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Resumo Direito Penal Parte Geral - Princípios Art. 4º ao 12 CP

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1 
DIREITO PENAL 
 
Princípios: 
 
- Tempo do crime – Art. 4º, CP. 
 
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado. 
Assim, quanto ao TEMPO do crime o Código Penal adotou a teoria da 
ação. 
 
- Lugar do Crime – Art. 6º,CP. 
 
De acordo com o disposto no Código Penal, considera-se praticado o crime 
no local onde ocorreu a ação ou omissão, bem como onde ocorreu ou 
deveria ter ocorrido o resultado. 
Assim, quanto ao LUGAR do crime CP adotou a teoria da ubiquidade. 
 
ATENÇÂO: de acordo com o artigo 70, do Código de Processo Penal, a 
competência para julgamento do crime será determinada entre outros 
critérios pelo local em que o crime se consumou. Portanto, adotou a teoria 
do resultado. 
Não existe contradição entre a regra estabelecida pelo Código Penal e pelo 
Código de Processo Penal, pois cada regra se presta a uma finalidade 
específica. 
Pela regra do CP será possível saber se o crime estará sujeito, ainda que em 
tese, ao Código Penal nacional. 
 2 
Já pela regra estabelecida no CPP, verificada a possibilidade de aplicação da 
lei penal nacional, então será determinado o foro (comarca) competente. 
 
 
- Territorialidade e extraterritorialidade – Arts. 5º e 7º, CP. 
1) Regra: aos crimes ocorridos no território nacional aplica-se a lei penal 
nacional (territorialidade); 
2) Exceção: há situações em que mesmo que o crime tenha ocorrido em 
território internacional estará sujeito a julgamento no Brasil de acordo com 
as nossas leis penais. É a chamada extraterritorialidade que pode ser 
incondicionada ou condicionada. 
 
Conceito de território nacional: porção de terra sobre a qual o Brasil exerce 
sua soberania. Inclui o território, propriamente dito, o mar territorial e a 
coluna de ar atmosférico respectiva. Também são considerados territórios 
por representação os navios e aeronaves públicos, bem como os de natureza 
privada. Estes últimos, desde que em águas ou espaço aéreo internacional, 
ou seja, que não pertençam a nenhum Estado (alto mar, p. ex.). 
 
Extraterritorialidade incondicionada – crimes cometidos contra a vida ou 
liberdade do presidente da República; contra o patrimônio e a fé-pública; 
contra a Adm. Pública por aqueles que estão ao seu serviço e o crime de 
genocídio quando o autor for brasileiro ou domiciliado no Brasil. 
Nestes casos, ainda que o criminoso tenha sido julgado no exterior estará 
sujeito à lei nacional. 
 
 3 
Extraterritorialidade condicionada – crimes que por tratado ou convenção 
internacional o Brasil se obrigou a punir; praticados por brasileiro e os 
praticados em aeronaves e embarcações nacionais em território estrangeiro 
que não tenham sido julgados no local dos fatos. 
 
 
Condições: a) entrar o agente em território nacional, e 
 b) ser o fato punível no local em que ocorreu e no Brasil, e 
 c) ser o crime suscetível a extradição, e 
 d) não ter sido o agente absolvido no exterior ou não ter 
cumprido toda a pena, e 
 e) não ter sido o agente perdoado no exterior ou ter sido extinta 
a punibilidade. 
 
- Pena cumprida no estrangeiro – Art. 8º 
A pena cumprida no exterior pelo mesmo fato que resultou em condenação 
penal no Brasil será considerada como pena cumprida, portanto extinta. Tal 
fenômeno recebe o nome de detração penal. 
 
 
 
-Eficácia da sentença estrangeira – Art.9º 
A sentença penal condenatória estrangeira poderá surtir efeitos na Brasil 
desde que homologada pelo STJ quanto aos efeitos da reparação civil, bem 
como aplicação da medida de segurança. 
 
 4 
- Contagem do prazo – Art. 10 
O Direito Penal possui regra própria para a contagem dos prazos que não se 
confunde com a regra geral do ordenamento jurídico. 
De acordo com o CP para a contagem do prazo de natureza penal deve-se 
incluir o dia do começo e excluir o dia do final. Mesmo que o fato que dê 
início a contagem ocorra no final do dia, ex. 23h50min, este será 
considerado já como o primeiro dia do prazo. Quanto ao término dos prazos 
penais a regra também é específica, pois deverão ser fielmente observados, 
ainda que terminem em dia não útil. Assim, não são prorrogados até o 
próximo dia útil.

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