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1 
 
 
GUIA DEFINITIVO 
Do bonsaista 
 
 
 
 
 
2 
 
.ÍNDICE 
 
 HISTÓRIA......................8 
Como nasceu o bonsai. 
 ESTILOS E 
PROPORÇÕES...............4 
Os mais famosos estilos. 
 TECNICAS...................10 
Alporquia,segmentação,dicas ,etc. 
 GUIA DE CUIDADOS 
POR ESPÉCIE: 
 PRIMAVERA...................47 
 AZALEIA.....................65 
 FLAMBOYANT.........69 
3 
 
 ACER BURGERIUM....81 
 ACER PALMATUM.....82 
 CARMONA............84 
 FICUS RETUSA.......85 
 LIGUSTRUM CHINENSIS.....87 
 OLIVEIRA.................88 
 SERISSA..........90 
 ULMUS.........93 
 PINGO DE OURO.....95 
 JABUTICABEIRA.....97 
 PITANGA.......99 
 ACEROLA.......103 
 ROMÃ...........108 
 IPÊ ROSA..............109 
 
 
 TUIA JACARÉ.......110 
 PATA DE VACA......111 
4 
 
 
 BUXINHO.........115 
 CALIANDRA.......119 
 CAMÉLIA.........121 
 HIBISCO DA SÍRIA......124 
 JASMIN.................126 
 AMORA................128 
 
 Origem 
Na china os homens mais ricos e cultos saiam das 
cidades,buscando maior contato com a natureza para 
alcançar a paz de espirito. Em meio as matas encontravam 
arvores em miniatura castigadas pelas condições em que 
viviam,de inicio eles somente transplantavam essas 
arvores para vasos para leva-las pra casa; 
Com o tempo foram surgindo técnicas para aprimorar 
essas miniaturas a principio pela poda; técnicas 
aprimoradas pelos monges taoístas que usavam os seus 
pun sai (nome chinês ) para meditação. 
 
5 
 
Saindo da china 
Com isso,desmistifica-se a idéia de que o bonsai foi 
originado no japão.os chineses foram os responsáveis 
Levada pelos monges chineses,a arte chegou a terras 
japonesas na era kamakura,que compreende o período 
entre 1192 d.c e 1333 d.c. lá a pratica foi 
modificada,desvinculando-a da religião e tornando-a 
realmente uma arte. 
Chegou a europa em meados do século 18 primeiramente 
na Inglaterra. 
Chegando ao brasil 
No brasil,as primeiras histórias relacionadas ao bonsai 
datam de 1908,com a chegada dos primeiros imigrantes 
japoneses. 
 
 ESTILOS 
CHOKKAN 
Tronco vertical. 
6 
 
 
 HOKKIDASHI 
Vassoura. 
 CHORÃO 
 
 SHAKAN 
Tronco inclinado. 
 
7 
 
 MOYO-GI 
Tronco sinuoso. 
 
NEAGARI 
Raiz exposta. 
 
RAIZ SOBRE PEDRA 
 
8 
 
TAKO-ZUKUR 
Polvo. 
 
 FUKINAGASHI 
Varrido ao vento. 
 
 BUJIN 
Estilo livre. 
 
9 
 
 HAN-KENGAI 
Semi-cascata. 
 
 KENGAI 
Cascata. 
 
 SÔKAN 
Tronco duplo. 
 
10 
 
 YOSE-UYE 
Floresta. 
 
 PEIJIN LANDSCAPE 
 
 
TAMANHOS 
- OMONO BONSAI (arvore grande ) 
Até 130 cm de altura ,sem o tamanho do vaso. 
 
-CHUMONO BONSAI (arvore mediana ) 
11 
 
De 90 a 45 cm de altura. 
 
-KATADE-MOCHI BONSAI (arvore intermediaria) 
De 20 a 40 cm de altura. 
 
-KOMONO BONSAI (arvore pequena ) 
De 12 a 18 cm de altura. 
-MAME BONSAI (arvore bem pequena ) 
Deve caber na palma da mão. 
 TECNICAS 
 
 Dicas - Adubação - dicas de como fazer 
 
Agora vamos fer algumas maneiras de proceder com o 
adubo. 
 
Uma receita básica de adubo é 70% de torta de 
mamona + 30% de farinha de osso. 
 
 
12 
 
 
 
 
 
Preparamos uma massa usando água. Podemos usar algum 
adubo liquido na água. Isso adicionará micro-nutrientes ao 
nosso adubo. 
 
 
 
 
 
 
Com um ferro de solda (usada por eletrecistas), furamos os 
potes de iogurte 
13 
 
 . 
 
 
 
 
 
Colocamos a mistura até próximo da borda do pote de 
iogurte. 
14 
 
 
 
 
 
Colocamos os potes com a boca para baixo sobre o 
substrato do bonsai. Lembrando sempre de colocar longe 
da base do tronco. 
 
15 
 
 
O indicado é 2 à 4 potes para os vasos maiores, ou para 
plantas em potes plásticos, caixas ou vasos de treinamento. 
Para vasos pequenos, ou bonsai já formado, costuma-se 
usar copos de cafézinho na mesma quantidade (2 à4 por 
vaso). 
Esse tipo de adubação permite uma liberação contínua e 
controlada do produto. Sempre que regamos o bonsai, a 
água que entra nos copinhos passa pelo adubo e leva os 
nutrientes para as raízes. 
Em média, esses copinhos precisam ser substituidos a cada 
20 ou 30 dias. Depois desse tempo, sobra apenas bagaço, 
com pouco valor nutricional. 
Lembrando que é importante fazer também a adubação 
foliar a cada 15 ou 20 dias. 
 
 
 
 
16 
 
Técnica engrossamento tronco 
Segue 2 técnicas de engrossamento de tronco. Matéria 
enviada pelo grande amigo e mestre Sergio R. Santos da 
SEMAR BONSAI - Guarujá/SP. 
 
 
Engrossamento nº 1 
a)Fazemos algumas alfinetadas na base do tronco, com 
isso a planta pensa que estar sendo podada, ai nascem 
alguns galhos em lugares variados. 
 
 
 
 
 
b)Nesta foto vocês vão identificar uma montagem de 
como seria após o nascimento dos brotos . Direcionamos 
esses galhos depois que ele fique do tamanho desejado, 
para colocamos para dentro da terra, sempre retirando as 
folhagens e raspando na ponta e colocando dentro da terra, 
com uma estaca para segurar o galho até ele enraizar. 
17 
 
 
 
 
c)Depois de 4 meses a planta vai estar com essa aparência, 
o galho fazendo parte das raízes e dando aparência de mas 
velha. Quanto mais brotos forem colocado essa aparência 
fica melhor 
 
. 
 
18 
 
 
 
 
Engrossamento nº 2 
a)Fazemos 3 cortes de triângulo na base da planta, uns 2 
cm a 2,5cm (metade para baixo da terra e metade para 
cima da terra), dependendo da grossura da base da planta. 
Esses 3 cortes tem que ser bem distribuídos na 
circunferência do tronco, retirando a casca e uma pequena 
parte do tronco. 
 
19 
 
 
 
b)Depois de 3 meses aparência do corte e as raízes vão 
abrindo a base, como podem ver na imagem, como fica. 
 
 
 
 
 
20 
 
c)Aproximadamente depois de 2 anos aparência do tronco 
vai ficar conforme essas duas fotos abaixo 
 
 
 
 
Obs: Podemos também amarrar um arame abaixo da terra 
e deixar por 3 meses e depois retiramos, que o tronco fica 
mais grosso, mas as orientações acima seriam melhores 
para o engrossamento.Para deixamos a base parecendo 
com a técnica de Nebari podemos fazer vários cortes, um 
pouco comprido para que se abram varias raízes 
uniformes. 
 
 
Dicas - Poda de raízes 
Trocar a terra de um bonsai é geralmente um momento de 
preocupação e dúvidas... 
21 
 
Quanto devo cortar? qual a época? que substrato usar? 
Quanto a época, aconselha-se fazê-lo nos meses mais 
frios. Evitando o período de crescimento acelerado da 
planta. 
Veja as fotos do processo: 
 
 
Esta pitanga está a 1,5 anos sem trocar a terra. Por isso, é 
hora de fazê-lo! 
 
22 
 
 
 
Se o bonsai está amarrado ao vaso, corte os arames. Após 
isso, solte o torrão do vaso com o uso de um Hashi 
(palito), ou uma espétula. 
 
23 
 
 
Retire a planta do vaso, evitando quebrar as raízes. 
 
 
 
24 
 
Após um ano as raízes tomaram conta do vaso, tornando-
se um emaranhado. 
 
 
 
Desmanche o torrão com um hashi, desembaraçando 
cuidadosamente as raízes. (deixe 1/3 do torrão intacto 
 
25 
 
 
 
Com uma tezoura afiada, corte as raízes que foram soltas 
com o palito. Geralmente se deixa 2/3 do total de raízes. 
 
26 
 
 
 
Com uma alicate de corte, elimineas raízes que 
engrossaram demais, corrigindo assim o sitema radicular. 
 
27 
 
 
 
Pronto para replantar! 
 
28 
 
 
 
Deixe o vaso preparado, com a tela de drenagem e os 
arames de fixação. Quanto menos tempo levar o processo, 
melhor! 
 
29 
 
 
Cubra o fundo do vaso com substrato. 
 
 
30 
 
 
O bonsai deve ser amarrado firmemente ao vaso, para não 
danificar com o movimento as raízes novas que vão 
crescer. 
 
 
 
Observe que a planta está fixa ao vaso! 
 
31 
 
 
 
Cubra as raízes com substrato, e com um hashi de 
madeira, empurre a terra para completar todos os espaços 
entre as raízes. 
A terra ou substrato será tratada em outro tópico. 
 
32 
 
 
 
Cubra a superfície do vaso com pedrisco ou cascalho, para 
evitar a formação de uma casca impermeabilizante. 
 
33 
 
 
Molhe abundantemente seu bonsai. Se preferir, faça uma 
imerção em uma bacia de água, para sairem todas as 
bolhas de ar. 
O cuidado "ós-peratório" é fundamental para a boa 
recuperação da planta. Na primeira semana procure 
molhar a folhagem do bonsai pelo menos 3x ao dia, e 
mantenha-o na sombra. 
 
