Buscar

Cap 79 paratormonio, calcitonina, calcio e fosfato, vit D, ossos e dentes GUYTON

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAP 79 – PARATORMÔNIO, CALCITONINA, METABOLISMO DE CALCIO E FOSFATO, VITAMINA D, OSSOS
Visão geral da regulação de cálcio e fosfato no LEC e o plasma
A concentração de cálcio no LEC é normalmente regulada de forma precisa. O valor normal fica em torno de 9 mg/dL. Esse controle é preciso e essencial, já que o cálcio desempenha papel fundamental em muitos processos fisiológicos, incluindo a contração dos músculos esqueléticos, cardíacos e lisos; a coagulação sanguínea; e a transmissão de impulsos nervosos. As células excitáveis, como neurônios, são sensíveis as alterações da concentração de cálcio, e aumentos da concentração dele acima do normal (hipercalcemia) provocam depressão progressiva do sistema nervoso, enquanto diminuição dessa concentração (hipocalcemica) induz a maior excitação do sistema.
Apenas 0,1% deste elemento total se encontra no LEC, 1% nas células e o restante é armazenado nos ossos.
Aproximadamente 85% do fosfato corporal esta armazenado nos ossos, 14/15% nas células e menos de 1% no LEC. Ele desempenha diversas funções importantes, sendo controlado por muitos dos fatores reguladores de cálcio.
Cálcio no plasma e liquido intersticial
O cálcio no plasma esta presente em 3 formas: 41% esta combinado as proteínas plasmáticas, 9% é difusível pela membrana dos capilares, mas estão combinados a substancias aniônicas do plasma e líquidos intersticiais, e os 50% restantes se encontram como difusíveis através da membrana dos capilares e ionizados.
Fosfato inorgânico nos LEC
O fosfato inorgânico no plasma se encontra sob duas formas: HPO4-2 e H2PO4-, tendo mais do primeiro. Quando a quantidade do fosfato no LEC aumenta, também se eleva a quantidade de cada um desses dois tipos de íons fosfato. Quando o pH do meio extracelular fica mais acido, ocorre aumento e declínio relativos no HPO4-2 e H2PO4-, respectivamente, enquanto ocorre o oposto quando esse meio fica alcalino.
Efeitos fisiológicos não ósseos das alterações das concentrações de cálcio e fosfato nos líquidos corporais
A variação dos níveis de fosfato no LEC não provoca efeitos importantes. Porem até leves aumentos ou quedas de cálcio no LEC podem causar efeitos extremos e imediatos. A hipocalcemia ou hipofosfatemia crônicas reduzem intensamente a mineralização óssea.
A hipocalcemia causa excitação do sistema nervoso e tetania
Quando a concentração de cálcio no LEC declina abaixo do normal, o sistema nervoso fica progressivamente mais excitável. Ocorre aumento da permeabilidade, entrada de íons sódio, permitindo o desencadeamento natural de potenciais de ação. Com o cálcio 50% abaixo no normal, as fibras nervosas periféricas ficam tão excitáveis, desencadeando uma serie de impulsos nervosos, que serão transmitidos ate os músculos esqueléticos periféricos, provocando a contração muscular tetânica.
A hipocalcemia causa tetania, crises epilépticas devido a sua ação de aumento da excitabilidade no cérebro.
A hipercalcemia deprime o sistema nervoso e a atividade muscular
Quando o nível de cálcio nos líquidos corporais se eleva muito acima do normal, o sistema nervoso fica deprimido e as atividades reflexas no sistema nervoso central são letificadas. Diminui o intervalo QT do coração e provoca falta de apetite e constipação.
Esses efeitos depressores surgem quando se eleva acima de 12 mg/dL o nível do cálcio. Quando ultrapassa 17 mg/dL, ocorre precipitação de cristais de fosfato de cálcio por todo o corpo.
Absorção e excreção do cálcio e fosfato
Absorção intestinal e excreção fecal de cálcio e de fosfato
Os valores usuais da ingestão de cálcio são de 1000 mg/dia de cálcio e fósforo. Normalmente, cátions divalentes como íon cálcio são mal absorvidos no intestino. A vitamina D promove a absorção do cálcio pelos intestinos em cerca de 35% (350 mg) e acaba sendo absorvido; o cálcio remanescente no intestino é excretado nas fezes. Quantidade adicional de 250 mg de cálcio chega aos intestinos por meio dos sucos gastrointestinais secretados pelas células descamadas da mucosa. Portanto, 90% (90 mg/dia) é excretada nas fezes.
