Resumo Direito Penal Parte Geral - Efeitos da Condenação e Reabilitação

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Dos Efeitos da Condenação - Art. 91, e ss do CP. 
 
 
A doutrina moderna seguindo os ditames do artigo 91 do Código Penal costuma 
elencar os efeitos da sentença penal condenatória da seguinte maneira: 
 
A) Efeito Principal: imposição da pena (privativa de liberdade, multa ou 
restritiva de direitos); 
B) Efeitos Secundários: 
B.1) De natureza penal: induz à reincidência, impedem a concessão do sursis, 
revogam o livramento condicional etc; 
B. 2) De natureza não penal: 
B.2.1) Genéricos: independem de manifestação expressa do magistrado na 
sentença = tornar certa a obrigação de reparar o dano*; perda em favor da 
União dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, 
alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; suspensão dos direitos 
políticos enquanto durar a condenação; 
B.2.2) Específicos: necessitam de expressa manifestação do magistrado na 
sentença = A perda do cargo, função pública ou mandato eletivo quando a 
pena privativa de liberdade aplicada for igual ou superior a 1 ano, nos crimes 
praticados com abuso de poder; perda do cargo, função pública ou mandato 
eletivo quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 
anos, qualquer que tenha sido o crime praticado; Incapacidade para o exercício 
do poder familiar, nos crimes dolosos apenados com reclusão, cometidos 
contra filho, tutelado ou curatelado. 
 
*De acordo com a atual disposição do Código de Processo Penal ( CPP ), o 
juiz já na sentença penal condenatória deverá, quando possível, fixar o valor 
da indenização a ser cobrada no juízo cível. 
 
 
 
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Da Reabilitação Criminal Art. 93 do CP 
 
 
Tem como finalidade restituir o condenado à situação anterior, apagando a 
anotação de sua folha de antecedentes e suspendendo alguns efeitos secundários 
da condenação. 
 
Requisitos – Art. 94, CP. 
 
- Que já tenham transcorrido 2 anos da data da extinção da pena, ou do 
início do período de prova do sursis ou livramento condicional, desde que o 
citado benefício não tenha sido revogado; 
- Que o indivíduo tenha mantido domicílio no País durante esses dois anos; 
- Que tenha demonstrado bom comportamento; 
- Que tenha reparado o dano à vítima, salvo se demonstre impossibilidade de 
faze-lo ou tenha sido dispensado pela própria vítima. 
 
OBS: o pedido de reabilitação deve ser encaminha do juiz da condenação e sendo 
o mesmo indeferido somente poderá ser renovado com base em novas provas. 
 
A reabilitação poderá ser revogada de ofício ou mediante requerimento do 
Ministério Público se o reabilitado tornar-se reincidente, salvo em caso de multa. 
 
OBS: A reabilitação não afasta os efeitos da reincidência, que somente se operam 
decorridos 5 anos.