 
 
34 
 
 
 
 
 
Dicas - Poda radical e formação de novo ápice (acer) 
 
 
 
Esta muda de acer estava no chão para engrossar. Após alguns anos, foi coletada e podada na altura desejada. 
No detalhe vemos o corte do tronco e um galho fino que será o novo ápice. 
Muitas vezes não temos este galho fino, mas ele brota ápós a poda. 
 
35 
 
 
 
Deixamos aquele galho da épice crecer livremente durante um ano, e nesse tempo já iniciamos o trabalho com os galhos de 
baixo, formando a copa. 
 
36 
 
 
 
O galho continua crescendo até que a grossura seja compatível com o tronco. Formamos assim a conicidade. 
Esse galho chama-se de galho de sacrifício. Ele será eliminado posteriormente, para dar lugar a um novo broto. 
 
37 
 
 
 
Quando o galho atingir a grossura desejada, cortamos ele e deixamos novo broto para dar continuidade ao tronco. 
O mesmo processo será feito nesse broto novo porém sem engrossar tanto quanto a pimeira parte. 
Nessa fase já procuramos deixar os brotos em lados opostos, dando movimento (curvas) alternadas ao tronco. 
 
38 
 
 
 
O corte é feito sempre acima de um par de gemas ou brotos. 
Um dos brotos será o ápice, e o outro (do lado oposto ao corte) será o galho. 
Novamente o ápice cresce livre até engrossar. 
 
 
 
39 
 
Depois de 2 anos, temos um bom movimento e conicidade equilibrada. 
O tempo de trabalho vai variar conforme a quantidade de vezes que o processo será feito, e com o ritmo de crescimento da 
planta. 
É importante cuidar muito com adubação nessa fase, pois isso acelera o processo. 
Ps.: Muitas vezes temos pressa e cortamos o galho de sacrifício muito cedo. Isso acaba atrazando mais o trabalho do que 
imaginamos. 
Esse mesmo processo pode ser realizado para engrossar um galho primário num bonsai. 
 
dicas de alporquia 
(amarra-se com arame apertado o galho da arvore) 
Todos sabem que a alporquia é um excelente método para 
se conseguir um bonsai. 
Para um principiante, todavia, colocar o substrato em um 
ramo na perpendicular 
costuma ser bem difícil. A dica é a seguinte: pegue uma 
bucha vegetal (dessas que 
a gente usa para lavar vasilhas ou tomar banho), tire o 
miolo com uma tesoura formando 
cum copo. Corte numas das laterais e envolva a alporque 
com ela e depois amarre embaixo. 
feito isto, fica muito fácil encher o copinho com substrato. 
Após enchê-lo, amarre na parte 
 de cima e aí é só envolver o alporque com o filme 
transparente. 
 
fOTO 1: ALPORQUIA DE PIRACANTA 
 
40 
 
 
 
 
41 
 
 
 
COMO ENGROSSAR RAIZES 
AEREAS DE FICUS 
 
 
Obs, não coloquei nada dentro do canudinho, a própria 
umidade do substrato que transpira por ele, mantem as 
raízes com a umidade correta e ela vai de encontro ao solo 
somente guiada pelo canudo. 
 
Quando ela começar a aparecer já coloque o canudo e 
coloque ele ligeiramente enterrado na posição escolhida, 1 
ou 2 centímetros só para que não entre vento. 
Cuidado nesta hora, pois a raiz é muito sensível. 
42 
 
Após um ou dois anos, a própria raiz engrossa e rasga o 
canudo, já ressecado pelo sol e chuva. 
 
 
ESTUFA PARA ESTACAS 
 
É uma estufa economica, feita de caixas 
descartaveis de frutas, e plástico 
transparente, também no geral 
encontrato em gualquer lugar. 
43 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
Passar o plástico, todo em volta da caixa, fixando com 
percebeijo de metal. 
 
45 
 
 
 
Tampa fixa só de um lado; 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
a estufa serva para manter a temperatura e a umidade, 
facilitando assim a criação de raizes,,, 
 
nesta foto, podemos ver a umidade interna; 
 
 
48 
 
Nesta olhamos de cima; 
 
 
Nesta, vemos algumas estacas de Azaleia com um mês; 
 
 
Deixar a estufa protegida do sol forte. 
 
49 
 
 
 PRIMAVERA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha técnica da planta e variedades 
 
Nomes populares: "Primavera", "Três Marias" e "Flor-de-
papel". 
Família: Nyctaginaceae 
Gênero: Bougainville 
Espécies: São muitas as espécies do gênero Bougainvillea: 
spectabilis, bracteata, brasiliensis, glabra, 
50 
 
peruviana, sanderiana, speciosa, entre outras. Sendo que, 
as mais comumente cultivadas são as 
spectabilis e glabra , a partir das quais surgiram inúmeros 
híbridos. A diferença entre elas na 
maioria das vezes, remonta ao diâmetro dos troncos, 
quantidades e formas dos espinhos, 
existência ou não de pilosidade nas folhas e maior 
resistência ao frio e a geada por parte 
da espécie glabra. 
Variedades: o colorido existente na planta são as brácteas, 
folhas modificadas que envolvem e protegem 
as flores amarelas. O conjunto resulta numa aparência 
exótica, encontrada nas cores branca, rosa, 
vermelho intenso ou laranja. 
Por ser uma espécie muito hibridizada, já se obteve 
brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive 
bicolores - e também a forma variegata. Quando adulto 
esse arbusto escandente e espinhento pode atingir 
de 5 a 15 metros de comprimento. 
Veja a flor de cor clara no centro e em volta as brácteas de 
cor pink 
 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
Vejam as brácteas roxas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brácteas vermelhas (Bouganvillea glabra) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
Pink : 
 
 
 
 
 
 
 
Rosa: 
 
 
 
 
Laranja: 
 
 
 
 
 
 
 
Brancas : 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
Origem - América do Sul. O nome da planta foi dado em 
homenagem ao navegador 
francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em 
nosso país, por volta de 1790 e a levou 
para várias partes do mundo. 
 
PRIMAVERA (BOUNGAVILEA) Bonsai de Primavera 
 
-Nome Científico ou nome latino: Bougainvillea glabra 
 
- Nome comum ou vulgar: Primavera, Bougainville, 
Boganvilla, Trindade, Bugenvil, Dania, Papel Flor, Santa 
Rita. 
 
- Família: 
- Nyctaginaceae (Nictagináceas). 
 
- Origem: Brasil. 
 
54 
 
- A buganvília é uma planta trepadeira que se forma em 
um tronco com a idade. 
 
- Ela é sempre verde, mas pode agir como uma espécie de 
folhacaduca, se cultivadas em climas mais frios do que o 
Mediterrâneo. 
 
- Existem variedades com folhas verdes variadas e creme. 
 
- O ornamento desta planta são suas floresque podem ser 
rosa, roxo, vermelho, amarelo, etc, dependendo da 
variedade, que rodeia a flor verdadeira, que é minúsculo e 
sem valor decorativo. 
 
- Luz: Pleno sol para florescer. 
 
- Interior apenas quando a luz é muito intensa, com uma 
janela com muito sol ou com efeito de estufa, embora seja 
mais provável a florescer com dificuldade ou não 
florescer, ela precisa de muita luz para florescer e, como já 
dissemos, muito intenso. 
 
- Temperaturas: Ela vem da América do Sul subtropical. 
Proteger da geada. 
55 
 
 
- Umidade: Não pulverizar as folhas ou manter umidade 
excessiva porque provoca um aumento exagerado do 
tamanho das folhas e reduz o florescimento e até a perda 
de flores. Na verdade, você tem que evitar molhar as flores 
ao regar, porque se ficarem molhadas, elas vão cair. 
 
- Substrato: Uma boa mistura de substrato para a 
Primavera seria 35% de areia grossa ou equivalente% 
(solo vulcânico, etc) e 65 de substrato orgânico. 
- Coloque no fundo do vaso uma camada de pedras e 
depois outra de cascalho para facilitar a drenagem. 
 
- Irrigação: Com o calor do verão mergulhe o vaso em 
água até que apareça bolhas de ar na superfície da água. 
 
- Não se deve regar com tanta freqüência quanto as outras 
plantas. 
 
- No inverno, deixe o substrato secar superficialmente para 
uma nova rega. Uma boa tecnica é colocar o dedo por 
cima do substrato e verificar se o dedo está molhado. Se 
sim suspenda a rega. 
 
56 
 
- Imediatamente antes da floração para parar a rega por 
uma semana para promover o desenvolvimento dos botões 
florais. 
 
- Adubação: Desde o final da primavera ao fim do verão 
aduba-se a cada 15 dias com adubo líquido para bonsai, 
mesmo durante o período de floração. 
- No período de descanso de inverno, a Primavera não 
deve se adubada devido ao estado de dormência de suas 
raízes. 
- Retomar a adubação na primavera, para que começem a 
vir as primeiras flores. 
- Não adube uma planta recém-transplantada, aguarde para 
que ela cresca e se recupere. 
 
- Nós podemos ajudar a reduzir o tamanho das folhas, com 
uma boa exposição ao ar livre em pleno sol, com rico 
suprimento de fósforo de fertilizantes (P) e potássio (K) do 
que o nitrogênio (N) para desencorajar o desenvolvimento 
de folhas. 
 
- Poda: – As flores aparecem nas pontas dos ramos, por 
isso, é aconselhável deixar os brotos crescerem ao longo 
da estação de crescimento para obter os seus ramos 
maduros o suficiente para produzir flores em suas pontas. 
57 
 
- Infelizmente, temos que escolher entre ficar com as 
flores e modelar a forma dos seus galhos. 
- Como as folhas são alternadas, devemos considerar o 
sentido em que vamos podar, então eu sempre podo acima 
de uma gema que tem uma folha para o exterior do galho 
ou para a direção desejada. 
- A poda drástica tem seu melhor efeito no final do 
inverno, pouco antes da primavera. 
- Embora a poda de galhos possa ser feita em qualquer 
época do ano, o melhor é após o florescimento, entre a 
primavera e o verão tardio, encurtando para até 2 ou 3 
pares de folhas. 
 