A absorção intestinal de fosfato corre com facilidade. Exceto pela porção que se liga ao cálcio, quase todo o fosfato é absorvido par ao sangue do intestino e depois excretado na urina.
 
Excreção renal de cálcio e fosfato
10% (100mg/dia) do cálcio ingerido é excretado na urina. Cerca de 41% do cálcio plasmático esta ligado a proteínas, e portanto não é filtrado pelos capilares glomerulares. O restante é combinado com ânions como fosfato ou ionizado (50%), sendo filtrado pelos glomérulos para os túbulos renais.
Quando a concentração do cálcio é baixa, essa reabsorção se mostra acentuada; assim quase nenhum cálcio é perdido na urina, e o inverso é válido. O PTH representa o fator mais importante pelo controle dessa reabsorção de cálcio.
A excreção renal de fosfato é controlado por mecanismo de transbordamento. Quando a concentração do fosfato no plasma está abaixo do valor crítico – 1 mmol/L – todo o fosfato é reabsorvido e não ocorre perda na urina. Se estiver acima desse valor crítico, a perda do fosfato é diretamente proporcional ao aumento adicional.
O PTH pode aumentar intensamente a excreção de fosfato pelos rins.
Osso e sua relação com o cálcio e o fosfato extracelulares
O osso compacto tem cerca de 30% de matriz e 70% de sais.
A matriz orgânica óssea é formada de 90-95% de fibras colágenas e substancia fundamental, que conferem ao osso sua vigorosa resistência a tração. A substancia fundamental se constitui de liquido de proteoglicanos, principalmente sulfato de condroitina e acido hialuronico.
Os sais ósseos são basicamente compostos de cálcio e fosfato, ou seja, hidroxiapatita:
Ca10(PO4)6(OH)2
Os íons magnésio, sódio, potássio e carbonato também estão presentes entre os sais ósseos. Essa capacidade de se conjugar a sais ósseos serve pra vários íons, e a deposição de substâncias radioativas pose causar irradiação prolongada dos tecidos ósseos. Se quantidade suficiente for depositada, poderá ocorrer o desenvolvimento de sarcoma osteogênico.
Forças tênsil e compressiva do osso
Os cristais de hidroxiapatita se situam adjacentes a cada segmento de fibra, unidos firmemente a ela. Essa estreita união evita o “cisalhamento” do osso, e é essencial pra força do osso. Os segmentos de fibras colágenas adjacentes se justapõem, uns sobre os outros, provocando também a sobreposição dos cristais de hidroxiapatita.
As fibras colágenas do osso tem muita força tênsil, enquanto os sais de cálcio apresentam grande força compressiva.
Precipitação e absorção de cálcio e fosfato no osso – equilíbrio com os LEC
A hidroxiapatita não precipita no LEC apesar da supersaturação nos íons cálcio e fosfato
As concentrações dos íons cálcio e fosfato no LEC são maiores que as necessárias para causar a precipitação da hidroxiapatita. Existem inibidores para evitar tal precipitação, é o pirofosfato. Portanto, os cristais de hidroxiapatita não conseguem se precipitar nos tecidos normais, exceto no osso apesar do estado de supersaturação.
Mecanismo de calcificação óssea
O estagio inicial da produção óssea consiste na secreção de moléculas de colágeno e substancia fundamental, por osteoblastos. Os monômeros de colágeno se polimerizam e formam fibras colágenas, e o tecido resultante se transforma em osteoide. A medida que o osteoide é formado, certa quantidade de osteoblastos vem a ser encarcerada no osteoide e fica queiscente. Nesse estagio, essas células recém o nome de osteocitos.
Alguns dias depois após a formação do osteoide, os sais de cálcio começam a se precipitar sobre as superfícies das fibras colágenas , constituindo ninhos que se multiplicam e desenvolvem rapidamente até formar o produto final, cristais de hidroxiapatita.
