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Nomenclatura botânica AT 1

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VANDERSON FERREIRA PACHECO
Climatologia e MeteorologiaClimatologia e Meteorologia Nomenclatura botânica
São Luís
2024
Nomenclatura botânica
A nomenclatura consistiria no uso correto do nome das plantas, e a classificação, por sua vez, ordenaria as plantas em um determinado grupo dentro de um sistema. Seriam, assim, três grupos de sistemas: sistemas artificiais, sistemas filogenéticos e sistemas naturais. A diferença entre os sistemas é a “base” ou “alicerce” para a classificação, ou seja, em que esta classificação está fundamentada. Enquanto o sistema filogenético tem por base a evolução dos diversos grupos vegetais, o artificial usa os caracteres específicos da espécie, como o tipo de flor ou se é considerada uma inflorescência. 
Já o sistema natural tem a base de suas informações nas afinidades das plantas, relacionando essas afinidades e formando um conjunto de características afins que devem assumir a classificação de uma determinada espécie de planta. Se pensarmos que os organismos vivos estão em contínua modificação e evolução, entenderemos que devem mesmo aparecer as relações de parentesco entre espécies e grupos de espécies, determinando desse modo um ancestral comum que deverá comparar e, consequentemente, classificar os indivíduos dentro de um mesmo grupo. 
Por que Lineu tornou-se o taxonomista mais citado na nomenclatura botânica? O uso do seu sistema foi muito produtivo, transformando-se em um método útil e simples para nomear as espécies. Assim, o botânico definiu as principais classes de plantas observando e estudando a posição e o número dos estames, estruturas responsáveis pela produção de grãos de pólen na flor, garantindo a reprodução. No entanto, Lineu acreditava que não havia mudanças após o nascimento das plantas, ou seja, não se viam variações durante um período de tempo. 
Esse fato foi rebatido logo que Darwin propôs o aparecimento de variações e mutações nas plantas de acordo com o tempo. Antes do trabalho de Darwin, já havia surgido a discussão sobre o fato de as espécies de plantas serem classificadas como imutáveis, gerando inúmeros 60 U2 - Nomenclatura botânica e taxonomia vegetal questionamentos. Depois de sua publicação A origem das espécies, em 1859, a teoria da evolução foi melhor aceita, e os taxonomistas conseguiram enxergar a classificação das espécies vegetais de maneira especialmente diferente. 
Ao invés de agrupar e classificar as espécies apenas com base em suas características físicas (morfologia), iniciou-se uma discussão a respeito da filogenia, ou seja, a história evolutiva das espécies estudadas. As classificações que têm como base classificações evolutivas são conhecidas como classificação filogenética, que é muito diferente da classificação apoiada na aparência física. 
O que os taxonomistas evolutivos querem saber é se, além de serem organismos semelhantes, com similaridades, também são resultado da evolução de um ancestral comum. Sendo assim, em que os sistemas profissionais se baseavam para classificar as espécies? Eram estudadas estrutura e função, ciclo de vida e dados moleculares encontrados no DNA, RNA e proteínas. Os grupos observavam as estruturas reprodutoras, como sementes, estróbilos, flores e frutos. Logo, presença ou ausência de sementes, a forma do caule, folha e modelo de distribuição das folhas no caule são características estruturais relevantes. Muitas vezes, atribuímos às espécies vegetais nomes comuns ou populares, que são considerados regionais e podem variar, dando margens a inúmeras confusões. Desse modo, um erro na identificação das plantas pode ser de grande impacto para o meio ambiente e perigoso para a saúde das pessoas. Aqui aparece a importância do nome científico, que de modo inverso ao nome popular é universal, servindo para caracterizar uma espécie vegetal e, inclusive, sendo utilizado como palavra-chave em trabalhos acadêmicos e/ou científicos. Diríamos que mais do que distinguir plantas e outros organismos vivos, os estudos da nomenclatura vegetal e sua classificação em grupos, segundo as características que são observadas e medidas, classifica esse organismo vivo por eliminar qualquer confusão que possa existir entre dois ou mais exemplares de plantas ou, ainda, de organismos diferentes terem a mesma nomenclatura.
As Fanerógamas (plantas com órgãos reprodutivos bem visíveis) são divididas em 2 grupos, considerando a presença e ausência de frutos. Portanto, as gimnospermas – plantas que não formam frutos verdadeiros – apresentam as sementes nuas. Já quando falamos de angiospermas nos referimos às plantas que formam frutos e se dividem em: monocotiledôneas, que são aquelas que trazem um único cotilédone (ou folhas embrionárias), e dicotiledôneas, aquelas plantas com dois cotilédones. Vale a pena lembrar que, normalmente, as angiospermas são consideradas plantas com flores verdadeiras, esse é um ponto importante para separar os grupos das gimnospermas e angiospermas. 
Características como as funções das plantas também são muito úteis para classificar de maneira similar as plantas, além de dados de relevância filogenética. Logo, semelhanças entre DNA, RNA e proteínas indicam que os organismos podem estar estritamente relacionados. Os dados moleculares fornecem fortes evidências de que as características físicas semelhantes foram herdadas de um ancestral comum, deixando claro que dados moleculares mostram fortes evidências de uma classificação filogenética precisa. Os sistematas enxergam a similaridade de modos diferentes, comparando caracteres, sem diferenciar homologia e analogia. Eles acreditam que, quanto mais similaridade os organismos têm, mais estão relacionados entre si. Outros pensam somente no número de homologias. Entretanto, é comum classificar os organismos de acordo com a sequência no tempo em que ramos evolutivos surgiram, esse estudo é conhecido por cladística (clado = ramo), que trabalha a ordem no tempo em que as homologias foram herdadas. Com base na hierarquia, os organismos são classificados em categorias
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