma prévia, no qual seu objetivo é descobrir o conteúdo da norma, buscando seu verdadeiro sentido e alcance. SUBSUNÇÃO, CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO Subsunção: é um termo técnico usado pela ciência jurídica, esta se refere quando os acontecimentos reais se encaixam no que está descrito na norma. É a regra abstrata em caso concreto Crítica: É a análise prévia da norma que se pretende ser usada a fim de verificar sua autenticidade. O aplicador irá investigar se a norma está em vigor, validade formal ( se esta não foi editada, se tem validade fática se é eficaz (que não caiu desuso coletivo), se a norma não possui omissões em seu texto, preenchimento das lacunas (interpretação do seu texto), e se ela é a única que dispõe naquele caso concreto para que seja descartada as hipóteses de Antinomia no sistema jurídico Interpretação: É o estudo aprofundado que tem por objetivo extrair o sentido que melhor satisfaça as peculiaridades do caso concreto. FUNÇÕES E CRITÉRIOS DA INTERPRETAÇÃO São 3 estas: ORIGEM, MÉTODO E RESULTADO. ORIGEM Origem esta é subdividida em 4 polos: Autêntica, Judicial ou Jurisprudencial, Administrativa e Doutrinária Origem autêntica é a explicação que um dispositivo dá a outro ou o que uma lei da a outra. No Direito Romano a origem autêntica teve grande prestígio porque o Justiniano não aceitava nenhuma interpretação se não a dele. Nos tempos atuais ela é vista como inconveniente, pois traz uma interpretação mais rígida e indesejável e por muitas vezes deixa dúvida. Origem Judicial ou Jurisprudencial é a interpretação feita pelo judiciário. Tirada das sentenças, acórdãos e súmulas as interpretações que os magistrados conferem as normas em sentenças, acórdãos e súmulas. Hoje é a mais adotada no Brasil, ela não é obrigatória ou geral, sendo válida somente para o caso julgado ou por meio de convencimento em outras ocasiões. Origem administrativa é interpretação feita pelo órgão que irá executar a norma. Ex. No caso de uma portaria emitida pela fazenda de como devem ser cumpridas as determinações contidas no decreto governamental. Origem doutrinária é interpretação que se impõe por meios de argumentos, ela é a mais livre pois não está comprometida a nenhuma autoridade ou poder. Sua finalidade se dá pela convicção do doutrinador e a ciência jurídica MÉTODO É a divisão de interpretação segundo os métodos ou recursos do utilizados pelo aplicador, com o objetivo de extrair o significado da norma e seus alcances. Existe 5 métodos são eles: Gramatical ou Literal, Lógico, Sistemático, Histórico e Teológico MÉTODO GRAMATICAL OU LITERAL Busca o significado da norma pelo vocabulário que nele está escrito. Como as palavra variam de significado conforme o tempo esse método se encontra numa visão doutrinária ultrapassado. MÉTODO LÓGICO Este método avalia a norma por um postulado lógico. Ele busca descobrir o significado da norma sem auxílio de qualquer elemento externo externo. Usando a racionalidade da própria norma. Com análise no preenchimento dos seguintes métodos: * o acessório segue o principal; * o geral abrange o especial; * não se pode distinguir onde a lei não distingue; * as leis não contêm palavras inúteis; * o que é odioso deve ser restringido e ampliado o favorável; * o contrário do que é verdadeiro é falso; * toda mudança pressupõe uma causa; * a parte inclui-se no todo; * quem pode fazer o mais, pode fazer o menos; • quem não pode fazer o menos, não pode fazer mais; etc.... MÉTODO SISTEMÁTICO Busca observar os dispositivos integrando-os com um sistema superior, buscando a coerência entre as normas Ex. É necessário confrontar a norma que se pretende usar com a Constituição Federal a fim de harmonizá-la. O art 240 do CC será estudado, verificando e levando em conta que o mesmo integra o título dos efeitos jurídicos do Casamento , que integra o Livro do Direito de Família que está submetido aos princípios da Constituição Federal. MÉTODO HISTÓRICO Seu objetivo é reconstruir a norma pelo seu conteúdo original para compreender seu verdadeiro significado. Procurando reproduzir as circunstâncias e os interesses dominantes na elaboração da norma.Ele busca “occasio legis” (momento de produção da norma) MÉTODO TELEOLÓGICO OU SOCIOLÓGICO Busca o significado da norma por meio do objetivo que a norma pretende atingir na sociedade, busca a finalidade social da lei. Assim com está no art.5o, da LICC (“Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais que ela se dirige e às exigências do bem comum”). RESULTADO Aqui se obtém a conclusão que o intérprete teve ao analisar a norma. Seu objetivo é saber se o legislador foi eficiente nas palavras que usou ou cometeu equívocos ao utilizá-las Existem três tipos de resultados: Declarativo, restritivo e Extensivo. RESULTADO DECLARATIVO O texto exprime satisfatoriamente o conteúdo da norma. Essa espécie de interpretação é usada no direito penal, preferencialmente quando tratamos de agravar a situação do acusado. RESULTADO RESTRITIVO Quando o legislador disse mais do que deveria dizer.Exagerou nas palavras. Cabe ao intérprete corrigir os excessos reduzindo os sentidos. Exemplo : Na Constituição Federal de 1967, o constituinte disse que o casamento era indissolúvel, mesmo antes do divórcio ele não era indissolúvel, pois a morte e a anulação eram casos de dissolução RESULTADO EXTENSIVO Aqui o legislador foi tímido ao usar as palavras, e elaborou uma norma com um sentido menos abrangente do que o necessário, cabendo ao intérprete corrigir o defeito, ampliando o sentido da norma, a fim de que ela cumpra os seus objetivos. Exemplo : O artigo 1719, CC, quando proibiu a nomeação da concubina como herdeira, na verdade queria referir-se a qualquer um que tivesse sido cúmplice adulterino, e não só a concubina. Integração das Leis Analogia: é aplicar a um caso não previsto em lei uma disposição legal prevista para um caso semelhante, ou ainda consiste em aplicar a um caso não previsto de modo direto ou específico, uma norma jurídica prevista para uma hipótese distinta, mas semelhante ao caso não contemplado. Costume: é uma norma social que deriva da longa prática uniforme, geral, constante e repetida de dado comportamento sob a convicção de que corresponde a uma necessidade de determinada sociedade. Princípios Gerais de Direito : são normas (escritas ou não) de cunho genérico, que condicionam e norteiam a compreensão do ordenamento jurídico, quer para a sua aplicação, quer para a elaboração de novas normas. Exemplos: “a lei deve dar a cada um o que é seu”; “a lei não pode permi+r o enriquecimento ilícito”; “todos devem ser tratados como iguais perante a lei; “aos acusados em geral devem ser assegurados o contraditório e a ampla defesa”; “quem exercitar o próprio direito não estará prejudicando ninguém”; “a pessoa deve responder pelos próprios atos e não pelos atos alheios”; “deve ser mais favorecido aquele queprocura evitar um dano do que aquele que busca realizar um ganho”; “ninguém deve ser responsabilizado mais de uma vez pelo mesmo fato”; “nas relações sociais se deve tutelar a boa-fé e reprimir a má- fé”; etc...
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