Os sais iniciais de cálcio a serem depositados são compostos amorfos, esses sais se convertem em hidroxiapatita em semanas ou meses. Certa porcentagem pode permanecer para sempre, e quando houver necessidade de cálcio extra no LEC pode ser absorvidos.Precipitação do cálcio em tecidos não ósseos sob condições anormais
Sais de cálcio quase nunca precipitam em tecidos normais além do osso, somente em condições anormais. Nas paredes das artérias, no caso da arteriosclerose. Se depositam nos tecidos em processo de degeneração ou nos coágulos sanguíneos antigos. Os fatores inibidores que costumam evitar a deposição dos sais de cálcio desaparecem dos tecidos, nesse caso.
Intercambio de cálcio entre o osso e LEC
Se forem injetados os sais de cálcio por via intravenosa, a concentração de cálcio iônico poderá aumentar imediatamente para níveis elevados. Mas essa concentração retorna ao normal dentro de uma hora. Se a quantidade dos íons cálcio forem removidas nos líquidos extracorporais circulantes, essa concentração retorna novamente ao normal dentro de uma hora. Esses efeitos se devem a presença de cálcio do tipo intercambiável na composição óssea, que sempre está em equilíbrio com os íons cálcio nos LEC.
Pequena porção desse cálcio intercambiável também corresponde ao cálcio encontrado em todas as células, principalmente aquelas que têm alta permeabilidade como fígado e do TGI. A maior parte fica no osso mesmo. Esse cálcio é depositado nos ossos em forma de sal prontamente mobilizável como CaHPO4 e outros sais cálcios amorfos.
A importância disso é a provisão de mecanismo rápido de tamponamento para manter a concentração de cálcio iônico nos LEC. 
Deposição e absorção ósseas – remodelagem óssea
Deposição óssea pelos osteoblastos. O osso passa por deposição continua de osteoblastos e ininterrupta absorção nos locais onde os osteoclastos se encontram ativos. Os osteoblastos ficam nas superfícies externas dos ossos e cavidades ósseas.
Absorção óssea – função dos osteoclastos. O osso passa por continua absorção na presença de osteoclastos, que correspondem a grandes células fagocitárias multinucleadas derivadas de monócitos. Osteoclastos são ativos em menos de 1% das superfícies ósseas do adulto. A absorção óssea ocorre na adjacência imediata dos osteoclastos. Eles emitem projeções semelhantes a vilos em direção ao osso, formando borda pragueada adjacente ao osso. Esses vilos secretam enzimas proteolíticas liberadas de lisossomos e diversos ácidos. As enzimas digerem ou dissolvem a matriz orgânica do osso, e os ácidos provocam a dissolução dos sais ósseos. 
O PTH estimula a atividade dos osteoclastos e a reabsorção óssea, mas isso ocorre através de mecanismo indireto. O PTH se liga a receptores dos osteoblastos adjacentes, fazendo que liberem Citocinas – o ligante de osteoprotegerina (OPGL) ou ligante RANK. Ele ativa os receptores nas células pré-osteoclastos, fazendo com que se diferenciem em osteoclastos maduros multinucleados. Eles então desenvolvem uma borda pragueada e liberam enzimas e ácidos que promovem a reabsorção óssea.
Os osteoblastos também produzem osteoprotegerina (OPG) ou fator inibição da osteoclastogenese (OCIF), citocina que inibe a reabsorção óssea. A OPG atua como um receptor “isca”, se ligando a OPGL e impedindo que ele interaja com esse receptor, inibindo assim a diferenciação de pré-osteoclasto em osteoclasto. A OPG se opõe a atividade de absorção óssea do PTH.
A vitamina D e o PTH aparentam estimular a produção de osteoclastos maduros, inibindo a produção de OPG. Mas o estrogênio estimula sua produção.
Novos fármacos que imitam a ação da OPG parecem ser uteis no tratamento da perda óssea em mulheres pós-menopausa.
A deposição e a absorção ósseas normalmente estão em equilíbrio. Exceto nos ossos em crescimento, a deposição e a absorção óssea costumam ser equivalentes entre si, assim a massa total de tecido ósseo permanece constante. Os osteoclastos costumam residir em massas pequenas e destroem o osso por cerca de 3 semanas, criando um túnel. Os osteoclastos desaparecem e o túnel é invadido pelos osteoblastos, e tem inicio o desenvolvimento de novo tecido ósseo. A deposição óssea então prossegue por vários meses, fazendo camadas de círculos concêntricos (lamelas), até o preenchimento do túnel. Essa deposição cessa quando o osso começa a invadir os vasos sanguíneos da área. O canal de passagem desses vasos é o canal de havers, é tudo o que sobra da cavidade original. Cada nova área de ossos depositado dessa forma recebe o nome de ósteon.