- Aramação: – O posicionamento dos galhos através da 
aramação é complicado porque os seus galhos se 
lignificam rapidamente se tornando rígidos e frágeis, por 
isso a modelagem das buganvílias é o melhor feito por um 
planejamento da poda nos anos subseqüentes ou o 
tracionamento. 
- O melhor momento para a aramação é na primavera. 
- Os galhos semi-lenhosos são os melhores para serem 
aramados, já os lenhosos são quase impossíveis de se 
dobrar. 
- Se decidirmos aramar galhos jovens, devemos 
acompanhar atentamente para que os arames não marquem 
58 
 
a casca do galho devido a rapidez com que engordam e 
crescem. 
- Os arames não devem ser deixados na árvore mais do 
que alguns meses (entre 3 e 5). 
- A aramação é usada apenas quando outras técnicas de 
modelagem não produzirem os efeitos desejados. 
 
- Transplante: 
 
- A cada 2 ou 3 anos, no início da primavera. Nos 
espécimes cultivados em climas tropicais ou subtropicais, 
podemos aumentar a frequência para transplante para até 
um ano. 
 
- Nós também podemos transplantar no início do outono, 
ou antes do aparecimento de novos brotos. 
 
- Entre a poda de galhos e transplante (ou vice-versa) deve 
ter um intervalo de tempo mínimo para não acumular 
operações muito agressivas ao mesmo tempo, como três 
semanas. 
- Durante o transplante deve-se limpar qualquer parte de 
raízes podres e podar galhos indesejados para reduzir a 
copa. 
59 
 
- Se a poda da raiz é muito grande, é necessário remover 
as folhas na mesma proporção que as raízes removidas. 
- Tenha cuidado para não podar drasticamente as raízes 
durante o transplante, podar apenas raízes grossas 
deixando as mais finas. 
 
- É desejável, para proteger a árvore após o transplante 
pelo menos um mês, colocando-a em um local bem 
iluminado, evitando a luz solar direta. 
 
- Pragas: 
 
- Pulgões verdes, cochonilhas, mosca branca, a aranha 
vermelha, etc. 
 
- Doenças: 
 
- O oídio (fungo uma manchas brancas). 
 
- Clorose, causada pela falta de ferro e outros 
micronutrientes, como manganês e zinco. 
 
60 
 
- A Bougainvillea é sensível à deficiência de ferro (clorose 
de ferro), por isso é aconselhável a utilização de tempos 
em tempos, o ferro quelado com água de irrigação, evite 
usar o excesso de água com cal, uma vez que impedem a 
boa absorção de ferro. Uma boa dica também é enterrar 
um pedaçinho de bombril num canto do vaso que ao se 
decompor forneça o ferro necessário à planta. 
 
- Multiplicação: 
 
- Estacas lenhosas no inverno. Em climas frios exige calor 
constante (20 º C) em uma estufa. As raízes aparecem com 
cerca de 3 meses. 
 
- As estacas moles ou semi-lenhosas, cerca de 10 cm, no 
início da primavera / verão. Se tudo correr bem, enraizarão 
em torno de 4 a 6 semanas, embora algumas com 
aquecimento inferior a 15 ° C serão mais demoradas. 
 
- O uso de hormônios de enraizamento aumentam a 
porcentagem de estacas enraizadas. 
 
- Alporquia com musgo no final do inverno / início da 
primavera. 
61 
 
Formação rápida de um galho no mesmo local do antigo 
(para acelerear engrossamento, melhorar forma e posição 
do galho) 
 
As vezes temos galhos bem posicionados, porém eles não 
estão muito adequados quer seja pela posição, curvatura 
ou até espessura (demora a engrossar). 
Como fazer isso? Simples. 
 
Nas Bouganville, na base dos galhos é comum a formação 
de gemas (fig1) e consequente brotação de vários galhos 
no mesmo ponto.(fig2) 
 
Fig.1 (a gema encontr-se no centro da foto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
 
Fig2. (novos ramos brotando junto à base do galho antigo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando não estamos satisfeitos com o galho, apesar de 
bem posicionado, podemos fazer a substituição do antigo 
por uma destas novas brotações. 
esta nova brotação nas Bouganville têm a particularidade 
de crescerem (espessura e comprimento) muito rápido, 
especialmente na época da primavera. Assim a 
substituição do antigo galho se dá rapidamente. 
 
Na seguinte figura observamos a substituição: 
1. galho antigo 
2. surgimento da(s) gema(s) 
3. brotação da gema 
4. crescimento da gema (rápido) - deixamos 
crescer/engrossar/alongarde acordo com a necessidade do 
63 
 
ramo - em geral uma espessura de uns 0,8 cm pode ser 
conseguido com um comprimento de uns 50cm do galho. 
5. poda do galho antigo 
6. seria a próxima etapa de formação da ramificação (fica 
para outro tópico) 
 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desvantagem da técnica: os galhos ao crescerem e se 
alongarem rapidamente, deixam os entrenós mais longos, 
o que é uma desvantagem para a formação do galho, pois 
dos entrenós que saem as ramificações. 
 
1. Pega de estacade qualquer tamanho, plantando só na 
areia 
2. Não gosta de muita água 
3. Pode regar sobre as brácteas, já que não são tão frágeis 
e sensíveis como as flores 
65 
 
4. Todo ramo novo, (primário) tende a alongar-se muito 
5. Tem variedades perenifólias, caducifólias e 
semicaducifólias 
6. Em vasos pequenos, onde as raízes não tem muito 
espaço, ela estaciona o crescimento 
7. De dífícil cicatrização 
- Madeira fragil, com apodrecimento fácil. Cuidado com 
excesso de umidade; 
 
- Evitar gins e sharis; 
 
- Brocas adoram sua madeira; 
 
- Florescem quando preenchem o vaso, as vezes 
dependendo de um "periodo de seca", para estimular a 
floração; 
 
- Nebari frágil; 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AZALEIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
Dentre as floríferas, a Azaléia é, sem sombra de dúvidas, a que mais agrada ao 
público feminino. Mais até 
que rosas, acreditem! Abaixo, uma Azaléia trabalhada pelo bonsaísta Rock Jr. 
Nome Popular: Azaléia 
Nome Científico: Rhododendron 
Origem: Ásia 
Ambiente: Durante a época de crescimento, as azaléias precisam de proteção 
(sombra) durante as horas 
mais quentes do dia (das 10:00 às 16:00). Suportam bem o vento, apenas sendo 
necessário regá-las com 
mais freqüência. Uma elevada umidade do ar é bastante conveniente. Pode ser 
um belo bonsai de interior, 
desde que não fique em locais muito escuros e fechados. 
Características: É um arbusto denso, podendo chegar até 1,50m de altura, com 
folhagem perene e semiperene, 
verde-escura. As flores são relativamente grandes e possuem diversas colorações. 
Cresce de forma 
lenta e regular. Devido a inumerável quantidade de variedades e espécies 
híbridas, torna-se difícil a correta 
denominação das distintas espécies. Para bonsai, devemos evitar variedades com 
flores muito grandes, as 
quais são mais sensíveis que as variedades com flores simples e pequenas que 
ficam mais proporcionais, mas 
isso não é uma regra, apenas um conselho. 
Adubação: Adubo orgânico pouco concentrado na primavera e no outono. Não 
adube durante a floração. 
As azaléias gostam muito de adubos ricos em fósforo. Ex.: NPK 4-12-4. Um 
adubo riquíssimo em fósforo é 
a farinha de osso. 
69 
 
Rega: As raízes secam rápido, e isso é fatal para a planta. Regue com freqüência 
durante todo o ano, 
menos durante geadas e nunca deixe o solo encharcado. 
Poda: Os brotos devem ser podados durante toda época de crescimento até o 
final do verão, quando 
começam a aparecer os botões florais. As azaléias têm uma impressionante 
capacidade de regeneração. 
Procure sempre fazer uma poda nos galhos muito densos, melhorando assim a 
aeração da planta, e também 
permitindo que o sol atinja as partes internas da mesma. A azaléia é uma das 
poucas plantas que tem o 
crescimento mais vigoroso nos galhos inferiores, devendo então podados mais 
freqüentemente. 
Solo: As azaléias são plantas de solo ácido, exigentes em ferro. O solo deve 
conter bastante matéria 
orgânica (pó de xaxim, casca de pinheiro ralada, matéria orgânica curtida etc.) 
É bom lembrar que 
toda a matéria orgânica deve ser curtida por no mínimo 6 meses, pois os gases 
tóxicos que se formam nos 6 
primeiros meses são prejudiciais à planta. Após curtida deve ser secada ao sol 
por alguns dias. Para compor 
o substrato, pode-se utilizar a seguinte combinação: 30% de terra boa + 40% 
de matéria orgânica + 
30% de areia grossa ou pedrisco (para facilitar a drenagem). 
Limpeza: Elimine o excesso de botões florais e depois da floração, remova as 
flores murchas, bem como 
todos os brotos do tronco. Mantenha sempre o solo limpo. 
Transplante: A cada dois anos e, no caso de exemplares mais jovens, todos os 
anos (sempre depois da 
floração). Corte 1/3 das raízes. Depois do transplante, espere no mínimo 3 
semanas para podar. 
70 
 
Aramação: Da primavera até o outono, sem restrições. 
Dicas: 
Os galhos da azaléa se rompem com facilidade, então, para endurecê-los antes da 
aramação, é 
aconselhável não regá-la um dia antes. 
Evite molhar as flores para que permaneçam belas. 
As azaléas não costumam ser cultivadas em vasos rasos. 
Uma vez a cada 6 meses é bom enterrar um pedaço bem pequeno de palha de 
aço, em algum canto 
do vaso. Ao se decompor irá liberar o ferro, elemento primordial para a azaléia. 
 
 FLAMBOYANT 
 
71 
 
 
Nome comum: Flamboyant ou Flaboiant 
Nome científico: Delonix regia 
Família: Fabaceae Caesalpinioideae, Caesalpineae 
Origem: Madagascar 
Etimologia: Delonix, do grego delos, evidente, notável e 
onus, uma, referindo-se as pétalas notavelmente 
unguiculados. Regia, do latim regium-a-um, real, pela sua 
grandiosidade quando está em flor. 
Floração: setembro/dezembro. 
 
Árvore de flores exuberantes com tonalidade avermelhada, 
de copa frondosa e espalhada que proporciona boa 
sombra. Suas raízes tabulares (formato de tábua) crescem 
junto à base do tronco, conferindo um aspecto notável à 
espécie. É muito utilizada em amplas áreas, como praças e 
jardins. 
 