Valor da remodelagem óssea contínua. O osso costuma ajustar a sua resistência proporcionalmente a intensidade de estresse ósseo. O osso tem espessamento quando submetido a cargas pesadas. Mesmo o formato do osso pode ser reajustado para sustentação apropriada das forças mecânicas por meio da deposição de reabsorção ósseas, de acordo com os padrões de estresse. Como o osso antigo fica relativamente quebradiço e frágil, há necessidade da deposição de nova matriz orgânica, a medida que a matriz orgânica antiga se degenera. Os ossos de crianças cujas intensidades da deposição e de absorção são rápidas, mostram pouca fragilidade em comparação com ossos de idosos, que apresentam lentidão desses processos.
Controle da taxa de deposição óssea pelo “estresse” ósseo. A deposição óssea ocorre proporcionalmente a carga compressiva suportada pelo osso. O estresse físico continuo estimula a deposição osteoblastica e calcificação óssea. Isso também determina o formato dos ossos.
O reparo da fratura ativa os osteoblastos. A fratura do osso ativa ao máximo todos os osteoblastos periosteais e intraósseos envolvidos na ruptura. Ocorre a formação quase imediata de nossos osteoblastos de células osteoprogenitoras que correspondem as células tronco óssea. Em curto período, ocorre o desenvolvimento de ampla protuberância constituída por tecido osteoblastico e matriz óssea orgânica recém-formada, com deposição de sais de cálcio. Tal protuberância é o calo ósseo.
Vitamina D
A vitamina D tem potente efeito de aumentar a absorção de cálcio no trato intestinal. Tem efeitos significativos sobre a deposição e absorção osseas. Essa vitamina em não é a substancia ativa real indutora desses efeitos. Ela deve passar por serie de reações no fígado e rins, convertendo-se ao produto final, o 1,25-di-hidroxicolecalciferol – 1,25(OH2)D3.
O colecalciferol (vitamina D) é formado na pele
A vitamina D3 – colecalciferol – é formada na pele, em consequência da irradiação do 7-desidrocolesterol proveniente dos raios UV. A exposição adequada de sol evita a deficiência de vitamina D. A vitamina D ingerida nos alimentos é idêntica a formada na pele.
O colecalciferol é convertido em 25-hidroxicolecalciferol no fígado
O primeiro passo na ativação do colecalciferol é a sua conversão em 23-hidroxicolecalciferol no fígado. O processo é restrito, já que a 25-hidroxicolecalciferol apresenta efeito inibitório por feedback sobre as reações de conversão.
O mecanismo de feedback regula precisamente a concentração do 25-hidroxicolecalciferol no plasma. A ingestão de vitamina D pode aumentar muito e ainda assim a concentração do 25-hidroxicolecalciferol permanece quase normal. Isso impede a ação excessiva da vitamina D.
Essa conversão controlada conserva a vitamina D armazenada no fígado para uso futuro. Uma vez convertida ela dura dias ou semanas, e armazenada no fígado dura muitos meses.
Formação de 1,25(OH2)D3 nos rins e seu controle pelo paratormônio
A conversão da 25-hidrocolecalciferol em 1,25-di-hidroxicolecalciferol é nos túbulos proximais dos rins. Essa ultima substancia é a forma mais ativa da vitamina D. ela perde quase toda a sua eficácia na ausência dos rins.
A conversão requer a presença do PTH. Ele exerce influencia potente na determinação dos efeitos funcionais da vitamina no organismo.
A concentração do íon cálcio controla a formação de 1,25(OH2)D3
A concentração do 1,25(OH2)D3 é inversamente influenciada pela concentração do cálcio na plasma. O cálcio tem efeito de impedir a conversão do 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-di-hidroxicolecalciferol. A secreção do PTH é muito suprimida quando a concentração plasmática do cálcio iônico se eleva acima de 9 a 10mg/dL. Em concentrações mais elevadas do cálcio ao suprimiro PTH, o 25-hidroxicolecalciferol é convertido em outra substancia que tem efeito nulo da vitamina D.
Ações da vitamina D
A forma ativa da vitamina D, o 1,25(OH2)D3, apresenta diversos efeitos sobre os intestinos, rins e ossos, como aumento da absorção de cálcio e fosfato para o LEC e auxilio na regulação dessas substâncias por feedback.
Receptores de vitamina D estão presentes na maioria das células, e estão no núcleo. Ele forma complexo com outro receptor intracelular, o receptor de retinoide-X, e se liga ao DNA ativando a transcrição na maioria dos casos.
Efeito hormonal da vitamina D para promover a absorção intestinal de cálcio
O 1,25(OH2)D3 atua como um hormônio para promover a absorção intestinal do cálcio. Ele aumenta por 2 dias a formação de calbindina, proteína ligante do cálcio, nas células do intestino. Essa proteína transporta o cálcio para o citoplasma celular. A absorção de cálcio é diretamente proporcional a quantidade dessa proteína ligante.
Outros efeitos que ajudam na absorção é a formação de ATPase estimulada pelo cálcio na borda em escova das células epiteliais e fosfatase alcalina nas células epiteliais.
A vitamina D promove a absorção de fosfato pelos intestinos
Embora o fosfato seja absorvido facilmente, o fluxo é intensificado pela vitamina D.
A vitamina D diminui a excreção renal de cálcio e fosfato
Ela aumenta a absorção de cálcio e fosfato nos túbulos renais e tente a diminuir a excreção dessas substancias na urina. Esse efeito é fraco.
Efeito da vitamina D sobre o osso e sua relação com a atividade do PTH
Ela tem papeis relevantes na absorção e deposição óssea. Quantidades extremas dessa vitamina provoca a absorção óssea. Na ausência, o efeito do PTH na indução da absorção óssea é muito reduzido.
A vitamina D em quantidades menores promove a calcificação óssea, pois aumenta a absorção de cálcio e fosfato nos intestinos.
Paratormônio
Representa um potente mecanismo para o controle das concentrações extracelulares de cálcio e fosfato, mediante a redução da reabsorção intestinal, da excreção renal e intercambio desses íons entre o LEC e o osso. A atividade excessiva provoca rápida absorção de sais de cálcio nos ossos, com consequente hipercalcemia. A hipofunção das glândulas paratireoides gera hipocalcemia.
Anatomia fisiológica das glândulas paratireoides
Existem 4 glândulas paratireoides atrás da glândula tireoide.
A retirada da metade das glândulas paratireoides não costuma provocar grandes anormalidades fisiológicas.
Contem basicamente células principais, que secretam PTH, e poucas células oxifílicas.
Perfil químico do PTH
Sintetizado primeiro nos ribossomos em pré-pró-hormônio, depois é clivado em pró-hormônio e depois no próprio hormônio pelo RE e CG. Por fim é armazenado em grânulos secretores no citoplasma.
Efeito do PTH sobre as concentrações de cálcio e fosfato no LEC
No inicio da infusão a concentração de cálcio começa a se elevar e atinge platô em 4 horas. A concentração de fosfato tem queda mais rápida. O aumento da concentração de cálcio é causado por dois efeitos: aumenta a absorção de cálcio e fosfato a partir do osso e diminui a excreção de cálcio pelos rins. A redução do fosfato é provocado pelo intenso efeito do PTH em aumentar sua excreção renal.
O PTH aumenta a absorção óssea de cálcio e fosfato
O PTH apresenta dois efeitos sobre o osso na indução da absorção de cálcio e fosfato. Tem a fase rápida – resulta da atividade principalmente de osteócitos para promover a absorção de cálcio e fosfato – e a fase lenta – provem da proliferação dos osteoclastos, seguida pela reabsorção osteoclastica muito acentuada no próprio osso.
Fase rápida da absorção de cálcio e fosfato no osso – osteólise
O PTH provoca a remoção dos sais ósseos de duas áreas: da matriz óssea nas proximidades dos osteocitos e nas adjacências dos osteoblastos ao longo da superfície óssea.
Os osteoblastos e osteocitos formam um sistema de células interligadas e disseminadas pelo osso e por todas as superfícies ósseas. Longos e delgados processos se estendem de osteocito para osteocito por toda a estrutura óssea, e se unem aos osteoblastos e osteocitos da superfície. Esse é o sistema da membrana osteocitica, e produz uma membrana de isolamento entre o osso e o LEC.