Descrição: Árvore caducifólia de 6-15 m de altura, com a 
copa em forma de sombreiro e o tronco mostrando-se 
sinuoso ou reto e pouco áspero. Folhas bipinadas de 20-40 
cm de comprimento, com 10-15 pares de pinas, cada uma 
tem de 12-20 pares de folíolos oblongos, de ápice e base 
arredondada, de cor verde claro a verde escuro. Flores 
vermelhas / alaranjadas, aparecem quando a árvore carece 
de folhas e estas se dispõem lateralmente nos ramos. Cada 
flor mede 10-12 cm de diâmetro e tem um cálice com 5 
sépalas hirsutas, a corola com 5 pétalas desiguais e um 
androceu com 10 estames largos, delgados, de cor 
vermelha. Os frutos são muito coreáceo, de 40-50 cm de 
comprimento, plano e retorcidos de cor castanho quando 
72 
 
maduro. Estes permanecem presos a árvore durante todo o 
ano. 
INTRODUÇÃO – 
 
 
Sempre ouvia dizer que um flamboyant não era uma das 
espécies mais indicadas para se trabalhar como bonsai e 
era por isso que não víamos exemplares como bonsai. 
Diziam que era pelo motivo dela ter folhas e flores 
grandes, galhos que secavam do nada e um lenho muito 
duro, difícil de modelar com o arame. Me via por conta 
disso intrigado, pois para mim seria uma das espécies com 
as quais gostaria de ter como bonsai desde o início. 
Também não existiam imagens nem tão pouco técnicas 
relacionadas, que iriam me orientar para fazer de um 
flamboyant bonsai. Então como fazer ? 
Bem, o como fazer seria tentando, aplicando o pouco que 
sei no bonsai e muita observação e paciência, que na 
verdade uma das virtudes ou qualidades que temos que 
adquirir para desenvolver a arte do bonsai. 
A abordagem relacionada as técnicas de tração e incisões 
iram mostrar como de fato não podemos nos deixar abater 
e sim seguirmos em frente, pois com muita perseverança, 
muita observaçãoe principalmente colocando a mão na 
massa é que conseguimos aprender algo de novo. 
 
 
 
TÉCNICA DA TRAÇÃO DO GALHO – 
 
A técnica da tração empregada no Flamboiant foi quase 
uma conseqüência, devido as características da espécie. 
Diversos exemplares que vemos plantados em praças e 
73 
 
avenidas pelo Brasil, apresentam em sua forma original 
galhos pendidos, dando a copa da árvore uma forma de 
sombreiro. Outras característica dada para a espécie seria 
um lenho de baixa durabilidade aos intempéries naturais e 
a morte espontânea de alguns galhos. Estes secam 
naturalmente e caem cedendo o lugar a um novo que irá 
em busca de um lugar ao sol. Isso acontece tanto em 
espécies plantadas no chão quanto nos bonsai, pois é da 
natureza da espécie. 
 
Foi a partir dessas observações dos exemplares em 
tamanho natural, que a técnica da tração foi concebida, 
pois ao se tentar reproduzir o aspecto de um exemplar de 
tamanho natural foi feito inicialmente uma aramação 
completa nos galhos e esta por sua vez deixava marcas 
profundas na hora de modelar, devido ao tipo de lenho 
duro e também obstruía o aparecimento das novas gemas 
quando posicionamos os galhos para baixo. Para tanto, foi 
deixando a margem do galho apontado para baixo, como 
se fosse uma bengala, é que apareceram os brotos no 
dorso/lateral neste galho. A tração por sua vez mostrou-se 
que a margem do galho secava, enquanto mais para o 
interior do galho surgiam novos brotos. O fato disso 
acontecer é devido ao hormônio de crescimento da planta, 
se localizando em áreas onde há influência da luz solar. O 
modo que a auxina atua nesta espécie. A auxina nada mais 
é do que o hormônio vegetal encontrado em diversas 
espécies de plantas e ela, assim como outros hormônios, 
são responsáveis pelo crescimento. Então este se concentra 
na parte mais superior da planta, pois ele é que a faz 
crescer sempre em busca de um melhor lugar ao sol. As 
margens da planta mais exposta ao sol ficam repletas 
desse hormônio e assim os novos brotos vão surgindo e a 
74 
 
planta conseqüentemente vai crescendo. 
Ao excluirmos o arame de boa parte do galho fazendo 
somente uma tração deste, é que conseguimos um melhor 
modo para modelarmos a parte aérea de um flamboyant e 
com as trações sucessivas, vamos começando a 
multiplicação ou dicotomia dos galhos. Pode-se enrolar o 
arame na extremidade deste galho para dar mais pega, 
prendendo a outra extremidade na borda do vaso. Isso irá 
ajudar o surgimento de novos brotos, futuros galhos, mais 
para o interior e no dorso desse galho. Depois que estes 
estiverem consolidados são podadas as extremidades dos 
galhos até onde esteja seco, ou mesmo pode-se podar 
próximo a esses novos galhos. 
Esta técnica com certeza é a mais correta para esta espécie 
e fazendo-a sucessivamente a compactação irá aparecer e 
os cortes fecharão com mais facilidade. 
 
75 
 
Durante o processo de modelagem, quanto mais 
estimulamos uma nova brotação para que surjam mais 
galhos, ficamos sem a floração. Porém este é a melhor 
maneira para conseguirmos um exemplar em escala 
compatível para bonsai sem cicatrizes e também fazendo 
uma comparação com uma poda drástica, a técnica da 
tração se mostra menos agressiva a planta e não deixa 
cicatrizes. Esta só é empregada depois que os galhos estão 
consolidados. Provavelmente alguns desses galhos novos 
irão sucumbir, pois é assim a natureza dessa espécie. Essa 
modelagem é realizada no inverno, pois os galhos estarão 
mais maleáveis e a folhagem mais fraca. Uma outra opção, 
seria quando eles estivessem com a coloração mais 
amarronzada, mas nunca enrole o arame nesses galhos por 
completo, pois o mesmo irá criar feridas e em alguns casos 
cicatrizes muito feias difíceis de serem corrigidas e 
também irá prejudicar o surgimento das gemas. 
 
Uma outra técnica empregada no bonsai, seria o de se 
retirar a gema apical, para se estimular novas brotações, 
mas como vimos anteriormente, futuramente teremos que 
posiciona-los para baixo para reproduzirmos o aspecto que 
a espécie oferece, que é de sombreiro. Então perderíamos 
a margem do galho e esse não seria o melhor método para 
modelagem como bonsai. É melhor fazer de fato a tração, 
pois estimula o crescimento de novos brotos no 
dorso/lateral do galho tracionado. 
Outro fato interessante, é quando a desfolha. Ao se retirar 
a folha por completo, retirando a haste(pecíolo) também, 
dificulta ainda mais o surgimento de novos brotos, não 
sendo a melhor maneira para se conseguir um maior 
número de galhos (dicotomia) e compactação da 
folhagem. Na maioria das vezes observa-se que os galhos 
76 
 
pinçados secam também. A melhor maneira então é podar 
as folhas no outono deixando a haste e controlando as 
regas para que consigamos a compactação das folhas. 
 
 
Visual de um outro exemplar após desfolha 
77 
 
 
visão por cima 
 
Para finalizar, todo bonsaista sabe que a dicotomia se dá 
quando podamos os galhos ou o tronco, mas para esta 
espécie esta simples técnica não funciona, ou seja, como 
vimos nas explicações acima a tração seria a melhor 
alternativa. 
 
 
TÉCNICA DAS INCISÕES – 
78 
 
 
As incisões na base, são realizadas para se conseguir 
imitar com fidelidade as raízes tabulares ou projeções 
basais que ocorrem nos exemplares em tamanho natural de 
um flamboyant. Essas são feitas durante a fase ativa da 
planta, respeitando o sentido das raízes laterais. São 
escolhidas apenas umas 5 raízes laterais para fazer o 
nebari. Porém antes de faze-la, tem que se retirar a raiz 
“pivotante” e outras que estão indo para baixo. As incisões 
ou riscos tem que estar alinhados com as raízes e são 
feitos longitudinalmente. Esses riscos não irão estimular o 
surgimento de novas raízes e sim a cicatrização no local. 
Para tanto, deixe a área riscada acima do solo, já as raízes, 
podem ficar enterradas até que consigamos obter as 
projeções desejadas. Quanto ao comprimento destas 
incisões ou riscos, é de acordo com o gosto de cada um. 
 
Detalhe das projeções basais conseguidas com a técnica 
79 
 
 
Incisões recém feitas 
 
 
80 
 
Começando o processo da cicatrização 
 
Incisão cicatrizada e início da formação da projeção basal 
 
 
Não é necessário fazer uso de qualquer tipo de 
cicatrizante, apenas tome esse procedimento salvo a planta 
estar em bom estado de saúde. Espere inchar e cicatrizar 
para depois repetir novamente a operação. Temos que 
esperar fechar (cicatrizar) o corte para fazermos 
novamente. Até que isso aconteça, podemos observar que 
os cortes vão apresentar uma coloração diferenciada do 
tronco. Quando estiver tudo igual faça novamente as 
incisões nos mesmos locais respeitando a fase ativa da 
planta. Melhor deixar ele praticamente fechar a cicatriz, 
para poder ter tecido vivo para cortar. Utilize um bisturi 
ou mesmo um estilete para fazer as incisões. Depois que 
houver a cicatrização, obviamente não aparecerá o corte 
que se fez e só depois disso é que fazemos de novo. 
Notamos que formará uma projeção na parte basal do 
81 
 
tronco, então teremos que repetir essas incisões até que 
fiquem bem proeminentes, bem parecidos com as raízes 
tabulares de uma planta em tamanho natural. As incisões 
são realizadas uma vez por ano, respeitando o ciclo anual. 
Escolha os exemplares que estão com pelo menos uns 2 
cm de diâmetro ou os que já estão com casca no tronco. 
Pode-se fazer este tipo de trabalho quando a planta sair do 
estágio de dormência ou em plena atividade e faça se elaestiver com saúde. Porém não faça ainda nas raízes. 
Mantenha elas recobertas com o solo e chegue bem perto, 
mas não faça ainda as incisões. Quando sua planta estiver 
mais desenvolta quanto as projeções, ai sim que iremos 
fazer nas raízes, pois a planta está gerando tecidos novos 
para "cobrir" a ferida anterior e ao contato com o solo 
estas ficariam vulneráveis a contaminação. Essa 
cicatrização faz o caule ficar mais grosso nesse ponto e ao 
mesmo tempo as raízes que estão enterradas vão 
engrossando. 
Para imitar o nebari de um Flamboiant, é necessário fazer 
incisões sucessivas nas áreas pré-determinadas, conforme 
escrevi anteriormente, que é respeitando o sentido das 
raízes laterais. Não se preocupe de fazer uma incisão 
profunda, desde que o exemplar não seja muito pequeno. 
Quando for fazer a próxima troca de solo e vendo que já 
existem calosidades na base, que são as projeções basais 
que falo, pode reduzir bem o volume das raízes. Com isso 
conseguimos uma maior redução, ou compactação, das 
folhas. Faça no final do inverno início da primavera e 
quando chegar no outono, retire todas as folhas deixando 
apenas as hastes que as sustentam os pecíolos. 
Com isso e controlando as regas, mais compactação 
iremos conseguir com relação a folhagem. As incisões tem 
que ser realizadas quando a planta estiver em plena 
82 
 
atividade, que compreende os meses mais quentes do ano. 
No inverno não é conveniente tomar esse procedimento, 
pois a planta está com o seu metabolismo baixo. 
 