Entre a membrana osteocítica e o osso, existe pequena quantidade de liquido ósseo. Essa membrana provoca o bombeamento de íons cálcio do liquido ósseo para o LEC. Quando a bomba osteocítica fica excessivamente ativada, a concentração de cálcio no liquido ósseo declina ainda mais, e então os sais de fosfato e cálcio são absorvidos do osso. Esse efeito se chama osteólise e ocorre sem absorção da matriz fibrosa e gelatinosa do osso.
As membranas celulares dos osteoblastos e osteoclastos têm receptores pro PTH. Ele pode ativar a bomba de cálcio, induzindo a rápida remoção dos sais de fosfato e cálcio dos cristais ósseos amorfos.
Fase lenta da absorção óssea e liberação do fosfato cálcico – ativação dos osteoclastos
Efeito muito mais lento e evidente do PTH! Essas células não têm receptores para o PTH. Os osteocitos e osteoblastos emitem sinais para os osteoclastos, principalmente o ligante osteoprotegerina, que ativa receptores nas células pré-osteoclastas e as transforma em osteoclastos maduros.
O excesso de PTH costuma levar ao desenvolvimento satisfatório do sistema osteoclastico.
O efeito tardio consiste efetivamente na intensificação das atividades osteblastica e osteoclastica. Mas ocorre mais absorção óssea em comparação com a deposição, na presença de excesso continuo de PTH.
O PTH diminui a excreção de cálcio e aumenta a excreção de fosfato pelos rins
Ele causa rápida perda de fosfato na urina, devido ao reduzir a reabsorção tubular proximal dos íons fosfato.
Ele aumenta a reabsorção tubular renal do cálcio ao mesmo tempo em que diminui a reabsorção do fosfato. Ele eleva a reabsorção dos íons magnésio e hidrogênio, e reduz de sódio, potássio e aa.
O PTH aumenta a absorção intestinal de cálcio e fosfato
O PTH muito intensifica a absorção desses dois íons, presentes no intestino, pelo aumento da vitamina D na formação renal de 1,25(OH2)D3.
O AMPc medeia os efeitos do PTH
Controle da secreção paratireoide pela concentração de cálcio iônico
A mais insignificante redução da concentração do cálcio iônico no LEC faz com que as glândulas paratireoides aumentem sua secreção dentro de minutos. Elas aumentam muito de tamanho por trabalharem mais em casos de raquitismo, gestação e lactação.
As condições indutoras de aumento da concentração de cálcio acima do normal provocam diminuição da atividade e volume da paratireoide, como: quantidade excessiva de cálcio na dieta, quantidade excessiva de vitamina D na dieta, absorção óssea causada por fatores outros que não o PTH.
Alterações na concentração de íons cálcio no LEC são detectadas por receptor sensível ao cálcio (CaSR) nas membranas das células da paratireoide. O CaSR é receptor acoplado a proteína G, e estimula a fosfolipase C, aumentando a liberação de cálcio dos estoques, que assim diminuem a secreção de PTH. Inversamente a diminuição da concentração de cálcio no LEC inibe essas vias e estimula a secreção do PTH.
Calcitonina
A calcitonina, hormônio peptídico secretado pela tireoide tende a diminuir os níveis de cálcio, e tem efeitos opostos ao PTH. O papel é bem menor que o do PTH na regulação e concentração de cálcio.
O aumento da concentração plasmática e cálcio estimula a secreção de calcitonina
O principal estímulo para a secreção de calcitonina é a elevação da concentração de cálcio iônico no LEC. O aumento da concentração de cálcio em torno de 10% faz a elevação imediata de duas vezes a secreção da calcitonina. Isso gera um segundo mecanismo de feedback hormonal para o controle da concentração plasmática de cálcio.
A calcitonina diminui a concentração plasmática do cálcio
Por dois motivos:
O efeito imediato consiste na redução das atividades absortivas dos osteoclastos e possivelmente do efeito ostelítico da membrana osteolíticapor todo o osso. Esse efeito é mais significativo em jovens.