 Acer buergerianum (tridente) 
 
 
NOME COMUM - Acer Tridente 
NOME CIENTÍFICO - Acer buergerianum 
FAMILIA - Aceracea 
ORIGEM - China e Corea. 
CARACTERIZAÇÃO - Espécie de folha caduca e de 
crescimento rápido, muito atractiva devido à sua 
extrema resistência, força da brotação mas com 
entrenós muito curtos e também à pequena folha de 
três pontas, que no Outono adquire uma cor amarela, 
salpicada de vermelho. 
LOCALIZAÇÃO - Colocar em pleno sol durante 
todo o ano, excepto nos períodos mais quentes em 
que deve ficar em semi sombra para evitar queimar as 
folhas. 
REGA - Regar abundantemente enquanto tem folhas, 
mas deixar secar a camada superior do substrato entre 
regas. No Inverno regar moderadamente. 
NUTRIÇÃO - Deve ser adubada e vitaminada desde 
a Primavera até ao início do Outono. 
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2 
anos, antes que comecem a surgir os novos brotos, 
com uma Mistura de solo Universal. 
MODELAÇÃO - A poda de manutenção durante o 
83 
 
período de crescimento, suporta bem defoliação, pode 
ser aramada na primavera (antes das folhas 
aparecerem) ou após defoliação (Julho). 
PROPAGAÇÃO - Por estaca durante a primavera e 
verão, espécie de fácil propagação ideal para 
iniciados treinarem. 
 
 Acer palmatum 
NOME COMUM - Acer palmatum 
NOME CIENTÍFICO - Acer palmatum 
FAMILIA - Aceraceae 
ORIGEM - Japão e Coreia 
CARACTERIZAÇÃO - Trata-se de uma espécie de 
folha caduca, muito apreciada pela coloração das suas 
folhas, quer na Primavera (inicio da brotação), quer 
no Outono (queda da folha). Das muitas variedades 
existentes, o A. Palmatum deshojo é uma das mais 
apreciadas pela coloração vermelha da brotação, no 
Verão passa a verde e voltando a avermelhar antes da 
queda das folhas. Existem ainda várias outras 
cultivares ideais para Bonsai como os Kashima e 
Kiohime apreciados pela reduzida dimensão das 
folhas e entrenós curtos que lhe dão elevada 
densidade, o seijen pelas folhas de tom rosado e o 
Arakawa pela casca corticosa. 
LOCALIZAÇÃO - Localizar no exterior durante o 
ano inteiro, nos períodos mais quentes, deve ficar 
debaixo de uma malha de sombra ou em semi-
sombra, para evitar queimar as folhas. 
REGA - Regar abundantemente durante o período de 
desenvolvimento, deixando sempre secar a camada 
superior entre regas. No Inverno regar 
moderadamente, com o objectivo de manter o solo 
84 
 
húmido. 
NUTRIÇÃO - Deve ser adubado e vitaminado desde 
a brotação na Primavera até á queda da folha no 
Outono. Para além desta adubação, pode-lhe ser 
aplicado um fertilizante com fósforo e potássio que 
estimula a emissão de raízes na Primavera e facilita a 
lenhificação dos ramos novos no Outono. 
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2 
anos, assim que os gomos folheares comecem a 
“movimentar-se”, pode ser cultivado em Akadama 
puro ou em “Mistura Universal para Bonsai” (ver : 
Ficha Técnica – Solos). 
MODELAÇÃO - A poda de formação (ramos 
grossos) pode ser feita aquando da defoliação ou no 
Inverno após queda das folhas. A desponta (metsumi) 
executada com a ponta dos dedos durante toda a 
Primavera, consiste na eliminação do novo brote, 
deixando somente o primeiro par de folhas. Nesta 
espécie a defoliação, para além de um interesse 
estético, com a substituição das folhas velhas por 
novas de cor vermelha, melhorar a coloração outonal, 
reduzir a dimensão das folhas e dos entre-nós, 
também pode ter vantagens horticulturais se 
executada parcialmente (defoliando só as partes 
fortes) equilibramos a energia da planta. O 
Aramamento no fim do Inverno antes da abertura das 
folhas, ou na altura da defoliação (no verão – Julho), 
devendo sempre ter-se cuidado com o engrossamento 
dos ramos (principalmente no outono) e com a 
fragilidade da “pele” para não a vincar. 
PROPAGAÇÃO - De difícil propagação por estaca 
(somente com “camas” aquecidas e com baixo índice 
85 
 
de sobrevivência) o Acer Palmatum pode ser 
propagado por alporque ou semente. 
 CARMONA 
 
 
NOME COMUM - Carmona 
NOME CIENTÍFICO - Ehretia buxifolia 
FAMILIA - Boraginacea 
ORIGEM - Sudoeste da China 
CARACTERIZAÇÃO - Arvore de Folha persistente, 
muito apreciada pelo verde brilhante das suas folhas, dá 
uma flor Branca e um fruto vermelho, existem duas 
variedades a de folha grande (macrophila) e a de Folha 
pequena (microphila), esta ultima frutifica mais. 
LOCALIZAÇÃO - Interior, devendo apanhar 3 a 4 horas 
de sol directo por dia e muita luz. Quando a temperatura 
mínima começa a ser superior aos 18º C pode-se colocar 
no exterior, tendo atenção à rega nas horas de maior calor. 
REGA - Regar abundantemente, durante o período de 
crescimento, no Inverno regar moderadamente deixando 
secar a camada superficial entre regas. 
86 
 
NUTRIÇÃO - Embora tenha um crescimento lento a 
carmona gosta de ser bem alimentada, devendo ser 
adubada desde o fim do inverno até ao fim do outono, as 
vitaminas devem ser dadas o ano inteiro, e agradam-lhe 
reforços com quelatos de ferro. 
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de dois em dois 
anos entre Abril e Maio, o solo dever ser Mistura 
Universal para Bonsai, como por vezes se torna dificil 
podá-la muito na altura do transplante, o equilíbrio hídrico 
deve ser feito com uma defoliação parcial de folhas velhas 
com poda da brotação nova, com em qualquer espécie de 
Bonsai, beneficia da aplicação de vitaminas em dose forte 
no pós transplante. 
MODELAÇÃO - Pode ser podada de manutenção todo o 
ano. Normalmente não se arama pois a sua madeira 
quando velha quebra-se facilmente, utilizam-se antes 
puxadas e Tensores. 
PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca 
de brotes novos durante a primavera e verão. 
 
 
 
 
 
 
 
 Ficus retusa 
87 
 
 
 
 
NOME COMUM - Ficus 
NOME CIENTÍFICO - Ficus retusa (existem várias 
espécies, esta é a mais comum, os conselhos são os 
mesmos) 
FAMILIA - Moracea 
ORIGEM - India e China 
CARACTERIZAÇÃO - As ficus constituem uma famíliacom centenas de espécies (é parente da nossa figueira - 
88 
 
Ficus carica), é de folha perene ovalada, sendo apreciada 
pela sua resistência e emissão de raízes aéreas e resposta 
às técnicas de Bonsai (nomeadamente aramamento). 
LOCALIZAÇÃO - Pode ser localizado no exterior durante 
a primavera e Verão, mas deverá ser protegido no resto do 
Ano. 
REGA - Regar moderadamente o ano inteiro. 
NUTRIÇÃO - Deverá ser adubada desde a primavera ao 
fim do outono e vitaminada o ano inteiro, agradam-lhe os 
reforços com quelatos de ferro. 
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada cada 2 anos no 
fim da primavera (maio/junho) com uma mistura de solo 
Universal (ver “Ficha Técnica – Solos), normalmente se a 
planta está saudável junta-se o transplante com a 
defoliação e o aramamento. 
MODELAÇÃO - Suporta Bem todas as técnicas de 
aramamento, e podas drásticas, normalmente aramamos 
após defoliar, o que se pode passar desde Maio a Agosto, 
depois torna-se tarde para defoliar. 
PROPAGAÇÃO - Por Estaca ou enraizamento aéreo. 
 
Ligustrum Chinensis 
 
NOME COMUM - Ligustrum Chinês 
NOME CIENTÍFICO - Ligustrum ovalifolium chinensis 
FAMILIA - Oleaceae 
ORIGEM - China, Japão e Europa 
CARACTERIZAÇÃO - Arbusto de folha perene, ovalada 
e média, com flores brancas no Verão (raro ocorrer em 
Bonsai devido às podas de manutenção, em que não 
permitimos a floração que é apical). Algumas espécies são 
de folha caduca (mas não esta), existe uma variedade em 
que o bordo da folha é branca (variegata). 
89 
 
LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla 
localização, mas pode viver perfeitamente todo o ano no 
exterior, quando no interior, gostam de estar em 
exposições soalheiras, sem climatização. 
REGA - Devido à constituição da folha tem um elevado 
consumo de água no verão, no inverno a rega deve ser 
moderada. 
NUTRIÇÃO - O ligustrum cresce rapidamente pelo que 
tem de ser vigorosamente nutrido, devendo receber adubo 
e vitaminas desde Fevereiro a Novembro, dado o seu 
rápido crescimento foliar beneficia da aplicação de um 
reforço de micronutrientes ao longo de toda a época de 
crescimento, desta forma evitaremos carências. 
TRANSPLANTE -Visto ter um rápido crescimento 
radicular (maioritáriamente constituido por raizes finas) é 
aconselhável transplantá-lo de dois em dois anos, para 
uma Mistura Universal para Bonsai entre Fevereiro e 
Março. 
MODELAÇÃO - Deve ser podado de manutenção ao 
longo de toda a época de crescimento, pode ser aramado 
durante a primavera e outono, tendo cuidado com a fina 
pele. 
PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca 
de brotes novos durante a primavera. 
 
OLIVEIRA 
NOME COMUM - Oliveira 
 
 
NOME CIENTÍFICO - Olea europea 
 
 
FAMILIA - Oleaceas 
90 
 
 
 
ORIGEM – Mediterrâneo, da Pérsia a Portugal, bem como 
as Ilhas Canárias e os Açores. 
 
 
CARACTERIZAÇÃO - Árvore de médio porte, folha 
persistente ovaladas verdes escuras por cima e acizentadas 
por baixo, de elevada longevidade existem vários 
exemplares milenares na natureza. 
 
 
Dá flores minúsculas, que se transformam em frutos 
verdes que se alteram até ao negro, na maturação. A casca 
esverdeada torna-se nodosa nas árvores velhas. 
 
 
LOCALIZAÇÃO - No exterior a pleno sol o ano inteiro, 
proteger de geadas nas zonas muito frias. 
 
 
REGA - Deixar secar bem entre regas o ano inteiro, mas 
atenção pois a oliveira consome bastante água. 
 
 
NUTRIÇÃO - Adubar e Vitaminar de Fevereiro a 
Outubro. 
 
 
TRANSPLANTE - Cada 2 anos em Fevereiro, para 
Mistura Universal para Bonsai. 
 
 
91 
 
MODELAÇÃO - A poda de manutenção realiza-se ao 
longo de todo o ano. Pode ser aramado na primavera e 
outono, normalmente ano sim ano não faz-se uma poda de 
formação mais forte a qual estimula a densidade da copa, 
no ano seguinte deixa-se alongar um pouco mais para 
tentar ter flores e frutos. 
PROPAGAÇÃO - Por estaca, podendo ser mesmo 
utilizadas estacas muito grossas. 
 
SERISSA 
 
 
NOME COMUM - Serissa 
 
 
NOME CIENTÍFICO - Serissa foetida 
 
 
FAMILIA - Rubiaceas (família do cafeeiro) 
 
 
ORIGEM - China Meridional e Japão 
 
 
CARACTERIZAÇÃO - Arbusto perene de folha verde 
ovalada de reduzida dimensão, existem diferentes 
variedades, a mais comercializada como Bonsai é a 
92 
 
Serissa Japónica thunbergii e é produzida na China, 
existem ainda a Serissa Japónica e a Serissa de Shangai 
(menos comuns no nosso mercado), todas possuem uma 
versão variegata (de folhas brancas e verdes), a qual se 
deve a um vírus inócuo que terá afectado a planta mãe na 
origem. 
 
A maioria dá uma flor de cor branca mas existem 
variedades de cor rosa, podendo ocorrer o ano inteiro o 
auge de floração dá-se no fim do verão, deve o seu nome 
cientifico Serissa Foetida (mal cheirosa em latim) ao 
cheiro que exala após podada. 
 
 
LOCALIZAÇÃO - As variedades oriundas da China são 
consideradas Bonsai de interior, ainda que lhes agrade o 
exterior durante a primavera e o Verão, devemos protegê-
las logo que as temperaturas médias baixem dos 16 º C. 
 
Gostam de estar em exposições soalheiras, junto de uma 
janela (sem cortinas nem persianas), quando colocadas no 
exterior à que protegê-las ligeiramente, de modo a que só 
apanhem directamente o sol do inicio e final do dia. 
 
 
REGA - Visto ser sensível a fungos provocados por 
excesso de água, convém deixar secar ligeiramente a 
camada superficial do solo entre regas (principalmente no 
Inverno em que quase estagna o seu crescimento), 
regando-a depois abundantemente com um regador de 
ralos finos. 
 
 
NUTRIÇÃO - A Serissa deve ser adubada de Fevereiro a 
93 
 
Novembro, beneficiando com a aplicação de vitaminas o 
ano inteiro, gosta ainda de reforços nutricionais com 
adubos de Fósforo e Potássio que apresentam uma acção 
preventiva contra o aparecimento de fungos do colo 
(phitoftora). 
 
 
TRANSPLANTE - Ainda que o seu crescimento radicular 
seja lento, é aconselhável transplantá-la de dois em dois 
anos para garantir a ideal drenagem do solo, este deve ser 
constituído por uma Mistura Universal para Bonsai, a 
época ideal é quando as temperaturas se mantêm em torno 
dos 20ºC (Abril/Maio). 
 
 
MODELAÇÃO - Juntamente com a localização, a rega e a 
nutrição, a poda é um dos principais segredos para manter 
a Serissa forte e densa, responde muito bem a podas fortes 
rebrotando mesmo em madeira antiga, é importante não a 
deixar alargar-se muito pois perderá a densidade das 
folhas, devemos regularmente arrancar-lhe os gomos 
ladrões que brotam junto às raízes. 
 
Normalmente não se arama usando-se puxadas e tensores 
para direcionar, pode ser aramada na primavera mas a 
madeira é muito quebradiça. 
 
 
PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca 
de brotes novos durante a primavera. 
 
 
 
 
ULMEIRO CHINÊS 
94 
 
 
 
NOME COMUM - Ulmeiro Chinês (também Zelcova 
Chinesa) 
 
 
NOME CIENTÍFICO - Ulmus parvifolia 
 
 
FAMILIA - Ulmacea 
 
 
ORIGEM - China e Japão 
 
 
CARACTERIZAÇÃO - É uma árvore pequena de folha 
semi-caduca. É muito apreciada pelo pequeno tamanho 
das suas folhas, pela fina ramificação e pelo escamar da 
casca . 
 
 
LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla 
localização, pode viver perfeitamente todo o ano no 
exterior ou no interior, se no interior gostam de estar em 
95 
 
exposições soalheiras, sem climatização.REGA - Deixar sempre secar a camada superficial do solo 
entre regas. 
 
 
NUTRIÇÃO – Adubar e Vitaminar desde a primavera ao 
outono. 
 
 
TRANSPLANTE - De dois em dois anos, para uma 
Mistura Universal para Bonsai, entre Fevereiro e Março. 
 
 
MODELAÇÃO – Podar de manutenção todo o ano e de 
formação no final do inverno, pode ser aramado durante a 
primavera e verão, suporta bem a defoliação. 
 
 
PROPAGAÇÃO – O método mais utilizado é por estaca 
de brotes novos durante a primavera. 
 
 
PINGO DE OURO 
96 
 
 
Nome Científico: Duranta repens aurea 
Nome Popular: Pingo-de-ouro, duranta, violeteira-
dourada, violeteira 
Família: Verbenaceae 
Divisão: Angiospermae 
Origem: Brasil 
Ciclo de Vida: Perene 
Este arbusto de folhas douradas surgiu através de uma 
mutação da violeteira. 
Sua popularização foi um verdadeiro fenômeno no 
paisagismo brasileiro. O pingo-de-ouro, ao contrário de 
outros arbustos tradicionais, tem um crescimento muito 
rápido, o que aliado à sua coloração exuberante foram os 
grandes responsáveis pela sua larga utilização. É uma 
planta excelente para topiaria, principalmente para os 
iniciantes. Além disso presta-se como bordadura, cerca 
viva, renque e até mesmo para a formação de bonsai. 
97 
 
Não é indicada para jardins de baixa manutenção, pois 
exige podas mais frequentes que outros arbustos. Quando 
não podado produz pequenas flores arroxeadas, róseas ou 
brancas e frutos esféricos, pequenos e amarelos, além 
disso suas folhas perdem um pouco a tonalidade dourada. 
Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil e 
enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. 
Não é tolerante à seca. Tolera o frio e as geadas. 
Multiplica-se por estaquia e mais raramente por sementes, 
já que estas podem originar pingos-de-ouro e violeteiras. 
Requer podas de formação e manutenção freqüentes, 
utilize sempre luvas para manipular esta planta, pois os 
ramos podem ser espinhentos. 
 
 
JABUTICABEIRA 
98 
 
 
Nome Técnico: 
Myrcia cauliflora Berg. 
Sin.: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia 
trunciflora (O. Berg) Kausel 
 
Nomes Populares : 
Jabuticabeira, pé de jabuticaba, jaboticabeira 
Família : 
Família Myrtaceae 
99 
 
Origem: 
Nativa do Brasil, da Mata Atlântica. 
 
Descrição: 
Árvore de 3 até 15,0 m de altura, tronco claro, muito 
ramificada, folhas pequenas ovais opostas e lanceoladas. 
Flores pequenas e brancas que surgem diretamente no 
tronco e nos ramos e que atraem insetos. 
Os frutos que se seguem são globosos, de tamanho 
variável entre 1,5 e 2,9 cm de diâmetro na cor roxa, mas 
também verde ou rosado. 
De polpa branca, adocicada com até 4 sementes. 
 
Modo de Cultivo : 
A jabuticabeira é uma árvore de clima tropical ou 
subtropical úmido. 
Não suporta seca prolongada nem geadas. 
Regiões onde as chuvas são poucas ou irregulares será 
preciso regar a planta ou fazer irrigação controlada no 
pomar. 
Podem ser cultivadas desde o Rio Grande do Sul (média 
de 20 ºC) até o Pará (30 ºC). 
Não aprecia regiões de ventos fortes, então nos plantios 
comerciais são usados quebra- ventos. 
O solo de cultivo melhor é o sílico-argiloso de pH 6,5 a 
7,0, fértil, bem drenado e boa umidade. 
 
Plantio e Adubação : 
Para plantar, fazer uma cova maior que o torrão e colocar 
água no fundo, bem como areia para garantir a drenagem. 
Colocar 2 – 5 litros de adubo animal curtido misturado a 
um pouco de húmus de minhoca, que tem o pH ideal para 
esta planta. 
100 
 
Plantar e não esquecer de que a muda deve ficar ao nível 
do solo, não cobrindo seu tronco mais do que estava no 
recipeinte em que veio. 
Os tratos culturais consistem em retirar ramos secos e 
aqueles que tendem a entrar para o meio da copa, 
fechando-a, diminuindo assim a luz no seu interior com a 
consequência de menor florescimento posterior. 
Adubar todos os anos no inverno para os estados do sul e 
no período das chuvas para os demais. 
Adicionar adubo animal curtido e adubo NPK na projeção 
de sua copa, num sulco feito ao redor da planta. 
Não esquecer de regar bem. 
 