O segundo e mais prolongado efeito, se baseia na diminuição da formação de novos osteoclastos. O declínio dessa quantidade é seguido pela diminuição da quantidade de osteoblastos. O resultado efeito é a redução nas atividades osteoclastica e osteoblastica, por longo período e portando, efeito pouco prolongado sobre a concentração de cálcio no plasma.
A calcitonina tem efeitos secundários sobre o uso do cálcio nos túbulos renais e nos intestinos. São opostos aos do PTH e de pouca importância.
O fraco efeito da calcitonina sobre a concentração plasmática do cálcio no humano adulto
Qualquer redução inicial da concentração do cálcio causada pela calcitonina leva a potente estimulação da secreção do PTH, dentro de horas, o que acaba quase superando o efeito da calcitonina.
A intensidade diária de absorção e de deposição do cálcio no adulto é pequena e mesmo após o retardo da velocidade de absorção pela calcitonina, isso se reflete como efeito muito leve sobre a concentração plasmática do cálcio. O efeito da calcitonina em crianças é muito maior, já que a remodelagem óssea ocorre mais rapidamente nessa faixa etária. Em certas osteopatias, como a doença de Paget, a atividade osteoclastica esta muito acelerada, a calcitonina apresenta efeito muito mais potente de redução na absorção do cálcio.
A função de tamponamento do cálcio intercambiável nos ossos é a primeira linha de defesa. O controle hormonal da concentração de cálcio iônico é a segunda linha de defesa.
Fisiopatologia do PTH, vitamina D e osteopatia
Hipoparatireoidismo
Quando as glândulas da paratireoide não secretam quantidade suficiente de PTH, a reabsorção osteocítica do cálcio intercambiável diminui e ficam quase totalmente inativos.
Quando as glândulas paratireoides são subitamente removidas, o nível do cálcio cai subitamente enquanto o fosfato pode dobrar.
O PTH é usado para tratamento, mas o corpo pode desenvolve anticorpos contra ele. Então se indica quantidade extremamente altas de cálcio e vitamina D.
Hiperparatireoidismo primário
Ocorre indução de secreção inapropriada e excessiva de PTH. Dai ocorre atividade osteoclastica extrema nos ossos. Isso eleva a concentração de cálcio no LEC e deprime de fosfato.
Os efeitos desses níveis elevados de cálcio são depressão no SNC e periférico, fraqueza muscular, constipação, dor abdominal, ulcera péptica, falta de apetite e depressão do relaxamento do coração durante a diástole.
Em consequência do elevado nível de cálcio, o excesso desse cálcio e fosfato absorvidos no intestino ou mobilizados pelos ossos ocasional aumento deles na concentração de urina. Os cristais de fosfato de cálcio tentem a se precipitar nos rins, dando origem a cálculos.
Hiperparatireoidismo secundário
Ocorrem altos níveis de PTH como forma de compensação para hipocalcemia e não como anormalidade, como um tumor.
Pode ser causado por deficiência de vitamina D ou doença renal crônica.
Raquitismo causa por deficiência de vitamina D
Ocorre principalmente em crianças, sendo o resultado da deficiência de cálcio ou fosfato, pela falta da vitamina D.
A concentrações plasmáticas de cálcio e fosfato diminuem no raquitismo.
O raquitismo enfraquece os ossos.
Pode ocorrer tetania no raquitismo. Quando o osso finalmente chega a exaustão de cálcio, o nível desse elemento pode sofrer rápida queda. E ocorre desenvolvimento de sinais da tetania.
O tratamento se faz com suplementação de cálcio e fosfato.
Osteomalácia – raquitismo do adulto
Decorrente de absorção deficiente de cálcio e fosfato.
O raquitismo renal é o tipo de osteomalacia que se origina de dando prolongado aos rins. Causado pela falha dos rins lesados de formar a forma ativa da vitamina D.
Osteoporose – matriz óssea reduzida
Resulta da diminuição da matriz óssea orgânica e não da diminuição na calcificação óssea. A atividade osteoblastica no osso costuma estar abaixo do normal. A deposição de osteoide esta deprimida. A causa da diminuição ósseo é o excesso de atividade osteoclastica.
As causas mais comuns são: falta de estresse físico no osso, desnutrição, deficiência de vitamina C, falta de secreção de estrogênio no período pós menopausa, idade avançada e síndrome de Cushing.

Continue navegando