 PITANGA 
 
Nome Técnico: 
Eugenia uniflora L. 
Nomes Populares : 
Pitangueira, pitanga, pitanga-do-mato 
Família : 
Angiospermae – Familia Myrtaceae 
Origem: 
Nativa brasileira, ocorre desde Minas Gerais até o Rio 
Grande do Sul 
 
Descrição: 
101 
 
Árvore de porte até 12,0 metros de altura, copa com forma 
piramidal, folhas pequenas ovais acuminadas, coriáceas e 
brilhantes, perfumadas. 
 
 
O tronco é tortuoso e muito ramificado. 
As flores são brancas, com numerosos estames, atraindo 
abelhas. 
Os frutos que surgem são do tipo drupa carnosa de polpa 
doce e casca vermelha quando madura, apreciados por 
todos, de humanos a pássaros e animais selvagens. 
É uma planta recomendada para plantio em locais de 
reflorestamento e áreas degradadas. 
 
Floresce na primavera e os frutos ocorrem até o final do 
verão, conforme a região. 
 
Modo de Cultivo : 
É uma planta muito cultivada em pomares domésticos e 
pode ser cultivada no litoral. 
Apenas deverá ser protegida dos ventos fortes, que 
derrubam as flores, diminuindo a frutificação. 
Necessita de sol e não é exigente em fertilidade, mas 
aprecia algum teor de umidade. 
Quando for plantar, abra a cova o dobro do tamanho do 
torrão, coloque no fundo adubo animal de curral bem 
curtido, cerca de 1 a 2 kg/cova ou cama de aves, metade 
deste valor. Coloque composto orgânico e misture bem, 
regando bem antes de colocar o torrão. 
Ao redor deste preencha com composto orgânico e regue 
bem nos próximos 10 dias. 
A melhor época de plantio é no inverno ou para os estados 
mais ao norte quando estiver na estação das chuvas. 
102 
 
Anualmente deverá adubar no inverno, com a mesma 
mistura recomendada para plantio, regando bem depois. 
 
Manutenção no cultivo: 
A manutenção para esta planta limita-se ao controle de 
crescimento de ramos fora da forma da planta. 
 
 
Severa atenção para o aparecimento de formigas no 
tronco, examinar então as folhas, atrás de cochonilhas que 
atacam a planta seriamente. 
Usar óleo de nim em aplicações sucessivas com intervalo 
de 3 dias. 
Não aplicar ao sol nem antes de chuva. 
O óleo de nim é comercializado em agropecuárias, deverá 
ser diluído na quantidada recomendada pelo fabricante, 
colocada em aspersor e aplicada diretamente sobre os 
insetos. 
A formiga deverá ser controlada por iscas atrativas, senão 
o esforço de nada adiantará. 
 
Reprodução ou propagação da Pitangueira 
A propagação poderá ser feita por sementes, colocando-se 
cada uma em recipiente individual, saco ou tubete, com 
substrato de terra misturada a composto orgânico ou 
substrato organo-mineral, mantido úmido e em cultivo 
protegido. 
A emergência ocorre cerca de 50 dias após, dependendo 
da região. 
A planta não se desenvolve muito rápido e deverá 
permanecer em viveiro por algum tempo, em cultivo ao 
sol. 
 
103 
 
Consumo e paisagismo: 
 
Os frutos são consumidos in natura ou na forma de sucos. 
As folhas e os frutos têm propriedades medicinais 
comprovadas para combater diarréias e males estomacais. 
No paisagismo produtivo, um dos itens para jardins 
sustentáveis, a pitangueira tem lugar de destaque. 
A produção de estacas de ramos enraizadas e plantadas em 
vasos tem atraído paisagistas e consumidores que desejam 
uma frutífera produtiva para locais pequenos, terraçose 
sacadas. O mercado tem demanda mas a produção é 
pequena. 
 
ACEROLA 
104 
 
 
Nome Técnico: 
Malpighia glabra 
Sin.: Malpighia biflora Poir., Malpighia jallax Salisb, entre 
outros. 
 
Nomes Populares : 
Aceroleira, cereja-das-antilhas 
Família : 
Família Malpighiaceae 
105 
 
Origem: 
Originário da América Central. 
 
Descrição: 
Árvore pequena ou arbusto de até 3,0 m de altura,forma 
arredondada, muito ramificada de folhas verdes ovais e 
flores rosadas de 1 a 2 cm de diâmetro, completas reunidas 
em grupos de 3 a 5 flores. 
Estas flores surgem em geral depois de um período de 
crescimento da planta. 
São autofecundáveis mas também ocorre a polinização 
cruzada, isto é, com pólen de outra flor sendo as abelhas 
responsáveis pela polinização. 
O fruto que segue é uma baga vermelha de até 2,5 cm com 
2 a 3 sementes duras, de polpa acidulada. 
É um dos frutos com maior teor de Vitamina C. 
 
Modo de Cultivo : 
A aceroleira necessita de local ensolarado e clima tropical 
mas em regiões de clima mais ameno também pode ser 
cultivada. 
O regime de chuvas precisa ser entre 1200 a 1600 mm 
anuais, bem distribuídas. 
Caso a irrigação com a água da chuva não seja suficiente, 
a aspersão com mangueiras ou gotejamento poderá suprir 
sua falta nos períodos de seca. 
 
Plantio e Adubação : 
Adquira muda de tamanho padrão, em torno de 1,0 m de 
altura e plante com tutor, amarrando com cordão de 
algodão para não danificar a casca. 
A pós notar que a muda está se desenvolvendo,cortar os 
pequenos ramos até 70 cm a partir do solo para fazer uma 
106 
 
boa copa. 
Na cova de plantio não esquecer a areia no fundo, o adubo 
animal, farinha de ossos e o adubo químico granulado 
como foi ensinado no texto de plantio de frutíferas. 
 
Pragas : 
As pragas mais comuns da cultura são pulgões, 
cochonilhas e nematóides. 
Para os dois primeiros, usar óleo de nim ou aqueles chás 
de plantas tóxicas, como os de folhas de alamanda. 
Para nematóides é um pouco mais difícil, as mudas devem 
ser certificadas de produção em solos não infestados por 
esta praga. 
Plantar tajetes (Tajete patula) ajuda no controle. 
 
Necessidades básicas do cultivo das frutas tropicais 
O clima é quente, com temperatura média anual acima de 
22 ºC até 30 ºC. 
O regime de chuvas deve ser regular durante o ano. 
As plantas frutíferas de clima tropical necessitam de 
temperaturas altas o ano todo, sem grandes oscilações 
diárias ou mensais para que possam produzir. 
A água deverá estar disponível, se as chuvas não forem 
suficientes, recorrer à irrigação artificial. 
A nível de pomar doméstico poderá ser por gotejamento, 
aspersão ou você, de mangueira e balde na mão. 
As regiões onde estas frutas são comercialmente 
cultivadas no Brasil são os Estados ao Norte, Nordeste, 
Centro-Oeste e norte do Sudeste. 
Algumas frutíferas de clima tropical que podem ser 
cultivadas em pomar doméstico: Abacateiro, Aceroleira, 
Bananeira, Jaboticabeira, Laranjeira, Mamoeiro e 
Maracujazeiro, das quais estaremos disponibilizando 
107 
 
fichas com descrição e cultivo para sua informação. 
 
 
O solo ideal para o pomar doméstico 
Quando nos decidimos a implantar um pomar comercial, 
procuraremos a região e o terreno adequados. 
O melhor lugar para o estabelecimento de um pomar é em 
um lugar alto, ensolarado, de solo fértil e profundo, com 
bons teores de matéria orgânica, pH em torno de 5,5 e com 
declive para a drenagem das águas da chuva. 
Quando resolvemos fazer um pomar doméstico, isto pode 
significar na periferia ou dentro da cidade e teremos de 
nos arrumar com o espaço disponível. 
Se a quantidade de plantas para colocar for grande, vale a 
pena fazer uma análise do solo em laboratório, para saber 
os nutrientes disponíveis, pH e problemas a serem 
sanados, como correção de acidez e fertilidade. 
Solos com teores de argila em torno de 12 a 25%, areia e 
silte são os ideais para o desenvolvimento das raízes das 
frutíferas. 
Solos muito siltosos ou muito argilosos tendem a ser mais 
compactados, retendo água demais, o que pode prejudicar 
a aeração e o desenvolvimento radicular. 
Isto propicia o aparecimento de doenças fúngicas e a 
planta irá produzir frutos de pouca qualidade. 
 
Em plantios comerciais os produtores fazem camalhões 
quando o solo é argiloso demais, que consiste na elevação 
da terra para o plantio delas em cima do camalhão, 
facilitando a drenagem. 
No pomar doméstico citadino isto não será possível. 
Teremos de realizar outro processo de plantio para que 
tenhamos sucesso, como por exemplo, drenos feitos 
108 
 
previamente para o escoamento do excesso de água. 
 
 
Determinando o espaço 
Começando pelo cultivo no solo, deveremos fazer uma 
determinação do local onde cultivaremos. 
Se o espaço nada tem, ou só um gramado,será simples. 
Espaçamento de 3 - 4,0 metros entre troncos para árvores 
do tipo laranjeiras e limoeiros será suficiente. 
Já para mangueiras e jabuticabeiras a sua escolha ficará 
restrita a uma muda só. 
Enquanto crescem até que pode ter alguma outra fruteira 
menor, mas ao atingir seu tamanho adulto será difícil 
conseguir, devido à competição por luz, água e solo. 
 
A melhor época para plantar é no inverno para os estados 
mais ao sul do Brasil que é nos meses entre junho e 
agosto. 
Para regiões de clima mais quente, na época das chuvas, 
pois a sobrevivência das mudas irá depender da água. 
 
ROMÃ 
109 
 
 
 
Nome Técnico: 
Punica granatum L. 
Nomes Populares : 
Romãzeira, romã 
Família : 
Família Punicaceae, 
Origem: 
110 
 
Originário da região da Europa e Ásia. 
 
Descrição: 
Arbusto que pode crescer até 4,0 se plantado no solo, mas 
em vaso desenvolve bem menos. 
Folhagem verde-brilhante, flores de cálice campanulado e 
pétalas laranja, seguidas de fruto globoso muito apreciado 
com sementes cobertas por arilo de sabor delicado. 
Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, inclusive de 
invernos frios. 
 
Modo de Cultivo : 
Local ensolarado, solo fértil e bem drenado. 
Substrato de cultivo de solo de jardim com composto 
orgânico mais adubação de reposição com adubo 
granulado NPK formula 10 – 10 – 10 a cada 6 meses. 
Pode ser podada nos ramos inferiores para parecer uma 
pequena árvore. 
 
Paisagismo: 
Muito usada em hortas e pomares. No planejamento 
moderno passou para o jardim da frente, em cultivos 
produtivos. 
É muito ornamental e excelente para jardins de sacada. 
Seu tamanho pode ser controlado por podas na época em 
que está somente vegetativa. 
Plantio em vasos de cerâmica de tamanho grande. 
 
 
 
 ipê rosa 
 
Nome Técnico: 
111 
 
Tabebuia impetiginosa Stand. 
Sin.: Tecoma impetiginosa Mart., Tabebuia plameri 
R.,entre outras. 
Nomes Populares : 
Ipê rosa, ipê-bola, ipê-preto 
Família : 
Angiospermae – Família Bignoniaceae 
Origem: 
Nativa brasileira 
 
Descrição: 
 
 
Árvore decídua, de porte até 12,0 m, tronco largo até 90 
cm de diâmetro e folhas compostas de 5 folíolos coriáceos 
e pubescentes. 
As flores são campanuladas e reunidas em racemo tipo 
bola. 
 
 
Floresce a partir de maio em algumas regiões e as flores 
surgem com a árvore despida de folhas. 
 
 
Modo de cultivo: 
Necessita de sol e adapta-se a qualquer tipo de solo. 
Adquirir muda bem formada em viveiro, que venha com 
tutor para melhor desenvolvimento. 
Plantar a mudaem cova com o dobro do tamanho do 
torrão, adicionando fertilizante orgânico ou composto 
vegetal adicionando cerca de 200 gramas de adubo 
granulado NPK, formulação 10-10-10. 
As regas no plantio e depois em até 10 dias posteriores 
112 
 
poderão garantir sua sobrevivência. 
 
Paisagismo: 
Adapta-se a cultivo em todas as regiões do país, inclusive 
litorâneas e ocorre desde os Estados do Piauí até São 
Paulo. 
Para paisagismo urbano é indicada para áreas de parques e 
canteiros centrais de avenidas. 
Jardins residenciais e condominiais que têm piscina 
deverão evitar seu cultivo, pois as folhas que caem 
poderão trazer problemas de manutenção. 
 
 
 
A pata de vaca 
Nome Técnico: 
Bauhinia variegata L. 
Nomes Populares : 
Pata-de-vaca, casco de vaca, unha de vaca 
Família : 
Família Caesalpinoideae 
Origem: 
Originária da China e Índia, muito cultivada no Brasil, 
principalmente no sudeste. 
 
Descrição: 
Árvore de característica semidecídua, isto é, não perde 
totalmente as folhas no inverno. 
Muito ramificada, pode atingir até 10,0 m de altura. 
Suas folhas são simples, levemente coriáces, parecendo 
bipartidas, dando a semelhança de uma pisada de bovino, 
daí seu nome popular. 
Suas flores são vistosas, cor-de-rosa estriadas, com uma 
113 
 
das pétalas com uma mancha em rosa avermelhado, 
reunidas em inflorescências na ponta dos ramos. 
Floresce na metade do inverno até a metade da primavera. 
 
Modo de cultivo: 
Adaptada ao clima brasileiro, desde que receba sol, não 
tem problemas quanto à fertilidade do solo, mas este 
precisa ser bem drenado. 
Tolera climas mais frios com geadas, mas desenvolve-se 
melhor em temperaturas mais amenas. 
Propagação por sementes. 
 
Paisagismo: 
Árvore muito ornamental, excelente para pequenos jardins 
e recantos, também pode servir na arborização de ruas e 
parques. 
Tem sido bastante utilizada na região do sudeste do país. 
 
 
 
 
 cipreste 
114 
 
 
 
Nome Técnico: 
Juniperus chinensis L. 
Sin.: Juniperus sheppardii (Veitch) Van Melle 
Nomes Populares : 
cipreste kaizuka. junípero kaisuka 
Família : 
Família Cupressaceae 
Origem: 
Originária da china e do Japão. 
 
Descrição: 
115 
 
Conífera de até 6,0 metros de altura. 
De forma colunar, tronco marrom acinzentado com 
fissuras longitudinais soltando finas cascas em forma de 
escamas, de folhagem verde escura, ramos dispostos de 
forma vertical e folhas em escamas. 
É uma planta dióica, (raramente monóica) , que quer dizer 
que apresenta flores femininas e masculinas em plantas 
diferentes. 
As flores masculinas são pequenos cones amarelos 
elípticos que contém o pólen, sendo que as femininas 
formam frutos arredondados. 
Pode apresentar mais de um tronco e alguns tem a forma 
retorcida, mais um efeito interessante para o paisagismo. 
 
Modo de cultivo : 
Excelente para lugares ensolarados de clima mais frio, 
mas pode tolerar climas amenos e litorâneos, não sendo 
indicada para zonas tropicais do país. 
Não é exigente na fertilidade do solo, mas prefere solo 
mais ácido, bem drenado, então para o plantio 
recomendamos a adição de composto orgânico de folhas e 
adubo animal na cova, que deverá ser realizado no inverno 
para ter sucesso. 
 
Paisagismo: 
Muito cultivado em jardins temáticos estilo oriental e 
italianos, sua forma colunar dá o toque estrutural ao 
projeto. 
Pode ser cultivado em maciços com outras coníferas de 
menor porte e com coloridos diferentes ou mesmo 
colocado com arbusto verdes e floríferos, sobre gramados, 
formando conjuntos ou renques em entradas de 
propriedades. 
116 
 
 
 
 
Buxinho 
 
 
Nome Técnico: 
Buxus sempervirens L. 
Sin.: Buxus arborescens Mill., Buxus myrifolia Lam., 
Buxus suffruticosa Mill.. 
Nomes Populares : 
Buxinho 
Família : 
Família Buxaceae 
Origem: 
Originário do Mediterrâneo e Ásia 
 
Descrição: 
Árvore ou arbusto lenhoso, de folhas perenes, podendo 
atingir 5,0 metros de altura, mas que é mantido podado 
para cercas-vivas, quebra-ventos e plantas solitárias 
topiadas. 
As folhas são pequenas, ovais, arredondadas, verde-
escuras na página de cima e verde-claras na ínferior. 
Ele floresce, mas com as podas frequentes e por serem 
insignificantes, poderão passar desapercebidas. 
 
117 
 
Modo de Cultivo: 
É uma planta que aprecia locais ensolarados, mas que 
tolera a sombra durante uma parte do dia. 
Aprecia solos argilosos, com bom teor de matéria 
orgânica. 
Para plantas cultivadas no chão, abrir uma cova o dobro 
do torrão. 
Colocar no fundo uma camada de areia de construção para 
garantir a frenagem. 
Acrescentar uma mistura feita de adubo animal de curral 
bem curtido, cerca de 1 litro com composto orgânico de 
folhas, mais 100 gramas de farinha de ossos, misturando 
bem. 
Colocar o torrão, completar as laterais com a mistura e por 
último adicionar a terra que retirou-se do buraco. 
Regar. Pelos próximos 10 dias regar todos os dias em que 
não houver chuvas para garantir que a muda sobreviva. 
Em geral já se adquire a muda topiada quase sempre na 
forma arredondada. 
 
Para manter o visual compacto, a poda dos ramos de 
ponteiro deverá ser frequente, propiciando mais brotações 
laterais para tornar o arbusto bem ramificado ficando com 
a copa bem fechada. 
As podas dos ramos para o interior da copa devem ser 
feitas com cuidado. Ao cortar, deixar as gemas da parte 
externa na ponta, assim os novos raminhos crescerão para 
fora. 
´Se a planta for mantida topiada, a poda deverá ser 
frequente para que não perca a forma. 
Adubação: 
A cada 3 meses realizar adubação com adubo granulado 
NPK formulação 10-10-10, misturado ao solo do canteiro, 
118 
 
regando a seguir para que o adubo se dissolva e atinja as 
raízes. 
 
Pragas comuns: 
A planta costuma ser atacada por tripes, ficar atento às 
folhas, se aparecerem enrugadas junto às nervuras e 
enrolarem procurar os insetos, que são escuros e 
minúsculos. 
Para tratamento aplicar um defensivo verde feito de chá de 
alamanda ( Allamanda) ou óleo de nim diluído em água 
conforme as instruções da embalagem. 
As folhas do buxinho são tóxicas, ao manusear e podar a 
plantar é conveniente usar luvas. 
 
Paisagismo: 
Uma das plantas mais utilizadas em paisagismo, desde os 
tempos antigos. 
Nos jardins estilo francês e italiano, o buxinho sempre está 
presente, na forma de cercas-vivas em sebes aparadas 
formando desenhos geométricos perfeitos, em topiarias 
lembrando formas animais e humanas e na tradicional 
forma de bola, muito usada no paisagismo brasileiro. 
É uma planta que resiste bem ao clima frio mas também 
pode ser cultivada em climas mais quentes com sucesso. 
Devemos cuidar, no entanto, ao projetar um jardim, em 
não usar em excesso plantas topiadas. 
Chama bastante a atenção uma planta topiada, mas focar a 
atenção do jardim em somente suas formas é um erro 
frequente. 
Ela faz parte do jardim num conjunto harmônico, 
elaborado e estudado para ser único e com foco de 
interesse em uma planta estrutural, colorida ou mesmo 
verde e que será a estrela do espaço. 
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Produção comercial do Buxus: 
 
É uma planta de fácil propagação. Usar ramos novos de 
ponteiro, retirandose parcialmente as folhas da base, 
deixando de 3 a 5 nós. 
Colocar em substrato do tipo casca de arroz carbnizada, 
areia misturada com composto orgânico ou vermiculita, 
mantendo-se

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